Portugal tem um problema: há excesso de portugueses.
Para atenuar tal vicissitude, este Governo tem dado bons conselhos e sugestões: ora estimula a emigração de estudantes, ora estimula a emigraçãos dos professores desempregados ou com dificuldade em empregar-se… E por aí adiante…
Desamparem a loja, emigrem, portanto…
Mas sobrou um problema - e grande: Portugal é um país de velhos que se arrastam pelas praças, pelas ruas, pelos jardins a apanhar uma réstea de sol - melancólicos, incómodos e inúteis.
Que fazer deles?...
Pois, com naturalidade, até esse problema está a ser resolvido: “pela terceira semana consecutiva Portugal regista um pico de mortalidade. Em apenas seis dias são mais de três mil mortes, a maioria dos casos com idosos.”
Mas, tenham calma, está tudo controlado por este governo: “o ministro da Saúde diz que as causas destas mortes estão a ser investigadas”!..
Historicamente, é admirável o carácter e o temperamento do velho homem do mar da minha Aldeia. Totalmente desfazado do tempo actual, composto de ambição e ganância, é nesse velho homem do mar, que eu sei e sinto que tenho as minhas raízes. Foi dele que herdei o sistema nervoso equilibrado que tenho e me permite ver tudo o que se passa em meu redor, com grande tranquilidade, alguma bonomia e enormíssima fleuma. A realidade, é a realidade: a forma como os outros olham para nós, é lá com eles.
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