António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
domingo, 11 de fevereiro de 2007
Porquê a GUITARRA de Carlos Paredes?
«As pessoas gostam de me ouvir tocar guitarra, a coisa agrada-lhes e eles aderem. Não há mais nada».
In Público, 20/3/90
«Para se fazer música com prazer tem muita importância a amizade entre as pessoas. Não se pode fazer música friamente e com cálculo, profissionalmente, no mau sentido da palavra, a receber x à hora. Não pode ser assim».
In Se7e, 16/3/88
Carlos Paredes, o guitarrista, que nunca foi profissional, partilhou a música com o seu trabalho de arquivista de películas no Hospital de São José, em Lisboa.
Faleceu em Lisboa a 23 de Julho de 2004.
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