A partir de agora e com estes
resultados, o PS pode fazer o que
quiser. Governar como entender e
com quem desejar. Traçar
livremente o seu caminho.
Elaborar e fazer cumprir o seu
programa. Preparar as suas
políticas e designar os seus
protagonistas. A nada está
obrigado, a não ser à lei e à
democracia. À justiça e à
honestidade. Os socialistas já não
têm desculpas."
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 1 de fevereiro de 2022
Sem desculpas
"A
campanha foi medíocre
no conteúdo, mas muito
interessante no adjectivo
e no processo. As
condições de governo
estiveram no centro dos
debates e dos cálculos, o que
diminui a carga ideológica e
tantas vezes fanática.
Esta campanha, mais do que
qualquer outra anteriormente,
quase liquidou o papel dos
partidos como instituições, dando
o primado absoluto aos chefes e à
sua organização pessoal. Não é
necessariamente um progresso.
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