António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
sábado, 14 de abril de 2007
“E antes do 25 de Abril, como era?”
Um grupo de figueirenses de vários quadrantes políticos, sensibilidades e diferentes sectores de actividade, organizou-se num movimento que tem como objectivo manter viva a memória e a importância do 25 de Abril.
Este movimento preparou uma série de actividades e eventos dirigidos não só - mas particularmente - às gerações mais novas, sob o tema “E antes do 25 de Abril, como era?”.
Abrangendo mais do que a própria data de celebração, o programa abre no dia 24 de Abril com a queima simbólica do fascismo, e uma exposição no Tubo d'Ensaio, dedicada à vida política, económica e social vigentes no Estado Novo, e prolongar-se-á noutros eventos que incluem projecções de filmes relacionados com o tema, concertos e tertúlias. Estas tertúlias têm como finalidade pôr à conversa pessoas que viveram activamente esse período com os jovens.
Mais do que uma celebração, é um momento de história viva.
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8 comentários:
A ideia é interessante, mas temo que a assistência seja composta por quem já está sensibilizado.
Conheço uma experiência americana para combater o racismo, que consisitia em simular, numa turma, práticas descriminatórias de um grupo sobre outro, devido a preconceitos vários. No final os miúdos perceberam, na prática, a mensagem.
Como era antes?
Era um País a sério, tranquilo, com segurança, onde se deixavam portas abertas e havia respeito pelo próximo e pelos seus haveres.
Era um Povo trabalhador, honrado e respeitado.
Agora é o que se vê. Miséria e vício por todo o lado, ladroagem, droga, prostituição física e intelectual. Um país roubado, abandalhado e falido, povoado de ladrões e vigaristas.
Um país sem futuro.
Assistimos ao regresso do mongolismo. O senhor aí de cima não viveu cá com toda a certeza.
Agora que isto não estará muito melhor com os governantes que temos tido, é outro número de obra.
Antes a fome e a miséria eram instituições, promoveu-se a pobreza, a violência.
A tortura e a morte eram a receita para quem queria viver de pé.
Antes a fome e a miséria eram instituições, promoveu-se a pobreza, a violência.
Agora a fome e a miséria SÃO instituições, promoveu-se a pobreza, o vício, a dependência, a violência.
Agora é pior.
O medo de ser livre faz ter orgulho em ser escravo!
forca
Podrá ser pior mas a opção é nossa.
Ou não? Não somos nós que escolhemos os governos?
Não estamos a ser governados pelos mesmos?
A extream direita não está dikuída no CDS, no PSD e no PS, dighos e fervorosos adeptos da globalização?
senhor pedrosa:
Ainda bem que, simplesmente, podemos ser homens livres e fazer o que a consciência dita.
É certo, que à pala disso, já tivemos acidentes de percurso...
Mas, por mais trambolhões que venhamos ainda a dar na vida, há coisas que um homem não consegue deixar de fazer, quando tem de o fazer.
É o meu modo de estar na vida.
O seu não sei qual é, mas não será por isso que vou a insultar a sua débil inteligência, ou má formação.
Devo avisá-lo, porém, que este blogue não é propriamente uma república das bananas. Aqui mando eu. E comentários seus, daqui para a frente, poderão não ser publicados.
Permita, que lho lembre: o facto de podermos dizer o que nos apetece deve-se “apenas” ao 25 DE ABRIL DE 1974.
Haja respeito por quem lutou pela Liberdade.
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