terça-feira, 16 de maio de 2006

Mais que demolir e construir, restaurar é estudar e ponderar...


Nos anos de 2000 e 2001, foram realizadas importantes obras na Capela de S. Pedro, para reabilitar o monumento.
O restauro era inadiável e a necessidade de aumentar o espaço para receber todos aqueles que participam activamente na vida cristã era também uma necessidade.
As obras consistiram, basicamente, em deitar abaixo a nave da antiga capela. Aí, foi construída uma nova nave, crescendo esta para os lados e para trás.
Mas...
A Capela de S. Pedro é o monumento mais valioso e emblemático da Cova e Gala e é património colectivo das populações das duas povoações, pois, segundo documentos que o investigador Cova-Galense João Pereira Mano estudou, a Capela de S. Pedro original tinha sido edificada em 1820.
A Cova, em 1820, tinha já cerca de 30 anos de vida. A Gala, como povoado, ainda nem sequer existia, isso só aconteceu 30 anos mais tarde, por volta de 1850.
Claro que a remodelação está concluída há quase 5 anos e a Capela de S. Pedro tem, neste momento, o aspecto que a fotografia mostra.
Para quê, então, falar do tema?
Se hoje trazemos à colação este assunto é, apenas, para lembrar uma coisa que nem sempre é clara: mais que demolir e reconstruir, restaurar deve também ser estudar e ponderar.
Restaurar deve ser valorizar e não, somente, ampliar e modernizar.
Numa Terra jovem como a nossa, onde o Património artístico e monumental é praticamente inexistente, terá de cuidar-se da preservação dos raros vestígios do passado.
Estou a referir-me concretamente às Alminhas, uma pequena edificação de 1917.
Não pretendemos ser a voz dos “velhos do restelo”, saudosistas e caducos.
Todavia, a modernização a todo o custo, obedecendo apenas à lei do camartelo, não nos convence.
A Cova e a Gala têm Alma. Têm Pessoas.
Progresso urbanístico não é, do meu ponto de vista, dotar a Cova e a Gala de caixotes de betão, aqui e ali rasgados por janelas, iguais a tantos por esse País fora.
Progresso urbanístico é, do meu ponto de vista, a procura da harmonia arquitetónica e do bem estar da população e a adaptação das novas estruturas à calma e ao equilíbrio do passado.
Como, por exemplo, aconteceu no final dos anos 80 do século passado, com a construção do edifício sede da Junta de Freguesia de S. Pedro.

10 comentários:

Anónimo disse...

cada vez melhor

Anónimo disse...

É a primeira vez que venho ao vosso blog ,sem duvida que está aqui um óptimo trabalho .
As palavras faltam-me para descrever a qualidade deste blog sem duvida.
De qualquer maneira e referindo-me ao texto a lição é mesmo” Mais que demolir e construir, restaurar é estudar e ponderar...”
Continuação de um bom trabalho porque talento ,potencial não vos falta ,isso esta está mais que provado...

Anónimo disse...

As coisas que deviam ir abaixo em S.Pedro não vão no entanto as coisas boas vão ,contudo temos um bom presidente espera-mos que não vá abaixo...
o nosso o presidente é o maior...
está a afirmar o zézito do percebo...
já não há valores nesta terra mas sim interesses e este não é o mundo ,a freguesia que eu quero ...
por isso espero “que uma coisa nesta terra vá abaixo”
A corrupção ...

Anónimo disse...

concordo plenamente...

Anónimo disse...

Em relação à capelinha das Alminhas: no que à estetica diz respeito, valeram-lhe os vizinhos que, ao plantarem tão belas flores, a floriram.
Já em relação ao que à protecção diz respeito, agradeçamos, em seu nome, à EDP que com mais um bocado de geito, dedicaram, quase, toda a fachada sul à protecção do santo ELETRÃO.
Com mais um pouco de vontade chegavam ao telhado as benditas caixas eletricas.

Anónimo disse...

Deve viver cá algum engenheiro da EDP.... A pensar em grande.

Anónimo disse...

"Como, por exemplo, aconteceu no final dos anos 80 do século passado, com a construção do edifício sede da Junta de Freguesia de S. Pedro".
Foi um grande rasgo de ENORME VISAO obrigar, ao longo de vinte anos, as pessoas mais idosas a subir a imponente escadadria para irem á Junta.
Outro ENORME rasgo foi deixar construir o talude da variante da Gala com um ENORME E UNICO tunel de acesso ao rio.
O Presidente desse tempo tambem tinha uma VISTA LAAARGAAAAA.

Anónimo disse...

Amigo Zé dos percebos, vim aqui a este blog só para lhe dizer que estou consigo contra esta imundisse de corrupção, em que o meu amigo em boa hora saiu(ou deixou de apoiar).Um abraço do inconfundivél ZÉ TAMBORIL

Anónimo disse...

Pois é!...Será que ainda alguém acende a luzinha nas ALMINHAS?!Será que as pessoas ainda se benzem ,quando lá passam?! Será que....naaaaaaaaaã!!! Corrupção???Aqui!??? Não! Essa palavra não faz parte do nosso dicionário! Quero dizer...do meu, não!!!;)

Anónimo disse...

Amiga Dinamite nos tempos que correm ninguem acende velinhas nem luzinhas.
O pessoal anda todo com a alma iluninada e o ego todo inflado.
O andamento é mais, mais e mais ambicioso.
É só PODER.