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segunda-feira, 9 de março de 2020

ÁGUA GERIDA POR PRIVADOS DÁ NISTO: os aumentos são justificados com a necessidade de participação dos munícipes nos investimentos...

População de Penacova em protesto pelo preço da água vai devolver faturas à câmara


"Um grupo de cidadãos de Penacova, distrito de Coimbra, vai devolver ao presidente da câmara local, na próxima quarta-feira, as faturas de água, cujo aumento de tarifários contesta, foi hoje anunciado durante uma assembleia popular.
“As poucas pessoas que já receberam cartas com a nova fatura estão a devolvê-las por carta registada à APIN [Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior Norte, concessionária de água e saneamento de 11 municípios de Coimbra e Leiria]. Mais de metade das pessoas ainda não recebeu as cartas, deve receber esta semana e uma das propostas aprovadas foi levar as faturas à Assembleia Municipal para as devolver ao presidente da câmara [o socialista Humberto Oliveira]”, explicou Jorge Neves, do Movimento Espontâneo de Cidadãos (MEC)."

A conversa de quem está no poder é sempre a mesma:  na Figueira, em 2005, quem governava dizia que não havia "outra forma de trazer o progresso sem que haja repercussões sobre os munícipes", o que era contestado pelo PCP e por um grupo de cidadãos, cujo port voz era o actual presidente da câmara. 
A água é essencial à vida e à saúde das pessoas. Sem ela não é possível uma vida digna. Mas, a realidade dos dias de hoje, também no domínio do abastecimento de água e do saneamento, apresenta um quadro preocupante. Estamos entregues ao “mercado”Quer dizer: no fundo, as populações perderam o controlo sobre um recurso que devia ser gerido sob a supervisão dos cidadãos. Para quem acha que a coisa não tem importância, a diferença está aqui: antes podia-se “despedir” eleitoralmente uma vereação que fosse ineficaz na gestão deste importante recurso; agora só se for a assembleia de accionistas…
Para os menos atentos, é apenas um pequeno e desprezível pormenor democrático que, claro, não vale nada, perante os “valores em causa”
“Uns vão continuar a comer os figos, a outros vai continuar a rebentar-lhes a boca”.


Isto só lá vai com medidas de fundo: em Dezembro de 2016 "Mafra reassumiu fornecimento da água ao rescindir, 22 anos depois, a concessão da água e saneamento em baixa a uma empresa chinesa."
A Câmara de Mafra decidiu, por unanimidade, rescindir o contrato de concessão em baixa do abastecimento de água e do tratamento das águas residuais com a empresa Be Water, assumindo o município o serviço.
A decisão teve por base um pedido de aumento das tarifas em 35% para a água e para o saneamento pela concessionária, com vista ao seu reequilíbrio económico-financeiro, justificou o município em comunicado.
Por considerar "inaceitável" o aumento das tarifas, o município efectuou um estudo de viabilidade económico-financeira e jurídica sobre a concessão.
Analisados os prós e contras, o município decidiu, por unanimidade, pela rescisão da concessão, "por justificado interesse público e decorrido um quinto do prazo da concessão, mediante aviso prévio com, pelo menos, um ano de antecedência". 

Foi uma atitude corajosa. A antecipação do fim do contrato de privatização da gestão da água e saneamento no concelho de Mafra custou ao município 25 milhões de euros. "A partir de 1 de setembro de 2019,  SMAS, Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Mafra, assumiram a gestão dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais urbanas do concelho"
A Câmara de Mafra terminou assim com a concessão da água a empresas privadas que durou 25 anos. Recorde-se que Mafra foi o primeiro município a privatizar os serviços de água e saneamento.

segunda-feira, 7 de março de 2022

"A concessão da água deve ser renovada?" Depende: se se está no poder ou na oposição...

"A privatização da água no concelho da Figueira da Foz"... Esta, é uma série que já vem longe... Mas que, curiosamente, andou arredada da campanha autárquicas 2021.

Via Diário as Beiras, que citou a agência Lusa Bernardo Reis, o candidato da CDU Figueira trouxe, em setembro de 2021, o assunto à colação. E foi claro.  

NOTA DE RODAPÉ

Os figueirenses ficaram a perder com a privatização da água.
Registe-se: "Foi o Partido Socialista quem privatizou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento." Todavia, recorde-se, é também "verdade que o contrato de concessão foi assinado em 29 Março de 1999, já na gestão do PSD". Estava no poder Santana Lopes.
Os protagonistas principais têm sido mais ou menos os mesmos ao longo do tempo. Só que, quando estão no poder têm uma opinião. Quando estão na oposição, mudam de opinião. 

Recuemos a 2005. Na altura, o "protesto contra o preço da água na Figueira da Foz começou com pouca adesão". A coisa foi crescendo e uns dias depois o protesto engrossou. O PCP, entendia que a "água é um bem que não deve ser tratado unicamente como fonte de lucro" e que a autarquia da Figueira "está a prejudicar os interesses dos cidadãos ao entregar este tipo de serviços lucrativos a clientelas"Em declarações ao PÚBLICO, o vereador com o pelouro das Águas e Saneamento, Ricardo Silva, defendia que a autarquia da Figueira "explicou tudo o que tinha a explicar na devida altura", não compreendendo, por isso, a "oportunidade" dos protestos. Na petição, dirigida ao presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Duarte Silva, os subscritores exigem esclarecimentos sobre a renegociação dos preços da água acordados, em Dezembro de 2004, entre a autarquia e a empresa municipal Águas da Figueira. "Em reunião de câmara, foi aprovado um aumento de sete por cento, mas os aumentos nas facturas situam-se entre os 26 e os 44 por cento", referiu Carlos Monteiro, um dos promotores da iniciativa, em declarações à agência Lusa. O vereador Ricardo Silva argumentou que o executivo camarário "aprovou, de facto, aumentos de sete por cento, mas apenas no preço da água", não estando incluído nesse valor a tarifa de disponibilidade que entrou em vigor juntamente com os novos preços da água, e que encareceu ainda mais a factura dos consumidores.
Segundo informações cedidas pela empresa Águas da Figueira, a tarifa de disponibilidade é uma taxa fixa paga pelos utilizadores, independentemente do seu consumo, que "substitui o aluguer do contador", além de permitir "repartir de forma equilibrada os custos de investimento e manutenção das redes de abastecimento e saneamento". O movimento cívico que apresentou a petição tem argumentado que a tarifa de disponibilidade não é mais do que "um consumo mínimo encapotado", defendendo, por isso, a sua ilegalidade.
No texto da petição, os subscritores invocam ainda o direito de saber "quais as razões que presidiram à eventual renegociação", e ainda se estão previstos mais aumentos para os próximos anos e em que percentagens para os vários tarifários. O vereador Ricardo Silva "não compreende estas dúvidas", afirmando que a Câmara Municipal da Figueira "já justificou os aumentos com a necessidade de proceder à modernização das estruturas de abastecimento de água e saneamento", confirmando ainda que estão previstos novos aumentos para 2007 e 2010.
Durante a entrega da petição, Carlos Monteiro considerou os preços de água na Figueira da Foz como "escandalosos", adiantando que, legalmente, o presidente da autarquia, Duarte Silva, tem um prazo de dez dias úteis para responder à petição.
Desde que os preços da água aumentaram, em Janeiro de 2005, as acções de protesto não têm parado. O mesmo movimento que entregou ontem a petição, avançou, no início deste mês, com uma providência cautelar entregue no Tribunal da Figueira, com o intuito de suspender os aumentos dos preços da água. Sensivelmente na mesma altura, três blogs na Internet começaram a apelar aos consumidores para remeterem a Duarte Silva a cópia da última factura paga à Águas da Figueira."
Nota: em 2005 ainda não existia o blogue OUTRA MARGEM (foi fundado a 25 de Abril de 2006).

Nas eleições autárquicas que se realizaram em Outubro de 2017, a água foi tema de campanha eleitoral... Numa reunião realizada nas Águas da Figueira S.A., no dia 31 de Agosto de 2017, o Dr. Carlos Tenreiro, na companhia do Dr.Miguel Babo, foram amavelmente recebidos pelo Eng. João Damasceno. 
Na altura, para continuar "as rondas de negociação e o estudo e preparação do plano para a redução do tarifário da água."
Na altura, estávamos em campanha eleitoral... 
A ronda de negociações teve resultados?

Ricardo Silva, número dois na lista de Pedro Machado nas autárquicas de 2021, numa conferência de imprensa, realizada no dia 21 de Novembro de 2018, foi explícito: “a Águas da Figueira não está a cumprir o serviço público”. 
Registe-se: "Foi o Partido Socialista quem privatizou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento." Todavia, recorde-se, é também "verdade que o contrato de concessão foi assinado em 29 Março de 1999, já na gestão do PSD", já no consulado de Santana Lopes.
A desculpa foi a seguinte: "porque se entendeu que se devia dar preferência aos investimentos no saneamento, em prejuízo da renovação da rede de abastecimento de água, para mais rapidamente poder levar, nomeadamente às freguesias rurais, o saneamento básico que estas não tinham!"
Segundo o PSD/Figueira, "no período compreendido entre 1999 e 2004 foram investidos cerca de 30 milhões de euros!
No mesmo período, foram construídas 9 Etar´s, 70 estações elevatórias, cerca de 200 km de redes de emissários e colectores!"

Ou seja, "o dobro do que existia até 1999!".
Recorde-se, em abono da verdade. A revisão do contrato de 2012 teve o voto favorável dos vereadores do PSD, do PS e dos 100%. Mais uma vez, o centrão funcionou no seu pior... 

A última revisão aconteceu na sessão de câmara realizada no dia 18 de Fevereiro de 2019, estava no poder como vereadora, a Doutora Mafalda Azenha que hoje assina no Diário as Beiras a crónica que podem ler.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O preço da água na Figueira

Para ler melhor, clicar em cima da imagem

Cito o blogue O Ambiente na Figueira da Foz, do ex-vereador socialista, João Vaz: “defendo que os bens e serviços essenciais (por ex.: água, electricidade, resíduos, gás...etc.) não devem ser subsidiados. Os utilizadores devem pagar o custo real, só assim se racionalizam consumos e se distingue quem poupa e é eficaz no seu uso, e quem gasta desalmadamente.
No entanto, será útil reflectir sobre a privatização e concessão da exploração das águas a empresas privadas. No topo dos sistemas com água mais cara estão entidades privadas. Não seria suposto a privatização aumentar a eficiência da empresa e diminuir o preço final ? Não é esse o objectivo da privatização?”

Hoje, o Diário As Beiras, conforme a imagem ao lado dá conta, insere um longo texto de que respigo alguns tópicos:

“Há cerca de cinco anos, a câmara e a Águas da Figueira renegociaram o contrato de concessão da água e do saneamento básico”.
“ Foram então criados novos escalões e tarifários, medidas que se repercutiram no bolso dos consumidores, que passaram a pagar mais.”
“A concessionária adiantou-se em vários anos à lei que veio abolir o aluguer do contador da água, criando a chamada e contestada Taxa de Disponibilidade, de legalidade duvidosa.”
“O preço da água volta à actualidade na sequência da publicação de um estudo da Deco, que coloca a Figueira no terceiro lugar da água mais cara do país. No gráfico que a revista Proteste vai publicar na edição de Novembro, o concelho é apenas superado por S. João da Madeira e Paços de Ferreira”.
Segundo a Proteste, “os figueirenses pagam anualmente 64 euros por 120 metros cúbicos de água, referentes à componente fixa. Mas a factura dispara para os 99 euros quando são analisados os factores variáveis. Mas se o estudo tivesse como referências as actuais tarifas, então os preços seriam, respectivamente, de 66,84 euros e 100,4 euros. E em 2010, os preços vão ser actualizados em alta.”
Luís Pena, da Associação Portuguesa de Direito do Consumo e um dos impulsionadores do movimento que contestou a subida do preço da água, defende a revisão dos escalões e o fim da Taxa de Disponibilidade.
“Contra factos não há argumentos, e os factos dizem-nos que os consumidores pagam um preço que situa a Figueira na lista dos cinco concelhos com a água mais cara do país”.
O advogado figueirense lembra “que a factura vai aumentar em 2010 e em 2013, cumprindo assim um dos pontos da revisão do contrato de concessão.”

Voltando a citar João Vaz: “poucos estudos foram realizados sobre este tema em Portugal, mas seria útil analisar a questão, verificando-se se a privatização dos serviços de águas resultou em benefício da comunidade, ou serviu mais para gerar lucros a empresas e consórcios privados. Houve aumentos de preços injustificados ?A este respeito note-se que Paris "recomunalizou" (retirando-o à VEOLIA, uma das maiores empresas do mundo neste sector) os serviços de águas, passando estes a ser directamente geridos pelo município.”

Certo, certo mesmo, é que a água na Figueira da Foz é a terceira mais cara do país, segundo o estudo da DECO.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

O preço da água na Figueira e os aproveitamentos políticos...

2023 vai ficar na história da gestão da água no concelho da Figueira da Foz: Ricardo Silva (juntamente com Anabela Tabaçó) liderou as negociações entre a Câmara da Figueira e a empresa concessionária
Este é um dos pontos da ordem de trabalhos da reunião de câmara extraordinária de hoje
Os figueirenses já pagaram a água mais cara do país. Apesar de já não liderarem a tabela, continuam a desembolsar, no mínimo, cerca de 15 euros por mês.  

A revisão do contrato de 2012 cotemplou a oferta dos três primeiros metros cúbicos aos consumidores domésticos com residência permanente no concelho, um tarifário social para famílias carenciadas e outro para agregados familiares numerosos.

Os investimentos previstos para 30 anos, aquando da concessão, foram realizados em seis anos, segundo sustentava o PSD Figueira em 2019. 

A direcção local do PSD (ao momento liderada por Ricardo Silva, actual vereador executivo, juntamente com a vice-presidente Anabela Tabaçó interveniente nas conversações realizadas, em 2023, entre as Águas da Figueira e a Câmara Municpal), em 2019, aproveitou a revisão do contrato para fazer críticas ao executivo camarário socialista, apresentar propostas e defender uma auditoria externa. 

A oferta dos primeiros cinco metros cúbicos, a redução do custo fixo da fatura da água, através da tarifa disponibilidade, de 5,6 para 5,4 euros, eram prioridades para o PSD Figueira, na altura na oposição.

E propunha mais: que em vez dos consumidores, pasasse a ser o orçamento da câmara a pagar os tarifários sociais. “Trata-se de uma opção política”, afirmou então ao DIÁRIO AS BEIRAS Ricardo Silva, vereador e presidente da Concelhia do PSD. 

Questionado sobre os custos das medidas propostas pelo PSD, Ricardo Silva respondeu assim: “Não sabemos quantos consumidores domésticos estão abrangidos e quantos estão registados com tarifário de residente. Os relatórios semestrais de 2018 não nos foram facultados”. No entanto, afiançou: “Face aos dados que dispomos, entendemos que estas medidas são financeiramente sustentáveis”

O preço da água continua um assunto na ordem do dia na Figueira, de há muitos anos a esta parte. Os figueirenses são dos que mais pagam pelo líquido precioso e indispensável à vida. Quando é que o município tem coragem de efectuar  um estudo de viabilidade económico-financeira e jurídica sobre a concessão?

A última revisão aconteceu na sessão de câmara realizada no dia 18 de Fevereiro de 2019. Os figueirenses ficaram a perder com a privatização da água.

Os protagonistas principais têm sido mais ou menos os mesmos ao longo do tempo. Só que, quando estão no poder têm uma opinião. Quando estão na oposição, mudam de opinião. 

Recuemos a 2005. Na altura, o "protesto contra o preço da água na Figueira da Foz começou com pouca adesão". A coisa foi crescendo e uns dias depois o protesto engrossou. O PCP, entendia que a "água é um bem que não deve ser tratado unicamente como fonte de lucro" e que a autarquia da Figueira "está a prejudicar os interesses dos cidadãos ao entregar este tipo de serviços lucrativos a clientelas"

Nessa altura, em declarações ao PÚBLICO, o vereador com o pelouro das Águas e Saneamento, Ricardo Silva, defendia que a autarquia da Figueira tinha "explicado tudo o que tinha a explicar na devida altura", não compreendendo, por isso, a "oportunidade" dos protestos. Na petição, dirigida ao presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Duarte Silva, os subscritores exigem esclarecimentos sobre a renegociação dos preços da água acordados, em Dezembro de 2004, entre a autarquia e a empresa municipal Águas da Figueira. "Em reunião de câmara, foi aprovado um aumento de sete por cento, mas os aumentos nas facturas situam-se entre os 26 e os 44 por cento", referiu Carlos Monteiro, um dos promotores da iniciativa, em declarações à agência Lusa. 

O vereador Ricardo Silva argumentou que o executivo camarário "aprovou, de facto, aumentos de sete por cento, mas apenas no preço da água", não estando incluído nesse valor a tarifa de disponibilidade que entrou em vigor juntamente com os novos preços da água, e que encareceu ainda mais a factura dos consumidores.

Segundo informações cedidas pela empresa Águas da Figueira, a tarifa de disponibilidade é uma taxa fixa paga pelos utilizadores, independentemente do seu consumo, que "substitui o aluguer do contador", além de permitir "repartir de forma equilibrada os custos de investimento e manutenção das redes de abastecimento e saneamento". O movimento cívico que apresentou a petição argumentava que a tarifa de disponibilidade não é mais do que "um consumo mínimo encapotado", defendendo, por isso, a sua ilegalidade.

No texto da petição, os subscritores invocavam ainda o direito de saber "quais as razões que presidiram à eventual renegociação", e ainda se estão previstos mais aumentos para os próximos anos e em que percentagens para os vários tarifários. O vereador Ricardo Silva "não compreendeu estas dúvidas", afirmando que a Câmara Municipal da Figueira "já justificou os aumentos com a necessidade de proceder à modernização das estruturas de abastecimento de água e saneamento", confirmando ainda que estão previstos novos aumentos para 2007 e 2010.

Durante a entrega da petição, Carlos Monteiro considerou os preços de água na Figueira da Foz como "escandalosos".


No dia 8 de Novembro de 2022, há pouco mais de 2 anos, Ricardo Silva escreveu mais um episódio desta série. 

«O vereador do PSD no município da Figueira da Foz defendeu  que a Câmara deve assumir a gestão do abastecimento público de água e não aumentar o tarifário para 2023, e explicou aceitar, no limite, uma atualização de 02%. 

Em comunicado, na véspera deste eventual aumento ir a votação no município, Ricardo Silva considerou que “o aumento da tarifa da água de 11,3%, proposto pela concessionária, revela uma insensibilidade e aproveitamento abusivo de uma situação excecional que todos vivem, no país e no estrangeiro”

“Um abuso total, porque é a tentativa de transposição de uma taxa de inflação global, que não é suportável para ninguém no país, em situação nenhuma, muito menos nos vencimentos e no rendimento das pessoas, sendo perfeitamente inadmissível”, referiu o único vereador do PSD no executivo figueirense. Ricardo Silva salientando que a empresa Águas da Figueira, a quem está concessionado o serviço de abastecimento, obteve lucros de cerca de 20 milhões de euros nos últimos 10 anos, sem que se conheçam “grandes investimentos em infraestruturas nos últimos anos!”

“Tudo isto à custa de uma das tarifas mais altas que se pratica em Portugal”, sublinhou o social-democrata, considerando que a concessionária “não está a cumprir os objetivos estipulados no objeto da concessão”. Insistiu também na necessidade de serem efetuadas auditorias técnicas e financeiras independentes. Para o autarca, “torna-se necessário realizar um balanço e proceder a uma avaliação dos diversos aspetos inerentes ao contrato de concessão e ao desempenho da concessionária, no que respeita à prestação do serviço público concessionado”

O vereador defendia o regresso da gestão do serviço de abastecimento público ao domínio municipal, à semelhança dos municípios de “Mafra, Setúbal, Santo Tirso, Paredes e Paços de Ferreira”

Quanto a aumentos para o próximo ano, Ricardo Silva propôs que “não haja aumentos ou, no limite, 02%, idêntico ao aumento médio de rendimentos na função pública”

Sabemos o que aconteceu na altura

A Câmara da Figueira da Foz, por proposta de Santana Lopes, deliberou não aumentar o tarifário da água em 2023.


A água, em todo o lado e também na Figueira, é essencial à vida e à saúde das pessoas. Sem ela não é possível uma vida digna. Mas, no nosso concelho, a realidade dos dias de hoje, também no domínio do abastecimento de água e do saneamento, apresenta um quadro preocupante. Estamos entregues ao “mercado”.

Presentemente, no fundo, a gestão deste recurso natural, está sob o controle duma empresa, a Águas da Figueira SA … 

Quer dizer: no fundo, a população figueirense perdeu o controlo sobre um recurso que devia ser gerido sob a supervisão dos cidadãos. Para quem acha que a coisa não tem importância, a diferença está aqui: antes podia-se “despedir” eleitoralmente uma vereação que fosse ineficaz na gestão deste importante recurso; agora só se for a assembleia de accionistas…

Para os menos atentos, é apenas um pequeno e desprezível pormenor democrático que, claro, não vale nada, perante os “valores em causa”

Confesso que estou curioso com os resultados obtidos com o contributo de Ricardo Silva, agora como vereador executivo, nas negociações realizadas em 2023.

terça-feira, 8 de novembro de 2022

O tarifário da água no concelho da Figueira da Foz, uma série que já vem de longe



Bernardo Reis, o candidato da CDU Figueira ainda tentou trazer o assunto à colação... 
Foi estranha essa ausência, pois Ricardo Silva, número dois na lista de Pedro Machado nas autárquicas de Setembro de 2021, numa conferência de imprensa, realizada no dia 21 de Novembro de 2018, tinha sido explícito: “a Águas da Figueira não está a cumprir o serviço público”. 
Registe-se.
"Foi o Partido Socialista quem privatizou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento." Todavia, recorde-se, é também "verdade que o contrato de concessão foi assinado em 29 Março de 1999, já na gestão do PSD", na primeira passagem de Santana Lopes como presidente de câmara da Figueira da Foz.
A desculpa foi a seguinte: "porque se entendeu que se devia dar preferência aos investimentos no saneamento, em prejuízo da renovação da rede de abastecimento de água, para mais rapidamente poder levar, nomeadamente às freguesias rurais, o saneamento básico que estas não tinham!"
Segundo o PSD/Figueira, "no período compreendido entre 1999 e 2004 foram investidos cerca de 30 milhões de euros!
No mesmo período, foram construídas 9 Etar´s, 70 estações elevatórias, cerca de 200 km de redes de emissários e colectores!"

Ou seja, "o dobro do que existia até 1999!".
Recorde-se, em abono da verdade. A revisão do contrato de 2012 teve o voto favorável dos vereadores do PSD, do PS e dos 100%. Mais uma vez, o centrão funcionou no seu pior... 
Os figueirenses ficaram a perder com a privatização da água.
Os protagonistas principais têm sido mais ou menos os mesmos ao longo do tempo. Só que, quando estão no poder têm uma opinião. Quando estão na oposição, mudam de opinião. Recuemos a 2005. Na altura, o "protesto contra o preço da água na Figueira da Foz começou com pouca adesão". A coisa foi crescendo e uns dias depois o protesto engrossou. O PCP, entendia que a "água é um bem que não deve ser tratado unicamente como fonte de lucro" e que a autarquia da Figueira "está a prejudicar os interesses dos cidadãos ao entregar este tipo de serviços lucrativos a clientelas"
Em declarações ao PÚBLICO, o vereador com o pelouro das Águas e Saneamento, Ricardo Silva, defendia que a autarquia da Figueira "explicou tudo o que tinha a explicar na devida altura", não compreendendo, por isso, a "oportunidade" dos protestos. Na petição, dirigida ao presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Duarte Silva, os subscritores exigem esclarecimentos sobre a renegociação dos preços da água acordados, em Dezembro de 2004, entre a autarquia e a empresa municipal Águas da Figueira. "Em reunião de câmara, foi aprovado um aumento de sete por cento, mas os aumentos nas facturas situam-se entre os 26 e os 44 por cento", referiu Carlos Monteiro, um dos promotores da iniciativa, em declarações à agência Lusa. O vereador Ricardo Silva argumentou que o executivo camarário "aprovou, de facto, aumentos de sete por cento, mas apenas no preço da água", não estando incluído nesse valor a tarifa de disponibilidade que entrou em vigor juntamente com os novos preços da água, e que encareceu ainda mais a factura dos consumidores.
Segundo informações cedidas pela empresa Águas da Figueira, a tarifa de disponibilidade é uma taxa fixa paga pelos utilizadores, independentemente do seu consumo, que "substitui o aluguer do contador", além de permitir "repartir de forma equilibrada os custos de investimento e manutenção das redes de abastecimento e saneamento". O movimento cívico que apresentou a petição tem argumentado que a tarifa de disponibilidade não é mais do que "um consumo mínimo encapotado", defendendo, por isso, a sua ilegalidade.
No texto da petição, os subscritores invocam ainda o direito de saber "quais as razões que presidiram à eventual renegociação", e ainda se estão previstos mais aumentos para os próximos anos e em que percentagens para os vários tarifários. O vereador Ricardo Silva "não compreendeu estas dúvidas", afirmando que a Câmara Municipal da Figueira "já justificou os aumentos com a necessidade de proceder à modernização das estruturas de abastecimento de água e saneamento", confirmando ainda que estão previstos novos aumentos para 2007 e 2010.
Durante a entrega da petição, Carlos Monteiro considerou os preços de água na Figueira da Foz como "escandalosos", adiantando que, legalmente, o presidente da autarquia, Duarte Silva, tem um prazo de dez dias úteis para responder à petição.

«O vereador do PSD no município da Figueira da Foz defendeu hoje que a Câmara deve assumir a gestão do abastecimento público de água e não aumentar o tarifário para 2023, e explicou aceitar, no limite, uma atualização de 02%. 
Em comunicado, na véspera deste eventual aumento ir a votação no município, Ricardo Silva considerou que “o aumento da tarifa da água de 11,3%, proposto pela concessionária, revela uma insensibilidade e aproveitamento abusivo de uma situação excecional que todos vivem, no país e no estrangeiro”
“Um abuso total, porque é a tentativa de transposição de uma taxa de inflação global, que não é suportável para ninguém no país, em situação nenhuma, muito menos nos vencimentos e no rendimento das pessoas, sendo perfeitamente inadmissível”, referiu o único vereador do PSD no executivo figueirense. Ricardo Silva salientou que a empresa Águas da Figueira, a quem está concessionado o serviço de abastecimento, obteve lucros de cerca de 20 milhões de euros nos últimos 10 anos, sem que se conheçam “grandes investimentos em infraestruturas nos últimos anos!”
“Tudo isto à custa de uma das tarifas mais altas que se pratica em Portugal”, sublinhou o social-democrata, considerando que a concessionária “não está a cumprir os objetivos estipulados no objeto da concessão”. Insistiu também na necessidade de serem efetuadas auditorias técnicas e financeiras independentes. Para o autarca, “torna-se necessário realizar um balanço e proceder a uma avaliação dos diversos aspetos inerentes ao contrato de concessão e ao desempenho da concessionária, no que respeita à prestação do serviço público concessionado”
O vereador defendeu o regresso da gestão do serviço de abastecimento público ao domínio municipal, à semelhança dos municípios de “Mafra, Setúbal, Santo Tirso, Paredes e Paços de Ferreira”
Quanto a aumentos para o próximo ano, Ricardo Silva propõe que “não haja aumentos ou, no limite, 02%, idêntico ao aumento médio de rendimentos na função pública”
No dia 31 de outubro, o município da Figueira da Foz voltou a adiar a votação do aumento das tarifas de água proposto pela concessionária Águas da Figueira da Foz, que aponta para uma subida de 09%. Depois de em setembro a autarquia liderada por Pedro Santana Lopes (independente) ter adiado a votação por não concordar com a proposta de aumento de 11,3%, a nova taxa indicada motivou reservas da liderança do executivo e dos vereadores da oposição do Partido Socialista, que pediram mais tempo para analisar a proposta.»

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Contrato “Águas da Figueira” (Esclarecimentos)


Conforme consta nas atas das reuniões de Câmara Municipal, o PSD apresentou requerimentos a solicitar informações relativas ao contrato de concessão com as “Águas da Figueira”nem sempre a informação tem sido disponibilizada!

O PSD em Novembro de 2019, propôs que fosse elaborada uma auditoria técnico-financeira ao contrato de concessão e ao desempenho da concessionária por uma entidade independente e idónea!

Da parte do Dr. Carlos Monteiro, temos assistido a comportamentos de arrogância e prepotência, acusando constantemente o PSD de mentir sobre as dúvidas ao contrato com as “Águas da Figueira” !

Em 2005, o Dr. Carlos Monteiro, encabeçou o movimento a “ Água mais Cara”, criticando a tarifa de disponibilidade e os investimentos em Água e Saneamento!

Mas o executivo Socialista em 2012, vendeu a ilusão que a fatura da água ia baixar para os Figueirenses!!

Na Revisão de 2012 a Câmara Municipal:

- Eliminou a caução 7 milhões de Euros do Contrato de Concessão, ou seja, a mesma é exigida em todos os contratos públicos, no caso em concreto se a Concessionária não cumprir, não há caução para acionar!) “Art. 41º Garantias, Sanções e Contencioso foi revogado” (anexo comprovativos das afirmações. Doc. 1).

- Permitiu a sub- Concessão do sistema de saneamento à empresa “Luságua”, acionista das “ Águas da Figueira” alterando o Art. 11º (exclusividade), tornando-se um financiamento encapotado ao acionista. (anexo comprovativos das afirmações. Doc. 2).

- A Câmara Municipal deixou de fiscalizar as obras das “ Águas da Figueira”. O Art. 40º (fiscalização de obras) foi revogado. (anexo comprovativos das afirmações. Doc. 3)

- Diminui em 5,7 milhões de Euros de rendas a receber da Concessionária! Art. 69 Retribuição da Concessão, (anexo comprovativos das afirmações. Doc.4)

- As tarifas fixas da água e saneamento aumentaram! (anexo comprovativos das afirmações. Doc. 5)

No primeiro semestre de 2019, as perdas de água na rede (água não faturada) aumentaram 18,73% em relação ao período homólogo. (anexo comprovativos das afirmações. Doc. 6)

- Desobrigou o investimento das “ Águas da Figueira” em cerca de 11 milhões de Euros. (anexo comprovativos das afirmações. Doc. 7)

Anunciaram baixa da TIR (taxa interna de rentabilidade) do acionista, sendo o desejável para a Concessionária, o que serviu apenas para a mesma reequilibrar as contas.

- O Dr. Carlos Monteiro NÃO honrou o compromisso eleitoral, de baixar a tarifa da Água a todos os Figueirenses.

A propaganda SOCIALISTA iludiu os Figueirenses com a redução das tarifas da água, com a tarifa das famílias numerosas e tarifa social, e assim Câmara Municipal deixou de comparticipar 25% nos investimentos!

Os Figueirenses ficaram a pagar muito menos pela Água? NÃO!!

Assim sendo, todo o supra exposto encontra-se devidamente provado e documentado! 
Desta forma, aguardamos que face à documentação apresentada e explanada, o Sr. Presidente da Câmara Municipal, continue a atacar, difamar e apelidar a oposição como MENTIROSA! 
A verdade é e será INCONVERTÍVEL!!!

Figueira da Foz, 20 de Fevereiro de 2020 
PSD Figueira da Foz
Os anexos podem ser consultados aqui.

terça-feira, 21 de setembro de 2021

Autárquicas 2021 na Figueira: coisas realmente importantes para os figueirenses, que têm andado desaparecidas da campanha...

"O tarifário da água no concelho da Figueira da Foz"

 ... esta, é uma série que já vem longe...

Mas que, curiosamente, tem andado arredada da campanha autárquicas 2021.
Hoje, via As Beiras, que cita declarações prestadas à agência Lusa por Bernardo Reis,  a CDU Figueira traz o assunto à colacção.
Os figueirenses ficaram a perder com a privatização da água.
Registe-se: "Foi o Partido Socialista quem privatizou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento." Todavia, recorde-se, é também "verdade que o contrato de concessão foi assinado em 29 Março de 1999, já na gestão do PSD", já no consulado de Santana Lopes.
Os protagonistas principais têm sido mais ou menos os mesmos ao longo do tempo. Só que, quando estão no poder têm uma opinião. Quando estão na oposição, mudam de opinião. Recuemos a 2005. Na altura, o "protesto contra o preço da água na Figueira da Foz começou com pouca adesão"A coisa foi crescendo e uns dias depois o protesto engrossou. O PCP, entendia que a "água é um bem que não deve ser tratado unicamente como fonte de lucro" e que a autarquia da Figueira "está a prejudicar os interesses dos cidadãos ao entregar este tipo de serviços lucrativos a clientelas"Em declarações ao PÚBLICO, o vereador com o pelouro das Águas e Saneamento, Ricardo Silva, defendia que a autarquia da Figueira "explicou tudo o que tinha a explicar na devida altura", não compreendendo, por isso, a "oportunidade" dos protestos. Na petição, dirigida ao presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Duarte Silva, os subscritores exigem esclarecimentos sobre a renegociação dos preços da água acordados, em Dezembro de 2004, entre a autarquia e a empresa municipal Águas da Figueira. "Em reunião de câmara, foi aprovado um aumento de sete por cento, mas os aumentos nas facturas situam-se entre os 26 e os 44 por cento", referiu Carlos Monteiro, um dos promotores da iniciativa, em declarações à agência Lusa. O vereador Ricardo Silva argumenta que o executivo camarário "aprovou, de facto, aumentos de sete por cento, mas apenas no preço da água", não estando incluído nesse valor a tarifa de disponibilidade que entrou em vigor juntamente com os novos preços da água, e que encareceu ainda mais a factura dos consumidores.
Segundo informações cedidas pela empresa Águas da Figueira, a tarifa de disponibilidade é uma taxa fixa paga pelos utilizadores, independentemente do seu consumo, que "substitui o aluguer do contador", além de permitir "repartir de forma equilibrada os custos de investimento e manutenção das redes de abastecimento e saneamento". O movimento cívico que apresentou a petição tem argumentado que a tarifa de disponibilidade não é mais do que "um consumo mínimo encapotado", defendendo, por isso, a sua ilegalidade.
No texto da petição, os subscritores invocam ainda o direito de saber "quais as razões que presidiram à eventual renegociação", e ainda se estão previstos mais aumentos para os próximos anos e em que percentagens para os vários tarifários. O vereador Ricardo Silva "não compreende estas dúvidas", afirmando que a Câmara Municipal da Figueira "já justificou os aumentos com a necessidade de proceder à modernização das estruturas de abastecimento de água e saneamento", confirmando ainda que estão previstos novos aumentos para 2007 e 2010.
Durante a entrega da petição, Carlos Monteiro considerou os preços de água na Figueira da Foz como "escandalosos", adiantando que, legalmente, o presidente da autarquia, Duarte Silva, tem um prazo de dez dias úteis para responder à petição.
Desde que os preços da água aumentaram, em Janeiro de 2005, as acções de protesto não têm parado. O mesmo movimento que entregou ontem a petição, avançou, no início deste mês, com uma providência cautelar entregue no Tribunal da Figueira, com o intuito de suspender os aumentos dos preços da água. Sensivelmente na mesma altura, três blogs na Internet começaram a apelar aos consumidores para remeterem a Duarte Silva a cópia da última factura paga à Águas da Figueira."
Nota: em 2005 ainda não existia o blogue OUTRA MARGEM (foi fundado a 25 de Abril de 2006).

Nas últimas eleições autárquicas, que se realizaram em Outubro de 2017, a água foi tema de campanha eleitoral... Numa reunião realizada nas Águas da Figueira S.A., no dia 31 de Agosto de 2017, o Dr. Carlos Tenreiro, na companhia do Dr.Miguel Babo, foram amavelmente recebidos pelo Eng. João Damasceno. 
Na altura, para continuar "as rondas de negociação e o estudo e preparação do plano para a redução do tarifário da água."
Na altura, estávamos em campanha eleitoral... 
A ronda de negociações teve resultados?

Ricardo Silva, número dois na lista de Pedro Machado nestas autárquicas, numa conferência de imprensa, realizada no dia 21 de Novembro de 2018, foi explícito: “a Águas da Figueira não está a cumprir o serviço público”. 
Registe-se: "Foi o Partido Socialista quem privatizou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento." Todavia, recorde-se, é também "verdade que o contrato de concessão foi assinado em 29 Março de 1999, já na gestão do PSD", já no consulado de Santana Lopes.
A desculpa foi a seguinte: "porque se entendeu que se devia dar preferência aos investimentos no saneamento, em prejuízo da renovação da rede de abastecimento de água, para mais rapidamente poder levar, nomeadamente às freguesias rurais, o saneamento básico que estas não tinham!"

Segundo o PSD/Figueira, "no período compreendido entre 1999 e 2004 foram investidos cerca de 30 milhões de euros!
No mesmo período, foram construídas 9 Etar´s, 70 estações elevatórias, cerca de 200 km de redes de emissários e colectores!"

Ou seja, "o dobro do que existia até 1999!".

Recorde-se, em abono da verdade. A revisão do contrato de 2012 teve o voto favorável dos vereadores do PSD, do PS e dos 100%. Mais uma vez, o centrão funcionou no seu pior... 

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Coisas realmente importantes para os figueirenses: "o tarifário da água no concelho da Figueira da Foz"

Três quadras de um poema "engraçado", escrito pelo Sr. Quim Romão.
Ricardo Silva, ontem numa conferência de imprensa, foi explícito: “a Águas da Figueira não está a cumprir o serviço público”. 
Registe-se: "Foi o Partido Socialista quem privatizou os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento." Todavia, recorde-se, é também "verdade que o contrato de concessão foi assinado em 29 Março de 1999, já na gestão do PSD", já no consulado de Santana Lopes.
A desculpa foi a seguinte: "porque se entendeu que se devia dar preferência aos investimentos no saneamento, em prejuízo da renovação da rede de abastecimento de água, para mais rapidamente poder levar, nomeadamente às freguesias rurais, o saneamento básico que estas não tinham!"

Segundo o PSD/Figueira, "no período compreendido entre 1999 e 2004 foram investidos cerca de 30 milhões de euros!
No mesmo período, foram construídas 9 Etar´s, 70 estações elevatórias, cerca de 200 km de redes de emissários e colectores!"

Ou seja, "o dobro do que existia até 1999!".

Recorde-se, em abono da verdade. A revisão do contrato de 2012 teve o voto favorável dos vereadores do PSD, do PS e dos 100%. Mais uma vez, o centrão funcionou no seu pior... 

Será que na Figueira só é bem-quista a oposição "colaboracionista", ou com "rabos de palha"?
Ricardo Silva, que está há um ano na vereação e há seis meses como presidente da concelhia da concelhia, não tem papas na língua.
"...se hoje pagamos o tarifário de água dos mais caros do País, isso deve-se unicamente à falta de investimento em água e saneamento durante muitos anos, fruto da governação Socialista que comandou a Figueira da Foz durante 25 Anos, a mesma que, tal como agora, gasta o dinheiro dos contribuintes em obras de fachada sem saber bem se tem/qual é a sua utilidade."

"... porque não há investimentos na rede de água e de saneamento, estão ETAR´S e redes de água em rotura constante.
Para além de que ainda há muitas zonas no concelho sem rede de saneamento."

" - Foi criada uma nova tarifa de disponibilidade de saneamento. (na revisão 2012, aprovada por todos os vereadores: até por Carlos Monteiro, uma voz, antes de 2009 que se fazia ouvir quando o assunto era água e o seu preço)
- A tarifa de disponibilidade água é de €5,15
- A tarifa de disponibilidade de saneamento é de €4,64 ….
Ou seja: um total de €9,79!!!
Com esta nova tarifa de disponibilidade no saneamento, em cada contador figueirense houve um aumento de €5,59 na factura!
Na revisão de 2012, a tarifa variável no saneamento passou a representar 85% do valor da tarifa da água (na revisão de 2004 representava... 50%!!!)."

"No período compreendido entre 1999 e 2004 foram investidos cerca de 30 milhões de euros!!!
No mesmo período, foram construídas 9 Etar´s, 70 estações elevatórias, cerca de 200 km de redes de emissários e coletores!
Ou seja, o dobro do que existia até 1999! (resultado da herança da gestão Socialista que governou a Figueira da Foz durante 25 Anos, a qual não soube aproveitar os fundos comunitários, nos anos 90! Porque era obra que ficava debaixo da terra e não dava votos?!... Não valia a pena Investir em saneamento básico.... tal como Hoje!
Vale a pena recordar que, até 2003, os esgotos da zona urbana iam diretamente para o rio!..).
Contactadas pelo DIÁRIO AS BEIRAS, a concessionária e a autarquia decidiram não reagir ontem às afirmações da Concelhia do PSD.

O preço da água é um assunto na ordem do dia na Figueira, de há muitos anos a esta parte.
Os figueirenses são dos que mais pagam pelo líquido precioso e indispensável à vida.
Quando é que o município efectua  um estudo de viabilidade económico-financeira e jurídica sobre a concessão?
Só assim, depois de analisados os prós e contras, o município estaria em condições de decidir, ou não, pela rescisão da concessão, por justificado interesse público.
No nosso concelho, os figueirenses pagam o produto  fornecido pela Águas da Figueira "ao preço do Champanhe"...
Mas, onde está a vontade e a coragem política para defender os cidadãos figueirenses, contra outros interesses?..

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Revisão do contrato de concessão dos serviços de água e saneamento na ordem do dia...

Atenção figueirenses: a revisão do contrato de concessão dos serviços de água e saneamento vai hoje a votos na reunião de câmara, aberta ao público, com início às 15H00. Aquele ponto da ordem de trabalhos refere-se à revisão do quinquénio 2012 - 2017.
Os figueirenses já pagaram a água mais cara do país. Apesar de já não liderarem a tabela, continuam a desembolsar, no mínimo, cerca de 15 euros por mês. Um dos temas fortes da campanha eleitoral de João Ataíde para o primeiro mandato (2009 - 2013) foi, justamente, o preço da água paga pelos consumidores figueirenses, que reafirmou na tomada de posse. A revisão do contrato de 2012 comtemplou a oferta dos três primeiros metros cúbicos aos consumidores domésticos com residência permanente no concelho, um tarifário social para famílias carenciadas e outro para agregados familiares numerosos.
Os investimentos previstos para 30 anos, aquando da concessão, foram realizados em seis anos, tem sustentado o PSD. A direcção local do partido, neste momento, aproveita a revisão do contrato para fazer críticas ao executivo camarário socialista, apresentar propostas e defender uma auditoria externa. A oferta dos primeiros cinco metros cúbicos, a redução do custo fixo da fatura da água, através da tarifa disponibilidade, de 5,6 para 5,4 euros, são prioridades para aquele partido da oposição. Mas também propõe que, em vez dos consumidores, passe a ser o orçamento da câmara a pagar os tarifários sociais. “Trata-se de uma opção política”, afirmou ao DIÁRIO AS BEIRAS Ricardo Silva, vereador e presidente da Concelhia do PSD. Entretanto, o mesmo jornal apurou que a maioria socialista propõe mais 1,5 milhões de euros de investimento para os próximos cinco anos e uma redução de 50 por cento do preço da instalação dos contadores para os primeiros contratos, actualmente nos 140 euros (a mudança de titular do mesmo contador está isenta). Os tarifários, esses, deverão manter-se.
Questionado pelo sobre os custos das medidas propostas pelo PSD, Ricardo Silva respondeu assim: “Não sabemos quantos consumidores domésticos estão abrangidos e quantos estão registados com tarifário de residente. Os relatórios semestrais de 2018 não nos foram facultados”. No entanto, afiançou: “Face aos dados que dispomos, entendemos que estas medidas são financeiramente sustentáveis”. De acordo com o relatório técnico anual de 2018, esclareceu por sua vez o gabinete da presidência da câmara: “8162 clientes beneficiaram da isenção de pagamento dos primeiros três metros cúbicos, na qualidade de clientes residentes, a que correspondeu um volume de água não faturada de 261.101 metros cúbicos”. E acrescentou que "em 2017 beneficiaram daquela oferta 7881 clientes, correspondendo a um volume de água não faturada de 253.117 metros cúbicos”

O preço da água é um assunto na ordem do dia na Figueira, de há muitos anos a esta parte. Os figueirenses são dos que mais pagam pelo líquido precioso e indispensável à vida. Quando é que o município tem coragem de efectuar  um estudo de viabilidade económico-financeira e jurídica sobre a concessão?
A água, em todo o lado e também na Figueira, é essencial à vida e à saúde das pessoas. Sem ela não é possível uma vida digna. Mas, no nosso concelho, a realidade dos dias de hoje, também no domínio do abastecimento de água e do saneamento, apresenta um quadro preocupante. Estamos entregues ao “mercado”.
Presentemente, no fundo, a gestão deste recurso natural, está sob o controle duma empresa, a Águas da Figueira SA …
Quer dizer: no fundo, a população figueirense perdeu o controlo sobre um recurso que devia ser gerido sob a supervisão dos cidadãos. Para quem acha que a coisa não tem importância, a diferença está aqui: antes podia-se “despedir” eleitoralmente uma vereação que fosse ineficaz na gestão deste importante recurso; agora só se for a assembleia de accionistas…
Para os menos atentos, é apenas um pequeno e desprezível pormenor democrático que, claro, não vale nada, perante os “valores em causa”
“Uns vão continuar a comer os figos, a outros vai continuar a rebentar-lhes a boca”.