quarta-feira, 16 de setembro de 2015

O caso da isenção das taxas em Buarcos e São Julião...



Conforme demos conta aqui, os eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião, liderados por Carlos Tenreiro, solicitaram uma assembleia extraordinária deste órgão para ver esclarecidos os detalhes da animação de verão organizada por comerciantes. Essa assembleia realiza-se hoje, pelas 19 horas e 30 minutos, na Escola do 1.º Ciclo do Viso. Em causa estão os eventos realizados por concessionários de quiosques do jardim Dr. Fernando Traqueia, com vedação de espaços públicos e cobrança de entradas e isenção de taxas municipais, que como o vídeo demonstra teve enorme afluência.




Para ver melhor, basta clicar em cima das imagens
O executivo da Junta de Buarcos e São Julião (PS) afirmou, através de Rui Duarte, que esta autarquia “disponibilizou apoio (isenção de taxas) aos eventos em causa e a outros que, como este, contribuam para a promoção turística da freguesia”
Isto, no mínimo, é algo de estranho: de harmonia como o Artº. 4º. do Contrato de Concessão, cabe ao concessionário suportar os custos inerentes à animação de verão, nomeadamente o pagamento de artistas, taxas e licenças com direitos de autor, ruído, policiamento, etc. 
Conforme se verifica pelo teor do ofício da Câmara da Figueira, a Junta de Freguesia de Buarcos beneficiou da isenção das taxas, quando pelo contrato de concessão elas deveriam ter sido pagas pelo concessionário!.. 
A Junta chutou para canto e informou que apoiou a organização, partindo do princípio de que as entradas não eram pagas, o que não aconteceu... 
Vamos lá ver o que acontece na reunião extraordinária, a realizar mais logo ao fim da tarde...

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Finalmente, uma novidade política

Há políticos como as folhas de Outono: de vez em quando também largam umas gotas...


Desde que tenho memória, que tenho dado conta do azar que a Figueira tem tido com quem a tem governado.
Os figueirenses, por culpa sua, pois têm sido eles que os escolhem, têm tido a pouca sorte de terem a  governá-los pessoas de subserviência e de servilismo. 
A prioridade e a marca mais fácil de ver na cultura dos "nossos" políticos locais, foi sempre servir o dinheiro e quem o tem.
Podem dizer-me que isso é o natural, o lógico  e o humano. 
Contudo, além de  triste, isso  é explicação para muita coisa. 
É por isso que os pobres detestam a riqueza e quem a detém. 
Vamos - e isso talvez venha a ser uma mais valia que o Passos Coelho vai deixar aos portugueses -  ter de recuperar a cultura dos pobres, os valores dos pobres, a riqueza da vida dos pobres. 
Os pobres não invejam, não admiram, mas também não respeitam os ricos. Compreendem-nos e lamentam-nos. Acham caricatos os ares e a importância em que os ricos têm as aparências. 
No teatro que é a vida, os pobres só pensam numa coisa, que os ricos consideram aborrecida, "sobreviver" um dia de cada vez. 
Os nossos governantes - nacionais e locais  -  detestam os pobres. E, calões como são, fazem uso da lei do menor esforço:  tratam dos ricos, de quem dependem e a quem bajulam e veneram e se submetem
Como comecei por afirmar, desde que tenho memória, todos  os executivos figueirenses  estiveram sempre ao lado dos interesses dos ricos e dos poderosos. Nem com o 25 de Abril isso mudou. 
Querem um exemplo, visível e prático: onde estão as contrapartidas para os figueirenses pela concessão da zona de jogo?.. 
O poder económico é um grande problema. O poder económico cala, o poder económico esmaga, o poder económico consegue transformar-se num simulacro da verdade e da virtude. A caridadezinha serve para isso... 
Os pobres não são estúpidos e sabem isso melhor do que ninguém. 
Porém, os pobres não são feitos de uma substância diferente da dos ricos. 
Os exemplos de pobres que ascenderam ao poder político estão por aqui mesmo ao nosso lado e falam por eles próprios: o poder corrompe e é uma engrenagem implacável
Os pobres que não querem o poder são mais livres, mais perspicazes, mais autênticos e mais lúcidos. 
Os nossos governantes locais não chegariam aos ambicionados cargos eleitos pelos pobres, porque estes não acreditam em políticos - e têm razões para isso
Mas a sociedade não é só constituída por ricos e pobres. Também é constituída por pessoas que pensam que os pobres são pobres porque merecem. E é aqui que entra em força a ideologia. 
A tendência actual é para esconder e negar as ideologias: fazem-nos crer que identificam as nossas necessidades e os nossos objectivos e adoptam medidas, ainda que desastrosas e injustas para quem as vai sentir na pele, mas lógicas,  à luz da verdade propalada pela propaganda para os atingir. 
Não importa se as medidas são boas ou más, correctas  ou incorrectas do ponto de vista humano, social democrático,  jurídico, histórico... 
Basta pouco, muito pouco: apenas, que do ponto de vista do poder económico, sejam lógicas e sirvam os seus interesses egoístas.

No país da promiscuidade...

Banco de Portugal faz contratação polémica
 "O Banco de Portugal (BdP) tem contratado várias sociedades de advogados, bancos de investimento e consultoras para assessorar a resolução do BES e a venda do Novo Banco. Mas há uma aquisição de serviços recente que pode suscitar dúvidas, pelo potencial conflito de interesses. O regulador financeiro contratou os serviços de apoio jurídico da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira para os processos relacionados com a resolução do BES. Esta é a sociedade que trabalha com os chineses da Anbang, o primeiro qualificado para negociar em exclusivo com o BdP a compra do Novo Banco. Apesar de o grupo segurador estar para já fora da corrida após o fracasso das negociações, houve dois contratos com a Cuatrecasas assinados em junho e julho, meses em que a Anbang se posicionava como potencial candidato a futuro dono do Novo Banco."

Amanhã realizam-se duas sessões da Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião...

«Os eleitos do PSD na Assembleia de Freguesia de Buarcos e São Julião, liderados por Carlos Tenreiro, solicitaram uma assembleia extraordinária deste órgão para ver esclarecidos os detalhes da animação de verão organizada por comerciantes. 
Em causa estão eventos realizados por concessionários de quiosques do jardim Dr. Fernando Traqueia, com vedação de espaços públicos e cobrança de entradas e isenção de taxas municipais. A principal força política da oposição, que lidera a coligação Somos Figueira, afiança que estas contrapartidas da concessão (organização de eventos) não estão contempladas no respectivo contrato e exige que a junta apresente as contas relativas à animação. 
Contactado pelo DIÁRIO AS BEIRAS, o executivo da Junta de Buarcos e São Julião (PS) afirmou, através de Rui Duarte, que esta autarquia “disponibilizou apoio (isenção de taxas) aos eventos em causa e a outros que, como este, contribuam para a promoção turística da freguesia”
O PSD queixa-se ainda que a assembleia extraordinária não foi convocada nos prazos regimentais, estranhando, por outro lado, que a mesma tenha sido marcada para o mesmo dia da sessão ordinária – amanhã, às 19H30 e 21H00, respectivamente, na Escola do 1.º Ciclo do Viso
A presidente da mesa da assembleia, Isabel Maranha Cardoso, justificou, em declarações ao DIÁRIO AS BEIRAS, que as duas sessões foram agendadas no mesmo dia e horários próximos “para não obrigar as pessoas a duas deslocações e evitar custos logísticos”

A isenção do serviço publico de televisão

Vítor Gonçalves, ou aliás Vítor Gonçalves Loureiro, sobrinho de Dias Loureiro, esse mesmo empresário exemplar que Passos aplaudiu, foi o jornalista escolhido para entrevistar os líderes partidários nas legislativas 2015...
Certamente por mero acaso do destino, é também o autor de uma biografia que “reconstitui os últimos cinco anos do percurso do antigo primeiro-ministro” Cavaco Silva e na qual este “responde a todas as dúvidas que ficaram em aberto e lança um olhar sobre o passado e o futuro do país”.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

São estes...

"A Europa decide hoje o futuro de milhares de refugiados, na reunião de ministros do Interior da União Europeia. Entretanto, a Alemanha suspendeu o acordo de Schengen e fechou a fronteira com a Áustria. A própria Aústria e a Eslováquia tomaram decisões no mesmo sentido. Ontem, dez jovens e quatro bebés morreram perto de uma ilha grega, quando o rudimentar barco de pesca em que viajavam se virou."

Em tempo.
São estes que, nada tendo, anseiam por continuar a viver...
São estes que, vítimas do  egoísmo dos EUA e da velha Europa, ainda nos procuram!
São estes que, pondo em risco as suas vidas e as dos seus filhos, querem estar connosco!
São estes, que tememos!..
São estes, que nos envergonham perante os nossos filhos...
São estes que nos assustam?..

Foram-se os festivais de verão, voltaram as noites de segunda ao canal 1...

A tenda está sempre montada  e a música vai continuar a ser de merda...
Está de volta Fátima Campos Ferreira.
Posto isto, a pergunta pertinente a fazer é a seguinte: teríamos um jornalismo de merda se não tivéssemos um público interessado em assuntos de merda? 
Ou então, numa variação digamos talvez mais assertiva: teríamos um público realmente interessado em assuntos de merda se não tivéssemos um jornalismo de merda?

Luís Filipe Rocha venceu a 2ª. edição do Figueira Film Art

A longa-metragem “Cinzento e negro”, do realizador Luís Filipe Rocha,  foi a grande vencedora do Figueira Film Arte – Festival de Cinema da Figueira da Foz. 
“Cinzento e negro” é um filme produzido pela Fado Filmes. Conta a história de Maria, uma mulher traída pelo companheiro, David, quando este lhe rouba um saco de dinheiro e foge, refugiando-se na ilha do Pico. Furiosa e determinada a vingar-se, ela propõe a um inspector da Polícia Judiciária, Lucas, perseguir e encontrar o companheiro. Entretanto, David, numa visita à ilha do Faial, apaixona-se por uma faialense, Marina, empregada do mítico bar Peter Café Sport. Maria e Lucas procuram David nos Açores, cruzam-se com Mariana no Faial e os três vão descobrir David na sua casa da montanha, no cimo do Pico. Num confronto final, como numa tragédia grega, Maria e David ajustam as contas que o destino lhes traçou
A cerimónia de entrega dos prémios da segunda edição do Figueira Film Art, dirigido por Luís  Albuquerque e herdeiro do extinto Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz,  decorreu  na sessão de encerramento realizada na noite de sábado, no Casino Figueira.
O júri, liderado por Andrzej Kowalski, classificou "Trama", de Luísa Soares, como a melhor curta documental. Além de Andrzej Kowalski, Pedro Pinto, Paulo Antunes e Sihan Félix integraram também o júri do festival, que começou no passado dia 7.
O prémio da melhor curta ficção foi para "A Tua Plateia", de Óscar Faria, tendo sido atribuída uma menção honrosa a Gustavo dos Santos, pela sua obra "Percpção delicada de um raio de luz".
"Nerve", subtítulo de Chicolaev (Francisco Freitas), venceu o Figueira Film Art na categoria "videoclip", tendo o júri distinguido "Achievement", de José Castanheira, com uma menção honrosa.
"Nómada Existencial", de Nuno Pais, foi escolhida pelo júri como a melhor curta escolas.
O troféu da melhor realização foi atribuído, "ex-aequo", a Luís Filipe Rocha e Roly Santos, com as películas "Cinzento e Negro" e "Manos Unidas", respectivamente.
O prémio de melhor actor principal coube a Adriano Carvalho, pela sua participação em "Doce Lar", enquanto Joana Bárcia foi considerada a melhor actriz principal, pelo seu papel em "Cinzento e Negro", de Luís Filipe Rocha, também distinguido pelo melhor argumento dos filmes a concurso.
Rodrigo Raposo foi premiado pela melhor música original, em "Trama", tendo André Szankowski, em "Cinzento e Negro", sido reconhecido pela melhor fotografia. Pedro Sousa Raposo, com "Trama", teve direito a uma menção honrosa.
"Manos Unidas" recebeu o prémio da melhor montagem, área em que a menção honrosa distinguiu "A Campanha do Creoula", de André Valentim Almeida.

Serviço pago pelo público ao PaF?..

O Prós e Contras de hoje tem como tema: «teríamos um ex-primeiro ministro preso se o PS fosse governo?» 

Em tempo. 
Tempo de antena oferecido ao dr. Rangel e aos que serve?..

domingo, 13 de setembro de 2015

A "estória" da vinda da Troika e as falhas de memória de Catroga, 4 anos e picos depois...

Não há nenhum português que não saiba quem negociou, acordou e assinou o memorando com a Troika: PS, PSD e CDS
Mas, Eduardo Catroga, que já tem uma certa idade, deve andar com problemas de memória: numa carta aberta ao líder do PS António Costa, a que o Diário de Notícias teve acesso, Eduardo Catroga diz que "tem de haver limites para a manipulação do passado". E afirma que o PSD foi "sistematicamente ignorado".
Eduardo Catroga frisa que foram as três instituições que a compunham a Troika que decidiram iniciar uma ronda de conversas com os partidos políticos de representação parlamentar, assim como com os parceiros sociais e outras entidades da sociedade civil, pelo que o PSD foi naturalmente incluído nesse conjunto de interlocutores.
"A conversa não foi uma negociação. Na referida reunião, o PSD transmitiu à troika as linhas gerais da política económico-financeira do seu próprio programa partidário. A troika limitou-se a escutar-nos". Nessa conversa estiveram além de Catroga, Carlos Moedas e Abel Mateus.
O economista e antigo ministro das Finanças afirma, agora, que o "PSD foi sistematicamente ignorado" pelo governo de então, e só encontrou "silêncio e opacidade" em torno das negociações com a troika. Daí as quatro cartas que Catroga diz ter escrito, nessa altura, ao ministro Pedro Silva Pereira e foram públicas.
Nem vou escrever mais nada. Para verificarem como estes políticos mudam de opinião conforme a oportunidade, vejam o vídeo abaixo.
É só comparar entre o que diz agora Catroga, com o que disse na altura, especialmente a partir dos 4 minutos e 39 segundos

Olho com pena genuína para esta gente: a minha memória está consideravelmente melhor. 
Ou isso, ou não tenho necessidade de me esquecer de me esquecer.

A propósito da homenagem a Manoel de Oliveira, recorda-se o que aconteceu a Joaquim Namorado...

Via o jornal AS BEIRAS de ontem, ficámos a  a saber o seguinte:
"O vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz anunciou, que vai ser apresentada uma proposta à autarquia para que o nome de Manoel de Oliveira passe a figurar, “de forma digna”, na toponímia da cidade. António Tavares falava na cerimónia de atribuição da medalha da cidade, a título póstumo, pelo município, ao realizador português, que morreu este ano, aos 106 anos. Foi o neto e actor Ricardo Trêpa que recebeu a “bonita e merecida homenagem”. Manoel de Oliveira teria gostado de estar presente, porque a Figueira da Foz, frisou ainda o familiar do homenageado, era uma “cidade que ele estimava imenso” e que “sempre o acarinhou”. O primeiro a falar foi Luís Machado, escritor e amigo do cineasta. Era “inquestionável o afecto” que Manoel de Oliveira sentia pela Praia da Claridade, realçou. Desde os anos 30, quando começou a frequentá-la. Depois, entre o início dos anos 70 e o ano 2002, teve o Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz como elo de ligação. 
Estreou-se neste certame em 1979 e marcaria presença noutras edições, tendo sido distinguido com vários prémios e homenagens. Este evento foi, segundo António Tavares, “o centro do cinema de Portugal”. E realizou-se numa cidade que tem sido “uma zona franca dos grandes vultos da cultura”, tendo feito referência a alguns deles.
A atribuição da medalha da cidade não foi deliberada pelo executivo camarário por acaso ou por o realizador ter aceitado ser “padrinho” do festival Figueira Film Art, poucos dias antes de morrer. 
A cerimónia decorreu no salão nobre da Câmara da Figueira da Foz, a meio da tarde da passada sexta-feira."

Em tempo.
Para que a memória não seja curta e tudo não acabe  por ficar só para o boneco, recordo uma outra "homenagem" protagonizada pelo vereador António Tavares.
Em 1983 Joaquim Namorado foi homenageado na Figueira, por iniciativa do jornal Barca Nova. Entre as diversas iniciativas, recordo duas promovidas pela Câmara Municipal da Figueira da Foz, aprovadas por unanimidade: a criação do Prémio Literário Joaquim Namorado (liquidado por Santana Lopes, na sua passagem pela presidência da nossa câmara) e a integração na toponímia figueirense do nome do Poeta (chegou a ser aprovada a atribuição do seu nome a uma praceta, mas hoje o nome que lá está é outro - o de Madalena Perdigão).
Muitos anos depois, no passado dia 30 de junho de 2014, na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, na inauguração de uma mostra bibliográfica comemorativa do centenário de nascimento de poeta, escritor e professor Joaquim Namorado, o vereador da Cultura, dr. António Tavares, verificando a injustiça (mais uma...) que estava a ser cometida, prometeu vir a dar finalmente o nome de Joaquim Namorado à toponímia figueirense - o que até hoje não se concretizou.
A Biblioteca Municipal da Figuiera da Foz, acabou por  perder o espólio de Joaquim Namorado -  os familiares do poeta fartaram-se de ver o nome e o legado deste continuamente enxovalhados pela câmara municipal de uma cidade que ele escolheu para viver e morrer e a quem deu tudo.
Na altuta, o vereador dr. António Tavares achou, peremptório, que “a opção da autarquia, no que a prémios literários respeita, se esgota no figueirense João Gaspar Simões”
Como escritor e cidadão Tavares preferiu o segundo modernismo ou presencismo ao neo-realismo. O dr. Tavares, vereador da cultura, achou-se no direito (que não tinha...) de impor o seu gosto aos figueirenses.
Que fique clarinho: nada tenho contra o prémio literário João Gaspar Simões
Continuo é a pensar que se deveria ter aproveitado o centenário do Poeta e escritor para fazer aquilo que deveria ser feito numa homenagem digna desse nome: a recuperação do prémio Joaquim Namorado. Seria um sinal de cultura, de respeito, de civismo, de justiça, de maturidade, de pluralismo, de tolerância,  de capacidade de conviver com os seus contraditórios - no fundo uma demonstração de maturidade intelectual e política, compatível com uma cidade como a nossa no que à cultura diz respeito. Uma cidade plural, rica em diversidade, contraditória, sem preconceito, sem psicoses, nem complexos paroquiais.
A cultura na Figueira merecia mais; muito mais. Não devia esgotar-se nas opções ideológicas do seu regedor.
Perdeu-se essa oportunidade em junho de 2014.
Fica o registo e os votos de que Manoel de Oliveira e Joaquim Namorado, em breve, venham a ter os seus nomes na toponímia figueirense.
Senhor vereador da cultura, dr. Tavares: esta história da integração do nome de Joaquim Namorado na toponímia figueirense não é tão antiga como a Sé de Braga, mas já vem do tempo em que as coisas em Portugal ainda custavam em escudos!.. 

sábado, 12 de setembro de 2015

Soma e segue...

Depois de Portas, foi a vez de Passos levar na "tarraqueta" de Catarina Martins...
Duvidam?..
Cliquem aqui...

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Isto de "experiência-piloto de orçamento participativo", tem muito que se lhe diga... (IV)

Pela primeira vez, a Câmara da Figueira da Foz vai permitir a participação dos munícipes na elaboração do orçamento do município do próximo ano. A proposta partiu da bancada da oposição - a coligação Somos Figueira. O executivo, de maioria absoluta socialista aprovou-a e apresentou o regulamento. Recorde-se, no entanto, «que o orçamento participativo é um processo já antigo que “consiste na reserva de um montante cujas finalidades são submetidas a um processo de escolha pública, sendo integradas no orçamento municipal…”. Na Figueira, o processo constituiu uma verdadeira novela que terá tido o seu início quando, em outubro de 2008, a oposição de então propôs ao executivo a inclusão no seu orçamento de uma verba para um “orçamento participativo”. A proposta não só foi recusada como foi recebida com desprezo e, entre outras coisas, foi apelidada de “caldeirada”. Em final de 2009, o partido proponente assume o executivo e, como lhe competia, apresenta em março a sua intenção de preparar aquele projecto. Em novembro de 2010, revela protelar o processo para o ano seguinte e em 2013 volta a manifestar intenção de o desenvolver. Passado todo este tempo, de orçamento participativo, nada! Até que a oposição antecipa-se, ultrapassa o executivo e, ao arrepio da opinião manifestada em 2008, propõe… o quê? Pois, nem mais: um orçamento participativo! Em resumo, um partido mudou claramente de opinião. O outro foi tão lento que se deixou ultrapassar.» (eng. Daniel Santos, no jornal AS BEIRAS)

Segundo li no jornal AS BEIRAS, "até ontem, ainda não havia dado entrada nenhuma proposta." O prazo para os munícipes apresentarem as suas propostas termina no dia 30 deste mês. Recorde-se que a câmara destinou 100 mil euros ao Orçamento Participativo (OP). Na apresentação de propostas, podem participar todos os munícipes recenseados no concelho. As candidaturas podem ser apresentadas através da internet, Balcão Único de Atendimento da câmara e respectivas juntas de freguesias. 
Saliente-se que a votação das propostas finalistas se relaliza via internet, até ao final do corrente ano. 
Depois de 2016, contudo, a autarquia deverá criar mesas de voto físicas. Os projectos submetidos pelos cidadãos serão analisados por uma comissão técnica, nomeada pelo presidente da câmara. A este grupo criado por João Ataíde compete avaliar as propostas, sob a perspectiva técnica, jurídica e financeira.

Como cidadão, como covagalense e como figueirense, há muito que ando por aqui a alertar para o abandono a que está votada uma pérola turística concelhia de excelência, como é o Cabedelo
Nada que não seja já conhecido, no essencial, mas sou daqueles que considera que nunca se perde tempo quando se exercem os deveres de cidadania.
Difícil, utópico? 
Para começar já me satisfazia com um compromisso público de não participação, directa ou indirecta, dos políticos, dos familiares e dos amigos, em estudos, projectos e empreendimentos, lucrativos, que venham a ter lugar no Cabedelo.

Manoel de Oliveira vai ser hoje homenageado na Figueira

O realizador Manoel de Oliveira é hoje homenageado, a título póstumo, na Figueira. 
Pelas 18H00, a Câmara atribui-lhe a medalha da cidade, que entrega ao neto e actor Ricardo Trêpa.
Pelas 22H00, o Figueira Film Art homenageia o cineasta no Casino Figueira. A cerimónia do festival internacional de cinema, que também conta com a participação do familiar do homenageado, inclui a actuação do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra. 
No CAE está patente uma exposição sobre Manoel de Oliveira.

Figueira Balnear Desaparecida


quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Um jota chamado Pedro Passos Coelho...

Ontem, por culpa e deficiências próprias deixou Costa dar-lhe um sova em público. 
Não foi ingenuidade. 
Ingenuidade é uma palermice, um crer excessivo no que posteriormente nos engana, no fundo uma fraqueza - e Passos Coelho não é ingénuo.
A coça que Passos Coelho levou ("primeiro, de si próprio, porque medíocre. Segundo, de si próprio, porque sonso - inventando um adversário que não o que tinha à frente. E, terceiro, de si próprio, porque manifestamente inferior a António Costa."), justifica em parte o penoso caminho que os portugueses percorreram nos últimos 4 anos.

A vida, porém, pode sempre alterar-se para onde nós queremos, como queremos e sempre que queremos.
Estamos onde estamos porque os portugueses há muito que fizeram essa opção. E não foi por ingenuidade. 
Ingénuo sou eu, que continuo a acreditar, a sonhar. Por isso, tentar alterar rotas, rumos e escolhas, nunca deixou de ser uma opção na minha vida.
Todavia, essa opção só pode funcionar no que depende de mim, portanto, é circunscrita, nunca totalmente livre. 
Por isso percebo os passos curtos do Passos - e de tantos jotas como ele - disso depende a vida que conseguiu, que lhe tem sugado o corpo e a alma.
A vida dos jotas é assim:  suga menos os apagados, os preguiçosos, os irresponsáveis, para se alimentar dos oportunistas, dos espertos, dos gulosos, dos ávidos de poder, que respondem e se responsabilizam pela categoria que tão bem representam.

A realidade, ontem,  ficou à vista de todos: Passos Coelho não sabe mais. 
Por isso, evitou o debate a quatro. Por isso, fugiu de Ricardo Araújo Pereira. Por isso, levou uma sova no debate com Costa. 
Sem assessores, sem propaganda e Marias Luz, Pedro Passos Coelho é apenas mais um jota. E, por sinal e ainda por cima, nem é dos melhores...

Figueira Film Art

“Pára-me de repente o pensamento”, o novo filme de Jorge Pelicano  é exibido hoje, às 18H30, no Centro de Artes e Espetáculos (CAE).