António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
terça-feira, 9 de maio de 2006
Pobreza
Olho por olho, apesar de ser uma atitude assumida por muita gente, não deixa de ter os seus perigos.
É fácil de explicar: o mundo acabava cego.
É isso que parece acontecer a muitos politiqueiros figueirenses: estão cegos.
Somos mesmo assim: as classes altas não vêm os pobres, aliás nunca os viram; as classes médias gostam sobretudo de tranquilidade e marimbam-se para as chatices.
Apesar de haver sempre alguém que resiste, isto é, que se indigna, apesar da indignação não servir para nada, Portugal é, infelizmente, um País pobre e azarado...
Sobretudo, ao nível dos governantes e dos muito bem pagos economistas que têm gerido os nossos destinos nos últimos 30 anos.
Portugal, todos o sabemos, é um país desigual. O mais desigual da Europa.
É nesta linha que vem a triste intenção de fechar a nossa maternidade.
O encerramento do bloco de partos da Maternidade da Figueira, a acontecer, será mais uma maldade que é feita à nossa cidade. Desta vez, por um governo PS.
"Como é possível ser o mais desigual da Europa um país que teve o 25 de Abril e só foi governado por sociais-democratas e socialistas?".
E, pelo andar da carruagem, em 2050, seremos ainda mais....
Pobres e desiguais.
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3 comentários:
Portugal na cauda da Europa... "distante" dos países membros mais desenvolvidos... e muito áquem das expectativas.
Senhores Ministros olhem mais para o exemplo do país vizinho...
A queda de Portugal acentuou-se no reinado do Cavaco, que agora é presidente para assistir na primeira fila às consequências da sua, e das seguintes que o seguiram, governação... portanto os portugueses têm o que quiseram e o que querem.
Já agora, e sobre as maternidades, se há gente séria no PS o que é que lá estão a fazer?
pobres?
nós?
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