Via jornal i
«André Ventura questiona o processo democrático. António Costa, primeiro-ministro indigitado está a ser “honesto” e “rigoroso” com a sua palavra.
“A única coisa que António Costa está a fazer é cumprir com aquilo que prometeu durante a campanha eleitoral. Nestes termos, pode ser mais ou menos correto, mas não é antidemocrático”, expressou fonte próxima da atividade política nacional ao i, lembrando que esta iniciativa de ouvir os partidos não é algo a que António Costa esteja obrigado, uma vez que ainda não tomou posse. “Não o vai fazer na sua qualidade de primeiro-ministro em funções. Vai fazê-lo na qualidade de primeiro-ministro indigitado. Não podemos umas vezes dizer que os políticos não cumprem e depois, quando cumprem aquilo que dizem, estar a atacar”, argumenta a mesma fonte. Contudo, ressalva: “Se daqui a uns meses, já nomeado primeiro-ministro, fizer este tipo de exclusão, isso sim já é criticável e seria um erro enorme”.
Este “jogo sujo” entre André
Ventura e António Costa é, para
o politólogo João Pereira Coutinho, um autêntico “baile de
máscaras previsível e entediante”. E acrescenta: “É do interesse de todos os participantes -
estou a falar do Chega e do PS -
que a peça decorra exatamente como está a decorrer”, começa por explicar o politólogo ao
i, dando conta dos “benefícios”
que tanto André Ventura como
António Costa tiram desta “encenada” luta.
“Para o Chega, propor Diogo Pacheco de Amorim
é a garantia de que o nome será
recusado, e isto permitirá a André
Ventura fazer a sua vitimização
habitual, que até ao momento
tem rendido votos, notoriedade
e deputados.
Para o PS, existe
toda a lógica nesta encenação,
porque, com este comportamento de não falar com o Chega, de
o colocar, no fundo, para lá de
qualquer diálogo, entendimento ou conversa democrática, está
a contribuir para o crescimento do Chega, e consequentemente para roubar espaço à Direita
tradicional.”»
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