António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
quarta-feira, 23 de abril de 2008
The show must go on
"Sem surpresa, o Parlamento aprovou hoje o Tratado de Lisboa, com o “sim” do PS, PSD e CDS-PP e o voto contra do PCP, Bloco de Esquerda e Verdes. Portugal torna-se no décimo país da União Europeia a ratificar o Tratado.
A Irlanda é o único Estado-membro da UE que escapa à ratificação parlamentar do Tratado de Lisboa. A imposição constitucional de um referendo causa apreensão entre os líderes europeus, até porque não seria a primeira vez que os irlandeses utilizariam o poder do voto popular para dizer não a um Tratado. A rejeição ocorreu em 2001, com o Tratado de Nice, mas desta feita não há margem de manobra para negociações, aumentando a pressão para a aprovação.
Caso passe o teste irlandês e não existe nenhum tropeção noutro Estado-Membro, o novo Tratado europeu entrará em vigor a 1 de Janeiro de 2009."
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