quinta-feira, 8 de agosto de 2024
Desviem mas é as areias para sul...
Continuamos a aguardar pelo tempo certo para o transformar em projecto... E, depois, em realidade. Recorde-se que o estudo do bypass, que custou 264 mil euros, foi adiado durante anos. Contudo, mais vale tarde do que nunca. Em 12 de Agosto, a pouco mais de um mês da realização das eleições de 26 de Setembro de 2021, o ministro do Ambiente assumiu que a transferência de areias para combater a erosão costeira a sul da Figueira da Foz com recurso a um sistema fixo (bypass) é a mais indicada.
“Avaliada esta solução (da transferência de areias) não há qualquer dúvida de que o bypass é a mais indicada e, por isso, vamos fazê-la”, disse à agência Lusa João Pedro Matos Fernandes.
O Dr. Santana Lopes é agora o novo presidente de câmara. É ele que tem que perceber e saber lidar com as as consequências das diferentes dinâmicas que construíram e desconstruíram a orla costeira no concelho da Figueira da Foz. "Um sistema complexo com uma instabilidade natural (decorrente de marés, das correntes, dos fenómenos meteorológicos, das derivas de sedimentos) mas também decorrente da acção humana, salientando-se aqui a interferência da barra do porto marítimo da Figueira da Foz e do seu prolongamento".
O impacto ambiental causado pelo crescimento dos molhes - uma infraestrutura que inibe a deriva de sedimentos acumulados na praia da Figueira da Foz (seguramente a maior praia da Europa) acelerou a erosão da costa a sul, colocou ao território do nosso concelho desafios que têm de ser defrontados com responsabilidade e ousadia.
As soluções, ao que parece existem. A proposta do bypass - um sistema mecânico de bombagem permanente de areias que permitam restabelecer em grande parte a dinâmica dos sedimentos que alimentam a costa, já foi assumida pelo ainda ministro do Ambiente como a mais indicada.
Se a situação foi estudada e a solução encontrada, continuamos à espera de quê? "O mar é a nossa terra". Temos de saber entende-lo e saber lidar com ele. E, sobretudo, nunca tentar contrariar a sua força, pois isso é impossível...
E nunca esqueçam: a barra da Figueira está assim por vontade dos homens.
Como o natural é bom...
Já vai longe o tempo em que havia um presidente da concelhia, no PSD/FIGUEIRA, com “tiques de tiranete”, para quem os “os vereadores não eram seres pensantes”.
Talvez ainda não: a falta de sintonia na vereação podia pôr em causa a estratégia política para 2025.
Na polítiica figueirense, nunca houve lugar para um político fora da caixa (António Tavares - que mesmo assim, ainda teve o "talento literário" e "sagacidade" suficientes para tratar da vidinha... -, que o diga...).
Na Figueira, a prática política passa por contornar os problemas sem os tentar resolver. Ricardo Silva, o derrotado de quase duas dezenas de anos, está a chegar lá. Está à beira de conseguir resolver dois grandes desafios pessoais (a política para ele vem depois, muito depois...)
Primeiro: ... não da forma que queria, mas acabou por arrumar o apartamento do rés-do-chão (PSD/FIGUEIRA).
Segundo: ... para a seguir tentar chegar ao cimo do prédio (a câmara da Figueira).
Ele sabe, nós sabemos, que estamos na Figueira, onde o povo do PSD também é sereno.
O destino, por vezes, está ao virar da esquina. Contudo, o que o destino não faz é visitas ao domicílio. É preciso correr atrás dele...
Portanto, há que ser democrata.
O respeito pela inteligência e o discernimento dos eleitores, acima de tudo.
É da natureza humana ter medo do desconhecido.
Contudo, não há que ter medo do tempo vindouro - o porvir.
A Figueira é assim há muitas décadas: se bem me lembro, vem de trás, do tempo de antes da ditadura do salazarismo, "esse medo pela novidade".
É natural (e o natural é bom...) que a actualidade local, em 2024, cause pânico a muito boa gente da nossa querida Figueira.
Habituem-se...
Desta vez, foi na circular Externa de Coimbra...
Via Diário as Beiras
Em Outubro de 2006, apesar da luta corporizada num abaixo-assinado com mais de 8 mil assinaturas, uma grande manifestação em Maio, e outras iniciativas, não foi possível evitar o que um governo do Partido Socialista já tinha determinado. O bloco de partos do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) encerrou a partir das 00h00 do dia 4 de Novembro de 2006.
E assim se mantém. Isto é uma vergonha num país europeu. Infelizmente, em 2024 replicada por Portugal inteiro!..
1. os partos em casa e nas ambulâncias têm de ser proibidos;
2. todas as clínicas privadas com menos de 1500 partos/ano também têm de ser encerradas.
A resposta é simples: nós, as próprias vítimas dela.
Os trabalhadores por não produzirem, os desempregados por não trabalharem, os jovens sem colocação no mercado de trabalho por consumirem, os reformados por colocarem em causa a sustentabilidade da segurança social, os doentes crónicos por consumirem muitos medicamentos, internamentos hospitalares e intervenções cirúrgicas, as grávida por terem de dar à luz em maternidades.
quarta-feira, 7 de agosto de 2024
Política monetária amorosa
"Em fevereiro último soubemos que em Portugal, os lucros agregados dos quatro maiores bancos privados a operar no país somaram 3.153 milhões de euros em 2023, num aumento de 81,9% face a 2022.
Há um par de dias, ou assim, foi noticiado que, o “lucro semestral [no ano que corre] dos bancos portugueses supera todo o ano de 2022” e (…) entre janeiro e junho, 31% acima do valor do mesmo período do ano anterior.Lucros da banca privada que são, em grande medida, o resultado de prejuízos no banco central, como se explica, aqui, aqui ou aqui. Só em Portugal, em 2023, estes prejuízos ascenderam a 1504 milhões de euros.
Lucros da banca privada que são também resultado das magras taxas de juro sobre depósitos que a banca oferece aos seus clientes.
A este propósito, no fim de Maio passado, o Governador do Banco (que não é) de Portugal e anterior ministro das finanças, Mário Centeno afirmou publicamente querer explicações da banca.
Os lucros excepcionais do setor financeiro agora tornados públicos mostram quão pífia e para inglês ver foi aquela pretensa demonstração de autoridade.
Amor com amor de paga e as demonstrações de afecto não se fizeram esperar."
Para continuar a ler clicar aqui.
"Estão reunidas todas as condições para a reabertura imediata da unidade de saúde de S. Pedro". A ULS está à espera de quê? Já ontem era tarde...
OUTRA MARGEM, sabe de fonte completamente segura e idónea, "que estão reunidas todas as condições para a reabertura imediata da unidade de saúde de S. Pedro".
Pergunta-se: que espera a Dra. Ana Raquel Santos do conselho de administração da ULS, para reabrir o Posto de Saúde de S. Pedro, encerrado desde 25 de Junho do corrente ano e que tanta falta está a fazer à população da Cova, Gala e não só?..
Município figueirense assinala Dia Internacional da Juventude
O Município da Figueira da Foz assinala no dia 12 deste mês o Dia Internacional da Juventude, este ano dedicado ao tema “Dos cliques ao progresso: Percursos digitais da juventude para o desenvolvimento sustentável”.
O programa das comemorações, destinado a jovens dos 12 aos 25 anos, contempla um conjunto de atividades lúdicas, recreativas e desportivas, que passam pelo bodyboard, o surf, o arborismo, a equitação, a canoagem, passeio de veleiro, Workshop de Ténis de Mesa, Pintura ao vivo. Nesse dia, os participantes podem aceder gratuitamente às piscinas municipais descobertas do concelho e, mediante marcação, ao Museu Municipal Santos Rocha e aos núcleos museológicos municipais.
A participação é gratuita e está sujeita a inscrição, on-line ou no Ponto Já (Paço de Tavarede).
Para assinalar a enfeméride, o Município da Figueira da Foz conta com a colaboração de diversas entidades locais.
terça-feira, 6 de agosto de 2024
Sete urgências de obstetrícia fecharam no fim-de-semana
«Entre Junho e os primeiros dias de
Agosto, os hospitais públicos da Área
Metropolitana de Lisboa encaminharam 42 grávidas para os hospitais
privados com que o SNS tem protocolo — CUF Descobertas, Luz Saúde
Lisboa e Lusíadas Lisboa —, segundo
um balanço feito pelo INEM ao
PÚBLICO. No último fim-de-semana,
segundo dados da Direcção Executiva do SNS (DE-SNS), “nasceram nas
maternidades de Lisboa e Vale do
Tejo um total de 146 bebés, com uma
média de 73 nascimento em cada
dia”.»Foto António Agostinho
Nota de rodapé. Pronto, a crise existe mesmo. Resta saber quem são, afinal, os verdadeiros culpados das dificuldades que o País atravessa.
A resposta é simples: nós, as próprias vítimas dela.Os trabalhadores por não produzirem, os desempregados por não trabalharem, os jovens sem colocação no mercado de trabalho por consumirem, os reformados por colocarem em causa a sustentabilidade da segurança social, os doentes crónicos por consumirem muitos medicamentos, internamentos hospitalares e intervenções cirúrgicas, as grávida por terem de dar à luz em maternidades...
Não querem mesmo sair da crise, está visto...
Senhores governantes: liberalizem a eutanásia.
Que povo tão foleiro em que nos tornámos!..
A margem esquerda do estuário do Mondego vive um “processo de erosão extrema”...
Em declarações aos jornalistas, à margem da assinatura de dois protocolos na Câmara da Figueira da Foz, a ministra do Ambiente, por seu lado, afirmou que estão reunidas as condições para a empreitada ser lançada. “Tem todas as condições para avançar. Tem o Estudo de Impacte Ambiental positivo e tem o financiamento garantido [27,7 milhões de euros, 85% do Programa Operacional e 15% a dividir pelo município figueirense, pelo Porto da Figueira da Foz e pela APA”. Assim sendo, frisou Maria da Graça Carvalho, “é só trabalhar”.
segunda-feira, 5 de agosto de 2024
A direita radical a caminho de Coimbra. E Coimbra aqui tão perto....
"Em Coimbra, a soma de ambição pessoal com as divisões internas do PSD e o enorme desgaste do PS levou à constituição da coligação de oportunidade que governa a cidade e a conduziu ao caos que está a viver. Quando os partidos começam a reflectir sobre as próximas autárquicas, gostava de alertar para uma situação profundamente preocupante. É óbvio que os eleitores ainda não fizeram as pazes com o PS local. Em Coimbra, do PS, não se conhecem ideias nem protagonistas capazes de uma vitória eleitoral nas próximas autárquicas. À esquerda, o PCP-CDU vive o drama da sobrevivência, e é bem possível que desta vez não resista. Por seu lado, o BE é apenas política pura, a nível autárquico não existe. À direita, a coligação Juntos Somos Coimbra, pela incapacidade, incompetência e arrogância que tem demonstrado, já provou que não é solução. Assim, a direita radical vai-se apresentar, na cidade do Mondego, como a força agregadora da contestação e a solução alternativa a todas as soluções políticas até hoje conhecidas, e pode ter sucesso. Parece impensável mas, face ao quadro existente, não é impossível."
João Silva, Coimbra, in jornal Público
“O problema da Figueira são os que se acham donos disto tudo”...
Antigas oficinas da EMEF, "um passivo tóxico da cidade"...
«Santana Lopes abordou ainda com o ministro das Infraestruturas a reabertura da Linha da Beira Alta, que deverá acontecer até ao final do ano, a eletrificação da Linha do Oeste e a duplicação da ferrovia entre a Figueira da Foz e Coimbra. “Como é que quem manda na região ou mandou na Figueira da Foz não se preocupou, durante todos estes anos, e não trabalhou incessantemente para haver uma ligação de comboio eficaz com Coimbra, com a duplicação da linha e comboios rápidos?”, questionou Santana Lopes. “Mas há uma preocupação louca com a ciclovia [entre as duas cidades]. Ou não há prioridades ou as prioridades estão invertidas, porque os cidadãos que vão trabalhar não podem andar de bicicleta todos os dias”, acrescentou...»
Terminou ontem a 85.ª Volta a Portugal em bicicleta
Afonso Eulálio foi camisola amarela durante sete dias, mas o vencedor foi Artem Nych.
O ciclista figueirense Afonso Eulálio (ABTF Betão - Feirense) teve uma prestação notável: vestiu a amarela na terceira etapa, à chegada à Torre, e percorreu 1024 quilómetros com ela vestida. Deixou-a escapar na penúltima etapa para o russo Artem Nych (Sabgal-Anicolor), vencedor da derradeira etapa da prova, o contrarrelógio. Afonso Eulálio terminou em décimo lugar da geral individual, a 05.57 do primeiro classificado.Afonso Eulálio e Diogo Leaça (Credibom-LA Alumínios/MARCOSCAR) foram os únicos portugueses a integrarem o top 10 da 85.ª Volta a Portugal em bicicleta.
O russo Russo Artem Nych venceu a Volta a Portugal em bicicleta de 2024.
Assegurou a vitória ao terminar os 26,6 quilómetros do contrarelógio final com o tempo de 34.36 minutos, menos três segundos do que o companheiro de equipa dinamarquês Julius Johansen, segundo classificado, enquanto o suíço Colin Stüssi (Vorarlberg), vencedor em 2023, gastou mais 30 segundos do que o seu sucessor.
O corredor russo, de 29 anos, assegurou o triunfo final com 01.23 minutos de vantagem sobre Stüssi, segundo na classificação geral, e 2.38 sobre o porto-riquenho Abner González (Efapel), terceiro.
Gonçalo Leaça (Credibom-LA Alumínios-MarcosCar) foi o melhor português, com o quarto lugar final, a 3.07 de Nych.
Na foto, Rui Ramos Lopes, o mentor e director da organização da Figueira Champions Classic, "na festa da vitória de um grande ciclista".
domingo, 4 de agosto de 2024
Morreu o jornalista e escritor João Paulo Guerra
Foi um dos jornalistas mais experientes, com uma longa carreira repartida, nomeadamente, entre a Imprensa e a Rádio. O RCP, a Renascença e a Antena 1 são algumas das emissoras por onde passou, para além de ter sido monitor de Cursos de Formação Profissional de Rádio na TSF e na RDP. O seu nome é João Paulo Guerra e, definitivamente, é uma das maiores referências da nossa Rádio.
Ao longo da sua carreira, que começou em 1962, João Paulo Guerra trabalhou no Serviço de Noticiários do antigo RCP-Rádio Clube Português, foi correspondente da Rádio Nacional de Angola, cofundador da Telefonia de Lisboa e repórter e editor da TSF. João Paulo Guerra também editou a "Revista de Imprensa" na Antena 1, e foi Provedor do Ouvinte do Serviço Público de Rádio. Escreveu no suplemento "A Mosca" , do "Diário de Lisboa", e no jornal "A Memória do Elefante". Foi ainda redator de "O Diário", colaborador permanente do "Público" e de “O Jornal”. Foi também editor e redator principal do “Diário Económico”.
A sua carreira fica também marcada pela pesquisa histórica, em obras como "Memórias das Guerras Coloniais" , "Savimbi - Vida e Morte" e "Descolonização Portuguesa - O regresso das caravelas".
Além de arrecadar prémios como jornalista e repórter (Casa da Imprensa, Repórter X, Gazeta de Mérito e Prémio Igrejas Caeiro), assinou a adaptação para teatro do romance "Clarabóia" , de José Saramago.
Era irmão da atriz e encenadora Maria de Céu Guerra.