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sábado, 23 de dezembro de 2023

Estacionamento pago na Figueira sempre foi um assunto "duvidoso", "polémico" e "irritante"

O estacionamento pago no concelho da Figueira da Foz, foi sempre um assunto que "levantou muitas dúvidas". A polémica esteve sempre presente ao longo dos anos e em todos os mandatos autárquicos, desde que esta medida foi implementada no nosso concelho. E sempre irritou muita gente.
Ao longo do tempo de existência deste espaço, os leitores deste  blogue foram sendo informados.
Imagem daqui.

Quando foi da enorme polémica que colocou um Hospital Distrital dentro de um parque de estacionamento, o então presidente de câmara afirmou que só assinou o contrato “porque pensava que não ia prejudicar os utentes”. “Só quero fazer bem às pessoas. E vão ver como vou fazer bem às pessoas”, sublnhou na altura - estávamos em 2014 - o edil.
Em 2023 a polémica em torno do estacionamento pago na Figueira da Foz continua. E vai transitar para 2024. 

Segundo o que pode ler-se na edição de hoje do Diário as Beiras, «Santana Lopes retirou ontem, irritado, da ordem de trabalhos da Assembleia Municipal a proposta de alteração ao regulamento geral das zonas de estacionamento taxado de duração limitada, após a intervenção do deputado do PSD Manuel Rascão Marques.
O social-democrata indagou em que condições o concessionário teria acesso à base de dados do sistema que permite aplicar coimas de estacionamento.
A deputada da CDU, Adelaide Gonçalves, por sua vez, anunciou que ia votar contra, em coerência com anteriores votações sobre a concessão do estacionamento à superfície pago.
“Se todos quiserem deitar o sistema abaixo, por mim, é já!”, interveio Santana Lopes, frisando que a concessão foi feita em 2006, quando o PSD era poder no município.
“Os senhores viveram onde, estes anos todos?”, indagou o presidente da câmara. “Brincar comigo, não!”. “Tudo tem limites”, acrescentou. 
E retirou o ponto da agenda.
Desde o início da concessão que a concessionária não pode ativar a cobrança coerciva das coimas de estacionamento.
A proposta do executivo camarário visava inverter este impedimento legal.»

A Figueira, tal como todas as cidades portuguesas, é uma urbe onde a utilização do transporte individual domina.
Quem vive na cidade ou em qualquer ponto do concelho, praticamente o único meio de deslocação é o transporte próprio
Só não sabe quem não faz compras nos espaços comerciais figueirenses. O comércio tradicional, incluindo os comerciantes e os utentes do Mercado Municipal, na baixa da nossa cidade vive, há décadas,  numa situação de desvantagem em relação "à mercearia", que teve um crescimento exponencial na última década no concelho da Figueira da Foz.
Ou já esqueceram, que o modelo de crescimento implementado pelos 12 anos de governação socialista do concelho, entre 2009 e 2021, assentou na criação de empregos com muito baixos níveis salariais e, em muitos casos, sem qualquer progressão ao longo da carreira? Para não falar na precariedade do emprego criado e o que foi extinto...

A verdade é esta: o estacionamento no casco velho da cidade é mesmo um problema sério. 
Portanto, o caminho terá de ser mesmo este: olhar para essa dificuldade e resolvê-la.
Creio que ninguém coloca em causa a necessidade de dotar, por exemplo, o Mercado Municipal Engenheiro Silva de estacionamento para facilitar a vida aos vendedores e aos utentes...
As circulares externas, em qualquer cidade, servem para proporcionar maior fluidez ao trânsito. Na Figueira, serviram para instalar superfícies comerciais.
Uns mais, outros menos, no fundo todos dependemos do carro para gerir o nosso quotidiano. 
Estivemos cerca de 50 anos a viver num Portugal da penúria. De repente, o 25 de Abril de 1974 abriu portas. O poder, sempre populista, escolheu que a cidade teria de ser construída tendo em conta o carro, e deixou de apostar no transporte público.
Veja-se o que aconteceu em termos nacionais e locais à ferrovia. 
O cescimento das cidades não teria de ser assim. As ruas, na melhor das hipóteses, passaram a ser 95% para o carro.
Portanto, neste contexto, é normal os presidentes de câmara gastarem milhões em recursos públicos a promover o uso do automóvel, através de mais estacionamento, sem que isso traga sequer benefícios para os peões... 

Na Figueira, o que mais existe é estacionamento concessionado, não pela Câmara Municipal, mas por um privado.
No fundo, o que aconteceu foi a  legalização e a ocupação do espaço citadino em benefício de um privado em detrimento dos interesses do colectivo dos figueirenses.

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

A «estória» do hospital metido dentro de um parque de estacionamento tem 10 anos...

"...aquilo que, há 10 anos, era um "acordo que visava satisfazer uma situação de ordenamento do estacionamento na área envolvente do HDFF e agilizar uma necessidade do hospital, e não tinha fins lucrativos, pelo contrário”, tornou-se num chorudo negócio. Segundo o  Diário as Beiras: "anúncio de procedimento n.º 17099/2023, do passado dia 13 de outubro, a concessão terá um prazo contratual de 10 anos, estando também prevista no contrato a renovação por mais cinco anos. No mesmo anúncio está esclarecido que nesta concessão do serviço público o contrato terá um preço base de um milhão e 765 mil euros, não havendo fase de negociação."

Já lá vão quase 10 anos. No dia 18 de Novembro de 2013, compreendi melhor a trama em torno do caso do estacionamento pago no parque do Hospital da Figueira. Pelo que tive oportunidade de ouvir, na altura, até o então presidente da autarquia  já estava farto deste caso. E a procissão ainda ia no adro. Recordo palavras do falecido Dr. João Ataíde: "Não me agrada nada taxar ali o estacionamento". Mas taxou. E, assim, concretizou uma proeza, penso que única: COLOCAR UM HOSPITAL DENTRO DE UM PARQUE DE ESTACIONAMENTO

Recorde-se: o projecto resultou da "pressão" da administração do Hospital para a regulação do estacionamento, num investimento que rondou os 50 a 70 mil euros, custeados pela Figueira Parques.“O meu acordo visa satisfazer uma situação de ordenamento do estacionamento na área envolvente do HDFF e agilizar uma necessidade do hospital, e não tem fins lucrativos, pelo contrário”, sublinhou.

Pelo caminho o intrincado processo teve vários problemas (“Relatório da Proteção Civil municipal deteta falhas no parque de estacionamento do hospital”). Contudo,  o estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz, passou a ser pago a partir 4 de Novembro de 2013!.. 
O grande argumento, "foi de que os banhistas ocupavam os lugares dos utentes do hospital."
Nesta ordem de ideias, o argumento poderia também ter sido "o de que no verão os utentes do hospital ocupavam os lugares dos banhistas, indispensáveis à economia da Figueira. 
Assim, naturalmente, passaram a pagar todos: os utentes do hospital e os banhistas."
Resumindo: no verão e no inverno sempre dinheiro em caixa.
Finalmente (depois de ter estado previsto para entrar em vigor em 1 de Setembro de 2013, quiçá por motivos eleitorais, foi adiado), a Figueira tinha algo de inédito a nível mundial: meteram um Hospital dentro de um parque de estacionamento!

Como, na altura escreveu o Eng. Daniel Santos, na  crónica semanal que então publicava no jornal AS BEIRAS
“A garantia de estacionar num parque de um estabelecimento de saúde por razões que tenham a ver exclusivamente com ela é um dever do Estado, assente na receita proveniente do bolo geral dos impostos que os cidadãos já pagam. Acresce que os utentes do SNS pagam taxas moderadoras recentemente agravadas.
Pode então inferir-se que o estacionamento pago no parque do Hospital Distrital da Figueira da Foz, para além dos problemas operacionais já tornados públicos, constitui uma dupla (ou tripla?) tributação.
Não é despiciendo que subsista à solução uma intenção de cariz neoliberal que é a de dissuadir os cidadãos de acederem aos serviços de saúde a que têm constitucionalmente direito. Porque, para tal, já pagam impostos e outras taxas.”

Chegámos a 2023. A colocação de uma unidade hospitalar dentro de um parque de estacionamento, para muitos figueirenses, não deixou de ser polémica.
A exploração do estacionamento foi entregue à empresa municipal Figueira Parques em 4 de Novembro de 2013
Em Dezembro de 2018, foi vendida a posição da autarquia (70 por cento) na empresa Figueira Parques ao parceiro privado. A alienação, "sem concurso público", na opinião do PSD, "iria condicionar as opções estratégicas urbanísticas e os interesses dos habitantes, comércio e indústria nos próximos tempos", pelo que "a opção de privatizar a gestão do estacionamento afigura-se totalmente despropositada na actualidade", na opinião dos  socialdemocratas figueirenses. 
Mais: na altura disseram que "a única intenção foi arrecadar os 840 mil euros para fazer face a despesas em obras discutíveis, mesmo que, com isso, se hipoteque o futuro da soberania do município nesta matéria".
Recorde-se: a venda foi aprovada pelo PS, com os votos contra dos social-democratas.

Estamos em Outubro de 2023.
Recorde-se: a colocação do Hospital Distrital da Figueira da Foz dentro de um parque de estacionamento resultou da "pressão" da administração do Hospital para a regulação do estacionamento.
Entretanto, a Figueira Parques tornou-se numa empresa privada.
A PARTIR DE 4 DE NOVEMBRO DE 2013, OS UTENTES PASSARAM A PAGAR ESTACIONAMENTO NO HOSPITAL DA FIGUEIRA DA FOZ...
Consequentemente, o acesso à saúde, na nossa cidade, com a colaboração do executivo camarário de maioria absoluta do Partido Socialista, ficou com mais difícil acesso e mais caro.
Aquilo que era um bem para todos - o espaço público - ficou ao serviço de privados. E, pelos vistos, é para continuar.
Só que, agora, aquilo que, há 10 anos, era um "acordo que visava satisfazer uma situação de ordenamento do estacionamento na área envolvente do HDFF e agilizar uma necessidade do hospital, e não tinha fins lucrativos, pelo contrário”, tornou-se num chorudo negócio.
Segundo o  Diário as Beiras: "anúncio de procedimento n.º 17099/2023, do passado dia 13 de outubro, a concessão terá um prazo contratual de 10 anos, estando também prevista no contrato a renovação por mais cinco anos. No mesmo anúncio está esclarecido que nesta concessão do serviço público o contrato terá um preço base de um milhão e 765 mil euros, não havendo fase de negociação
Pelo facto dos valores envolvidos no contrato serem elevados, foi também publicado o anúncio no jornal oficial da União Europeia."  
Nota: imagem via Diário as Beiras.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

"Parque situado junto às muralhas de Buarcos é pago, todos os dias, de 15 de junho a 15 de setembro. A concessão é de 2020 e a medida começou a ser aplicada este ano"... (continuação)

Há quem esteja a recusar-se a pagar estacionamento em Buarcos

Via Diário as Beiras


"Vários automobilistas “multados” no parque pago junto às muralhas de Buarcos estão a recusar-se a pagar a taxa, cujo valor máximo é de 16,80 euros. Sustentam que a cobrança do estacionamento e da “coima” é ilegal porque o respetivo regulamento ainda não foi publicado no Diário da República.

A concessionária, afiançando que está a cumprir a lei, frisa que aquele procedimento é da responsabilidade do Município da Figueira da Foz. Entretanto, há dúvidas legais sobre se o regulamento ainda em vigor acomoda a exploração do referido parque de estacionamento, que foi iniciada em 15 de junho deste ano, embora o contrato tivesse sido assinado, em 2021, pelo anterior executivo camarário."

terça-feira, 27 de junho de 2023

"Parque situado junto às muralhas de Buarcos é pago, todos os dias, de 15 de junho a 15 de setembro. A concessão é de 2020 e a medida começou a ser aplicada este ano"...

"Várias centenas de automobilistas que, no fim de semana, utilizaram o parque de estacionamento junto às muralhas de Buarcos, na zona da rua 5 de Outubro, foram “surpreendidos” com multas. 
A exploração foi concessionada, no anterior mandato autárquico, pela Câmara da Figueira da Foz a uma empresa, que não é a mesma que explora o restante estacionamento pago à superfície na cidade. 
Os automobilistas, afirmou um dos autuados ao DIÁRIO AS BEIRAS, quando tomaram contacto visual com o aviso da coima, pensaram tratar-se de publicidade. Mas tratava-se de uma multa de 16,80 euros, que, se não for paga dentro do prazo, ficará bastante mais cara. 
Naquela zona, saliente-se, o estacionamento é pago todos os dias, de 15 de junho a 15 de setembro, das 09H00 às 21H00. Esta medida começou a ser aplicada este ano, embora a concessão date de 2020.
No parque vizinho, situado no outro lado da marginal, explorado pela Junta de Buarcos e São Julião, apesar da placa que informa tratar-se de uma zona paga, todos os dias, de 15 de junho a 15 de setembro, das 08H00 às 20H00, o estacionamento não está a ser cobrado. A gratuitidade deve-se aos custos que a instalação de parquímetros e a fiscalização implicam.
O executivo da Junta de Freguesia de Buarcos decide esta semana o destino a dar ao seu parque de estacionamento, adiantou a presidente, Rosa Batista ao DIÁRIO AS BEIRAS. 
Acerca do parque junto às muralhas, a autarca adiantou que tem sido abordada por residentes e empresários de restauração, que, a partir de julho, terão também de pagar o estacionamento, já que a concessão prevê o fim da isenção nas dezenas de lugares reservados para eles. “Lamento que não tenha havido, por parte da empresa, uma maior divulgação sobre o início da cobrança no parque de estacionamento situado junto às muralhas”, afirmou Rosa Batista. “Lamentamos que, dentro da freguesia, haja dois critérios relativamente ao pagamento de estacionamento”, acrescentou a responsável."

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

"O parque de estacionamento pode desenvolver o Mercado Municipal?", é a pergunta. Porém, a questão não será muito mais complexa?..

Notícia Diário as Beiras: «Concessionários do mercado municipal da cidade anseiam por parque de estacionamento coberto.»

"O comércio tradicional, incluindo, ou sobretudo, os mercados municipais das cidades, estão em desvantagem em relação aos centros comerciais e à maioria das grandes cadeias de distribuição. É uma luta desigual que o mercado livre impõe aos mais pequenos.

Além de não conseguirem obter economia de escala, para poderem praticar preços mais competitivos, os pequenos comerciantes também sentem os efeitos do estacionamento que as grandes superfícies garantem gratuitamente. O executivo camarário está a trabalhar no sentido de dotar o Mercado Municipal Engenheiro Silva com um parque subterrâneo.

Os concessionários daquele mercado anseiam por ter estacionamento coberto próprio, para os clientes e para eles. 

Para atenuar as diferenças e estabelecer o equilíbrio possível, o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, anunciou a construção de um parque subterrâneo com ligação direta ao mercado."

A Figueira, tal como todas as cidades portuguesas, é uma urbe onde a utilização do transporte individual domina.

No passado dia 8, data em que saiu esta notícia escrevi no meu blogue.

«Só não sabe quem não faz compras nesses espaços comerciais figueirenses: que o comércio tradicional, incluindo os comerciantes e os utentes do Mercado Municipal, na baixa da nossa cidade vive, há décadas,  numa situação de desvantagem em relação "à mercearia", que teve um crescimento exponencial na última década no concelho da Figueira da Foz.

Ou já esqueceram, que o modelo de crescimento implementado pelos 12 anos de governação socialista do concelho, entre 2009 e 2021, assentou na criação de empregos com muito baixos níveis salariais e, em muitos casos, sem qualquer progressão ao longo da carreira? Para não falar na precariedade do emprego criado e o que foi extinto...

A verdade é esta: o estacionamento no casco velho da cidade é mesmo um problema sério. 

Portanto, o caminho terá de ser mesmo este: olhar para essa dificuldade e resolvê-la.

Creio que ninguém coloca em causa a necessidade de dotar o Mercado Municipal Engenheiro Silva de estacionamento para facilitar a vida aos vendedores e aos utentes...

As circulares externas, em qualquer cidade, servem para proporcionar maior fluidez ao trânsito. Na Figueira, serviram para instalar superfícies comerciais.»


Uns mais, outros menos, no fundo todos dependemos do carro para gerir o nosso quotidiano. Estivemos cerca de 50 a viver na penúria. De repente, o 25 de Abril de 1974 abriu portas. O poder, sempre populista, escolheu que a cidade teria de ser construída tendo em conta o carro, e deixou de apostar no transporte público.

Veja-se o que aconteceu em termos nacionais e locais à ferrovia.

Contudo, as cidades não teriam de ser assim. 

As ruas, na melhor das hipóteses, passaram a ser 95% para o carro.

Portanto, neste contexto, é normal os presidentes de câmara gastarem milhões em recursos públicos a promover o uso do automóvel, através de mais estacionamento, sem que isso traga sequer benefícios para os peões... 

Na Figueira, o que mais existe é estacionamento concessionado, não pela Câmara Municipal, mas por um privado.

No fundo, o que aconteceu foi a  legalização e a ocupação do espaço citadino em benefício de um privado em detrimento dos interesses do colectivo dos figueirenses.

Ainda hoje, seriam 9 e 40, na marginal, frente ao Grande Hotel, vi um funcionário da empresa exploradora do estacionamento pago, sem mão a medir para passar multas aos carros estacionados ao longo da Avenida 25 de Abril.


Por hábito, comodismo e, também, por escassez de oferta do transporte público, quem vem da periferia à cidade, desloca-se sobretudo de automóvel. Quem mora na cidade, desloca-se na cidade, igualmente, sobretudo de automóvel.

As políticas e as mentalidades têm que mudar. Alguém alguma vez pensou que na Figueira seria colocado um Hospital dentro de um parque de estacionamento?

Pois, como sabem, isso aconteceu! Portanto, não me admira que para os figueirenses passarem a ir com mais frequência fazer compras ao Mercado, isso passe por colocar (praticamente lá dentro...) um parque de estacionamento!


E chegamos à chamada "pescadinha-de-rabo-na-boca": por as pessoas "terem" de usar o carro na cidade, deve ser a câmara a dar-lhes estacionamento?

Por outro lado, as Câmaras ao proporcionarem estacionamento, não estarão a convidar mais pessoas a ficarem dependentes do carro? 

Até prova em contrário, mais estacionamento leva a mais uso do carro.

Não será uma incoerência ambiental ser a sociedade a disponibilizar  recursos para facilitar e promover o uso do automóvel com a construção de mais parques? 

Esses, recursos, por exemplo, não seriam melhor utilizados para promover a habitação a preços controlados em vez de serem gastos na "promoção" do automóvel?

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Estacionamento pago no HDFF: quase 9 anos depois como está o ordenamento do trânsito no parque de estacionamento que tem um Hospital dentro?

No decorrer da reunião camarária realizada no dia 18 de Novembro de 2013, compreendi melhor a trama em torno do caso do estacionamento pago no parque do Hospital da Figueira.
Pelo que tive oportunidade de ouvir, na altura, até o então presidente da autarquia  já estava farto deste caso. E a procissão ainda ia no adro. Recordo palavras do falecido Dr. João Ataíde: "Não me agrada nada taxar ali o estacionamento". Mas taxou.
Recorde-se: o projecto resultou da "pressão" da administração do Hospital para a regulação do estacionamento, num investimento que rondou os 50 a 70 mil euros, custeados pela Figueira Parques.
“O meu acordo visa satisfazer uma situação de ordenamento do estacionamento na área envolvente do HDFF e agilizar uma necessidade do hospital, e não tem fins lucrativos, pelo contrário”, sublinhou.
O intrincado processo teve vários problemas (“Relatório da Proteção Civil municipal deteta falhas no parque de estacionamento do hospital”). Contudo,  o estacionamento no Hospital Distrital da Figueira da Foz, passou a ser pago a 4 de Novembro de 2013!.. O grande argumento, "foi de que os banhistas ocupavam os lugares dos utentes do hospital."
Nesta ordem de ideias, o argumento também poderia também ter sido "o de que no verão os utentes do hospital ocupavam os lugares dos banhistas, indispensáveis à economia da Figueira. Assim, naturalmente, passaram a pagar todos: os utentes do hospital e os banhistas."
Portanto: no verão e no inverno sempre dinheiro em caixa.
Finalmente (depois de ter estado previsto para entrar em vigor em 1 de Setembro de 2013, quiçá por motivos eleitorais, foi adiado), a Figueira tinha algo de inédito a nível mundial: meteram um Hospital dentro de um parque de estacionamento!
Como, na altura escreveu o Eng. Daniel Santos, na  crónica semanal que então publicava no jornal AS BEIRAS
“A garantia de estacionar num parque de um estabelecimento de saúde por razões que tenham a ver exclusivamente com ela é um dever do Estado, assente na receita proveniente do bolo geral dos impostos que os cidadãos já pagam. Acresce que os utentes do SNS pagam taxas moderadoras recentemente agravadas.
Pode então inferir-se que o estacionamento pago no parque do Hospital Distrital da Figueira da Foz, para além dos problemas operacionais já tornados públicos, constitui uma dupla (ou tripla?) tributação.
Não é despiciendo que subsista à solução uma intenção de cariz neoliberal que é a de dissuadir os cidadãos de acederem aos serviços de saúde a que têm constitucionalmente direito. Porque, para tal, já pagam impostos e outras taxas.”
Fomos andando e a colocação de uma unidade hospitalar dentro de um parque de estacionamento, nunca deixou de ser polémica.
A exploração do estacionamento foi entregue à empresa municipal Figueira Parques
Em Dezembro de 2018, foi vendida a posição da autarquia (70 por cento) na empresa Figueira Parques ao parceiro privado. A alienação, "sem concurso público", na opinião do PSD, "iria condicionar as opções estratégicas urbanísticas e os interesses dos habitantes, comércio e indústria nos próximos tempos", pelo que "a opção de privatizar a gestão do estacionamento afigura-se totalmente despropositada na actualidade", na opinião dos  socialdemocratas figueirenses. 
Mais: na altura disseram que "a única intenção foi arrecadar os 840 mil euros para fazer face a despesas em obras discutíveis, mesmo que, com isso, se hipoteque o futuro da soberania do município nesta matéria".
Recorde-se: a venda foi aprovada pelo PS, com os votos contra dos social-democratas.
E estamos chegados a Agosto de 2022.
Recorde-se: o projecto resultou da "pressão" da administração do Hospital para a regulação do estacionamento.

Vejamos a realidade em fotos de ontem, cerca das 13 horas. Carros estacionados por todo o lado e sinalização  a precisar de tinta:

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Falta de transportes públicos leva CDU a apostar na mobilidade na Figueira da Foz


«A CDU propõe "criar transportes coletivos com percursos e horários ajustados às necessidades da população" na Figueira da Foz e critica a rede ineficaz de transportes públicos atual da cidade.
O cabeça de lista da CDU à Câmara da Figueira da Foz, Bernardo Reis, criticou a rede ineficaz de transportes públicos na cidade e no concelho para, no primeiro dia da campanha eleitoral, colocar o assunto entre as suas prioridades.
“Um dos graves problemas que realço é a falta de transportes, o que limita a circulação dentro da cidade e entre as freguesias e a cidade”, apontou à agência Lusa o candidato, antes de uma ação de distribuição de propaganda eleitoral na cidade.
Assegurada por privados e paga pelo município, a “rede é muito insuficiente” e o recentemente criado transporte a pedido “não satisfaz por ser marcado na véspera”, criticou.
Neste sentido, explicou, a CDU propõe “criar transportes coletivos com percursos e horários ajustados às necessidades da população, uma rede para a qual o município tem de criar capacidade financeira, se não tem”.
Uma prioridade que se justifica quando, lembrou, o estacionamento é pago na zona baixa da cidade e “sobrecarrega os orçamentos familiares”.
Virado para políticas que desincentivem o uso do transporte particular, o cabeça-de-lista da CDU defendeu também um maior investimento na melhoria e duplicação das ligações ferroviárias entre a Figueira da Foz e Coimbra, a requalificação da Linha do Oeste e a reposição da Linha da Beira Alta (entre Pampilhosa e Figueira da Foz).
No mesmo sentido, quer criar, na entrada da cidade, um terminal de passageiros, onde estes possam estacionar o seu veículo privado e usar os transportes públicos rodoviários e ferroviários.
Neste primeiro dia da campanha eleitoral, Bernardo Reis, se for eleito, prometeu assumir o seu mandato, “para servir e não se servir” das funções.

A CDU tem como objetivo voltar a ter o vereador que chegou a ter há mais de três décadas." 

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Vivemos na Figueira: tenham calma...

OUTRA MARGEM já cá anda a virar frangos há muitos anos.
Nada mais natural, portanto, que tenha o cuidado de prestar atenção aos novos candidatos ao poleiro, antes de contribuir para correr com os actuais.

Como quase tudo na Figueira, a democracia é pobre. 
Não há milagres: não pode haver uma democracia rica e robusta sem democratas.
A seu favor, pode ser dito que, na Figueira, a democracia é tão boa como qualquer outra coisa.
A sua maior fragilidade é que os chefes reflectem os que representam.
Quando o povo é pouco exigente, o que é que se pode esperar das elites?

Olhamos para o que está e o que vemos?
Populismo, radicalismo, autoritarismo, falta de tolerância, vaidade, tiques de superioridade, ausência de cultura democrática, arrogância, ignorância, estupidez e egoísmo.
Olhamos para o que pode vir a seguir e o que vislumbramos? 
Populismo, radicalismo, autoritarismo, falta de tolerância, vaidade, tiques de superioridade, ausência de cultura democrática, arrogância, ignorância, estupidez e egoísmo.
A diferença, a existir, é mínima:  está entre o mau e o pior... 
É a Figueira que temos...

Mas, a nossa querida Figueira é linda. Sempre: no inverno, no Verão, na Primavera, no Outono. 
É linda. Temos paisagens magníficas, mar, serra e rio, mulheres bonitas, bons pratos, boas iguarias, bons petiscos e o clima vai sendo razoável.
Porém,  há o reverso da medalha: temos emprego precário, ganhamos mal, habitação cara, estacionamento pago na baixa (vendemos o chão), água e saneamento a preços exorbitantes (vendemos os canos) - e temos este PS municipalista há 12 anos no poder.

Após o resultado das autárquicas de 2021, já sei o que me vai acontecer: vou estar contente. Mas, também, vou estar triste.
A Figueira é assim e vai continuar assim: uma cidade de contrastes. 
Os Partidos do arco do poder, depois do dia da votação, esquecem as obrigações sociais e os compromissos para com os eleitores. Passam a ter obrigações corporativas para com os seus. E como assim tem acontecido - e vai continuar a acontecer - depois do dia 26 próximo, vão beneficiar alguns e  prejudicar todos.

A democracia tem uma dimensão formal e outra substantiva. 
A formal cumpre-se com os actos eleitorais e com o normal funcionamento dos órgãos institucionais. A substantiva é aquela em que a democracia se realiza na relação dos políticos com os cidadãos.
O povo figueirense sabe isto tudo. O povo figueirense sabe tudo e  tudo cala. 
E finge-se admirado quando as coisas não acontecem. 

sábado, 21 de agosto de 2021

Autárquicas 2021: CDS-PP, o «problema» de Miguel Mattos Chaves

Miguel Mattos Chaves é um cavalheiro. E para além disso, o que não é despiciendo, um político educado, democrata, combativo, nacionalista, conservador e frontal. 
É um homem que não se inibe no discurso.
É dele este desabafo: "há dias em que me apetece mandar, na política, tudo "à fava", por verificar que as pessoas afinal o que querem é apenas ouvir:
- frases bonitas;
- promessas que nunca se realizarão;
- criticas, de quem não sabe fazer mais nada!
Quando se apresenta uma Alternativa séria, não querem saber!"

Não é um político profissional. Como qualquer um de nós tem estados de alma:
"ESTOU FARTO !!!
CHEGUEI ao LIMITE da PACIÊNCIA!!!
Estou farto de Melo's, Mesquita's, Almeida's e Cª Ltdª.
Nunca os ouvi quando o CDS de Portas e Cristas deitaram para o LIXO os nossos Princípios e Valores; 
Nunca os ouvi, quando esses dirigentes renegaram o Partido dos Contribuintes, o Partido dos Reformados, etc... causando a nossa Derrota dos 4,5%. 
Nunca os li, nem ouvi, então criticarem o mau caminho que estávamos a seguir!"
Não poupa na linguagem: "bem vos percebo.
Para vós a Política são empregos!
Para mim não e nunca foi.
A Política é um SERVIÇO, meus amigos. Sabiam? Parece bem que não!"

Miguel Mattos, é um homem que não se esconde: dá a cara pelo que acredita. E por quem acredita.
"Dou a cara pelo Presidente Rodrigues dos Santos, pelo CDS-Partido Popular.
Tenham juízo e mostrem lá o que valem no Terreno. 
Deem a Cara nas Eleições Autárquicas, deem o corpo ao manifesto, trabalhem! 
É o desafio que vos lanço.
Mas façam-no, não refugiando-se a concorrer a lugares pouco importantes, mas sim, (já que são tão bons) concorrendo a Presidentes de Câmara."

Repito: a palavra que, para mim, melhor define Miguel Mattos Chaves, que conheço e considero Amigo: um cavalheiro.
Em Maio de 2019, sabendo da distância ideológica que nos separa, que nenhum de nós esconde ou disfarça, convidou-me para ser orador nas “TERTÚLIAS FIGUEIRENSES”. 
Fui convidado e aceitei. Gosto deste e de todos os debates livres, de preferência com vozes dissonantes. É a falar que a gente se entende. Aceitei porque  sou do tempo em que os debates eram proibidos na Figueira. Haja debates e,  já agora, que deles saiam algumas ideias.
Lá estive, numa sessão moderada por Pedro Vieira, com o Dr. Joaquim de Sous e a Drª. Isabel João Brites.

Num tempo com tantas sombras, tanto bota-abaixo, tanta gente de mal com a vida, não podemos desperdiçar nunca a possibilidade de apontar uma pessoa a sério, um farol que podemos fixar para nos reencontrarmos com o caminho certo e nos libertarmos das pedras do caminho. 
Miguel Mattos Chaves, de quem tenho a honra de Ser Amigo, está no grupo das pessoas que ao termos o privilégio de com elas privrar contribuem para nos fazer melhores. Sublinho a forma educada e a gentileza com que trata as pessoas.
 
Miguel Mattos Chaves, é o candidato do CDS-PP à Figueira da Foz.
Uma candidatura personalizada e com ideias muito concretas para os próximos 4 anos numa cidade que tem dramaticamente perdido população. Como convencer as empresas a criar mais emprego, como fixar pessoas, como seduzir quem partiu a voltar, como criar novas casas e como revolucionar a oferta cultural e a educação. A todos esses temas, Miguel Mattos Chaves tem a sua resposta.  
A Figueira precisa de um novo rumo, de uma estratégia. Não é que as pessoas não tenham feito até agora o possível, mas o possível tornou-se insuficiente. Numa altura em que o mundo se globalizou, os desafios são cada vez maiores para um concelho do litotal que vive um inverno demográfico. É importante por isso ter uma nova ambição, um novo objetivo e uma estratégia de futuro. 

Se for eleito vereador, segundo disse ao Dez & 10 na passada terça-feira, vai propor medidas que permitam à Figueira da Foz recuperar o prestígio que já teve. 
Captação de investimentos e eventos, nacionais e internacionais, que estimulem um modelo de turismo de qualidade.
Miguel Mattos Chaves, frontal como sempre, admitiu que  não gosta de turismo de massas, preferindo turistas com "massa".
Realista, baseando-se nas sondagens e no passado autárquico do partido na Figueira da Foz, de que é líder concelhio, considera como bom resultado eleitoral ser eleito vereador. 

O fim do estacionamento pago à superfície, actualmente concessionado a um privado, é outro dos seus mais significatios desideratos. 
Reconheço a Miguel Mattos Chaves, caso seja eleito vereador no próximo dia 26 de Setembro, capacidade combativa para se bater por estes objectivos.
Se precisasse de comprar um carro em segunda mão, Miguel Matos seria dos poucos políticos com quem faria esse negócio.


Contudo, por razões ideológicas, não apoio nem vou votar no meu Amigo Miguel Mattos Chaves.
Miguel Mattos Chaves foi o candidato do CDS nas eleições municipais de 2017 na Figueira da Foz. Não foi eleito vereador.
Contudo, mesmo à distância (reside e trabalha em Lisboa) continuou atento ao que se passava na Figueira da Foz, com mais atenção e muito menos condescendência do que alguma da oposição que reside na Figueira representada na Câmara.
Como figueirense, embora a residir fora, em Maio de 2018, sentiu-se incomodado com patrocínio municipal a um comboio de bêbados oriundos de outro concelho. 
Escreveu uma carta aberta, onde confrontou publicamente  o poder executivo.

Reconheço que, em termos ideológicos e políticos, estou muito distante de Miguel Mattos Chaves. Todavia, tal facto não me impede de reconhecer que o que fez chama-se saber fazer oposição.
Custar-me-ia muito viver num país onde não existisse o CDS. O país precisa, mais do que nunca, da existência do CDS e de que as suas posições possam suster muito disparate da extrema-direita.
Contudo, ainda não é desta vez que o Dr. Miguel Matts Chaves leva o meu voto. 
Só tenho um voto. Em democracia é assim...

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Autárquicas 2021: Miguel Mattos Chaves, candidato do CDS/PP à Câmara da Figueira da Foz no Dez & 10

«O candidato do CDS/PP à Câmara da Figueira da Foz, Miguel Mattos Chaves, em entrevista ao programa Dez&10, defendeu que, se for eleito vereador, vai propor medidas que permitam à Figueira da Foz recuperar o prestígio que já teve. Propõe a captação de investimentos e eventos, nacionais e internacionais, que estimulem um modelo de turismo de qualidade. Miguel Mattos Chaves admitiu que não gosta de turismo de massas, preferindo turistas com “massa”, isto é, com elevado poder de compra. 

Entre as 16 medidas do programa eleitoral da candidatura do CDS/PP, destaca-se a redução de impostos e taxas, para estimular o investimento, o aumento do poder de compra dos figueirenses e a captação de novos residentes. Nomeadamente, o IRS, o IMI e a derrama. O impacto destas medidas nas finanças da autarquia é de 5,2 milhões de euros, que o candidato afirma serem compensados através de investimentos privados. Para o efeito, Miguel Mattos Chaves propõe a cedência gratuita de terrenos às empresas que pretendam instalar- -se no concelho. Mas com direito de reversão para o município. Miguel Mattos Chaves defende, também, o fim do estacionamento pago à superf ície, actualmente concessionado a um privado.»

Vi Diário as Beiras e Dez & 10

sábado, 29 de maio de 2021

Autárquicas de 2021: vamos ao que interessa?

A Figueira da Foz, cidade e concelho, tem vindo a perder  posição e importância na região ao longo das últimas décadas, com especial relevância nos últimos anos. Hoje, cidades como Aveiro, Pombal, Leiria e até Cantanhede crescem e ocupam espaço na cabeça das pessoas. Só o tempo dirá, com rigor, o impacto que pode ter na decisão de investimento que crie emprego sustentável e bem pago que traga pessoas para o nosso concelho.
Lá para princípios de Outubro teremos eleições autárquicas. Os dados estão quase todos lançados. O PS já avançou, no PSD também parece estar já muita coisa decidida, o CDS já definiu o candidato e está a trabalhar. O Chega não me parece que nestas eleições conte para alguma coisa. Falta definir o que a CDU e o BE têm para apresentar. Não me esqueci de Santana Lopes. Sobre essa putativa candidatura continuo na minha: só vendo...
 
Estas eleições serão interessantes. Não sou futurologista, nem tão pouco analista, muito menos absolutamente independente e tenho as  minhas dúvidas sobre muita coisa.
Estas serão eleições atípicas. Muito por culpa do Santana: se concorrer, o que continuo a duvidar, vai mexer no mapa dos mandatos e, certamente, na divisão de votos.
Estou curioso também para ver o que é que a CDU e o BE têm para apresentar. Portanto, neste momento ainda é muito cedo para avançar com cenários.

Como sempre, vou estar na primeira fila, não sentado, mas atento e refletivo sobre o que vai desfilar em caravanas. 
O PS, o PSD e o CDS  já iniciaram  a pré-campanha. 
Para já, a estratégia tem passado pelo lançamento dos candidatos, dando-lhes visibilidade. PS e PSD já inundaram as rotundas de cartazes com Carlos Monteiro e Pedro Machado.
Ideias, para já, tirando Miguel Matos Chaves do CDS, avançaram poucas e soltas.
 
Já deu para ver, que há falta de melhor, há quem prefira chamar pára-quedistas aos outros candidatos, do que discutir ideias e programas. Penso, porém, que isso já não interessa a ninguém. Por isso, como figueirense interessado naquilo que é importante para o desenvolvimento do concelho, sugiro aos diversos candidatos que a campanha autárquica ganhe elevação e se discutam questões como:
- Que cidade queremos para os residentes;
- Que investimento queremos para o concelho;
- Qualidade urbanística, como evitar mais erros e melhorar aqueles que foram feitos nas últimas décadas;
- Estacionamento como factor de relançamento do comércio tradicional e da baixa comercial;
- Figueira da Foz, cidade da moda ou capital do quê?
- Qual o papel da praia na estratégia municipal;
- Como resguardar os edifícios tradicionais da Figueira da Foz e do concelho da ameaça imobiliária;
- Como fazer crescer a Figueira da Foz, perspectivas de avanço sobre áreas agrícolas, de reserva ou Parque Natural ou a destruição continuada do património distintivo e tradicional da Cidade;
- A segurança dos cidadãos;
- A Ilha da Morraceira, para quando uma intervenção protectora e de fundo;
- Devolução da margem norte do Mondego à população e recuperação da margem esquerda;
- Ciclovias;
- Reflexão sobre o Cabedelo, no sentido de conseguir entender como não se deve actuar para não destruir locais especiais e recursos públicos...

Estes são apenas alguns assuntos que podem estar em cima da mesa nas eleições autárquicas de 2021.
Os principais partidos (PS e PSD) deveriam apresentar um documento de intenções, contratualizando com os eleitores duas coisas:
Primeira. Se forem poder, quais as linhas genéricas de actuação e os principais projectos que pretendem desenvolver.
Segunda
. Se forem oposição, qual a sua postura sobre esses mesmos projectos. 
A minha experiência pessoal  diz-me que as oposições não são construtivas, votam contra propostas que no fundo não discordam, apenas para ganhar espaço de crítica. Por esse motivo, acredito que os partidos na oposição devem desempenhar as suas atribuições de fiscalização, mas também de acção, apoiando quando devem apoiar.

As eleições autárquicas estão à porta. Cada um ocupa o seu espaço na discussão política. A mim o que me interessa fundamentalmente são as ideias.
Estou à espera das propostas, dos temas, das questões e, sobretudo, as soluções dos diversos candidatos. 
Sejamos optimistas e vamos acreditar que a seu tempo isso será uma realidade.
Dentro desse espírito, avanço já com algumas questões e reflexões que gostaria de lançar, não apenas enquanto espectador, cidadão, contribuinte, mas essencialmente como figueirense:
- Qual a linha de rumo do município?
- Quais as actividades económicas estratégicas?
- Qual o papel das freguesias fora da sede do concelho na área do turismo.
- Recursos humanos municipais: qual a situação actual, quais as necessidades? É necessário 
aumentar ou reduzir, formar ou requalificar?
- Piscina Municipal: quanto custa construir, quanto custa manter, de onde virão esses recursos, qual a capacidade planeada e qual a taxa de ocupação esperada.
- Política de estacionamento na baixa da cidade.
- Ordenamento da ocupação indevida de passeios: contribuições para a sustentação de um turismo de qualidade e da imagem da cidade!
- Património histórico: catalogação, descrição, identificação, iluminação, animação e dinamização!
- Que papel cabe ao município na dinamização do emprego.
- O Hospital Distrital da Figueira da Foz. Os Centros de Saúde. Necessidades  e meios para o bem estar e saúde da população concelhia, retirando a propaganda política.
- Mobilidade: acessibilidade dos incapacitados físicos e dos carrinhos de bebé. 
- Requalificação, arborização e embelezamento dos espaços públicos.
- Instrumentos de planeamento territorial: PDM.
- Estuário do Mondego.
- Percursos pedestres. Uma mais-valia para os figueirenses e para o turismo.
- A ocupação das zonas ribeirinhas e frentes de mar.
- Dinamização e programação musical do CAE.
- Segurança pública. Protecção Civil: incêndios certos e derrames marítimos possíveis.
- Competências delegadas nas Juntas de Freguesias e com que financiamento.
- Figueira da Foz,  aposta no crescimento ou no desenvolvimento?
- Grandes urbanizações ou espaços urbanizados equilibrados, bem planeados e melhor executados.
- Estacionamentos junto às praias. 

Ninguém tem resposta para tudo, mas são assuntos que interessam a quem se preocupa verdadeiramente com a Figueira e com os seus residentes. Os que votam! Ficou o meu contributo.
Termino com um apelo aos candidatos: tenham consciência que existe vida para além dos partidos, dos fóruns, das associações, dos mercados e dos cafés. Existe uma população com necessidades e com expectativas. Existe sobretudo uma crescente necessidade de valorização do conteúdo. A embalagem é o que menos deveria contar.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Numa cidade, que tem a justiça a funcionar, existe uma ilegalidade e ninguém coloca o caso em Tribunal?...

Na reunião da Câmara Municipal da Figueira da Foz, realizada na última segunda-feira, dia 15 do corrente, foi abordada, mis uma vez, a questão do estacionamento pago na cidade.
Cito o vereador Carlos Tenreiro: "não se mostra aceitável que uma actividade económica que incide na exploração dum espaço público, afecto ao Município, possa funcionar com cobranças ilicitas, quando é sobre a própria Câmara Municipal que recai a competência de licenciar as actividades económicas exercidas no concelho.
Com que legitimidade pode a CMFF multar outros agentes económicos que não cumprem com a lei dentro do concelho?
O presente caso vertido na notícia em anexo – Diário de Coimbra de 16/06/2020 - só vem confirmar aquilo que sempre denunciámos e que assenta numa verdadeira ilegalidade."

segunda-feira, 6 de maio de 2019

"Festa da Sardinha regressa ao Coliseu Figueirense"...

O regresso acontece na sequência da mediação do presidente da Câmara da Figueira da Foz.
“A Festa da Sardinha iniciou-se no Coliseu Figueirense. Por isso, é um sítio que reúne excelentes condições para o evento, associado ao facto de termos deslocalizado o pavilhão que estava na praça da avenida de Espanha [Parque das Gaivotas]”, disse Carlos Monteiro ao Diário as Beiras.
A 32.ª Festa da Sardinha decorre de 7 a 9 de Junho e estava prevista realizar-se no parque de estacionamento (coberto), da Praça do Forte. 
A decisão foi tomada numa reunião em que se sentaram à mesa a direcção da associação, Carlos Monteiro (na altura ainda vice-presidente) e a chefe de Divisão da Cultura Margarida Perrolas.  

«Sabendo que já não havia pavilhão multiusos» (no Parque da Avenida de Espanha), uma vez que foi retirado para a zona da Várzea para serviços da autarquia), «marcamos reunião para propor a data e deixamos ao critério da Câmara, a localização», explicou na altura, Carlos Baptista, presidente da associação.
A entrada passa a custar cinco euros – subiu 50 cêntimos -, “para facilitar os trocos”, mas inclui a oferta do café, que era pago à parte.
O menu constará de sardinhas, caldo verde, broa, uma bebida e café. As sobremesas e os digestivos são pagos à parte. A animação musical também faz parte da “ementa”.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

32.ª Festa da Sardinha realiza-se de 7 a 9 de Junho, no parque de estacionamento (coberto), da Praça do Forte

A Associação Recreativa Malta do Viso vai realizar a 32.ª Festa da Sardinha de 7 a 9 de Junho, no parque de estacionamento (coberto), da Praça do Forte. 
A decisão foi tomada numa reunião em que se sentaram à mesa a direcção da associação, o vice-presidente da autarquia Carlos Monteiro e a chefe de Divisão da Cultura Margarida Perrolas. «Sabendo que já não havia pavilhão multiusos» (no Parque da Avenida de Espanha), uma vez que foi retirado para a zona da Várzea para serviços da autarquia), «marcamos reunião para propor a data e deixamos ao critério da Câmara, a localização», explicou, Carlos Baptista, presidente da associação.
A organização considera fundamental que o recinto do evento seja devidamente lavado, desinfestado e dotado de mais iluminação.
A entrada passa a custar cinco euros – subiu 50 cêntimos -, “para facilitar os trocos”, mas inclui a oferta do café, que era pago à parte.
O menu constará de sardinhas, caldo verde, broa, uma bebida e café. As sobremesas e os digestivos são pagos à parte. A animação musical também faz parte da “ementa”.

domingo, 16 de dezembro de 2018

FIGUEIRA SEM PARQUES PAGOS ENTRE 15 E 26 DE DEZEMBRO...

Por  solicitação da ACIFF, desde ontem, sábado 15, até 2ª feira dia 24, o estacionamento não vai ser pago nas artérias da Figueira da Foz. Como 25 é Dia de Natal, só volta a ser necessário colocar o papelinho a partir de 4ª. feira dia 26 de dezembro. 
Desta forma o acesso ao comércio tradicional ficou mais acessível nesta  época festiva.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Na Figueira, vivemos tempos da ditadura do efémero...

João Ataíde

Presidente do Conselho de Administração Figueira Parques
"Amanhã(14/12/2018) a Assembleia Municipal tem em agenda um assunto de extrema importância para a cidade nos próximos anos. Referimo-nos à ratificação da deliberação tomada na última reunião da CMFF que decidiu(com os votos contra do PSD) pela privatização da empresa gestora do estacionamento pago. 
Não faz sentido continuar com o parqueamento automóvel pago, a partir do momento em que essa actividade passa a ser exercida por uma empresa privada, onde o grosso das receitas das cobranças não vai ser investido a favor concelho."

Carlos Tenreiro

Nota de rodapé.
Amanhã, pelas 15 horas há Assembleia Municipal
ORDEM DE TRABALHOS: AQUI.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

CDS-PP, quer "a extinção definitiva da Figueira Parques" e "apoia o Movimento Figueira SEM Parques"

NOTA DE IMPRENSA
"Na última reunião da Câmara Municipal da Figueira da Foz, realizada no dia 03 de Dezembro p.p., foi aprovada a alienação da participação do Município na empresa Figueira Parques.
O CDS-PP da Figueira vem desta forma repudiar esta privatização! Mais do que uma questão de privatizar ou manter no domínio público, a nossa posição é a extinção definitiva da Figueira Parques e dos Parcómetros na cidade!
Este é um sistema indigno que extorque dinheiro à população, em especial aos comerciantes da Rua da República e Bairro Novo, pelo direito de estacionar na via pública. O principal argumento utilizado na defesa desta empresa é de que muitos comerciantes deixam o carro estacionado em frente à sua loja o dia inteiro, quando o lugar devia estar livre para os possíveis clientes. Assim, se comprova o princípio de espoliação dos cidadãos em que se cobra dinheiro, dizendo mentirosamente que é para a sua protecção pois, na realidade, é contra a sua vontade.
Relembramos que o CDS-PP da Figueira foi o único Partido a apresentar no seu Programa Eleitoral de 2017 a extinção desta empresa, posição que mantemos, passando assim o estacionamento no concelho a não ser pago.
A Câmara Municipal tem sim que prestar serviço aos cidadãos, construindo novos parques, subterrâneos, ou em altura (silos), tanto na zona da Rua da República, como em Buarcos e no Bairro Novo, em vez de sugar o dinheiro às pessoas não dando nada em troca.
Em nossa opinião, um Presidente de Câmara e seus Vereadores são eleitos para SERVIR os munícipes e não para se servirem deles.
Assim manifestamos publicamente o nosso total apoio ao Movimento Figueira SEM Parques, e manifestamos o nosso regozijo por ver um movimento popular de cidadania constituído maioritariamente por comerciantes da terra, a exercer o seu direito à indignação, em nome da população em geral, face à existência injustificada e indigna de haver estacionamento pago na cidade.
Continuamos sempre disponíveis para ajudar em tudo o que nos seja possível e que siga os pressupostos programáticos que apresentámos nas últimas Eleições Autárquicas.
As pessoas já estão sobrecarregadas com demasiados Impostos, Taxas, Taxinhas, Coimas, etc.! 
O que defendemos, em nome, em benefício e para bem dos Comerciantes, dos Hoteleiros e dos Cidadãos, do Concelho da Figueira da Foz, é que se acabe definitivamente com esta sociedade e com os parcómetros na cidade."
Comissão Política Concelhia do CDS-PP da Figueira da Foz

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

PSD contra esta privatização da Figueira Parques

Miguel Babo, Ricardo Silva e Carlos Tenreiro, os vereadores
PSD que votaram contra esta privatização da Figueira Parques.
Foto sacada daqui.
Via comunicado, que pode ser lido na íntegra clicando aqui, a Concelhia do PSD critica  a venda da posição da autarquia (70 por cento) na empresa Figueira Parques ao parceiro privado. A alienação "sem concurso público vai condicionar as opções estratégicas urbanísticas e os interesses dos habitantes, comércio e indústria nos próximos tempos", pode ler-se no documento. "A opção de privatizar a gestão do estacionamento afigura-se totalmente despropositada na actualidade", acrescentam os socialdemocratas. Por outro lado, questionam se o valor da empresa não será mais elevado com o Sistema de Contraordenações de Trânsito a funcionar, implicando o aumento, em seis vezes, do valor das coimas de estacionamento e os custos associados aos bloqueadores e ao reboque.  Acusam que "a única intenção é arrecadar os 840 mil euros para fazer face a despesas em obras discutíveis, mesmo que, com isso, se hipoteque o futuro da soberania do município nesta matéria".
Recorde-se que na última  reunião de câmara a venda foi aprovada pelo PS, com os votos contra dos social-democratas.
Para o PSD/Figueira, "ao longo dos últimos 9 anos, O Sr. Presidente Dr. João Ataíde, duplicou as áreas de estacionamento concessionado pago!! Parque Av. de Espanha, Av. 25 Abril, Zonas Ribeirinhas, Parque Estacionamento do Parque Campismo, Parque Estacionamento do Hospital da Figueira da Foz. É no mínimo estranho que o Dr. João Ataíde, nunca tenha posto em causa a concessão da Figueira Parques .
Agora vem criticar o contrato celebrado há 14 anos pelo Eng. Duarte Silva. O Dr. João Ataíde e o Partido Socialista já governam a Figueira da Foz há 9 anos!!"
O documento que temos vindo a citar termina assim: "O Sr. Presidente já não estará sequer na Figueira da Foz para lhe serem assacadas responsabilidades, mas os Figueirenses cá continuarão para «pagar» mais este ERRO!"

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

O NEGÓCIO

"Na última reunião de CMFF foi aprovada com os votos favoráveis do PS e votos contrários dos vereadores do PSD a venda da quota detida pela autarquia na empresa Figueira Parques a favor do outro sócio, minoritário.
Muito me surpreendeu que o executivo camarário apenas se tenha preocupado, tão somente, com o aspecto da venda da quota maioritária detida pela Câmara Municipal, superior a 70% do capital social e, não tenha, em circunstancia alguma, ponderado, sequer, a hipótese da compra da outra quota de 30%, analisando, assim, todas as vantagens de ordem financeira, social e patrimonial, como forma de manter essa empresa municipal.
Se dúvidas existiam acerca da rentabilidade do negócio em causa, as mesmas ficaram dissipadas, pois, caso assim não fosse, nunca estaria um particular interessado em adquirir, sem regateios, a quota camarária por 800.000,00€.
Por outro lado, se há actividade que devia e podia continuar a ser exercida pelo Município, esta é uma delas, relacionada com a gestão do parqueamento automóvel, atento a uma maior eficácia de articulação com a regulação do próprio trânsito rodoviário urbano e a sua adequação às necessidades da cidade, onde, não menos importante, seriam as receitas cobradas pelo estacionamento pago que reverteriam a favor do concelho.
Mas, tendo-se optado pela venda, ainda maior perplexidade me causou o facto do executivo municipal ter alienado directamente ao actual sócio privado, sem submeter o referido negócio a uma oferta pública.
Defendeu-se (quanto a mim, muito mal) o presidente da Câmara Municipal dizendo que esta alienação não obriga a hasta pública, não se mostrando tal argumento, de todo, aceitável, tanto no plano ético como naquilo que respeita às boas práticas da gestão publica, designadamente, no que concerne à defesa dos interesses do concelho, pois tratando-se de património municipal, mostrar-se-ia muito mais transparente que a venda fosse aberta a outros potenciais interessados, a fim de maximizar-se a rentabilidade da oferta comercial em causa. 
A efectiva concretização do presente negócio está agora apenas dependente da realização da próxima Assembleia Municipal, a ter lugar já no próximo dia 14, onde, à partida, não vejo como a maioria dos deputados do Partido Socialista possa ir contra aquela deliberação camarária, tudo levando a crer (oxalá me engane) que assistir-se-á à ratificação por parte daquele órgão autárquico dum acto promovido pelo actual executivo camarário que decidiu entregar, do dia para a noite, o negócio do estacionamento pago da cidade às mãos exclusivas dum privado."
Carlos Tenreiro