De Jorge Pelicano pouco conheço. Sei que é natural da Fontela, Vila Verde, estudou na Guarda, onde foi colega de curso da minha sobrinha Vanessa, e é um realizador que tem somado prémios, nacionais e internacionais, pelos dois documentários que já fez: "Ainda Há Pastores?” e “Pare, Escute e Olhe”.
Do profissional, repórter e realizador, tenho visto algumas reportagens na SIC e noto que está a trilhar um caminho profissional difícil, ao trazer até nós imagens de um País – o nosso – que os poderes políticos continuam a olvidar.
Primeiro, foi com “Ainda há pastores”. Agora, com “Pare, escute e olhe”, um retrato crítico, pertinente e mordaz de um Portugal de políticas desastrosas e desastradas, de erros de ordenamento do território, como é o caso focado no documentário "Pare, escute e olhe"
Jorge Pelicano, ainda um jovem repórter e realizador, tem visto o seu trabalho reconhecido. Com “Pare, escute e olhe”, ganhou prémios no DocLisboa e no Festival de Seia.
Agora, chegou a vez da Câmara da Figueira reconhecer o mérito dos documentários de Jorge Pelicano, jovem repórter, realizador e um português atento, cuja obra nos leva a “reflectir, olhar para o futuro e questionar aquilo que se faz em nome do progresso”, ao atribuir-lhe na reunião de terça-feira passada, um voto de louvor, por proposta do vereador da Cultura, António Tavares.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Tens um desafio no meu blog.
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