Diário as Beiras: "Mais de 150 lugares cobertos no Eurostars para usufruto público já na passagem de ano".
«Santana Lopes recupera a decisão de construir um parque de estacionamento no parque das Gaivotas. Mas, em vez de ser subterrâneo, será construído em altura, com capacidade para 160 lugares. O presidente da Câmara da Figueira da Foz, que fez o anúncio na reunião de câmara, adiantou ao DIÁRIO AS BEIRAS que o parque terá três pisos, o último destinado a restaurante ou bar. Os custos da construção, ressalvou Santana Lopes, serão suportados pela Dornier, a concessionária do estacionamento à superfície na cidade da Figueira da Foz. Aliás, o edifício será construído numa zona concessionada a esta empresa. Assim sendo, o executivo camarário assume que desistiu do parque de estacionamento subterrâneo de apoio ao Mercado Municipal Engenheiro Silva, previsto para junto da marina de recreio ou para o parque das Gaivotas. Santana Lopes frisou, a este jornal, que o parque de estacionamento subterrâneo deparou com vários obstáculos. A morfologia do terreno, devido à proximidade ao rio e ao mar, é um deles. O principal óbice, contudo, é o preço da construção. “A concessionária [Dornier] não aceitou ser ela a construir o parque subterrâneo”, ressalvou o autarca. A recusa da empresa obrigava o Município da Figueira da Foz a financiar a obra, que ascendia a vários milhões de euros. Foi ainda feita uma tentativa de aquisição, pelo município, de um edifício contíguo ao referido mercado municipal, mas o preço pedido pelo proprietário inviabilizou a aquisição.
Ainda acerca de estacionamento, Santana Lopes avançou que os lugares do parque coberto do hotel Eurostars destinados ao município da Figueira da Foz, que o atual executivo camarário reclamou, após ter descoberto, este ano, o protocolo anteriormente assinado com o promotor do imóvel, estarão disponíveis para uso público na passagem de ano. No início do próximo ano, a autarquia figueirense procederá a trabalhos no espaço – limpeza, sinalização e outras pequenas intervenções – , após os quais o estacionamento destinado ao público naquela unidade hoteleira passará, definitivamente, a parque público pago. Estão em causa mais de centena e meia de lugares de estacionamento coberto, que podiam estar a ser utilizados desde 2014, no âmbito da licença de utilização da unidade hoteleira, mas o protocolo não foi acionado, o que gerou indignação junto do atual executivo camarário. “Se o PS esclarecer se podemos ter ou não os lugares que estão escritos para uso público no hotel Eurostars, não são precisos mais [lugares de estacionamento na cidade]. Estamos à espera”, afirmou Santana Lopes, em declarações a este jornal, no início deste ano.»
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