quinta-feira, 6 de julho de 2006

“Às raparigas da minha terra”


Nem só no Algarve há moiras,
Nos extensos areais.
Aqui, nas areias loiras,
Andam muitas, muitas mais.

Não são moiras encantadas ...
Quer em casa ou a pescar,
Ou em longas caminhadas,
São moiras ... a trabalhar!

Na minha terra, a cachopa
É tão airosa e lavada!
A areia lhe cora a roupa,
O sol a deixa corada ...

Na cidade quando passa
Dama elegante ao pé dela ...
Não tem ritmo, a graça
Do seu pisar de gazela.

Emília Maria, Poetisa nascida na Gala (ou na Costa de Lavos) a 16 de Março de 1909, de seu nome completo Emília Maria Bagão e Silva, faleceu a 22 de Março de 1979, na Figueira da Foz.
A Poetisa era filha de Elísio dos Santos Silva, da Costa de Lavos, e de Clementina Bagão, mais conhecida por Clementina da Banca.
João Bagão, um conhecidíssimo guitarrista do fado de Coimbra, era seu meio irmão.

(Informações recolhidas a partir do livro Terras do Mar Salgado, do Capitão João Pereira Mano)

8 comentários:

Anónimo disse...

Muito obrigado pela divulgação do poema e da poetisa da nossa terra.
Fiquei sensibilizado com a beleza e a simplicidade do poema.
Uma maravilha. Muito obrigado aos responsáveis pelo "blog".

Anónimo disse...

Não conhecia...
Mas que belo poema!!!
Sempre a trabalhar para a terra continuem ....

Anónimo disse...

Vi pela primeira vez este blog e desejo-lhe progressos e longa vida. Que mil outros blogs floresçam adaptando a máxima de Mao Tsé-Tung.

Anónimo disse...

No domingo andavas com cara de passarinho, agora estás sensibizado? ou admirado?

Anónimo disse...

Gandas mulheres que esta bela terra tem,ganda teste bloguista, um abraço.continua.........que o passarinho anda aííííí.....$$$$$$$

Anónimo disse...

Não sabia que havia sensura nos blogues?????????estou pasmado..

Anónimo disse...

Desculpe que vos diga meus caros amigos ...
Mas não é só esta grande poetisa que a Cova-Gala tem ...
Também é de evidenciar Aldina Matias colaboradora dum jornal que «fala barato»!!!
E porque não falar do António Agostinho...
Há poetas...

Anónimo disse...

O António Agostinho poderia ter sido um grande repórter jornalístico, se tivesse nascido noutro local e com mais apoio.
Eu que colaborei com ele nessas andanças o posso testemunhar.