Com a devida vénia, transcrevo daqui a estória "a força do MILO", contada pelo PMB. Esta estória fez recordar-me a minha infância e um gostinho especial que nunca mais esqueci. Só que, comigo, não era o MILO, era a OVOMALTINE. OVOMALTINE essa, que dava o tal gostinho especial ao leite condensado, produtos que a minha Mãe trazia de Lisboa, quando ía ter com o meu Pai, no intervalo das viagens da pesca longínqua ao Cabo Branco. Mas vamos lá então ler "a força do MILO":
"Lá para os idos dos anos sessenta generalizaram-se, entre nós, as emissões de televisão. Era o tempo em que os vizinhos da minha rua nos pediam para assisitir a algum programa mais especial ou que os salões das colectividades e cafés ostentavam, como atracção, um aparelho de TV numa prateleira, onde se assitia ao telejornal, ao festival da canção, ao Bonanza e, ainda raramente, a transmissões em directo de competições desportivas. A publicidade, ao chegar a outros públicos ganhou maior impacto com as marcas ali mesmo a prometerem novas sensações e competências. De entre esses produtos o MILO anunciava, sem hesitação, energia suplementar para os desportistas que, no spot, apareciam a beber uns copázios de leite com o milagroso pó, antes das competições que, obviamente, ganhavam. Foi talvez por isso, que meu Pai, na época director do Ginásio, teve a brilhante ideia de, ao intervalo dos jogos de futebol, distribuir aos nossos atletas copos de leite com MILO na esperança de lhes dar a sorte e o jeito de que não dispunham, ou de os transformar em novos gauleses sob efeito da poção mágica do druída! Mas como, mesmo assim, perdíamos até com o Eira-Pedrinha, tomei cruel consciência da ilusão vendida pelos publicitários. Desde aí que bebo leite simples !"
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