Em cinco séculos de história da tipografia, do livro e da imprensa em Portugal, poucos e raros foram os períodos em que a(s) censura(s) se não fizeram sentir de forma muito presente. A imposição da censura e o exercício das práticas censórias, independentemente da sua origem e do modo mais ou menos determinado como foi executada, foi, sem qualquer sombra de dúvida, um factor fortemente constrangedor da cultura e do conhecimento em Portugal ao longo de toda a sua história - muito em particular a partir do século xiv, desde D. Afonso IV -, tendo tido, naturalmente, efeitos óbvios no âmbito da experiência de cidadania, na emancipação de um povo e na formação de uma opinião pública.
E, no entanto, poder-se-ia dizer que essas velhas fórmulas de coacção da expressão e do pensamento não são, infelizmente, apenas passado. No pós 25 de Abril, mesmo após a plena radicação do regime democrático, tem-se falado de novas formas de censura, naturalmente não institucionalizada, que podem adquirir diversas características, das mais evidentes às mais subliminares e sibilinas. Alguns blogues também são alvo dessas tentativas de silenciamento.
Até ao início de Outubro isto vai aquecer. Temos no horizonte o verão e as eleições autárquicas.
Ainda é demasiado cedo para perder a compostura. Todavia, os sinais do nervosismo começam a ser evidentes. Isso é bom, muito bom...
As coisas são o que são. O que conta é o futuro. O
nosso futuro colectivo e não o futuro de meia dúzia de ilustres pseudos donos
disto tudo.
Esses, que se consideram de uma casta superior, olham apenas para a sua barriga de pequenos reis. A democracia pouco lhes importa. Assim como, em anos eleitorais, as contas públicas.
Esses, que se consideram de uma casta superior, olham apenas para a sua barriga de pequenos reis. A democracia pouco lhes importa. Assim como, em anos eleitorais, as contas públicas.
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