“Todos os dias o acordar deles é uma missão heróica, vão para a escola sem capacidade de fazer os TPC porque não tinham luz. Os que têm a sorte de estudar para a faculdade, fazem-no à luz da vela e os incríveis que já lá estão têm de entregar os trabalhos escritos à mão, porque o PC não funciona sem electricidade”...
Marcelo chamado a ver como vivem os miúdos do 2.º Torrão...
Sabem onde fica?
Perto da Trafaria, a uns minutos de Lisboa...
Portugal, continua a ser um dos países da União Europeia com as mais elevadas taxas de risco de pobreza, mantendo-se na cauda da Europa.
Ao menos, mantemo-nos na cauda...
O que tem o lado positivo de tornar mais difícil descermos!
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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