O Bairro Novo, é uma zona da cidade com o futuro indefinido e cheia de problemas.
O que é de lamentar, pois é uma zona que até tem algum potencial para atrair visitantes. Por exemplo, a Arte Nova tardia do Bairro Novo e o sistema de muralhas defensivas da Figueira da Figueira da Foz.
Só que assim não vamos lá.
O vencedor do IX Festival Internacional de Xadrez da Figueira da Foz, Timur Gareyev, andava na rua na noite, a falar com pessoas, a conhecer a cidade e foi violentamente agredido no Bairro Novo, “inicialmente no meio de muita gente”, contudo, segundo apurou o DIÁRIO AS BEIRAS, o jovem norte americano voltou a ser agredido posteriormente quando já se encontrava sózinho.
Tudo terá acontecido por volta das 04H00. As marcas da agressão ficaram bem visíveis no rosto do jovem atleta e vão acompanhá-lo no regresso ao seu País.
E o mais estranho é que Timur Gareyev não acredita que tenha sido para o roubar. “Tinha dinheiro, uns 20 euros e cartões de crédito, não me parece que estivessem atrás disso. Deviam estar bêbedos e decidiram despejar violência em alguém”.
Violência gratuita, apenas, justifica “muitos socos de perto de duas dezenas”, a uma pessoa que nos visita, ainda por cima, “uma pessoa simpática e bem-disposta"?
Que cidade, afinal, é a Figueira da Foz?
Não basta, ao presidente da câmara da Figueira da Foz, há mais de 6 anos no poder, também lamentar "profundamente o que se passou”, nem “tentar saber o que falhou".
Ele tem de dar a garantia aos figueirenses que vai actuar, para que, tal como ele, também, eles possam continuar a acreditar que "a nossa cidade é pacífica, incluindo o Bairro Novo"...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Miguel Babo não tem culpa no assunto, mas o seu esforço e dedicação não merecia um final de torneio com estas notícias.
Há é que incentivar a que a F Foz consiga mais e melhores torneios de xadrez.
Agora ficámos a saber que o Bairro Novo é um território sem lei!
Já sabíamos (nós os pagantes, na Câmara ainda não sabem....) que o Bairro Novo tem uma população envelhecida;
perdeu serviços e comércio;
tem uma limpeza desleixada que termina no cruzamento do talho da Fontee o resto do bairro é paisagem;
as árvores (praça do touril) foram cortadas e temos alcatrão;
as passadeiras da avenida Brasil são pintadas na segunda quinzena de Agosto;
a barulheira/bandalheira das noites é uma constante;
passear no Picadeiro só com a (excelente) prestação do Corpo de Intervenção que garante segurança aos "gastos", que não velhotes, e às famílias com crianças;
o Bairro Novo nem merece a atenção da Câmara com a utilização do edifício Castelo (esplanada Silva Guimarães) e muito menos um esforço de adquirir o antigo turismo;
o Bairro Novo tem o CAE (obrigado) que merecia uma programação mais "endinheirada";
o Bairro Novo tem lindas casas ao abandono (exemplo FLAGRANTE e INACREDITÁVEL)o antigo Jardim Escola junto dos semáforos (cruzamento Abadias/rua Alexandre Herculano);.....
O Bairro Novo merecia melhor que o TITANIC (hotel) e os mamarrachos que o envolvem!
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