sexta-feira, 5 de abril de 2019

"Familygate", a tradição já vem de longe... (II)

O assunto não é de hoje, nem de ontem: Governo de Cavaco Silva, onde é que isso já vai, nomeou 11 mulheres de ministros e secretários de Estado e mais 4 familiares directos.
Costa, ontem, disse que Parlamento deve definir critérios nas nomeações familiares no Governo.
Não posso estar mais de acordo. 
Não é justo que me peçam a mim, que nunca tive uma profissão de sonho, que abdique, por exemplo, de um Serviço Nacional de Saúde eficaz e competente, para que as famílias políticas possam ter uma profissão de sonho, que não satisfaz nenhuma outra necessidade, para além da vossa própria realização pessoal.
Po outro lado, descontando casos patológicos, creio ser impossível alguém sentir-se realizado por exercer uma actividade que "não satisfaz nenhuma outra necessidade". 
Parece-me, no entanto, que o ponto de discussão não é se os crontribuintes devem pagar "profissões de sonho", mas qual o nível de oferta dessas profissões, pago pelo contribuinte, que é razoável ou sustentável. 
Se eu, contribuinte, pagasse o trabalho dos melhores cientistas, filósofos, professores, médicos, economistas, não daria por mal utilizado o meu dinheiro.
Quanto vale viver numa cidade onde são todos primos, mas nenhum é beneficiado?.. Não tenho notícias de nenhum favorecimento de nenhum familiar do presidente da câmara, do presidente da assembleia muncipal, ou, sequer, de algum vereador ou presidente de junta ou assembleia de freguesia!..
Que eu saiba, na Figueira nem os amigos têm sorte nenhuma...

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