Portugal de verdade, por J.M. Coutinho Ribeiro, no .
“A Cavaco Silva bastou a palavra de Dias Loureiro de que nada há a apontar ao seu comportamento enquanto administrador da SLN para que o homem fosse "absolvido". E nem mesmo as mais recentes notícias que dão Loureiro a não ter falado verdade na Assembleia da República parecem demover o PR, que fez notar que não tem mais nada a dizer sobre o assunto que envolve o conselheiro de Estado. Não sei se José Sócrates já falou com Cavaco Silva sobre a «campanha negra» que o envolve. Mas se não o fez, deve fazê-lo, garantindo a sua inocência. Cavaco "absolve-o" a vida continua, poupando-se, assim, uma rima de dinheiro em investigações que, como é sabido, não levam a lado algum.”
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
1 comentário:
Se o DL garantiu que assinou mas não viu nada, não sabe de nada, que não existe contradição, está garantido....
Para o PR chega... Não se fala mais nisso.
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