António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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2 comentários:
Olá meus amigos, fica um poema de Vinicius de Moraes:
Um novo dia vem nascendo
Um novo sol já vai raiar
Parece a vida, rompendo em luz
E que nos convida a amar
Oh, meu irmão, não desespera
Espera a luz acontecer
Para que a vida renasça em paz
Nesse novo amanhecer
Surgem as abelhas em zoeira a sugar o mel das flores gentis
Param as ovelhas pelo monte, a recordar os horizontes felizes
Vindo à distância cantam galos em longínquos intervalos de sons
Pombos revoando, vão uivando, vão passando nestes céus tão azuis
Ah, quanta cor e luz!
E o movimento vai crescendo
Vai aumentando em amplidão
Parece a vida pulsar no ar
O bater de um coração
Sobem pregões vindos da praça
Começa o povo a aparecer
Quem quer comprar neste novo dia
A alegria de viver?
que linda perspectiva da figueira... vista de costas!!!!
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