terça-feira, 14 de julho de 2020

"Este Parque de Campismo, Foz do Mondego, nasceu há 32 anos". Tal ficou a dever-se "por efeitos de um pedido da Câmara Municipal da Figueira da Foz à Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo (assim designada na altura) hoje, Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal , com o intuito de acabar com o campismo clandestino que proliferava na altura, na praia do Cabedelo". (2)

"Há três opções para o Cabedelo: nada fazer, para assim se valorizar um certo estado mais selvagem do local; intervir, sobretudo reabilitando, o que pressupõe que esta é uma área degradada, e portanto o objetivo é a melhoria das condições físicas do local mas mantendo as funções que tem no momento; ou intervir requalificando, a partir de uma alteração funcional do espaço, para proporcionar uma redistribuição da população e das atividades económicas (defendo inequivocamente esta última).
Venho referindo há alguns anos que o Cabedelo é um diamante por lapidar, porque esta metáfora nos remete para um processo, artesanal, que tem de servir para aperfeiçoar o formato do diamante, mas também poli-lo; assim, a qualidade da lapidação é fundamental para determinar o valor da jóia, fornecendo-lhe ainda brilho e beleza, mas envolve um risco, proporcional ao valor inicial acrescido do valor incorporado: o de estragar tudo.
Até agora, esta empreitada, iniciada há quase dois anos e anunciada como a primeira fase de Requalificação Urbana do Cabedelo e orçada em 3,25 milhões de euros, tem sido sucessiva e infelizmente alterada sem que se lhe perceba um qualquer sentido estratégico.
Em relação ao Parque de Campismo, ora se disse que estava prevista a sua mudança de local, ora se afirmava que a intenção da Câmara era acabar com ele; depois, face a nova legislação, percebeu-se que não havia área suficiente para aprovar o Parque que está em espaço da Administração Portuária…
E agora o ultimato da posse administrativa do Parque no final deste mês, em plena época balnear, sem que se saiba afinal em que fase da Obra de 7,5 milhões de euros estamos, porque, de acordo com o que foi dito em julho de 2018, a primeira fase (a concluir em 2019 ) não contemplava a área ocupada por este equipamento considerado provisório.
O Cabedelo é valioso demais para que se continue a permitir tal desorientação."

Via Diário as Beiras

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