«De 18 a 27 de junho, decorrerão a Feira de São João, na avenida de Espanha, um espetáculo pirotécnico, no dia 23, “com seis pontos de lançamento instalados no contorno” da costa, o Festival das Caldeiradas, as serenatas Aquém e Além Mondego, a sessão solene do feriado local, a abertura da Quinta das Olaias ao público e a inauguração do Quartel da Imagem.
No dia 24, a autarquia distingue algumas das “personalidades mais relevantes” da Figueira da Foz, além de prestar homenagem ao anterior presidente da Câmara, João Ataíde, que morreu em 2020, dando o seu nome à praça da zona ribeirinha, “uma das suas obras mais relevantes de requalificação urbana”.»
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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