quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

À especial atenção de quem dirige a Figueira da Foz e a promoção do turismo figueirense:

Via Milhazes
"Desconhecia uma tal riqueza artística na Figueira da Foz: a decoração da Casa do Paço. Quase sete mil azulejos cobrem várias salas desse palácio. De origem holandesa, abordam temas como paisagens dos País Baixos, temas bíblicos e cavaleiros ilustres das mais variadas épocas. 
Descobri a Casa do Paço por acaso, foi-me aconselhada por um figueirense que me reconheceu quando estava sentada na esplanada de um café. Não sei o nome dele, mas estou-lhe muito grato pelas pistas que me deu.
A jovem senhora que nos fez a excursão pela casa era de um conhecimento, simpatia e empenho excepcionais. Chamou-nos a atenção para os mais curiosos pormenores, que não orei aqui revelar para que os meus amigos visitem esse local. Digo apenas que há peças únicas no mundo.
Mas, se quiserem ver essa enorme mostra de azulejos, façam-no até Maio, porque, segundo nos foi dito, a Casa do Paço irá encerrar por tempo indeterminado. E por uma razão absoluta irracional: as guias são estagiárias e os estágios terminarão nesse mês. Não quis acreditar no que ouvi, mas esta é a verdade.
Tendo em conta que os monumentos morrem quando estão fechados e que nós, os seres humanos, temos direito a entrar em contacto com a história da Figueira da Foz e de Portugal, deixo aqui um apelo à Câmara Municipal da Figueira da Foz para que não permita o encerramento de local tão belo. 
Justificar o encerramento com a falta de meios para pagar salários dignos a funcionários com contratos de trabalho aceitáveis é inaceitável, pois a divulgação destas riquezas trará mais pessoas à Figueira. E há coisas mais importantes do que o dinheiro.
Por isso, peço aos meus amigos da Figueira da Foz e a todos que divulguem esta mensagem para que chegue às autoridades competentes. Portugal está cheio de maravilhas, muitas delas desconhecidas. Não devemos escondê-las, mas mostrá-las nas melhores condições. A Casa do Paço é apenas um exemplo."

1 comentário:

Anónimo disse...

Que levem os funcionários que são "encostados" no museu para lá.