"Reiteradamente, somos brindados com o argumento de que as eleições são o garante da validade de toda a decisão (quantas vezes inação) política, tanto mais porque, numa democracia representativa, o processo, ancorado na Constituição, consiste na escolha, por sufrágio universal, de indivíduos para o exercício do poder, soberano porque concedido pelo povo, através do voto. Concordando em absoluto com a segunda parte do parágrafo anterior, acredito que a avaliação deve fazer parte da atividade política, e aquela não se esgota na ida às urnas, na maior parte dos casos de 4 em 4 anos. Embora seja mais fácil e eventualmente mais cómodo descarregar os fígados sobre “os políticos”, compete-nos sobretudo avaliar como e para quê são tomadas as decisões políticas (ou seja, que princípios as nortearam, que fatores influenciaram o processo e qual o seu grau de eficácia e de eficiência). Só através de uma análise crítica e permanente poderemos verificar se/ em que medida os objetivos/as metas estão a ser cumpridos/alcançadas, com que custos, avaliar os processos ou efeitos colaterais e perceber se estavam ou não previstos e se eram ou não desejáveis, e apreender, principalmente, a indicar novos e melhores cursos de ação. Avaliar o processo e os seus efeitos implica tomar consciência de um imperativo cívico permanente, realizado dentro e/ou fora dos Partidos, na Freguesia, no Concelho, no País ou na Europa, sob pena de continuarmos a verberar no Facebook mas a consentir na vida real…"
"Quem cala...", uma crónica de Teotónio Cavaco, Deputado municipal do PSD, publicada ontem no jornal AS BEIRAS.
Nota de rodapé.
Vivemos numa democracia na Figueira?..
Porque é, então, que tanta gente permanece tanto tempo calada, sussurra baixinho e só fala quando "o dono" autoriza?
Medo da "secreta" ou de alguma "máfia"?
Será que existe "máfia"?
Será que existem "padrinhos"?
Sem comentários:
Enviar um comentário