Foto sacada daqui
“Esta orgia de obras socialistas vai acabar mal...
Esta gente tagarela de hoje, deve acordar, olhar-se ao espelho e determinar; hoje vou mandar construir um novo aeroporto ou, dez novas barragens, uma nova ponte sobre o Tejo, um pacote de novas auto-estradas, meia-dúzia de hospitais, uma dúzia de estádios de futebol ou outra pôrra qualquer em betão."
Mas para compensar: hoje vou fechar 10 maternidades, 40 serviços de urgências, 8 tribunais de comarca, 195 escolas primárias, 12 esquadras de polícia, 8 quartéis da GNR e o mais que me der na gana, de maneira que estão as contas sob controle, eu sou muita bom em matemática!!! Viva eu!!!"
In Notícias d´Aldeia,
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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