António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
segunda-feira, 14 de abril de 2008
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1 comentário:
Os problemas financeiros da Câmara Municipal da Figueira da Foz, embora graves, creio não serem comparáveis com os “casos” que envolvem outras autarquias, como por exemplo Lisboa.
Os problemas da Figueira-cidade estão hoje menos identificados que os da Câmara, o que revela bem o grau em que a autarquia pesa sobre a cidade, em vez de a servir. Se o défice e as lutas intestinas do PSD, são unanimemente reconhecidos como problemas que afectam o funcionamento da Câmara, os problemas da cidade são cada vez mais relegados para segundo plano, secundarizados pelas notícias sobre a luta partidária.
Ora, esta situação só pode condenar qualquer futuro executivo, pois como o actual bem o demonstra, qualquer executivo camarário deveria ter um pensamento sobre a relevância cidade. Quando ele falta, como a actualidade bem o demonstra, falta tudo.
Os problemas da Figueira são, em grande parte, os problemas do resto do país.
A Figueira pode ser gerida em articulação estreita com as políticas governamentais (contenção orçamental, reforma administrativa, qualificação de pessoal e de equipamentos) e, em simultâneo, fazer valer a sua especificidade própria na gestão local. Nomeadamente, é urgente a normalização das obras públicas e do urbanismo e a promoção de turismo.
A prolongar-se o actual momento político, com o PSD e o PS os partidos do poder - perdidos em lutas internas locais, não vamos longe.
Melhor. Vamos continuar no lamaçal.
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