Estes, os que lá estão desde 2009, só vão até anteontem.
Antes de Santana a Figueira não existiu e, muito menos, estava na moda!
Hoje, a Figueira para estes que lá estão desde 2009, resume-se à abstração estatística da dívida deixada por Santana.
Santana, sabemos de onde veio.
Mas, estes, os de agora, de onde vieram eles e elas? Que representam? Quem os apoia fora do pequeno mundo em que se movem?
Alguém sabe?
Todos, Santana e estes que nos governam desde 2009, tiveram sucesso eleitoral, baseado numa certa competência e alguma "modernidade" saloia que chegaram para convencer um eleitorado dolorosamente pouco exigente.
Nos últimos 24 anos gastei algumas horas a tentar perceber as miudezas de carácter, de temperamento, de educação e de estilo dos grandes e pequenos príncipes que nos pastorearam.
Cheguei a preocupar-me com personagens insignificantes de quem já ninguém se lembra. Nem eu próprio.
Gastei tempo, energia, zelo e atenção, em quantidades apreciáveis a tentar entender os políticos que governaram o concelho da Figueira nos últimos anos.
Contrariando a chamada “voz do povo”, no geral considero-os medíocres, honestos, cumpridores, mas limitados e um pouco patéticos.
Invejados, invejosos, exaltados, vilificados, cordiais ou abjectos, eles sofrem sempre de uma aflição ignorada, contudo horrivelmente dolorosa: eles sabem que só existem enquanto são; e só existem por ser.
O que despertou a minha curiosidade, o que sempre me intrigou, foi tentar saber o que eles pensam de nós, os outros.
Se eles pensam o que eu penso que eles pensam de nós, os outros, também devem ter curiosidade em saber o que alguns de nós, alguns dos outros, pensam deles.
Recuemos a 5 de Dezembro de 2019. Maus cheiros em Lavos (mas não só: quando o vento sopra do sul, S. Pedro sofre...): Deputados de vários partidos participam, hoje, pelas 21H00, nas instalações da Junta de Lavos, numa sessão pública. Via Diário de Coimbra.
Na política, como em tudo na vida, o bom é inimigo do óptimo.
Na Figueira, contudo, ainda nem chegamos ao bom.
Há muitos anos que estamos estacionados na mediocridade...
Voltemos aos dias de hoje, já em plena campanha eleitoral, via Diário as Beiras.
Em 12 anos de poder autárquico, Carlos Monteiro não resolveu nada sobre este assunto. Faltam pouco mais de dois meses para o acto eleitoral de 26 de Setembro. Será desta?
Como morador do sul e, por vezes, vítima dos mais cheiros vou esperar sentado...
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