"Existem problemas bem mais graves que aquele que ocupa a actualidade política há quase um mês: porque o Governo decidiu (e bem) não continuar a financiar alunos de colégios privados que operem em zonas onde existam vagas em escolas públicas, criou-se um alarme social que já mereceu referências (particularmente significativas e nada inocentes) do Cardeal Patriarca e do Presidente da República."
Começa assim o artigo "Os contratos de associação, o Presidente, o Cardeal e, já agora, o Papa", um texto de SANTANA CASTILHO, Professor do ensino superior, que desmonta e demonstra a hipocrisia, as mentiras conscientes, os interesses inconfessáveis que escondem os injustos e ilegais subsídios do Estado ao negócio dos donos dos colégios privados onde há vagas na escola pública e desmascara a política do anterior governo de Passos Coelho/Paulo Portas e de alguma alta hierarquia da Igreja Católica.
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
O Sol está vestido de amarelo.
Mais um fanático contra os cortes nos contratos de associação?
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