segunda-feira, 23 de abril de 2007
PORT WINE
O Douro é um rio de vinho
que tem a foz em Liverpool e em Londres
e em Nova-York e no Rio e em Buenos Aires:
quando chega ao mar vai nos navios,
cria seus lodos em garrafeiras velhas,
desemboca nos clubes e nos bares.
O Douro é um rio de barcos
onde remam os barqueiros suas desgraças,
primeiro se afundam em terra as suas vidas
que no rio se afundam as barcaças.
Nas sobremesas finas, as garrafas
assemelham cristais cheios de rubis,
em Cape-Town, em Sidney, em Paris,
tem um sabor generoso e fino
o sangue que dos cais exportamos em barris.
As margens do Douro são penedos
fecundados de sangue e amarguras
onde cava o meu povo as vinhas
como quem abre as próprias sepulturas:
nos entrepostos dos cais, em armazéns,
comerciantes trocam por esterlinos
o vinho que é o sangue dos seus corpos,
moeda pobre que são os seus destinos.
Em Londres os lords e em Paris os snobs,
no Cabo e no Rio os fazendeiros ricos
acham no Porto um sabor divino,
mas a nós só nos sabe, só nos sabe,
à tristeza infinita de um destino.
O rio Douro é um rio de sangue,
por onde o sangue do meu povo corre.
Meu povo, liberta-te, liberta-te!,
Liberta-te, meu povo! – ou morre.
JOAQUIM NAMORADO
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2 comentários:
Considerado aperitivo ideal para os Franceses
Magnífica bebida de fim-de-tarde para os Portugueses
Serve bem em qualquer momento para os Ingleses,
O seu sabor é bem apreciado em qualquer ocasião,
Ora aí está um dia bom para o beber
No 25 de Abril para comemorar a Revolução
E agora não me venham aborrcer!...
O pessoaL DA cOVA ESTÁ MAIS VIRADO PARA O fAVAITO.
Antes era mais martinis, depois, logo oela manhã para engatar na da vespera era marinis com cerveja.
agora é mais os facvaitos que Vinho do Porto ninguém vende.
tudo o que vier marcha.
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