Aquilo que não vai acontecer a Passos Coelho, neste 36º. Congresso do PSD, é confrontar-se com pessoas capazes de lhe dizerem a verdade, mesmo que isso lhes viesse a custar o tacho político.
Os mais críticos nos últimos tempos (Rui Rio e Morais Sarmento) não vão estar presentes. Sobram os posicionamentos envergonhados (Paulo Rangel e Luís Montenegro), numa reunião que vai ser marcada pela tentativa de rejuvenescer o PSD como potência autárquica.
De José Eduardo Martins, que apenas vai posicionar-se para o futuro, espera-se um discurso crítico. Aquele que também foi vice-presidente de Manuela Ferreira Leite será, muito provavelmente, a voz mais desafinada em Espinho. Mas nunca a ponto de desafiar a legitimidade de Passo, que ganhou as directas com mais de 95% dos votos dos militantes.
E vai ser um congresso sem Citroëns...
António Agostinho, o autor deste blogue, em Abril de 1974 tinha 20 anos. Em Portugal havia guerra nas colónias, fome, bairros de lata, analfabetismo, pessoas descalças nas ruas, censura prévia na imprensa, nos livros, no teatro, no cinema, na música, presos políticos, tribunais plenários, direito de voto limitado. Havia medo. O ambiente na Cova e a Gala era bisonho, cinzento, deprimido e triste. Quase todas as mulheres vestiam de preto. O preto era a cor das suas vidas. Ilustração: Pedro Cruz
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1 comentário:
Grande congresso.
Os chamados de topo, não aparecem.
Os ex ministros desapareceram.
Ficas a falar sozinho.
No fim ainda te oferecem um cão...pois o PIN não largas.
És um piegas, pá!
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