segunda-feira, 19 de junho de 2023

𝗩𝗢𝗫 𝗠𝗔𝗖𝗛𝗜𝗡𝗔𝗘 & 𝗣𝗜𝗔𝗡𝗢 𝗻𝗮 𝘀𝗲𝘀𝘀𝗮̃𝗼 𝗱𝗲 𝗷𝘂𝗻𝗵𝗼 𝗱𝗲 «𝗧𝗲𝗿𝗰̧𝗮𝘀 𝗰𝗼𝗺 𝗣𝗼𝗲𝘀𝗶𝗮»

 Via Biblioteca Municipal da Figueira da Foz

"Uma das mais antigas e perpetuadas atividades humanas é esta: contar e ouvir histórias. Hoje, as histórias descobrem-nos o mundo, através de conflitos e impasses, de soluções e verdades diversas.
Através de múltiplas vozes literárias - a poesia e a prosa de Afonso Cruz, Adília Lopes, Manuel António Pina, Ana Luísa Amaral, José Miguel Silva, Mário Henrique-Leiria, entre outros - de um piano, uma loop-station e canções a condizer, Ana Celeste Ferreira e Ricardo Caló contam-nos, dia 20 de junho, pelas 21h30, no Auditório Madalena Biscaia Perdigão, em mais uma sessão de «Terças com Poesia», alguns desses caminhos percorridos por outros, passando assim a ser algo de nós."

Quando os vereadores/ambientalistas defendiam a "limpeza da praia durante todo o ano"!..

Antes que algum ambientalista serôdio descubra alguma erva aromática milagrosa que consiga reabilitar os tachos perdidos em Setembro de 2021, recordo uma notícia de 2008-04-08 (oito de Agosto de 2008).

Passo a citar.

"O PS da Figueira da Foz defende que a limpeza do areal da praia decorra durante todo o ano, e não só em cinco meses, como actualmente, exortando o executivo camarário a investir em meios próprios para essa tarefa.

Intervindo segunda-feira na reunião da autarquia, o vereador socialista João Vaz deu o exemplo de Viana do Castelo, «em que as praias são limpas todo o ano porque a Câmara tem meios próprios», argumentando não existir «comparação possível» com a Figueira da Foz.

Segundo o vereador, a opção pela aquisição de meios próprios e contratação de funcionários para a limpeza do areal, em detrimento da concessão, permitiria à autarquia poupar cerca de 480 mil euros num período de 10 anos.

«Em Esposende ou Torres Vedras fazem a limpeza anual com orçamentos muito mais baixos e no Algarve gastam-se pouco mais de 30 mil euros para limpar todo o ano», argumentou.

João Vaz lembrou que apesar das praias da Figueira da Foz constituírem um chamariz turístico, os detritos acumulam-se fora da época balnear por falta de limpeza. No passado fim-de-semana, disse, «havia centenas de pessoas na praia e estava cheia de lixo. Ainda não foi limpa», observou, frisando que «quase 90 por cento do lixo que aparece na praia é levado pelas pessoas que lá vão».

Embora considerando «ideal» a limpeza das praias nos 12 meses do ano, o presidente da autarquia, Duarte Silva, sublinhou que a autarquia tem de conjugar a utilidade da medida com as possibilidades financeiras do município."

AMIGOS DO MOVIMENTO PARQUE VERDE: NÃO VOS PEÇO QUE NÃO SEJAM RIDÍCULOS, POIS ISSO, NESTE MOMENTO, JÁ É IMPOSSÍVEl, MAS POR FAVOR SEJAM COERENTES...

ONDE É QUE ESTAVAM EM MAIO DE 2017?

Para ler melhor, clicar em cima da imagem

SERVIÇO PÚBLICO OUTRA MARGEM: A CÂMARA EM JULHO DE 2014 DESEJAVA MESMO "MUNICIPALIZAR" O AREAL

AUTARQUIA ASSUMIU QUE NÃO LIMPA VEGETAÇÃO DO AREAL DA PRAIA PARA PODER "MUNICIPALIZAR" E DEPOIS RECLAMAR PARTE DO AREAL COMO ÁREA MUNICIPAL

UMA POSTAGEM OUTRA MARGEM DE 25 DE JULHO DE 2014

"Há tomates a crescer na praia da Figueira"... (II)

Não sou adivinho. Não tenho grandes fontes privilegiadas. Portanto, resta-me andar o mais atento possível e tentar ler os sinais.
A Ana já explicou alguma coisa. A ideia é "perder características de praia", para "se poder fazer lá alguma coisa".
O António explicou muita coisa. «Esta é a única praia que conheço que era lavrada», diz o vereador, que considera positivo o surgimento de condições naturais no solo que possam vir a permitir à autarquia reclamá-lo para equipamentos, já que está a «deixar de ser praia».
O José também explicou alguma coisa: «qd se perceber pq é q a 'vegetacao' la esta.... ate manifs vai haver para a limparem. Se alguem pensa q aquilo e natural... pense outra vez (nunca na vida vau existir duna num deposito de areia... mas ha iluminados q acham q sim, fazer o q?)»
O João ainda não...
Eu, por mim, acho que pouco posso contribuir. 
Para mim, esta estória  da anarquia com tomates ainda vai ter muitos capítulos e, por enquanto, a meu ver, não faz sentido!..
Demonstrem o contrário ...

SOBRE O MESMO ASSUNTO FICA, TAMBÉM, UMA POSTAGEM DE 30 DE JULHO DE 2014

Numa crónica publicada nesse dia no Diário as Beiras o eng. Daniel Santos deixou escrito: "Com coisas importantes já se brincou demais, com consequências irreversíveis para a actual geração e as futuras. Bom senso exige-se".
Como escreve a terminar a sua crónica de hoje no jornal AS BEIRAS o eng. Daniel Santos"a montante da decisão política, o assunto é eminentemente técnico. Com coisas importantes já se brincou demais, com consequências irreversíveis para a actual geração e as futuras. Bom senso exige-se".
Eu diria a mesma coisa mas de outra forma...
À maneira da Aldeia: um Pai e uma Mãe fazem muita falta, mas o tininho, ai o tininho, senhor vereador!..

domingo, 18 de junho de 2023

Serviço público: por ser verdade e para que conste, "ao abrigo do acordo assinado entre a administração portuária e o município da Figueira da Foz, o edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, onde também funcionou um restaurante, uma esplanada e um café, ficou de fora da mudança de titulares dos imóveis"

Não sei porquê, mas quase sempre que vou ao Cabedelo, sou abordado sobre o estado de degradação do mamarracho com mau aspecto, que é agora o  edifício que serviu de sede administrativa ao antigo parque de campismo que existiu no Cabedelo.
Lá tenho que recorrrer ao que foi publicado pelo Diário as Beiras, na edição de 19 de Maio de 2023.
"Os concessionários que aguardavam luz verde para instalarem os seus equipamentos na zona requalificada do Cabedelo já podem levantar as licenças de construção, uma vez que a passagem dos terrenos e de três edifícios, da administração portuária para o Município da Figueira da Foz, já foi formalizada. 
São quatro os espaços concessionados: um destinado a restauração e os outros a escolas de surf. 
Àqueles quatro, em breve poderão juntar-se outros três. 
«Possivelmente, vamos avançar com a concessão dos balneários do antigo parque de campismo, que também deverão ser utilizados para apoios de praia [restauração], negócios relacionados com a actividade do surf ou outros» - disse na altura o vereador Manuel Domingues. 
Ao abrigo do acordo assinado entre a administração portuária e o município da Figueira da Foz, o edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, onde também funcionou um restaurante e café, ficou de fora da mudança de titulares dos imóveis. 
Para ver melhor, clicar na imagem
Este imóvel instalado na nova praça do Cabedelo é o mais cobiçado.  
O edifício-sede do antigo parque de campismo integra o estudo de viabilidade económica para a concessão da futura marina do Cabedelo, daí ter sido excluído do pacote de transferência de património da administração portuária para o município."

Recorde-se, que o edifício que serviu de sede administrativa do antigo parque de campismo, que eu conheço como as palmas das minhas mãos, que condicionou todo o projecto de requalificação do Cabedelo, que deu, por responsabilidade da gestão socialista então à frente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, naquilo que já todos sabem, que se encontra em estado de degradação em marcha acelerada, tem tudo para tonar-se numa BELA e TURÍSTICA ruína, a acompanhar, num futuro não muito longínquo, a ruína geral que vai ser o resultado do plano de requlificação  do Cabedelo levado a cabo pelo município da Figueira da Foz entre 2017 e 2022.
Naqule edifício, em tempos não muito recuados, existiu, na minha opinião, a mais bela e aprazível esplanada debruçada sobre o mar do concelho da Figueira da Foz.
Isso, porém, são águas passadas. Neste momento, face ao estado do edifício, não seria mais precavido, sensato e lógico, tentar avançar já para a sua concessão e recuperação, em vez de se estar à espera de uma putativa concessão inserida no processo da futura marina do Cabedelo, que ninguém, neste momento, sabe quando vai acontecer, ou se vai mesmo acontecer?

sábado, 17 de junho de 2023

Coberto vegetal: para os socialistas a vegetação da praia “não é toda igual e, na zona dos concertos, é diferente da zona central da praia”...

Via Notícias de Coimbra

«A realização do RFM Somni em julho, na praia da Claridade, na Figueira da Foz, está envolvido numa polémica relacionada com a limpeza do areal mandada executar pelo município liderado por Pedro Santana Lopes.

No entanto, a vice-presidente da autarquia, Anabela Tabaçó, que substituiu ontem o presidente na sessão de Câmara, disse “não acreditar” que o evento seja inviabilizado e que isso não é do interesse do município.

Na semana passada, a autarquia suspendeu a limpeza da vegetação do areal da Praia da Claridade, que tinha sido autorizada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), depois de várias críticas de ambientalistas e do Partido Socialista, que condenaram a operação de remoção da vegetação do areal.

Na sessão de Câmara de ontem, a vice-presidente Anabela Tabaçó, que substituiu o presidente Santana Lopes na reunião, ausente por doença, salientou que o município solicitou um parecer aos serviços técnicos para saber “se deve avançar ou não com o RFM Somni”, uma vez que o local tem “dunas e vegetação”, que também são protegidas.

A questão da limpeza do areal foi levantada na reunião pela vereadora socialista Glória Pinto, que solicitou o processo que fundamentou a resposta da APA e questionou o plano do executivo para a Praia da Claridade.

Salientando que não pode existir “dois pesos e duas medidas”, Anabela Tabaçó questionou diretamente a bancada socialista se é “contra ou a favor da realização de festivais na praia”.

Para a socialista Glória Pinto, a vegetação da praia “não é toda igual e, na zona dos concertos, é diferente da zona central da praia”, mostrando-se a favor da realização dos festivais de praia no local habitual.

No final da reunião, em declarações aos jornalistas, a vice-presidente da Câmara frisou que o objetivo da Câmara com o pedido de parecer é “esclarecer tudo, face às críticas vindas a público”, salientando que o executivo não está contra os festivais na praia.

“Perante aquilo que fomos alvo nos últimos dias queremos um esclarecimento sobre tudo”, realçou Anabela Tabaçó, reiterando que o local onde se realiza o RFM Somni “tem dunas, que são protegidas, e vegetação”, mas que “não é intuito do município acabar com os festivais de verão”.

A autarca referiu ainda que a limpeza que o município estava a efetuar no areal da Praia da Claridade era igual à efetuada em anos anteriores e que fazia parte do programa eleitoral do movimento Figueira a Primeira.»

Nota de rodapé.

Perante a complexidade de análise existente em torno do coberto vegetal da Praia da Figueira, confesso a minha impotência para compreender todo o alcance da polémica que envolve a temática.
Com a posição ontem veículada em reunão de câmara pelos socialistas, de que a vegetação da praia “não é toda igual e, na zona dos concertos, é diferente da zona central da praia”, certamente fundamentada em altos, apurados, aturados e complexos estudos científicos, até apetece esquecer que o promotor do RFM Somni, Tiago Castelo Branco, é militante do PS e foi antigo Chefe de Gabinete da autarquia figueirense no tempo do falecido Dr. João Ataíde.
Do mesmo modo terei de ignorar o que li na página do Executivo do Município da Figueira da Foz no facebook: “impactos de um grande festival de música na praia num ecossistema costeiro. Uma montra em Portugal”. “Se não se pode tocar na vegetação, não pode ter lugar nada neste sítio”. 
O estudo, onde está incluído o festival de música RFM Somni, que se realiza este ano, nos dias 7, 8 e 9 julho, mostra que devido à realização de festivais de música na praia 35% da comunidade vegetal existente, foi removido por obras associadas à edificação dos eventos e pelo pisoteio dos participantes do festival.
Foto sacada daqui
Sendo assim, resta-me esperar pelo parecer do Movimento Parque Verde a esta nova tese avançada na reunião de câmara, ontem realizada, pela vereação socialista de que a vegetação da praia “não é toda igual e, na zona dos concertos, é diferente da zona central da praia”.
Enquanto essa tomada de posição não aparece, recordo a crónica "Negar as evidências", escrita por João Vaz, consultor de ambiente, publicada na edição de 28 de Julho de 2018 no jornal AS BEIRAS.
Passo a citar:
"Esperamos das entidades públicas um dever de respeito pela verdade. O mínimo que se pode pedir à Câmara Municipal, quando confrontada com situações de poluição e insalubridade, é que tenha uma postura séria. Ora, após as imagens colhidas, na praia da Figueira, por Pedro Silva, onde se viam copos de plástico e muito lixo do festival RFM Somnii Sunset, o chefe de gabinete do presidente João Ataíde afirma que as imagens são “falsas”. Sendo o Pedro Silva uma pessoa conhecida e respeitada na cidade, ficamos com a ideia que o chefe de gabinete é quem está a “mentir”. E tal atitude é inaceitável, vinda de quem tem a responsabilidade de “filtrar” a informação que chega ao presidente da câmara. Deveria ser demitido. Igualmente criticável é atitude da Câmara Municipal. Negam-se as evidências, mas assumindo-se implicitamente o falhanço do sistema: “Como sabem, as praias da Figueira da Foz são muito ventosas e existe lixo que se encontra enterrado que surge à superfície, constantemente. A intervenção é diária, mas não se consegue fazer tudo de uma só vez”. Isto é, como não fizeram nada para evitar que os copos de plástico sejam descartados (e há alternativas em vigor há décadas no resto da Europa, sistema de tara e devolução com reembolso), então há que limpar, com custos directos e indirectos, que todos pagamos. Os decisores locais não dão sinais de terem compreendido a gravidade do problema dos plásticos nos oceanos, apesar de todas as imagens e notícias que informam sobre o assunto."

Feira das Freguesias não voltará a coincidir com o S. João

Foto via ON CENTRO
Texto via Diário as Beiras:
"O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, garantiu que este é o último ano em que a Feira das Freguesias coincide com o S. João.
«Neste mandato não haverá mais coincidências no calendário entre o S. João e esta feira, porque isso tem reflexos manifestos, nomeadamente, nas marchas, e isso não pode voltar a acontecer”, garantiu o autarca. 
Assim sendo, acrescentou Santana Lopes: “Temos de ajustar o calendário, porque a dificuldade, este ano, nas marchas, segundo as coletividades com que falei, [aconteceu porque] as coletividades precisam da Feira das Freguesias para gerarem receitas, e isso penalizou as marchas”. A maioria das marchas de S. João é assegurada por coletividades do concelho. Se estas mobilizam os seus recursos humanos para a exploração das tasquinhas da Feira das Freguesias, perdem capacidade de mobilização para os desfiles. 
Este ano, desfilam quatro marchas locais. Segundo Santana Lopes, há não muito tempo, eram apenas duas, o que obrigaria a autarquia a convidar marchas de outros concelhos. Como, aliás, aconteceu nos últimos anos. Apesar das dificuldades, o autarca garantiu que os desfiles de S. João são para manter. 
Santana Lopes ressalvou que a futura data da Feira das Freguesias será decidida depois de ouvir as coletividades e as juntas de freguesia. O autarca falou com os jornalistas no final da visita que realizou ao referido evento gastronómico, que se realiza na praça João Ataíde.
Durante vários anos consecutivos, o Município da Figueira da Foz teve de “importar” marchas populares de concelhos vizinhos para que os desfiles pudessem realizar-se com um número razoável de participantes. Este ano, desfilam quatro, todas elas locais. Apesar das dificuldades em manter a tradição, Santana Lopes garantiu que ela vai continuar. Os cortejos realizam-se na avenida 25 de Abril (23) e no Coliseu Figueirense (24).
Os desfiles das marchas de S. João, nas noites de 23 e 24, começam às 21H30 e às 22H00, respetivamente. Este ano, desfilam as marchas das Mulheres de Tavarede, da Sociedade de Instrução e Recreio de Lares, da Sociedade Filarmónica Paionense e da Junta de Buarcos e São Julião. Esta tradição integra as Festas da Cidade da Figueira da Foz, que se prolongam até ao dia 26, com espetáculos, parque de diversões e diversos outros eventos.»

Calamidades figueirenses

Para quem ainda não conseguiu perceber a importância de um executivo de maioria absoluta socialista, apeado em 21 de Setembro de 2021, depois de 12 anos no poder na Figueira da Foz, 9 dos quais em maioria absoluta, aqui está um bom exemplo: a criação e manutenção de espaços públicos ao serviço das populações. Um parque de merendas, instalado em plena Praia, em cima do coberto vegetal, entre pinheiros ressequidos e raquíticos. 
A outrora Praia da Claridade no seu melhor: transformada em praia da calamidade
Foto de 23 de Maio de 2017 por Clara Gil
O Município da Figueira da Foz tornou público o parecer elaborado pelos serviços técnicos municipais, relativo à remoção da camada vegetal do areal da praia de Buarcos/ Figueira da Foz, intervenção para a qual a ARH do Centro emitiu, recentemente, parecer positivo.
A determinado passo consta o seguinte:
Ter razão antes do tempo tem custos e é tramado.
A propósito, recorde-se uma postagem OUTRA MARGEM, de 11 DE ABRIL DE 2008, antes do acrescento dos 400 metros do molhe norte:
Mas, será que alguém sabe, porque estudou, as REPERCUSSÕES QUE MAIS 400 METROS NO MOLHE NORTE terão na zona costeira na margem a sul do Mondego?

Esta pergunta, colocada pelo OUTRA MARGEM antes do início da obra, foi ignorada por quem tinha o poder de decisão. A obra foi, na altura, apoiada pela Câmara Municipal da Figueira da Foz e pela Junta e Assembleia de Freguesia de S. Pedro. Há 15 anos estava tudo de acordo. 
O Kilas, o mau da fita, era o António Agostinho: foi caluniado, foi perseguido (até porrada lhe prometeram), foi isolado. Valeu-lhe, como ainda hoje, o grande ego e saber que a razão estava do seu lado. Como, infelizmente, se está a comprovar.
Contudo, estive sempre bem acompanhado. 
O meu Amigo Manuel Luís Pata, fartava-se de me dizer: "há muita gente que fala e escreve sobre o mar, sem nunca ter pisado o convés de um navio".
Passados 15 anos de desperdícios de recursos financeiros, os resultados estão à vista de todos no Quinto Molhe, Costa e Lavos, Leirosa e mais além...
Onde é que andavam os ambientalistas locais quando foi anunciada esta obra que facilmente se adivinhava ir contribuir para o que temos frente à Figueira: o maior desastre ambiental da Europa.

Outro assunto abordado pelo parecer elaborado pelos serviços técnicos municipais foi a intervenção na frente de praia:
Em janeiro de 2016, o executivo socialista fez o anúncio de uma obra “milagrosa”.
Na Obra de Requalificação do Areal/Valorização de Frente Mar e Praia - Figueira/Buarcos foram gastos cerca de 3 milhões de Euros na empreitada, com a obrigação do empreiteiro fazer a manutenção durante 5 anos.
Onde estavam os ambientalistas quando se "plantou" cimento na Praia da Figueira entre coberto vegetal, pinherinhos, camarinhas (ou camarinheiras)?
Quem, como eu, por lá passou hoje,  viu uma ciclovia a degradar-se de dia para dia, quase vegetação e árvores mortas. Para não referir aquela alarvidade que são as mesas e bancos em cimento plantada no areal, em cima de florzinhas, pinheirinhos secos e coberto vegetal.
Em 6 de Janeiro de 2020, há mais de 3 anos, o vereador na oposição Ricardo Silva do PSD, neste momento vereador executivo com o pelouro do Ambiente, solicitou um relatório sobre o estado em que se encontrava a praia e se está de acordo com o projeto elaborado. 
Alguém sabe se essa iniciativa, na altura muito badalada na comunicação social, teve alguma consequência?
Pode ser que agora com Ricardo Silva vereador executivo com o pelouro do Ambiente, dado que o problema se mantem, apareça o relatório.

A Praia da Claridade transformou-se na Praia da Calamidade. 
O extenso areal da Praia da Figueira continua a ser um problema.
Os ambientalistas estão aí prontos para o combate e para o que der e vier.
Importante é salvar uma camarinha, também designada por camarinheira, uma espécie que existe a rodos no pinhal a sul do quinto molhe até à Nazaré.
A erosão a sul pode esperar.

sexta-feira, 16 de junho de 2023

Mais um contributo para atiçar o ódio dos florzinhas, passarinhos políticos, comunicação social deficiente, população desatenta e intectuais totós...

Ninguém me pediu, mas vou fundamentar porque não vou assinar a petição que por aí anda a circular "Pela manutenção da vegetação dunar na praia da Figueira da Foz."

Em 15 de Dezembro de 2014, "foi apresentado, em reunião de câmara, o projecto para o reordenamento do areal urbano da Figueira da Foz e Buarcos, apresentado pelo arquitecto Ricardo Vieira de Melo, vencedor do concurso de ideias para esta zona de praia, lançado pela autarquia em 2011".
Este era, segundo sublinhou o presidente João Ataíde, um ponto de partida para a municipalização desta zona tutelada por várias entidades
Saliente-se que o projecto vencedor do concurso implicava um investimento de 110 milhões de euros, entre investimentos púbicos e privados. 
Parecia que estávamos a retornar aos saudosos tempos de Aguiar de Carvalho e de Santana Lopes, dos objectivos grandiosos de um magnífico aeroporto, de um moderníssimo comboio TGV em monocarril a ligar Figueira a Fátima ou de um grandioso estádio para o europeu de futebol de 2004... 

Entretanto, foram introduzidas várias alterações.
Como sabemos, a intervenção que estava na ideia da Câmara realizar, "ficou reduzida à ciclovia, via pedonal, pista de atletismo, reparação dos espaços desportivos e dos passadiços (e construção de outros) e intervenção nas valas de Buarcos que atravessa o areal". 
Mesmo assim, foram gastos cerca 3 milhões de euros.
A ideia da autarquia de deixar crescer a vegetação na antepraia vem daí.
O plano seguia, com a municipalização da praia da Figueira e a implantação de cimento em cima de dunas.
A erosão a sul do estuário do Mondego podia esperar. O projecto do bypass, ficava liquidado e a rapaziada do sul do concelho que aprendesse a nadar.
Como escrevi um dia destes - e isso atiçou ódios contra mim - a comunidade citadina “preocupa-se mais com questões pessoais, de maledicência, de desejar o mal aos outros, do que com o que é importante”.
Por isso é que na Figueira, quando alguém aponta para a lua, olham para o dedo de quem aponta, esquecendo o resto.
Cabecinhas pensadoras...

Fica uma crónica publicada no Diário as Beiras em 17 de Maio de 2019, com o título Um favor ao “ex”?.

CCD e pescadores dão donativo aos BVFF

 Via Diário as Beiras


Já abriu a Feira das Freguesias

As bandas de Lares e de Santana vão tocar em conjunto, este sábado, pelas 22H00, num concerto inserido na Feira das Freguesias, evento que integra as Festas da Cidade - São João 2023, de 15 a 25 de junho, na praça João Ataíde.

Via Município da Figueira da Foz


"O Presidente da Câmara Municipal, Pedro Santana Lopes, fez a honras e abriu, ao final da tarde de hoje, a edição 2023 da Feira das Freguesias.

A acompanhar Santana Lopes estiveram os vereadores Anabela Tabaçó, Manuel Domingues, Olga Brás e Ricardo Silva, bem como Presidentes de Junta e entidades oficiais do concelho, que ao som da música do Grupo de Gaiteiros de Quiaios percorreram o recinto e saborearam algumas das iguarias que cada tasquinha tem para 'oferecer'.
O certame reúne, na Praça Dr. João Ataíde, o melhor da gastronomia de cada uma das 14 freguesias do concelho da Figueira da Foz."

As Festas da Cidade vão animar a Figueira da Foz até ao dia 26 do corrente mês. Nos dias 23 e 24 desfilam as marchas populares de S. João, na marginal e no Coliseu Figueirense.
A banda Os Quatro e Meia é cabeça de cartaz, na noite de 23 para 24, subindo a palco após o fogo de artifício.
O dia 24 é feriado municipal, ocasião para o município distinguir pessoas singulares e colectivas, numa sessão solene evocativa.

O problema estrutural da Figueira

"Desde o prolongamento em 400 metros do molhe norte do porto comercial, um investimento de 14,6 milhões de euros, inaugurado em 2011, a erosão nas praias a sul acentuou-se, com destruição da duna de protecção costeira em vários locais, com especial ênfase na praia da Cova, alvo de duas intervenções de emergência nos últimos anos.
No concelho da Figueira da Foz, a erosão costeira é o verdadeiro problema estrutural, mas a três dimensões.
A saber: a erosão costeira que afecta as praias a sul da Figueira da Foz é um problema mais vasto, pois tem origem na retenção e acumulação de areia no areal da cidade e condiciona a navegabilidade na barra do Mondego."
Para continuar a ler o texto, clicar aqui.

Novobanco vende dívida de 37 milhões do hotel “Titanic” da Figueira da Foz

Via Jornal ECO

"Inaugurado em 2014, o próprio hotel assume que “parece adotar a forma de um cruzeiro encalhado na praia” devido à forma elíptica. Os locais até o apelidaram de “Titanic” por verem semelhanças com o navio que afundou no meio do oceano em 1902. Para o Novobanco, a ideia é mesmo desencalhar um processo que vem do tempo do BES.

O desenvolvimento do hotel, cuja localização na Avenida do Brasil privilegia a vista para o mar, coube à Oasis Plaza, constituída em 2013 e que tem atualmente Francisco Bandeira, ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD), como administrador único. De acordo com o portal InformaDB, a Oasis Plaza é detida pela Cyclonecipher, que é, por sua vez, controlada pela angolana Armangola.

O processo de construção do hotel não esteve isento de obstáculos, como relatam os meios locais. Aquando da inauguração, o jornal A Voz da Figueira lembrou que, além do problema com um dos sócios que se encontra fugido à justiça, o outro promotor tem encontrado dificuldades junto da banca para financiar o restante investimento”. Dificuldades que estavam a ser ultrapassadas, com os bancos comprometidos a que a obra fosse concluída, segundo garantia a câmara municipal ao jornal naquela altura.

O hotel de 4 estrelas tem 160 quartos e dispõe ainda de 15 salas de reuniões com uma capacidade total para 700 pessoas, dois restaurantes, três zonas de bar, entre outro tipo de equipamento turístico e de bem-estar.»

quinta-feira, 15 de junho de 2023

Exposição «O Mar é a nossa Terra» está aberta ao público

Via Município da Figueira da Foz


Ontem, quarta-feira, dia 14 de junho, no Meeting Point Point, na Praceta Ledesma Criado, realizou-se a cerimónia de abertura da exposição «O Mar é a nossa Terra- A construção sensível da linha de costa», com curadoria dos arquitetos Miguel Figueira e André Tavares, e comissariada, entre outros, pelos arquitetos figueirenses Pedro Maurício Borges e Pedro BMarcaram também presença na cerimónia o Presidente da Assembleia Municipal, José Duarte; os Vereadores Anabela Tabaçó, Manuel Domingues, Olga Brás e Ricardo Silva; representantes de diversas entidades locais e muitos figueirenses.andeira e por Eurico Gonçalves.

Estiveram também presentes no evento o Presidente da Assembleia Municipal, José Duarte; os Vereadores Anabela Tabaçó, Manuel Domingues, Olga Brás e Ricardo Silva; representantes de diversas entidades locais e muitos figueirenses.

A exposição, que “tendo como ponto de partida as contradições físicas e a cultura popular da praia da Figueira da Foz, percorre um conjunto de experiências de pensamento, desenho e configuração das linhas de costa e da sua relação com a densa dimensão do oceano”, esteve inicialmente patente, em 2020, na Garagem Sul do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, entidade com quem o Município estabeleceu um protocolo para a apresentação da exposição na Figueira da Foz.

A Fundação Centro Cultural de Belém fez-se representar pela Vogal do Conselho de Administração, Madalena Reis, a qual expressou a vontade desta exposição, “pensada por um grupo alargado de pessoas “que “ousaram, sonharam e tiveram ambição”, ser “o início de uma colaboração muito profícua”.

Madalena Reis referiu ainda que «O Mar é a nossa terra» é “um projeto que merece ser visitado e discutido”.

Já o curador, Miguel Figueira, para quem o dia foi “marcante”, considerou que a exposição, que já foi vista além-fronteiras, “voltou a casa”, uma vez que a mesma nasceu na Figueira da Foz no seio de um movimento de pessoas, já com uma década.

“Vale a pena ter convicções”, enfatizou o arquiteto figueirense, que se considera pertencente à geração do meio, ou seja, “aquela que deve entregar aos netos a praia que recebeu dos avós”.

O Presidente da Câmara Municipal, Pedro Santana Lopes, congratulou todos os envolvidos na montagem e manifestou a certeza de que “foi um excelente trabalho” que permitiu ganhar “um espaço de exposição enriquecido” para a cidade.

A cerimónia contou com um momento musical protagonizado por alunos do 3º e 4º anos da Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico do Viso, que cantaram três temas originais, «a AREIA», «a ONDA», «O SURF», com letra e música de Rita Ruivo Marques e inspirados em tópicos do livro «O Mar é a Nossa Terra», de Miguel Figueira.

«O Mar é a nossa terra», “cartografa e apresenta as contradições existentes entre a terra e o mar, sob a perspetiva da arquitetura, do ordenamento do território e da construção da paisagem, matéria tão relevante para a sociedade por ser objeto de atenção de um conjunto de arquitetos que têm desafiado os limites convencionais da disciplina”.

De salientar que a exposição, que irá ficar patente até 29 de maio de 2024, data em que terminam as comemorações do 20º aniversário do Núcleo Museológico do Mar, e onde se encontra visitável um núcleo especial, dedicado à Faina Maior, o «Núcleo do Bacalhau», tem entrada gratuita e dispõe de vários materiais de visita inclusivos, nomeadamente audioguia, vídeos com legendagem em língua gestual, folhas de sala com escrita com símbolos e escrita em braille, folheto em escrita simplificada, e experiências sensoriais.

"Falamos, pois, de uma remoção parcial que permite preservar espécies já existentes e efetuar novas plantações com características muito próprias."

 Via Diário as Beiras

Reabilitação da Escola Secundária Bernardino Machado vai a reunião de câmara

 Via Diário as Beiras

A luta da "Arte-Xávega"

 Via Campeão das Províncias, edição de 15 de Junho de 2023

Recuemos a Dezembro de 2014, quando a maioria PSD/CDS na Assembleia da República, recusou medidas de apoio à sobrevivência da "Arte-Xávega". Deputados do PSD e do CDS-PP chumbaram no dia 12 de Dezembro de 2014, na Assembleia da República, o Projecto de Resolução apresentado pelo Partido Socialista, que recomendava ao Governo que desse cumprimento às orientações do Relatório de Caracterização da Pesca com Arte-Xávega.
O que estava em causa era a possibilidade de ser ou não, de uma vez por todas, remediada a lenta agonia e o progressivo desaparecimento da "Pesca de Cerco e Alar para Terra" ("Arte-Xávega"), e a possibilidade de ser ou não evitado o fim das suas elegantíssimas embarcações em forma de "meia-lua" ("o mais belo barco do mundo" segundo Alfredo Pinheiro Marques, "a embarcação mais interessante da Europa", segundo Fernando Alonso Romero, o extraordinário e fascinante "Barco-do-Mar", ou "Barco-da-Arte", usado desde há séculos nos litorais portugueses do Extremo Ocidente Peninsular e que, ainda hoje, ostenta a sua orgulhosa proa desde Espinho até à Praia da Vieira), e a possibilidade de ser ou não evitado o fim das comunidades dos homens, mulheres e famílias que fazem dessa "Arte" secular uma realidade viva e identitária de Portugal.

José Vieira. foto sacada daqui
Em Março de 2021 o projecto Mar Que NosUne, que envolveu os municípios da Figueira da Foz (na qualidade de promotor), Cantanhede e Mira, teve por finalidade promover a arte xávega através de eventos culturais. 
O projecto, com validade de um ano, foi apoiado com300 mil euros, ao abrigo de uma candidatura a fundos comunitários.  No âmbito do projecto, foram realizados eventos culturais nestes três municípios da Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra, envolvendo colectividades e artistas locais. 

Acerca do projeto O Mar Que NosUne, José Vieira sustentou que “há dinheiro para tudo e mais alguma coisa ligada à arte xávega”. E acrescentou: “para o armador, para poder manter-se e pagar mais uns tostões aos empregados, não há nada”.

Enquanto se aguardam medidas efectivas para o sector, vão acontecendo algumas iniciativas que permitem ajudar a manter este tipo de pesca. Recordemos o caso de uma iniciativa divulgada na edição de 31 de Maio de 2022 do Diário as Beiras,  promovida pela Casa dos Pescadores da Costa de Lavos.

A Escala do Clima - SOS Cabedelo

Via INFORMAR

"Em diálogo, o Arquitecto Miguel Figueira (coordenador dos movimentos Cívicos "O Mar à Cidade-Bring Back The Bay" e "SOS Cabedelo", e membro do Conselho Consultivo e Científico do CEMAR-Centro de Estudos do Mar) e o Professor Filipe Duarte Santos (da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, coordenador do Grupo de Trabalho para a Estratégia Nacional Portuguesa para as Zonas Costeiras, e presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável-CNADS), falam sobre a erosão do litoral, o aquecimento global, as alterações climáticas, e a defesa da orla costeira, particularmente no caso, infelizmente exemplar, da região da Figueira da Foz do Mondego, no programa radiofónico A Escala do Clima, na rádio pública portuguesa RTP - Antena 1."

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