"Será que a Figueira da Foz é mesmo especial? Ou somos nós, os figueirenses, que a sentimos assim? O viajante-escritor figueirense Gonçalo Cadilhe propõe um olhar sobre a cidade de todos os seus regressos a partir de uma perspetiva moldada por décadas de viagens em tantas outras cidades do mundo. Passando pela história e geografia e detendo-se também na paisagem e nas características inatas dos seus conterrâneos, Gonçalo Cadilhe convida-nos a refletir sobre o privilégio de habitar na Figueira da Foz."
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário