Foi tomada em nome da liberdade, ignorando manifestações e expressões democráticas. Longe dos olhares, no silêncio dos gabinetes, o Cabedelo foi alvo de um atentado ambiental, perfeitamente evitável e visível na foto. Privilégio, foi isto. Usufruir de um espaço destes. Cheirar o mar. Ouvir as coisas.
Voltar depois a casa com o corpo cansado do bom que é cansarmo-nos a viver.
Voltar depois a casa com o corpo cansado do bom que é cansarmo-nos a viver.
No inverno, o Cabedelo tem aquela luz ténue e límpida, própria desta estação do ano. Em dias de inverno com sol, como o de hoje, temos a sensação que o frio purifica a luminosidade, o que é uma mais valia, em especial, para os fotógrafos.
A luz de inverno, no Cabedelo, é calma e fugaz. Os dias são curtos e transmitem a necessidade de não desperdiçar um momento que seja, pois os dias de inverno no Cabedelo são lindos, mas têm algo que faz lembrar o efémero. A falta de democracia e o totalitarismo de certos (ditos) democratas espatifaram a alma do Cabedelo. Deus lhes perdoe. Eu não consigo.
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