domingo, 1 de fevereiro de 2009

Porque hoje é domingo e há o dérbi da margem sul do Mondego


Logo à tarde há o Leirosa-Cova-Gala, o dérbi da margem sul do Mondego….
Não vou poder assistir por motivos profissionais. Todavia, inspirado por esse jogo, sempre emotivo, deu-me para recuar até à década de 60 do século passado…
Herdei o gosto pelo futebol do meu Pai.
Foi nos primeiros anos da década de 60, do século passado, tinha o Sporting aquela equipa que venceu a Taça das Taças, com o celebérrimo “cantinho de Morais”, que eu comecei a ir ver jogos de futebol ao desaparecido Estádio José de Alvalade.
Nessa época, o intervalo entre as viagens, de mais ou menos um mês à pesca nos mares do Cabo Branco, que o meu fazia a bordo do ilha de S. Vicente, não dava para ele vir a casa, à Gala, e, então, era a minha Mãe que se deslocava a Lisboa, normalmente acompanhada por um dos filhos. O outro, mais tarde os outros, ficavam na Gala, com a minha querida e saudosa Avó Rosa Maia.
Eram tempos difíceis, muito difíceis mesmo, mas dos quais, porém, consigo reter algumas gratas recordações.
Uma delas, eram as idas ao José de Alvalade, ao domingo à tarde, para ver o “meu” Sporting, ao vivo.
Recordo, que eram partidas magníficas e emotivas, presenciadas de pé, num sector do campo que, hoje, era impensável que existisse num campo de um dos grandes de Portugal: “o chamado peão”.

Há já muitos e muitos anos que não ia aos Estádios de futebol da chamada I Liga – a excepção aconteceu no recente Naval-Académica, mas o “nosso” Bento Pessoa não pode ser considerado um estádio – pelo que não estou em condições de comparar um estádio do euro, com um, onde as alternativas eram sentar o cu na pedra, ou no cimento, derconfortável e frio da bancada, ou ver em pé, e os modernos, confortáveis (ao que ouço dizer), caríssimos e desaproveitados monstros de cimento que são os conhecidos estádios do euro 2004.
No tempo em que eu ia ao futebol pela mão do meu Pai, ao domingo à tarde - os jogos dos campeonatos nacionais eram todos disputados ao domingo à tarde – o futebol não era uma ficção. Era uma festa. Nesses idos de 60, do século passado, o futebol era um desporto. Agora, é uma indústria, dizem que dominada por crâneos brilhantes – economistas, juristas, engenheiros, empresários e outros endinheirados…
Nesses idos de 60 do século passado, quem queria assistir a jogo de futebol tinha de ir ao campo, ou ouvir o relato pela telefonia – era o tempo de grandes relatores como Amadeu José de Freitas, Nuno Brás, Artur Agostinho, Fernando Correia….
Agora, uma jornada do campeonato é servida em capítulos, qual telenovela, normalmente de sexta a segunda-feira. Televisão obriga.
Depois, os bilhetes são obscenamente caros para a qualidade dum espectáculo, que ainda dizem de futebol, e para o bolso do português médio ou remediado…
Depois, admiram-se que os estádios, do euro e os outros – Figueira, Coimbra, Aveiro e Leiria, só para focar exemplos perto –, estejam às moscas….

13 comentários:

Anónimo disse...

Não é preciso recuar tanto. Nos passados anos setenta e oitenta foi assim. Recordo-me na década de 60 assistir a Naval-Ginásio (ou vice-versa)e era uma festa. Era o tempo dos intérpretes serem conhecidos, terem de passar pelo meio do público a entrar,ao intervalo ou no fim, jogos nas manhãs de domingo e os "peões" estarem apinhados de gente em redor do pelado.
Mas parece-me que as circunstâncias actuais são bem mais complexas do que os preços dod bilhetes e que os novos estádios.
Cumprimentos
JM

Anónimo disse...

Profundamente lamentável é voltar de novo á Leirosa(30 anos depois da minha primeira visita áquele recinto...), para ver hoje e em pleno século XXI um derby Praia da Leirosa/Cova-Gala,e perante uma grande muldura humana até atendendo ao estado do tempo chuvoso,verificar que nada mudou em termos de infra-estruturas desportivas.
Bem sonhou o professor CRISTIANO DE SOUSA (em vida..)com um campo relvado e até com uma pista de atletismo,dinamizou com os meios que tinha o futebol(e não só..) ao serviço da comunidade,fez o possível e impossível pela sua terra,mas de facto foram mais aqueles autarcas que lhe "omitiram" realidades na verdade dos seus anseios, do que os que perceberam e tiveram sensibilidade para servir as populações, aproveitando a dedicação e amor aos seus, deste grande senhor do futebol distrital.
Hoje vi lá uns paus espetados que dizem vai ser uma nova iluminação,um espaço com terra batida que nem sei para que serve,enfim quando hoje me desloquei áquela parte da margem sul,fui na esperânça de ver um outro cenário em favor daquela gente boa e humilde da leirosa.
Os seus filhos continuam a ser mal tratados,o desporto enquanto qualidade de vida é uma treta.
Nem sei nem quero saber quem é que lídera a junta de freguesia da marinha das ondas,só queria mesmo saber se fosse alguem que ali apresentasse obra,assim eu já não tinha vergonha como cidadão do concelho da figueira da foz,a mesma vergonha que devem ter aqueles que por lá passaram durante todo este tempo e nada fizeram.
Quanto á celbi,deviam era de desaparecer dali,só promessas por cumprir e outras ao ritmo de três mudanças bem conhecidas,devagar,devagarinho e parado.Sei que já foram suecos os seus donos,agora nem sei se são chinezes,o certo é que podiam ir todos para o raio que os partam,porque se criam postos de trabalho aquela gente,tambem se haviam de preocupar mais com a qualidade de vida daquele espaço altamente poluído.
Passados todos estes anos,este jogo deveria ser disputado num palco diferente.
Mais do que só discutir preços e a crise actual,como razão de afastamente desta festa do povo que é o futebol,vamos abrir os olhos ou então enfrentar com coragem a "jagunçada" que não deixa o concelho avançar.
Caro amigo Agostinho não podia deixar de fazer este desabafo de revolta,porque me preocupo com o próximo, e tenho ódio a quem não faz nada pelos mais jovens, e anda por aí a cantar méritos para novas oportunidades autárquicas.
Agora desculpe lá,mas vou ter que tirar os meus sapatos encharcados e repletos de areia,par ver se me acalmo e não me constipo.
A vida só se vive uma vez,e como nós só nós mesmos,por isso toca a aproveitar e a lutar para melhor, se não for para nós pois que seja para os nossos filhos.
Fiquem bem então.

Custódio Cruz

Anónimo disse...

Meu caro Custódio:

sei que o meu Amogo é uma pessoa atenta ao futebol no seu todo. Gostaria que comentasse isto:

""Lisboa, 31 Jan (Lusa) - A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) aprovou hoje, em Assembleia Geral (AG), a alteração dos quadros competitivos, que extinguem a III Divisão e mantêm a II Divisão como a única prova de âmbito nacional de seniores masculinos.

A proposta, apresentada pela Direcção da FPF, prevê que a III Divisão seja extinta na época 2010/2011, altura em que os vencedores dos campeonatos distritais sobem automaticamente à II divisão.

Aprovada na generalidade e sob alguma contestação, a proposta vai agora ser regulamentada e terá depois de ser submetida a nova aprovação em AG.

A decisão - aprovada com 312 votos a favor, 123 contra e 60 abstenções - motivou o protesto da Associação de Futebol (AF) de Braga, cujo presidente acabou por abandonar a sala ainda durante a reunião magna.

Carlos Coutada considerou que as alterações "são redutoras e levarão à extinção de um grande número de pequenos clubes", além de revelarem "falta de comunicação entre o futebol profissional e não profissional".

Para o presidente da AF de Braga, as justificações economicistas, invocadas pela FPF, "são uma falsa questão", até porque "os clubes terão mais apoios se estiverem numa competição nacional do que numa regional".

Amândio de Carvalho, vice-presidente da FPF, considerou que a proposta "procura aproximar os clubes uns dos outros, em termos geográficos", mas admitiu ter dúvidas quando "a questões de competitividade".

O vice-presidente da FPF referiu que o "assunto tinha de ser tratado, porque cada vez se gasta mais e recebe menos".

A II Divisão passará a ser disputada por 48 clubes, divididos em três séries de 16 clubes, a duas voltas, num sistema por pontos, cujos três vencedores disputarão uma fase final, subindo os dois melhores à Liga de Honra.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional manifestou, entretanto, disponibilidade para estudar a hipótese de subida de três equipas à Liga de Honra.

O plenário da FPF, presidido por Avelino Ribeiro, que sucedeu ao demissionário Mesquita Machado, aprovou também reformulações ao nível dos campeonatos de juniores, juvenis e do futebol feminino.

A proposta de reformulação dos campeonatos de juniores e juvenis, pretende, segundo Agostinho Oliveira, coordenador das camadas jovens da selecções, "aumentar a competitividade e fazer uma filtragem qualitativa, tendo em conta os superiores interesses das selecções".

O nacional de juniores será dividido em duas zonas, de 12 equipas cada, com as oito melhores a disputarem um play-off de subida.

Nos juvenis, deixa de existir a actual II Divisão, com as equipas a ascenderem directamente dos distritais à I Divisão.

No início da AG, o presidente da FPF, Gilberto Madaíl, informou os membros de que a proposta de alteração de estatutos do organismo, exigida ao abrigo da nova Lei de Bases, "está concluída conforme as normas da FIFA e deverá agora ser analisada pelos associados".

FutebolDistrital disse...

Boa noite,

Espero que não leve a mal, mas retirei este seu texto (bom texto diga-se de passagem) e coloquei no blog do Futebol Distrital de Coimbra, com o seu blog como fonte.
Um texto que retrata bem o nosso futebol actual.

Parabéns pelo blog e pelo belo texto.

Sem mais assunto,
Futebol Distrital Coimbra
www.futeboldistritalcoimbra.blogspot.com

Anónimo disse...

Pois só agora vi o pedido do senhor anónimo para que me manifestasse em termos da minha opinião, sobre as alterações ao quadro competitivo aprovadas em primeira fase pela assembleia geral da Federação Portuguesa de Futebol.
Pois bem,quanto á extinção da IIIªDivisão,é mais um perfeito disparate dos doutoures do nosso futebol.
Sem dúvida vai provocar uma desmoralização a todos níveis dos clubes de menor dimensão e não só.. A IIIªDivisão é uma divisão de "transição" sob o ponto de vista de crescimento, no desafio lançado como por exemplo da promoção de um determinado clube, de um futebol mais amador para prossupostos mais profissionais.
Para ser mais objectivo,imagine-se o GÃNDARA que está na 3ªDivisão e teve algum crescimento estrutural e organizativo para competir a este nível,mas face á realidade do concelho a que pertence sob. principalmente a vertente económica,o seu futuro é cair nos distritais misturando-se com outros futebois menos competitivos,encontrando um vazio de motivação,por um distanciamento claro de impossibilidade de ascenção a uma 2ªDivisão tâo distante das suas realidades de momento.
Já os "mais pequenos" ficarão tapados pelas descidas destes clubes mais estruturados,e correndo o risco das "cabazadas",optam por sobreviver sem objectivos qualitativos ou então desistem numa época e aparecem noutra,ou nunca mais...Imaginem só, um clube que circunstancialmente(numa determinada época..) reune um conjunto de bons jogadores da terra e consegue ser campeão distrital,e depois na época seguinte com uma debandada natural desses melhores atletas,sobe á 2ªDivisão nacional a um nível competitivo superior,e não tem as condições nem de estrutura física,organizativa e muito menos financeira para poder apresentar capacidade competitiva.
Quanto á aproximação geográfica dos clubes ela é real,mas não vale "o risco" de menor cimentação do futebol(estruturação..) na sociedade portuguesa com vertentes distintas como o profissional/semi-profissional e amador,este no mínimo com objectivos importantes de natureza lúdica e intervenção na qualidade de vida de quem joga e se diverte com os ìdolos da sua terra..).

Quanto ao senhor Amândio de Carvalho,não ter a certeza da realidade competitíva desta decisão,é o exemplo da mais pura das ipocresias que o sustentam no lugar á tantos anos,numa subserviência constrangedora por nem dizer sim, nem não, mas de preferência NIM...

Quanto a campeonatos a duas voltas por mais que existam em grandes futebois da europa,eu sou contra.Preferindo várias provas(competições..),bem articuladas ao longo do ano,como forma de não se esvaziarem objectivos tão rápido numa só época.

Nos escalões jovens,as alterações propostas e aprovadas em função das selecções nacionais como refere o "doutour" Agostinho Oliveira,nem aumenta a competividade e muito menos faz filtragem alguma de jovens talentos nacionais.
É muito fácil argumentar esta questão, porque a vivi no início da minha carreira de treinador,onde a estrutura competititiva era como a proposta agora neste plano.Na mesma lógica de evolução que sustentei as alterações na 3ªDivisão,equipas haverá que sobem e descem com este esquema quase de forma contante,não dando consistência ao trabalho dos clubes, com notório decréscimento no desenvolvimento das qualidade dos seus jovens atletas.Assim, numa época de nacional temos atletas motivados por mais nível competititivo,e noutra aparecem "cabazadas",de 14 ao pocaríça;23 ao corticeiro de cima,ou 18 ao seixo mira,com o exemplo reflectivo de um natural "endeusamento"de atletas, que nestes jogos concretizam parte substancial dos golos,perdendo-se como "passarinhos" quando noutra época lhe aparecem equipas a exigir muito mais, e não conseguem fazer qualquer golo,nem ser equilibrados como jogadores de equipa..Ainda o desafio que é para um treinador motivar jogadores para objectivos de crescimento profissional,com esta inconstância competitiva.
Esta opção só surge por falta de reflexão e consulta do senso comum,como é norma actual da nossa pobre e degradada sociedade,tendo e sem complexos de qualquer ordem em relação aos doutores,um cunho individualista formulado por "deuses" do futebol criados á nascença, e sem experiência de causa nas verdadeiras bases,como é notório o caso do senhor Agostinho Oliveira que deveria por exemplo ter iniciado a sua carreira no Cova-Gala, e não logo em selecções nacionais por eventuais compadrios e falta de justificatico de ascenção na carreira de treinador,porque não acredito que o seu caudal académico não necessitasse de um melhor amadurecimento para uma sapiência mais sólida e eficaz.
Com os melhores e as melhores condições, já dizia o mestre(esse sim..)Mário Wilson,que todos se arriscam a ser campeões.

Não sei se me esqueci de alguma coisa,mas estou á disposição do senhor anónimo se assim o entender.
Espero estar ilucidado sobre as minhas opções ipinativas,devendo dizer-lhe que prefiro falar do que escrever,mas aqui fica o que me ofereçe dizer sobre a matéria.

Saudações desportivas

Custódio Cruz

Anónimo disse...

Muito lhe agradeço Senhor Custódio Cruz os excelentes esclarecimentos que me proporcionou.
Entendi perfeitamente o que está em causa com mais este "perfeito disparate dos doutoures do nosso futebol.

Anónimo disse...

"Hoje vi lá uns paus espetados que dizem vai ser uma nova iluminação,um espaço com terra batida que nem sei para que serve"(...) Quanto á celbi,deviam era de desaparecer dali,só promessas por cumprir"

O sr. Custódio Cruz deveria informar-se melhor antes de falar.
Daquilo que tenho conhecimento, e resido na Praia da Leirosa, a Celbi têm apoiado, sempre que solicitado, a população da Praia da Leirosa.
Fale com os dirigentes do CRPL,do Rancho Foclórico, do Centro Social, do Jardim de Infância, com a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal e tente saber quais os apoios que essa empresa tem concedido a estas respeitáveis instituições e depois, se é tão corajoso como afirma, venha neste mesmo local retratar-se das suas afirmações.

Já agora, esses paus que fala, que foi a Celbi que pagou, permitem que os jovens dos escalões de formação do Praia da Leirosa, treinem durante a semana à noite. Simplesmente porque os que lá estavam, ainda há menos de seis meses, não funcionavam...

Anónimo disse...

Ao senhor(?)anónimo das 21h07m,apenas lhe deixo para já e por imperativos de falta de tempo(porque de facto eu trabalho para viver::),aqui três promessas para cumprir:

1.Hoje no "Remate Frontal" DO CHÁ DAS CINCO(programa conduzido por António Félix..),a partir mais ou menos das 17h30m,assumo tudo o que disse, e mais vou responder-lhe mesmo que voçê não tenha dado a cara.

2.Se sou corajoso não sei.o que tenho a certeza é que digo-lhe na cara quando e onde quiser,apenas para isso tem que deixar aqui o nome e se possivel o contacto,pois eu ofereço a gasolina para me deslocar onde o senhor entender e assim poder responder-lhe de caras por perto.

3.Ainda hoje lhe vou deixar aqui a resposta assim que possa,em pormenor e de forma justa,na certeza que naquilo que eventualmente eu tenha falhado me retratarei sem qualquer problema,não porque tenha mêdo de algo(nem pouca mais ou menos..),mas porque tenho sempre espaço na minha forma de estar para uma arma que hoje tanto falta a "certos" ditos seres humanos..

ENTÃO ATÉ JÁ..

CUSTÓDIO NOGUEIRA DA CRUZ

Anónimo disse...

O Mister custódio tem mais que razão,pois o problema é que se forem perguntar aos dirigentes dessas respeitáveis instituições,a resposta vai de certo ao encontro de quem se sente mal neste assunto.
Muitos deles são empregados daquela fábrica e da outra,e não estão á vontade para dizer a verdade.
De facto 30 anos é tempo de mais para tão pouca evolução.

FORÇA MISTER AGORA QUE LEVEM COM QUEM SABE.

Anónimo disse...

Como o prometido é devido,aqui estou para dizer ao anónimo das 21h07m,que não altero uma vírgula das minhas convicções,o mesmo é dizer que em 30 anos entre a minha primeira ida aquele parque de jogos e agora ao último derby Praia da leirosa / Cova-Gala,passou demasiado tempo para que eu e muitas pessoas que ali se deslocaram de outros pontos do concelho,não ficassem decepcionadas com o que viram de evolução naquele recinto. E ainda porque correu meio mundo a prespectiva de que a celbi este ano iria fazer melhoramentos naquele espaço, com a contrapartida de utlização deste recinto para parque de estacionamento atendendo ás obras que vão sendo efectuadas naquela unidade fabril.
Quando diz que pergunte aos dirigentes das mencionadas intituições, se têm tido ou não um apoio ao longo dos anos,até não ponho em causa esse mesmo apoio,o que seguramente me interessa mesmo é perguntar ás populações se estão satisfeitas com o que lhes têm dado,e nessa matéria estou perfeitamente ilucidado.
Quanto á Cãmara Municipal e Junta de Freguesia,eu só digo que tinha vergonha deste cenário desportivo na praia da leirosa,mas tambem menciono 30 anos de espaço temporal,por isso tire as ilações que entender.
Parabéns á instituição Centro Recreativo da Praia da Leirosa pela dedicação ao longo dos anos,e tambem pela notariedade exibida este ano, que fez no domingo deslocar ali tanta gente para uma festa do futebol regional, que faz falta domingo a domingo no concelho da figueira,nomeadamente nas localidades que têm clubes que estão encerrados por falta de apoio, e deixaram de ter aquele movimento singular e único da festa do futebol onde os ídolos de cada uma das terras são referência de uma identidade própria.
Só para terminar deixe que lhe diga,que este cenário que pouco me agrada como cidadão do concelho da figueira é generalizado,e que está a incomodar muita gente esta minha postura crítica,mas como aconteceu este fim de semana num determinado evento,fui ignorado por um autarca de uma freguesia bem próxima da sua,talvez por ficar amuado com verdades inconvenientes,mas fique certo que não mudarei a minha opinião por pressões sejam elas quais forem,e quanto ao ignorarem-me,olhe sabe uma coisa?
A mim só ignora quem eu quero,e não quem o quer fazer...

Saudações desportivas

Custódio Cruz

Anónimo disse...

Oh sr.Leiró

Não diga asneiras. A presidente do CRPL é a Paula Ramos, que é formadora,a responsável pelo Rancho Floclórico é a Lúcia, que nada tem a ver com essa empresa, e a Educadora do Jardim e infância é funcionária do Estado (educadora L.Clemente)
O presidente da Junta e da Câmara sao eleitos pelo Povo. E que eu saiba estes senhoras nunca trabalharam na Celbi.
Portanto ainda estou há espera. È que Às vezes controem-se "mitos"...

Praia da Leirosa disse...

Caro amigo, Custódio Cruz,

"os paus que viu espetados...", acho que se está a referir a uns postes de aluminio (que foram fornecidos pela Soporcel)eram para ser a estrutura para a iluminação, mas a fábrica Celbi, em contrapartida do empréstimo do campo para estacionarem os carros dos trabalhadores na paragem de setembro, ofereceu a instalação dos novos postes, suportes, holofotes e cabo novo, o que era preciso para haver iluminação no campo de futebol 11. Ofereceu ainda o Tuvenan que foi posto por detrás do campo de futebol 5 e na entrada para o campo.
Quanto aos apoios a Celbi e a Soporcel pouco ou muito sempre vão dando qualquer coisa. Posso dizer-lhe que a Soporcel ofereceu 6.000€ o ano passado, que foram empregues na recuperação da sede, que estava a ficar degradada.
Mas para o Sr. compreender melhor o porquê de não ver evoluir o Parque desportivo, é porque são 3 colectividades com uma só direcção, assim sendo, o mesmo grupo de pessoas têm de gerir o Centro de Recreio Popular de Marinha das Ondas_Praia da Leirosa, o Clube Recreativo da Praia da Leirosa e o Centro Social da Praia da Leirosa.
Mas atenção que o campo já levou uma vedação nova e os balneários e zonas adjacentes já foram melhorados.
Agora quanto aos apoios das autarquias, posso dizer-lhe que estamos a receber apoios com CINCO ANOS de atraso.
Era bom que a CMFF e a JFMO, funcionassem como funciona a CM Pombal, que está a oferecer cerca de 80.000€ aos clubes para porem sintetico e ainda mete lá máquinas e homens a trabalhar. Mas não é ...
Estamos a trabalhar e vamos procurar novos patrocinadores para que possamos evoluir, melhorar o nosso campo.

Saudações desportivas e obrigado por defender esta(s) instituições.

Anónimo disse...

Senhor Mário Ruivo

Louvo desde já a sua postura clara e objectiva(sem subterfúgios..) sobre o tema debatido.
Fácilmente se depreende que o senhor é uma pessoa de bem,interessado em esclarecer, honesto e contrutivo, porque não esconde os seus verdadeiros desencantos, que tambem evidenciam a revolta que de certo sente no que se podia fazer e não se tem feito até hoje e num espaço temporal de 30 anos.
Lógicamente que a culpa não acaba só no tecido empresarial desta zona do concelho da figueira.
Pois bem,acredito em tudo o que o senhor acabou de mencionar,e acho até que afinal as ditas empresas não serão tão más quanto isso no apoio ás colectividades da leirosa.
Mas deixe que volte a desabafar,que acho muito pouco para um espaço temporal tão grande, aquilo que visionei a olho vivo,sobre tudo á luz do que merece essa gente do mar,tão simples e humilde, onde tenho a honra de ter muitos e bons amigos.. Afinal o senhor vem ao encontro do que defendo e sente a mesma frustração, quando se vira a norte ou a sul, onde as autarquias apoiam na verdeira acepção da palavra o esforço dos "carolas" do futebol,compensando a substituição que carece do estado no investimento desportivo para uma melhor qualidade de vida das populações.
Não vou deixar de terminar mais esta minha intervenção no excelente blog do senhor Agostinho,sem ainda assim opinar naquilo que é visivel, e lhe dizer que não gosto por exemplo da forma desmaselada em que o campo de futebol de cinco se encontra,com ervas muito altas, numa imagem de perfeito abandono ou como o senhor diz pelo motivo de falta de recursos para o melhorar,o que acho perfeitamente rídiculo e só pune aqueles que menos merecem e no caso são a nossa juventude.
Estes que deveriam ter uma maior atenção e sensibilidade dos mais velhos,face aos desafios que têm neste nossa sociedade tão parca em estabilidade emocional e estrutura de valores,volto a reafirmar são os mais castigados.
Há muitos anos atrás cheguei a deslocar-me de bicicleta á leirosa, para me sentar no pequeno muro circundante deste pequeno recinto, com o objectivo de fazer captações de jovens para os clubes onde na altura eu estava como treinador.Eu amo o futebol, e nunca mais me vou esquecer as alegrias que só práticamente os meus jovens jogadores me deram enquanto treinador,porque eram sinceros, verdadeiros e solidários.
Já no que diz respeito a dirigentes,encontrei gente boa e má como em tudo na vida,mas o que mais me choca é a feira de vaidades que estes muitas vezes exibem depois de estarem em lugares de responsabilidade social,nada fazendo por quem os promoveu,tornando-se prepotentes, arrogantes e sem sensibilidade para se orgulharem de servir o povo que os elegeu, na esperânça de um futuro colectivo melhor.
Na verdade outros valores se levantam,que por acaso até não vou aqui aflorar,mas acredite que só por acaso,pois nunca me calarei enquando sentir que tenho razão e conhecimento de causa para usar o meu direito de cidadania.

Com grande estima e consideração me subscrevo:

Custódio Cruz