domingo, 6 de fevereiro de 2022

Quando uma aldeia, que não é vila, alcança a cidade!..

Fizeram chegar ao meu conhecimento, que na margem direita há quem ande nevoso e de atalaia.
Como o meu tempo é precioso, confesso que não sei de nada, nem dei por nada.
Espero é que não atravessem o rio para tomar de assalto o local dos bondosos de toda a espécie. 
Até hoje não conseguiram atravessar o Mondego. 
A corrente afastou-os do outra margem incómodo.
Roem-se de ciúme. 
Não o admitem em público, mas gostariam de não ser afectados pelo sobressalto contínuo, pelo egoísmo, pela avareza dos sentidos, como se em cada palavra no outra margem houvesse, sequer, um grama de veneno que adultera as veias por onde corre o sangue, vermelho e puro.. 
No outra margem há sempre uma mão amiga estendida. 
Um dia destes, ainda vão ser devorados.
Quem os manda ser ingénuos...

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