sexta-feira, 12 de março de 2021

Quiaios: depois de ser um caso de polícia decidido pelos tribunais, foi um teste negativo ao funcionamento da democracia na Figueira...


“Fizemos a participação e esperamos pelos resultados. As eleições intercalares, já não é possível realizá-las [devido à proximidade das Eleições Autárquicas, em outubro], porque o Governo socialista teve 30 para as marcar, mas não o fez. A questão principal é que o Governo devia ter nomeado uma comissão administrativa”, diz o presidente da Concelhia do PSD, Ricardo Silva, na edição de hoje do DIÁRIO AS BEIRAS.

Na Figueira, tornou-se normal falar de "crise de regime", ou de "crise do sistema". Em ambos os casos as expressões são dotadas de muita ambiguidade, mas que a sensação de fim dos tempos torna cada vez mais comuns. De que é que falamos, quando falamos de "crise do regime"? Falamos de crise da democracia figueirense? Sim e não. Falamos de crise da democracia enquanto regime... 
Então, em que sentido se pode falar de crise de democracia entendida como a "crise de regime"?
A crise, como situações como esta demonstra, é grave - e é essa crise que justifica que se fale de "crise de regime"
Neste caso, como sabemos, o funcionamento da justiça, embora lento, ineficaz, muitas vezes incompetente e discricionário, fez o seu caminho. Foram os tribunais, no fundo o sistema de justiça, que apeou Fernanda Lorigo do poder. O PS Figueira, a meu ver, também neste caso, aparece como uma entidade mais ao serviço dos seus membros e na defesa do seu poder, enquanto partido, do que na defesa do interesse da governação da freguesia. 
A preponderância, já manifestada na teia obscura de negociações e interesses na tentativa de evitar o escrutínio pelo voto do Povo, deu do poder do PS Figueira e PS Quiaios, a pior das imagens. 
Infelizmente, na minha opinião, a imagem não está longe da realidade.

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