Como sabemos, Santana Lopes, além de ex-presidente das Câmaras da Figueira da Foz e de Lisboa é, também, ex-primeiro-ministro.
É certo que nomeado e não escolhido pelo povo, mas, ainda assim, é um ex-primeiro ministro.
Seria de esperar, portanto, que usasse de alguma parcimónia quando dá entrevistas.
Mas, Santana, mesmo quando ainda não era ex-primeiro ministro, é certo que nomeado e não escolhido pelo povo, nunca foi discreto.
Na passada sexta-feira, em entrevista ao jornal I, classifica-se como um “soldado na reserva” e chega-se à frente para criar alguns embaraços a Cavaco na corrida presidencial.
Por agora, porém, vai dedicar-se a comentar, na SIC, o Mundial de Futebol.
A vida real está difícil...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
3 comentários:
«A vida real está dificil»... E a ouvir o Santana Lopes cansativa.
Um abraço.
Uma correcção: o partido ao qual PSL pertence ganhou as eleições e por isso formou governo. Em coligação com o CDS. Foi o povo que escolheu.
Em Inglaterra, a mais antiga Democracia do mundo, Gordon Brown e John Major foram PM na mesma situação. A democracia funciona assim.
Se bem me lembro, Santana - e, na altura, poderia ter sido nomeado outro vice do PSD - foi escolhido por Durão, que tinha mais que fazer que aturar os portugueses.
Bom se isso é a democracia a funcionar!..
Nem digo mais nada.
Os resultados, hoje, estão à vista...
Um abraço
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