quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Costa e Ventura

«André Ventura questiona o processo democrático.  António Costa, primeiro-ministro indigitado está a ser “honesto” e “rigoroso” com a sua palavra.
“A única coisa que António Costa está a fazer é cumprir com aquilo que prometeu durante a campanha eleitoral. Nestes termos, pode ser mais ou menos correto, mas não é antidemocrático”, expressou fonte próxima da atividade política nacional ao i, lembrando que esta iniciativa de ouvir os partidos não é algo a que António Costa esteja obrigado, uma vez que ainda não tomou posse. “Não o vai fazer na sua qualidade de primeiro-ministro em funções. Vai fazê-lo na qualidade de primeiro-ministro indigitado. Não podemos umas vezes dizer que os políticos não cumprem e depois, quando cumprem aquilo que dizem, estar a atacar”, argumenta a mesma fonte. Contudo, ressalva: “Se daqui a uns meses, já nomeado primeiro-ministro, fizer este tipo de exclusão, isso sim já é criticável e seria um erro enorme”.
Este “jogo sujo” entre André Ventura e António Costa é, para o politólogo João Pereira Coutinho, um autêntico “baile de máscaras previsível e entediante”
E acrescenta: “É do interesse de todos os participantes - estou a falar do Chega e do PS - que a peça decorra exatamente como está a decorrer”, começa por explicar o politólogo ao i, dando conta dos “benefícios” que tanto André Ventura como António Costa tiram desta “encenada” luta. 
“Para o Chega, propor Diogo Pacheco de Amorim é a garantia de que o nome será recusado, e isto permitirá a André Ventura fazer a sua vitimização habitual, que até ao momento tem rendido votos, notoriedade e deputados. 
Para o PS, existe toda a lógica nesta encenação, porque, com este comportamento de não falar com o Chega, de o colocar, no fundo, para lá de qualquer diálogo, entendimento ou conversa democrática, está a contribuir para o crescimento do Chega, e consequentemente para roubar espaço à Direita tradicional.”»

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