quinta-feira, 2 de março de 2017

Em Portugal, há mais milagres para além dos de Fátima!

Teodora Cardoso: défice de 2,1% “foi um milagre”...

Nota de rodapé.
Quando é que Vaticano inicia processo de canonização da Geringonça?..

A Câmara andou 4 anos a falar do assunto e nada... Há pais que demoram 20 anos para fazer do seu filho um homem...

A Casa dos Pescadores de Buarcos foi vendida à Misericórdia - Obra da Figueira em 11 de Julho de 2014 
O presidente da Junta de Buarcos afirmou em 18 de julho de 2014, em declarações ao jornal AS BEIRAS que ficou “indignado” quando soube que a Casa dos Pescadores de Buarcos foi vendida à Misericórdia – Obra da Figueira.
O facto tinha sido tornado publico na edição do dia anterior do mesmo jornal: “a Misericórdia – Obra da Figueira comprou a Casa dos Pescadores de Buarcos, por 425 mil euros, ao Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social. As negociações começaram em novembro de 2013.”
Ouvido pelo jornal, o provedor da instituição particular de solidariedade social, Joaquim de Sousa, confirmou que os dois imóveis foram formalmente adquiridos no dia 11 desse mesmo mês de Julho de 2014.
Havia outros interessados, entre os quais a Junta de Buarcos, presidida por José Esteves, antigo marítimo. “Tanto quanto sei, houve alguns interessados, durante anos, mas foi mais conversa do que outra coisa. A nossa foi a primeira proposta concreta”, declarou ontem nas BEIRAS Joaquim de Sousa.
O valor dos imóveis resulta de uma avaliação feita pelas Finanças.
O terreno onde os dois edifícios foram construídos, com dois pisos e 700 metros quadrados, tem uma área de mil metros quadrados.
José Esteves, em declarações que o mesmo jornal insere na sua edição de hoje, afirma que “a Câmara da Figueira da Foz e a Junta de Buarcos fizeram uma proposta conjunta e fomos a Lisboa falar com o secretário de Estado, que nos garantiu que não tomaria uma decisão sem antes falar connosco”. E a terminar as declarações ao jornal AS BEIRAS, remata: “estou indignado por ter sabido da decisão através do jornal, quando as coisas estavam a ser tratadas a nível oficial. Este é um Governo prepotente que não quer saber do povo”.
Recorde-se, que desde o mandato anterior que José Esteves vinha manifestando interesse nos dois imóveis, vendidos agora por 425 mil euros, para onde pretendia transferir os serviços da junta e criar valências relacionadas com a comunidade piscatória local.

A venda da Casa dos Pescadores de Buarcos à Misericórdia - Obra da Figueira na reunião de Câmara de 21 de Julho de 2014...
A discussão deve ter sido interessante... Segundo o jornal AS BEIRAS, a Câmara Municipal da Figueira da Foz está manifestamente descontente com a forma como decorreu o processo que culminou com a venda da Casa dos Pescadores de Buarcos à Misericórdia – Obra da Figueira.
“Darei nota ao Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social do facto de não termos sido ouvidos sobre o processo de venda da Casa dos Pescadores de Buarcos, quando manifestámos interesse em adquirir a fracção”, afirmou o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, João Ataíde, na reunião da autarquia.
“Felizmente que apareceu a Misericórdia. Andam (leia-se executivo PS...) há quatro anos a falar nisto”, disse, por sua vez, o vereador da oposição Somos Figueira. Miguel Almeida perguntou ainda a João Ataíde: “o que mudaria se o instituto tivesse consultado a câmara?”
“Procuraria ver se era possível adquirir em prestações, consultar a junta de freguesia, avaliar investimentos, condicionar ou não o processo de venda”, respondeu o presidente da câmara.
“Fomos completamente defenestrados deste processo”, concluiu João Ataíde.

Nota de rodapé.
Ainda tenho uma curiosidade, que espero ver satisfeita em vida. Ainda só passaram quase 2 anos: quando é que João Ataíde torna público o resultado da queixa que apresentou ao ao Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social do facto de não terem sido ouvidos sobre o processo de venda da Casa dos Pescadores de Buarcos...

PISCINA MAR, proposta camarária passou na Assembleia Municipal com os votos contra da CDU e de Ana Oliveira, da coligação SOMOS FIGUEIRA...






Originalmente denominada de Piscina-Praia, esta emblemática edificação, foi inaugurada a 05 de agosto de 1953.
Foi uma das marcas do desenvolvimento turístico figueirense da década de 50, do século passado. Ainda hoje é um dos ex-libris da cidade.
Durante os chamados anos “dourados”, muitos foram os acontecimentos sociais e manifestações desportivas de relevo que tiveram lugar na Piscina-Praia.
Ali se disputaram, durante vários anos, os campeonatos de Portugal de natação. Também ali decorreu um acontecimento de nível internacional: duas jornadas dos Jogos Luso-Brasileiros, incluindo competições de pólo aquático.
O edifício foi considerado, em 2002, pelo seu interesse arquitectónico, património de interesse público.
Na sessão da Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira, foi discutida e votada a concessão do concurso público para a reconversão e exploração da piscina-mar.
A proposta passou, com os votos contra da deputada municipal, PSD Ana Oliveira e da CDU. Absteve-se a maioria da bancada Somos Figueira. Votaram a favor a bancada do PS, e duas deputadas Somos Figueira Vânia Baptista e Carla Eduarda.
A deputada municipal Ana Oliveira fez uma declaração de voto que "mexeu" com o presidente Ataíde.
"O meu voto é contra, pois todos os que estamos a votar aqui hoje, teremos que esperar 50 anos para verificarmos se a proposta hoje apresentada da exploração da piscina-mar é válida ou não. Tenho muitas dúvidas dos critérios seguidos desde a última concessão , desta nova concessão - precisamos de esclarecimentos, precisamos de transparência neste processo".

Na Figueira, uma pequena mudança pode significar tanto!..

"A única salvação do que é diferente é ser diferente até o fim, com todo o valor, todo o vigor e toda a rija impassibilidade; tomar as atitudes que ninguém toma e usar os meios de que ninguém usa; não ceder a pressões, nem aos afagos, nem às ternuras, nem aos rancores; ser ele; não quebrar as leis eternas, as não-escritas, ante a lei passageira ou os caprichos do momento; no fim de todas as batalhas — batalhas para os outros, não para ele, que as percebe — há-de provocar o respeito e dominar as lembranças; teve a coragem de ser cão entre as ovelhas; nunca baliu; e elas um dia hão-de reconhecer que foi ele o mais forte e as soube em qualquer tempo defender dos ataques dos lobos."

Agostinho da Silva

quarta-feira, 1 de março de 2017

O tal Núncio... Olé Núncio! Nós que vamos morrer estamos eternamente agradecidos...




"Até mesmo de Paulo Núncio (o tal a quem muito devemos conforme ditou Cristas) não se esperava tão malfadada brega no esconde-esconde das offshores made in Portugal.
Defender-se, dizendo que não divulgou os dados porque com essa acção pretendia evitar a evasão fiscal, é tão idiota como dizer que não se divulgam os números relativos à violência doméstica porque se quer acabar com ela, não se prendem os ladrões porque pode-se fomentar os assaltos, ou que não se deve tourear porque se pode ser colhido..."

Figueira, a cidade da mercearia, do carnaval e das bicicletas... "Sinal dos tempos"?

A inevitabilidade, uma crónica de  Daniel Santos, engenheiro civil,publicada hoje no jornal AS BEIRAS.

«Porque a “entidade reguladora das superfícies comerciais” já não existe, o presidente da Câmara opinou na última assembleia municipal sobre a respetiva instalação que “vigoram as leis da concorrência” e que “são sinais do tempo”, pelo que são inevitáveis. A afirmação é reveladora de uma perspetiva neoliberal e encontra-se desfasada do modelo socialista democrático ou socialdemocrata que sempre foi a opção da população figueirense. Pode concluir-se da afirmação que, desde que se respeitem os planos territoriais, tudo é permitido! Ora, na falta de tutela, o município deve assumir-se como regulador do território municipal. Argumenta-se que as leis de mercado fundamentam as opções dos investidores e que os empresários se apoiam em estudos prospetivos. Nada mais errado. Paul Krugman, economista contemporâneo, professor em Princeton, prémio Nobel da Economia e doutorado “honoris causa” pelo ISEG, desenvolveu teorias de localização das atividades económicas que, considerando a escala do concelho, deveriam ser tidas em conta no planeamento estratégico e nos planos de território, sob pena de materialização caótica das atividades. Na mesma intervenção foi dito que se encontra vertida no Plano Estratégico o modelo que há-de salvar o comércio tradicional. Pelos vistos, pelas recentes declarações do atual vice-presidente da ACIFF, a articulação das propostas de intervenção inscrita naquele instrumento não foi acionada.»
...em 2017, ano de eleições autárquicas,
era tão fácil enlouquecer na Figueira...

Nota de rodapé.
A Figueira, a norte, está um espectáculo. 
Segundo as contas da Comissão, estiveram cerca de 30 mil pessoas nos desfiles de Carnaval.
Por aqui, na zona sul, tudo se move sobre duas rodas... 
A Câmara até tem 2 bicicletas eléctricas, como um grande contributo para a sustenbalidade ambiental no concelho.
Aqui no centro de Portugal ninguém quer outra coisa: merceria, carnaval e bicicletas...
Até à porta do Casino, tenho esperança de ainda ver um parking para bicicletas!.. 

Isto, sim, é evolução! 
Menos poluição, nada de barulho, menos problemas com parques de estacionamento, vai-se pedalado e conversando,  encontram-se os amigos... 
Depois o problema do excesso de bicicletas resolve-se por si próprio: "funciona a lei da concorrência".
Também se roubam - e roubam - as bicicletas uns aos outros...
Mas, isso, acabará por ser um outro ciclo: o ciclo social!

Calma...

Temos que ter - e, para isso temos de os criar - interesses na vida.
Temos de cuidar deles como coisas delicadas e frágeis, que na realidade são. 
A vida tem que ser vivida também com eles. 
O tempo vai-se tornando cada vez mais curto e tem que ser cada vez mais bem preenchido.
Hoje é dia de continuar a passear. Mas, sem fazer barulho. 
A beleza pitoresca convida ao silêncio e ao respeito pela vida que aqui se desenvolve.
Vou limitar-me a ouvir a vida, a  deliciar-me com coisas simples mas ternurentas, como, por exemplo, observar  a soneca de um cão estirado ao sol, e dar atenção à  boa comida...
Para já, vou começar por um prazer que há largas dzenas de anos me acompanha logo pela manhã: o café,  aquela boa companhia e sabor diário que tanto aprecio logo pela fresquinha. 
Apetece-me parar um pouco e sorver isto tudo...
A vida é boa a um ritmo descansado e sorridente. 
Quero ter tempo para ter tempo.

Grandes reformas do tempo da PAF...

Bizorreiro de Lavos


Alcatrão novo - tem no máximo uma semana... - e já foi esburacado...
Será pressa ou falta de coordenação na execução da obra?..

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Carlos Romeira: todos ficaram a saber a partir de hoje que é o coordenador nacional autárquico do Partido da Terra. Mas, na Figueira e a nível nacional, poucos sabem quem é Carlos Romeira...

O foco, é este: esta manhã o mar deixou assim o Cabedelo...
O resto, é politiquice. Ponto final. Parágrafo.
Mais fotos aqui.
Notícia de hoje do jornal AS BEIRAS.
"O candidato do PSD à Câmara da Figueira da Foz juntou-se a uma iniciativa da candidatura do MPT/Partido da Terra, aquando da recente visita do eurodeputado José Inácio Faria à cidade. A “colagem” gerou desconforto junto dos anfi triões. E, também, no PSD. Teotónio Cavaco, deputado municipal social-democrata, não se sentiu confortável a comentar o episódio na Foz do Mondego Rádio, onde integra um painel de comentadores residentes. “A participação de Carlos Tenreiro na visita não estava pré-anunciada nem pré-acordada. Já sabíamos que tinha manifestado intenção de ir, o que não nos surpreendeu, tendo em conta que o cidadão Carlos Tenreiro é muito ativo”, declarou ao Diário As Beiras Carlos Romeira, coordenador nacional autárquico do Partido da Terra. No entanto, aquele dirigente admitiu que não é fácil dissociar o cidadão do candidato. “Carlos Tenreiro apareceu com um fotógrafo e aproveitou essa ocasião para anunciar o encontro com o eurodeputado. Achei estanho. Quando um cidadão anuncia que é candidato, é difícil despir a pele de candidato”, disse Romeira. E acrescentou que aquilo que o candidato do PSD fez “não costuma ser prática”. Os dois partidos, recorde-se, integram a coligação Somos Figueira, criada para as eleições autárquicas de 2013, que não deverá repetir-se nas deste ano.
“Apareci como cidadão e como candidato”, admitiu Carlos Tenreiro. “Um eurodeputado vem inteirarse sobre um assunto da nossa terra e as pessoas que queiram ter uma voz ativa e ser interventivas no concelho, obviamente deviam estar presentes para apoiar a iniciativa. Até defendo que deviam estar presentes autarcas com responsabilidades no concelho”, aduziu o candidato do PSD, realçando a importância do tema da visita – a erosão costeira. “Contactou-me a manifestar interesse em marcar um encontro com o eurodeputado. Disse-lhe que o encontro não garantia, mas que podia aparecer na visita, porque é um cidadão. Considero que possa ter havido aproveitamento político. Ele apareceu com vários dirigentes e militantes do PSD, todos a tirarem fotografias, que depois publicaram nas redes sociais. Eu não teria ido, até porque aquilo era uma ação de campanha da minha candidatura”, afirmou António Durão, candidato do MPT à Câmara da Figueira da Foz." 

Já ando por aqui a virar frangos há muitos anos. 
Conheço de gingeira as politiquices figueirenses. 
Por isso, em devido tempo, fiz esta postagem. O importante é não perder o foco...
Carlos Tenreiro, além de candidato do PSD, também é um cidadão... 
Portanto, como não temos dois sistemas, a meu ver, a igualdade formal dos cidadãos, os candidatos e os outros, todos podem ter os mesmos interesses, as mesmas motivações e as mesmas preocupações...
Tudo o que seja tentar questionar a igualdade do cidadão Carlos Tenreiro, sendo ou não candidato, perante uma situação de alerta real e de preocupação para um problema que afecta todo o concelho, é tentar polemizar e fazer uma manobra de diversão.
Que o mesmo é dizer, é querer que se "tome a nuvem por Juno"...
As coisas são bem claras: António Durão, candidato do MTP à Câmara Municipal da Figueira trouxe à nossa cidade um Eurodeputado.
Carlos Tenreiro, candidato do PSD à Câmara Municipal da Figueira da Foz, colocou os interesses da terra acima dos partidos e foi felicitar o promotor da iniciativa.
Não vejo onde esteve o problema ou a preocupação?
Preocupante, quanto a mim, foi não ter estado ninguém ligado ao poder a receber o eurodeputado.
A diferença de opinião entre pessoas nunca deve ser motivo de preocupação. 
A diversidade é que é fecunda. 

E pronto. 
O Pedro já disse o que tinha a dizer.
Por mim, apenas, se essa importante figura do partido da Terra, que é Carlos Romeira, mo permitir, apenas lhe deixo meia dúzia de palavras.
Juízo eu sei que tem. Só espero, que o saiba usar. 
Para bem da Figueira e do candidato António Durão...

Porque hoje não é dia dos plebeus pra embaraçar a coisa, pus-me ao fresco...

Foto Pedro Agostinho Cruz
"Há tanta gente chata hoje em dia na Figueira, que não foi difícil terem reparado num gajo bem disposto como eu...", é o que costumo dizer a quem gaba a minha prestação, dedicada e diária, neste espaço.

Presunção e água benta, cada um toma a que quer. 
A acreditar no que me transmitem, chego a pensar que faço falta por aqui...
Hoje, porém, dia oficial de carnaval na Figueira, tenham paciência, com tanta gente na cidade, temo que nem sequer haja um lugarzito para mim na copa de uma árvore, pelo que resolvi por-me ao fresco.

Para quem gosta de conhecer, encontrar, descobrir, a viagem leva-nos ao encontro do que desejamos e queremos. 
Claro que vou viajar!.. 
Preciso respirar.

O carnaval faz-me lembrar o casamento.
Casamo-nos por falta de juízo. Separamo-nos por falta de paciência. E, alguns de nós, tornam a casar-se por falta de memória.
Como não quero nada a sério com o carnaval da Figueira e, muito menos, retirar protagonismo ao verdadeiro rei do carnaval, neste ano de 2017, até amanhã...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Na Figueira é o que sabemos... *

Foto Jornal de Montemor
"Ontem, fui distinguido na comemorações do 85° aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Montemor-o-Velho, onde esteve presente o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, por uma fotografia e história que partilhei aqui na Internet. A história de um miúdo que ajudou um bombeiro.
Esta distinção é deles! 
Portugal precisa de mais Homens como os bombeiros!
Portugal precisa de mais Homens de futuro como o Rafael!"
Pedro Agostinho Cruz

Nota de rodapé.
* Nesse campo, para atalhar caminho, sobre o que se passa na Figueira em relação aos jovens fora da caixa, sublinhe-se e registe-se a coerência do senhor vereador da cultura dr. António Tavares...
Esta nota de rodapé, foi sá para  fazer o respectivo registo. 
São estas pequenas descobertas que fazem com que me sinta bem, pois recordam-me os tempos do Barca Nova do ZÉ MARTINS, O MESTRE.
Se já fazia falta no tempo de Cervantes, hoje em dia, então, um pouco de Quixotismo faz uma falta enorme.
Não quero cair na tentação da queixa fácil da brutal ausência de valores na política actual, porque o comportamento do homem sempre foi vil, pouco tendo melhorado, em termos éticos, desde que há memória do registo comportamental deste bicho... 

Se eu quisesse... (2)

...em 2017, ano de eleições autárquicas, era tão fácil enlouquecer na Figueira...
Mais uma...
"João Ataíde quer reconversão do projceto turístico das lagoas"...

"Chuva espera pelo fim da festa com 12 mil pessoas na Figueira da Foz"...

Imagem jornal As  Beiras
Ainda bem que não choveu no dia de carnaval, pois a  paisagem ficava tomada de de tons de cinzento. 
O som monocordicamente ritmado da chuva a cair poderia tornar amorfos os foliões.
Em dias de chuva, as pessoas ficam mais iguais e mais cinzentas...
A chuva tem este triste sabor de uma igualdade imposta.
Dias de chuva são dias sem imaginação?

Desta vez, S. Pedro não quis estragar a festa. Pelo contrário, esperou que o desfile acabasse para libertar a chuva. E se o corso não tivesse arrancado com cerca de meia hora de atraso, o Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz não teria metido água. 
Segundo o que já tive oportunidade de ler no jornal AS BEIRAS, a organização facturou bem, mas não ganhou para o susto. Romana, a rainha, sofreu uma intoxicação alimentar, anteontem, em Lisboa, e ao final da manhã de ontem ainda não havia garantias se podia reinar na avenida do Brasil. 
Mas, tudo não passou de um susto:  a cantora recuperou e cumpriu com a real missão de animar o Carnaval de Buarcos/Figueira da Foz, ao lado do rei Carlos Queirós. 
Quem gostou mesmo do que viu, foi  presidente da Câmara da Figueira da Foz: “foi um Carnaval bem passado, muito animado, com grupos muito bem recriados. A organização pela associação parece que está a resultar. Por outro lado, fico muito satisfeito por ter muita adesão”, declarou João Ataíde ao Diário As Beiras. 
O desfile de ontem foi o segundo de quatro. O Carnaval Infantil Solidário, no primeiro, foi na sexta-feira, com cerca de 1600 crianças das escolas do concelho. Hoje, pelas 22H00, desfilam as escolas de samba locais – A Rainha, Unidos do Mato Grosso e Novo Império. 
Amanhã, pelas 14H30, realiza-se o derradeiro corso, com os reis e os seus 1200 súbditos. A entrada custa quatro euros – crianças até aos 12 anos e foliões integralmente caraterizados não pagam.

Há uma série de estereótipos que damos por adquiridos e nem pensamos se estão certos ou errados. 
Por exempo, associar a chuva com a tristeza. 
Porquê?
Não é a chuva que viceja os campos, que renova os rios e as fontes, que tudo prepara para que finalmente venha o sol?
Vamos apreciá-la como merece.

Dar sangue, é salvar uma vida!.. Os figueirenses são mesmo humanistas: andam há quase 8 anos a ser picados por uma melga e deixam (que continue?..)

"Desde há algumas semanas, a primeira coisa que faço logo pela manhãzinha é ler o que durante a noite foi prometido para a Figueira. 
E sinto-me tão confiante! Vamos ser a capital (mundial?) do destino turístico dos desportos de areia; vão proporcionar-nos (aos residentes) condições para a prática de diversas modalidades no extenso areal urbano; vamos ter um centro de alto rendimento, sendo o parque municipal de campismo a sua base (com bangalôs, piscina e ginásio); vamos ter muitas mais unidades hoteleiras, para receber estágios de seleções e de clubes, nacionais e estrangeiros; vamos ter um Anel das Artes, também na praia; a Piscina-Praia vai ser remodelada, coberta… 
E quando, por brevíssimos momentos de lucidez, penso que, nos últimos sete anos, tivemos, no concelho da Figueira da Foz, um deserto de ideias e de ação relativamente a quase tudo o que é fundamental preparar tendo em conta os próximos 20/30 anos, imediatamente elevo os meus pensamentos mesquinhos e maldizentes, e confirmo que tudo isto não é um sonho – não! para cada uma destas ideias há cartazes grandes, desenhos coloridos, bonitos, impantes - ah, como estou confiante!... 
Há quem na Figueira se sinta impante (em sentido literal “cheio de comida ou de bebida, inchado”, em sentido figurado “cheio de soberba, ufano”), esquecendo que o seu primeiro significado é “o que soluça convulsivamente”… Mal posso esperar pela promessa de amanhã!..."
Impante, uma crónica de Teotónio Cavaco Deputado municipal do PSD, publicada hoje no jornal AS BEIRAS.

Nota de rodapé.
Depois de ler o texto acima, senti-me mais confortável, mas, ao mesmo tempo, mais preocupado.
Já andavam para aí a propagar, em sectores políticos diferentes - tanto no PS, como em certos nichos do PSD - que eu só dizia mal do presidente Ataíde...
Assim, dado que esta crónica, a meu ver, oportuna, assertiva, concisa e clara, não foi publicada pela Agência de Notícias "Calharete", mas por um meio insuspeito, credível, altamente prestigiado na melhor sociedade figueirense, creio que não há fumo sem fogo.
Será que as campaínhas políticas figueirenses que andam a tocar sinais de alarme, não deveriam merecer alguma atenção?
Possivelmente tal não acontecerá.
A mercearia política no poder figueirense tem uma máquina de agitação e propaganda bem oleada.
Faz-me lembrar o Lidl,  um supermercado muito à frente: não tarda nada, já estamos a receber tudo sobre promoções de chocolates e adereços para o Natal! 
Eles não brincam em serviço: sabem que há clientes que gostam de fazer as suas compras com calma, o que nunca foi o meu caso...
Por isso, sempre detestei essa coisa dos supermercados começarem a falar do natal e da passagem de ano meses antes, fazendo parecer que já estão aí à porta, quase querendo atropelar o tempo.
Tão ridícula, só mesmo a crença que acredita que, só por mudar de mandato, um político como Ataíde vai fazer diferente e não mais do mesmo.
Dois mandatos, com Ataíde como presidente da câmara da Figueira da Foz, foram um aglomerado de dias e horas, que nada mudarama de substancial, para melhor, na cidade e no concelho. 
Mudar o mandato ou não, com este presidente, não vai mudar nada. 
Pelo saber de experiência feita, sabemos que as famosas promessas antes das eleições, não costumam chegar sequer ao dia de reis...
Desta vez, depois de saber isto tudo, só me apetece gritar que passe depressa 2017... E que, 2018, seja um ano de jeito para a Figueira!

Fotos para a posteridade...

Vida longa ao rei da horta! 
Depois de ler o aviso expreso nesta foto, lembrei-me de uma das minhas imbirrações. 
 Detesto quando me querem explicar o óbvio...

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Coisas que irritam Passos: offshores...

Cito o camarada Jerónimo de Sousa: «saída de 10 mil milhões de euros para paraísos fiscais sem fiscalização da Autoridade Tributária entre 2011 e 2014 é a prova de que PSD e CDS "à banca, aos ricos, aos poderosos fecharam os olhos" ao mesmo tempo que aplicavam austeridade à generalidade dos portugueses.»
Entretanto, hoje, Núncio assumiu responsabilidade política e entala Passos.
Recorde-se que nas primeiras declarações à imprensa, Paulo Núncio tentou responsabilizar a Autoridade Tributária, até ontem ter sido desmentido pelo anterior Director-Geral Azevedo Pereira.

Núncio deixa agora Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque numa situação complicada. Ainda recentemente, em declarações à imprensa, o líder do PSD afirmava não estar em causa qualquer responsabilidade política. Mais acrescentou estar indignado por haver quem insinuasse poder ter havido qualquer acção ou omissão do anterior governo que tivesse levado à não publicação das transferências.

Já agora, que estamos no carnaval, acrescente-se e clarifique-se, que este é apenas um vestígio da verdadeira lei que há pelo menos cinco séculos governa o mundo: a pirataria.

Canta, canta, minha gente...

Em casa onde mulher manda, até o galo canta fino...
Carnaval: não leves a mal.
Tu és estrume, fermento,
sorriso franco, alento...

Solta-me deste ser bisonho...
Que tudo não seja parte de um sonho!
Vá lá, carnaval, vem
e traz uma rainha que, também,
faça perder o tino...

Haja decência.
Carnaval figueirense,
sem música brasileira,
era uma pasmaceira vazia e indecente...
Era como fazer amor por correspondência...
Canta, canta, minha gente!..