quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

"É uma hipótese entre outras"...

 Via Diário as Beiras

HDFF vai ampliar o Serviço de Esterilização, considerada “uma obra complementar” ao Bloco Operatório

 Via Diário as Beiras

Frio e "pobreza energética" num país de clima geralmente ameno...

Estamos a falar, num País com pouco mais de 10 milhões, de perto de 3 milhões de habitantes a passar frio na própria casa... 
Porque espera o governo português para fixar os preços da energia?

«𝟱𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗟𝗲𝗶𝘁𝘂𝗿𝗮» 𝗰𝗼𝗺 𝗜𝘀𝗮𝗯𝗲𝗹 𝗖𝗿𝗶𝘀𝘁𝗶𝗻𝗮 𝗠𝗮𝘁𝗲𝘂𝘀 𝗲 𝗖𝗮̂𝗻𝗱𝗶𝗱𝗼 𝗢𝗹𝗶𝘃𝗲𝗶𝗿𝗮 𝗠𝗮𝗿𝘁𝗶𝗻𝘀 𝗘𝘃𝗼𝗰𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗜 𝗖𝗲𝗻𝘁𝗲𝗻𝗮́𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗼 𝗡𝗮𝘀𝗰𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝗠𝗮𝗿𝗶𝗮 𝗢𝗻𝗱𝗶𝗻𝗮 𝗕𝗿𝗮𝗴𝗮

"O projeto de promoção e incentivo à leitura «5as de Leitura» inicia o ano 2023, dia 26 de janeiro, pelas 21h30, na Sala de Leitura da Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, com uma sessão dedicada à evocação I Centenário do Nascimento de Maria Ondina Braga, “a notável escritora cosmopolita”, a qual terá como convidados os Professores Doutores Isabel Cristina Mateus (ELACH, | Universidade do Minho) e Cândido Oliveira Martins (CEFH | Universidade Católica Portuguesa), coordenadores da edição das Obras Completas da autora, com chancela da Imprensa Nacional da Casa da Moeda."

quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Concelho da Figueira vai ser palco "da primeira prova clássica internacional de ciclismo realizada em Portugal, com equipas de topo mundial e nacional, seis delas da elite internacional Worldtou"

"A conferência de imprensa Figueira Champions/ Casino Figueira realizou-se no Casino Figueira, ontem 24 de janeiro e contou com a presença de Carlos Pereira, Diretor de Prova; Afonso Eulálio, ciclista figueirense; Fernando Matos, administrador do Casino Figueira; Carlos Figueiredo, em representação da Turismo Centro Portugal e Manuel Domingues, vereador executivo."

Imagens via Diário as Beiras


Neste momento, "a instalação da Junta de Maiorca no Palácio Conselheiro Branco é uma boa medida"

 Via Diário de Coimbra

Caderno Municipal sobre o Cabo Mondego está disponível

Via Diário as Beiras

Ter fé não é fácil nem barato: segundo Moedas "altar-palco para Papa foi construído com base nas especificações da Igreja"...

«Altar-palco de 4,2 milhões de euros para o Papa. 
"Queremos que fique para o futuro", diz Moedas. 
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, disse ontem que sabia que a construção do altar-palco para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) ia ficar muito cara, indicando que será realizada com as especificações da Igreja.
A construção foi adjudicada por ajuste direto por 4,24 milhões de euros (mais IVA), somando-se a esse valor 1,06 milhões de euros para as fundações indiretas da cobertura.»

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Figueira da Foz, uma cidade com tradições no ciclismo: de José Bento Pessoa à Figueira Champions Classic

A Figueira Champions Classic, corrida de ciclismo de estrada na Figueira da Foz, agendada para 12 de fevereiro, é a principal novidade no calendário de provas portuguesas de escalão internacional para 2023.

Esta prova, uma clássica de nível mundial, com a participação de grandes ciclistas oriundos de vários países, vai ter como palco o nosso concelho. A Figueira Champions Classic corre-se numa extensão de 190 quilómetros, com partida na zona do Relógio, na cidade da Figueira da Foz, e percorre as 14 freguesias.

Haverá cobertura televisiva, através da Eurosport, no dia 12  (com transmissão para mais de meia centena de países) e da CMTV.


Entre muitos outros, farão parte do pelotão da “Figueira Champions / Casino Figueira” dia 12 de fevereiro, Fabio Jakobsen e Kasper Asgreen.  A Soudal Quick-Step já confirmou a presença de ambos, tal como Remi Cavagna, um dos melhores contrarrelogistas do mundo, a par de Asgreen. 

Por parte da Team DSM, o ciclista alemão John Degenkolb é outro dos nomes já confirmados.

O neerlandês Fabio Jakobsen, actualmente um dos melhores sprinters mundiais, em 2022 provou o seu poderio ao sagrar-se Campeão Europeu de Estrada e será com essa camisola que vai desfilar nas estradas da Figueira da Foz. Múltiplo vencedor de etapas na Volta ao Algarve, fazem parte do seu palmarés vitórias na Vuelta e no Tour de France, assim como em outras corridas do circuito World Tour.

Kasper Asgreen é um ciclista todo o terreno e bastante vocacionado para as clássicas. Certamente terá uma palavra a dizer na “Figueira Champions / Casino Figueira”. Contudo, também se destaca no contrarrelógio, sendo campeão dinamarquês desta especialidade, sendo também  dono do título em estrada. Já venceu uma etapa na Volta ao Algarve e várias clássicas belgas, como é o caso da Volta a Flandres, em 2021.

O francês Remi Cavagna, também ele da formação belga, já conquistou o título de campeão francês em contrarrelógio, tal como em estrada. Do seu palmarés consta uma vitória de etapa na Vuelta e foi medalhado em Europeus de contrarrelógio.

Por sua vez, a equipa da Soudal Quick-Step que vem mostrar-se à Figueira da Foz fica completa com gregários como Tim Declercq, Dries Devenys, Casper Pedersen e Ilan Van Wilder, este último um jovem em quem os belgas depositam muita esperança para o futuro.

Por parte da Team DSM, o alemão John Degenkolb, também ele vencedor de etapas na Volta ao Algarve, é outro dos nomes confirmados na Figueira da Foz. Destacam-se vitórias deste corredor em etapas nas três grandes voltas – Giro, Tour e Vuelta –, bem como em dois dos cinco monumentos (Milão-São Remo e a Paris-Roubaix).


A Figueira é uma Terra  com tradições muito antigas no ciclismo.

Desde logo, o enorme e espantoso atleta, que foi o figueirense José Bento Pessoa, nascido a  7 de Março de 1874, campeão mundial e o maior ciclista de velocidade do seu tempo.

"No final do século XIX, o homem da Figueira tinha um carácter forte, independente, mas aberto às influências do estrangeiro.

A foz do Mondego, era um porto de mar aberto ao comércio internacional, o que propíciava a convivência com os povos mais evoluídos do Norte da Europa.

A Figueira, então uma pequena cidade com cerca de 5 000 habitantes, vai viver por volta de 1895, uma época áurea. Local privilegiado à beira mar plantado, a sua praia, então  "a mais bela de Portugal",  e a lhaneza da sua gente, atraem veraneantes de vários cantos da Península Ibérica. Nos meses de verão, isso é decisivo para o desafogo financeiro e novos conhecimentos que marcam o figueirense. Todavia, como tudo na vida, também tem um ponto menos positivo: a instabilidade e a incerteza profissional."


Não esquecer, porém, a importância da influência inglesa no desenvolvimento da Figueira do final do século dezanove, tanto a nível comercial, como desportivo. 

Um porto de mar que permitia a entrada dos maiores barcos comerciais de então, quase todos de pequeno calado, teria de receber a visita dos britânicos. 

Recorde-se: "o tratado comercial luso-britânco 1703, conhecido por Tratado de Metwen, nome do negociador inglês, permitiram a vinda de britâncos a Portugal e à Figueira. 

Havia permutas comerciais que englobavam os nossos vinhos e os têxteis ingleses."

É neste contexto, por influência dos povos do Norte da Europa, que os figueirenses começam a ver o desporto como uma necessidade. 

Surgem as regatas realizadas na foz do Mondego. Criam-se os primeiros Clubes:  Associação Naval Figueirense, Clube Ginástico e a Associação Naval 1º. de Maio.

No S. João de 1893, realiza-se um festival velocipédico. "O entusiasmo provocado pela prova leva à criação de mais uma colectividade: o Clube Velocipédico Figueirense, mais tarde designado por Ginásio Figueirense." 

Progressivamente, foi assim que a Figueira, rapidamente, se torna a terceira potência desportiva do nosso País. 

A par do remo e da canoagem, a vitalidade desportiva da Figueira, passa pela ginástica, esgrima, futebol, tiro, hipismo e ciclismo.


A bicicleta era, então, uma maravilha criada pelo Homem. Depois do balão de hidrogénio e do comboio (o irmão mais velho da bicicleta, como então se dizia) a bicicleta é encarada como a resolução dos problemas de locomoção do homem, relegando a tração animal para um plano secundário.  

É no contexto vivido no último quartel do século XIX na Figueira da Foz (porto marítimo e comercial aberto ao mercado internacional, estância balnear a crescer e a ter cotação a nível da Península Ibérica e, ainda, como potência desportiva a seguir a Lisboa e Porto), que nasce o desportista José Bento Pessoa. 

Nadou, remou, defendeu bolas no futebol, mas acabou por preferir a novidade dos velocípedes. Após as primeiras vitórias na Figueira da Foz, com apenas 20 anos de idade, José Bento Pessoa fica lançado no meio desportivo português, como um extraordinário atleta. 

O ciclismo, na altura, era um desporto de elite. Comprar uma bicicleta só estava ao alcance de uma minoria.  

José Bento Pessoa vai para Lisboa trabalhar para um comerciante com uma loja de bicicletas - Manuel Beirão de seu nome.

É a partir daí que Bento Pessoa tem a oportunidade de viver do ciclismo.

Profissionaliza-se. É inscrito na União Velocipédica Espanhola (não estava ainda fundada a União Velocipédica Portuguesa) e começa uma carreira que espantou Portugal e o Mundo.

Correu em Espanha, França (Paris) Bélgica (Gand), Suiça (Genebra), Itália (Turim) Alemanha (Berlim) e Brasil (Pará). 

Em Espanha, torna-se um ídolo: nas 68 corridas que lá fez, venceu-as todas. 

A 10 de Abril de 1898, no Velódromo de Genebra, na Suíça, perante 20.000 pessoas, bate o invencível campeão suíço Théodore Champion. Em Berlim a 8 de Maio de 1898, talvez o ponto mais alto da sua carreira, no decorrer do  Grande Prémio Zimmerman, à época a prova velocipédica mais importante da Europa, em honra de Arthur Augustus Zimmerman, vence o campeão do mundo Willy Arend. 

Quando as notícias das suas vitórias chegavam à sua terra, o entusiasmo dos figueirenses expandia-se em manifestações ruidosas e festivas: saíam as filarmónicas, a fachada do Teatro Príncipe iluminava-se, havia marchas, au flambeaux – uma loucura. 

Quando o campeão vinha descansar – meia Figueira ia festejá-lo. Chegou a ir da estação do caminho-de-ferro para casa aos ombros dos mais entusiastas. 

Em 1 de Setembro de 1901, os clubes ciclistas do país prestaram uma homenagem ao grande campeão. Para lhe ser entregue uma mensagem e um brinde, organizou-se a estafeta ciclista Lisboa-Figueira. 

José Bento Pessoa morreu na Figueira da Foz, a 7 de Julho de 1954.

A Câmara da nossa cidade, em 1955, prestou-lhe uma homenagem ao atribuir o seu nome ao Estádio Municipal.


Outro ciclista de envergadura e que atingiu grande nome no panorama velocipédico nacional, foi  António Alves Barbosa, um dos maiores desportistas figueirenses de todos os tempos.   

António Alves Barbosa nasceu em 24 de dezembro de 1931, na Fontela, freguesia de Vila Verde, concelho de Figueira da Foz.

Foi o maior ciclista português da década de 50 do século XX. 

Era filho de José Alves Barbosa, que foi contemporâneo e amigo de outro ciclista figueirense: o já atrás referido José Bento Pessoa, o melhor ciclista do mundo de 1892 a 1902.

Poucos recordarão a loja onde José Alves Barbosa alugava bicicletas, na actual Avenida 25 de Abril, na Figueira da Foz, junto do Grande Hotel, por debaixo da Piscina Praia. 

Em 1947, com 16 anos de idade, António Alves Barbosa iniciou-se no ciclismo, filiando-se na Associação de Ciclismo do Norte, como aluno. 

Começou a usar o nome do pai, tornando-se conhecido por ALVES BARBOSA. Em Portugal representou o Sangalhos. Em França a Rochet e a Rapha-Gitane. Em Espanha a Faema. Correu de 1949 a 1962. Foi 3 vezes vencedor da Volta a Portugal (1951, 1956 e 1958), 2 vezes Campeão Nacional de Fundo/Estrada (1954 e 1956), 5 vezes Campeão Nacional de Velocidade/Pista (1954, 1955, 1956, 1958 e 1959) e duas vezes Campeão Nacional de Ciclo-cross (1961 e 1962).

Participou 4 vezes na Volta a França, 3 na Volta a Espanha, 2 na Volta a Marrocos, 2 na Volta à Andaluzia, 2 no Paris-Nice e em muitas, muitas outras corridas no estrangeiro.

Foi o primeiro ciclista português a vencer três vezes a Volta a Portugal, em 1951, 1956 e 1958. É o ciclista com mais etapas ganhas na Volta a Portugal (Alves Barbosa 33; Cândido Barbosa 25 e Joaquim Agostinho 24).

Em 1951, com apenas 19 anos de idade, cometeu a proeza de vencer a Volta a Portugal com a camisola amarela do primeiro ao último dia.

Em 1956 ganhou a Volta a Portugal, triunfando em 10 das 23 etapas.

Em 1958, envergou a camisola amarela na 2ª. etapa da Volta a Portugal, entre Lisboa e Alpiarça. Nunca mais a despiu, como já tinha feito em 1951.

Na década de 50, provavelmente,  teria ganho todas as Voltas a Portugal, não fossem as mais diversas vicissitudes:

- Em 1952 foi impedido de participar porque estava a cumprir o serviço militar;

- Em 1953 e 1954 a Volta não se realizou;

- Em 1955 foi agredido por espectadores, perto da cidade do Porto, quando já era camisola amarela e ia ganhar a etapa e a Volta com um avanço significativo (desta forma perdeu para Ribeiro da Silva).

Ainda em 1955 obtém mais uma vitória no estrangeiro, na “Corrida 9 de Julho”, em São Paulo (Brasil), então a maior prova ciclista da América do Sul, que registou a participação de 500 concorrentes. 

Alves Barbosa disputou a Volta a França em 1956, 1957, 1958 e 1960 e a Volta a Espanha  em 1957, 1958 e 1961. Foi o primeiro ciclista português a ficar colocado nos primeiros dez da Volta à França.

O cinema aproveitou-se da sua popularidade. Em 1958, foi rodado o filme "O HOMEM DO DIA",  em que Alves Barbosa foi protagonista e motivo temático para captar um público que começava a fugir das salas de cinema para a recém-chegada televisão. 

Em 1961 iniciou uma carreira de treinador de ciclismo, no Sport Lisboa e Benfica.

De 1975 a 1978 e de 1989 a 1992 foi director técnico nacional da modalidade.

Alves Barbosa foi ainda comentador de ciclismo na rádio, na televisão e em diversos jornais. 

Em 1990 recebeu a medalha de mérito desportivo.

Em 2007 foi condecorado com a Medalha de Ouro da Juventude e dos Desportos de França.

Alves Barbosa faleceu no dia 29 de setembro de 2018.


A Volta dos Campeões, que se realizou a partir de 1931 e durou até atá à década de sessenta do século passado, é outro marco da relevância do ciclismo no concelho da Figueira da Foz

Teve como vencedores nomes famosos do panorama ciclista português: por exemplo, em 1932 José Maria Nicolau, ganhou a 2ª. edição da Volta dos Campeões. Em 1961, um ano antes de terminar a sua carreira, o vencedor foi o nosso Alves Barbosa. 


São inúmeras as chegadas da Volta a Portugal à Figueira da Foz.

Porém, a chegada à nossa cidade da  edição desta prova, em 1973,  ficou célebre.

Nesse ano, Joaquim Agostinho, na opinião de muitos, o maior ciclista português de todos tempos, cometeu, talvez, a sua maior proeza desportiva em Portugal. 

Aconteceu na etapa que trouxe a caravana voltista de Abrantes até à Figueira da Foz. Nessa etapa, que teve lugar ao sexto dia da prova, Joaquim Agostinho isola-se ao pelotão logo no início da tirada. Num autêntico contrarrelógio, de quase 200Km, finaliza uma das mais épicas etapas da Volta a Portugal, com 13 minuto de avanço sobre o pelotão.


A importância duma prova de um desporto que movimenta muita gente, como o ciclismo, ficou plasmada na reunião da Câmara da Figueira da Foz que aprovou,  por unanimidade, um apoio à realização de uma prova clássica internacional de ciclismo, em fevereiro de 2023.

Esse investimento, vai ser compensado, não só pela  “muitíssima gente”  que a  Figueira Champions Classiccidade vai trazer à ciade, como também pela promoção que a cobertura televisiva vai fazer em 11 e 12 de Fevereiro de 2023. 

NOTA DE RODAPÉ.

Bibliografia: José Bento Pessoa (Biografia) – Romeu Correia; A Bola; consultas bibliográficas de notícias da imprensa local existentes na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz e Figueira Champions Classic.

"Se esta for a solução que melhor sirva os interesses da freguesia"...

 Via Diário as Beiras

“Novo aeroporto? Digam-nos de quem são os terrenos de Alcochete”

"Mexer na merda com dois pauzinhos"

«Miguel Relvas, que em 2008 achava que o país ficava a ganhar com opção Alcochete, até porque a ideia era dele, "em 2007 fui eu, primeiros!", é o Miguel Relvas que em 2023 insinua sobre a identidade dos proprietários dos terrenos [no vídeo a partir do minuto 10:45]. Miguel Relvas sabe perfeitamente quem são os proprietários dos terrenos e, pela pergunta, quem não sabe fica automaticamente a saber que são de alguém que não é da área do PSD. A chico-espertice de levar isto para outro nível, onde o impacto ambiental, económico, e até político, "margem sul jamais", não interessam nada para o debate, reduzido que fica a interesses privados, mais-valias, clientelas e amiguismos políticos, e subsequentes financiamentos partidários. Miguel Relvas foi estudar mas regressou igual ao Miguel Relvas antes do canudo, sem a puta da vergonha na cara, promovido a senador e a fazer o que melhor sabe, mexer na merda com uns pauzinhos e lançar lama no debate.»

Por “haver outras entidades” que organizam a Festa da Sardinha...

 Via Diário as Beiras

De novo o PREC*... (continuação...)

(*  ... depois de, em 1974, 1975 e início de 1976, termos tido o Processo Revolucionário em Curso, em 2023 temos em desenvolvimento o Processo da Remodelação em Curso...)

A felicidade de saber o que é a Liberdade

As crianças não ligam à felicidade. Gostam é de guloseimas, brinquedos e atenção. 
É o que muitas, pela vida fora, se limitam a continuar a apreciar.
A  maior parte das pessoas que conheço, não notariam a falta de Liberdade, nem lutariam se a Liberdade não existisse. 
Só se preocupa com a livre expressão de ideias quem tem ideias para exprimir. 
Quem gosta de Liberdade, é uma minoria que gosta de exprimir ideias e de ter acesso às ideias dos outros.
Na Terra de Manuel Fernandes Tomás, para alguns, a ideia de Liberdade sempre foi fundamental. No tempo da ditadura de Salazar e Caetano, a Figueira foi um baluarte em defesa da Liberdade. Entre 1933 e 1974, a polícia política teve muito que fazer no nosso concelho. Realizou devassas domiciliárias abusivas, proibiu reuniões e convívios dos democratas opositores ao regime. E, entre outros mimos, efectuou prisões.

Em 2007, no meu blogue OUTRA MARGEM, com a colaboração de alguns amigos, publiquei textos onde recordei alguns dos que lutaram pela Liberdade,  quando isso era perigoso e difícil. Lembrei Leitão Fernandes, João Cenáculo Vilela, Ruy Alves, Guije Baltar, José da Silva Ribeiro, Cristina Torres, José Martins, Joaquim Namorado, Agostinho Saboga, Luís Fernando Argel de Melo e Silva Biscaia, Mário Neto e Luís da Cruz Falcão Martins.
O critério foi simples: a minha memória e algumas das minhas vivências e dos amigos que, na altura, colaboraram comigo. 
A minha intenção foi clara e simples: "agradecer, corporizando na figura destas pessoas, a todos que sofreram horrores para hoje sermos livres em Portugal."
Para além dos que recordei em 2007, Maurício Pinto (comerciante), Júlio Gonçalves (advogado), Adelino Mesquita (advogado), Albano Duque (contabilista, casado com a Professora Cristina Torres, José Rafael Sampaio (professor, talvez de todos o que mais prisões sofreu) João Bugalho (médico), Lopes Feteira (médico),  João de Almeida  (advogado),  Mário Rente (tipógrafo), Valdemar Ramalho (gestor comercial), irmãos Rama (comerciantes), Vieira Gomes (médico), Gilberto Vasco (médico), Santos Silva (médico),  José de Freitas  (comerciante), Vieira Alberto (engenheiro), Cerqueira da Rocha (advogado), Marcos Viana (professor), Manuel Lontro Mariano e muitos mais que, por todo o concelho, lutaram pela Liberdade, sem esquecer os felizmente ainda vivos Dr. Joaquim Barros e Sousa, Joaquim Monteiro, Cação Biscaia, José Iglésias e Augusto Menano, merecem também ser destacados.
Em todos existia uma "unidade de propósitos, única forma de o combate poder ter êxito".

Recorda-los, é dar exemplos de coragem, de coerência e fidelidade aos valores e princípios democráticos. Muitas vezes, as reuniões realizavam-se com a Pide à porta do restaurante. Num dos anos, no restaurante “Tubarão”, um agente quis deter a Drª. Cristina Torres, que presidia ao jantar. Porém,  não o conseguiu, tal foi o “barulho” que todos os presentes fizeram e os argumentos apresentados, o que levou o agente a pedir que, ao menos, se acabasse com a reunião.

Nesses encontros, por vezes, vinham até à nossa cidade democratas de fora da Figueira: de Coimbra, Orlando de Carvalho, de Leiria Vasco da Gama Fernandes, e de Arganil Fernando Vale, "que proferiam arrebatadores e entusiastas discursos, animando os democratas figueirenses a prosseguir na luta contra o fascismo.".

Foram tempos de grande agitação e valia política, em que os interesses pessoais eram sempre superados pelo desejo intenso de contribuir para tornar possível um Portugal livre e progressista.

Como disse o Dr. Luís Melo Biscaia, "defendiam-se ideais e havia unidade no combate a um regime assente na violência, na intolerância, na denúncia e perseguição dos que não apoiavam o chamado Estado Novo, na ignorância do povo, na atribuição de privilégios injustos, um regime que apostava em amarfanhar a alma nacional."

(Este texto foi publicado na Revista Óbvia, edição de Dezembro de 2022)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Pescadores da Figueira da Foz receberam “autorização especial” para vender sável

"Os pescadores de zona costeira da Figueira da Foz receberam hoje uma “autorização especial” da tutela para poderem vender sável em lota, disse à agência Lusa fonte do setor."

A disponibilidade do presidente da Junta de Freguesia de Maiorca...

«O presidente da Junta de Maiorca, Rui Ferreira, garantiu ao DIÁRIO AS BEIRAS que o seu executivo está disponível para chegar a um entendimento com a Câmara da Figueira da Foz sobre os investimentos programados para a freguesia no anterior mandato autárquico. Nomeadamente, a construção de novas instalações da junta e da extensão de saúde, projetadas para a Casa da Praça. 
O presidente da câmara, Santana Lopes, em declarações recentes ao DIÁRIO AS BEIRAS, manifestou “boa-vontade” para disponibilizar espaço no Palácio Conselheiro Lopes Branco, que vai ser reabilitado, para a nova sede da Junta de Maiorca. Rui Ferreira admitiu poder vir a aceitar a oferta, e também se mostrou recetivo a uma alternativa à construção do posto médico. “Estamos disponíveis para abdicar da requalificação da Casa de Praça, se nos for provado que vamos ter um projeto com maior interesse para a freguesia”, garantiu o autarca maiorquense. Todavia, ressalvou: “Se não houver espaço no palácio para a sede da junta, queremos ver retomado o projeto da Casa da Praça” 
Solução alternativa para extensão de saúde 
Se as referidas obras não passarem pela Casa da Praça, avançou Rui Ferreira, este património da autarquia maiorquense será vendido. As receitas, revelou ainda, serão aplicadas na construção de um estaleiro para a junta de freguesia. “Se não houver requalificação da Casa da Praça e a sede da junta for para o palácio ou continuar onde está, a extensão de saúde será um projeto à parte, pois acabará se vendermos a Casa da Praça. Assim, terá de ser a câmara encontrar outro espaço”, advogou Rui Ferreira.
Ainda acerca da extensão de saúde, o autarca afi rmou: “Nunca me oporia a que houvesse investimento no atual posto médico, na Casa do Povo de Maiorca, para proporcionar mais qualidade aos serviços de saúde”.
Solicitada reunião com Santana Lopes 
Rui Ferreira adiantou que solicitou uma reunião com Santana Lopes, para abordar aqueles e outros assuntos de interesse para a freguesia de Maiorca. E para sanar a “falta de comunicação” entre ambos os autarcas, acrescentou. 
A eventual venda do Paço de Maiorca e a reabilitação do Palácio Conselheiro Branco, imóveis municipais, são assuntos que Rui Ferreira também pretende abordar com Santana Lopes. O palácio deverá receber um centro de divulgação do arroz carolino, podendo o futuro museu do arroz vir a ser instalado na Quinta do Foja, propriedade privada. 
“Se o executivo camarário tem soluções para apresentar sobre o palácio, que mo diga. Tudo o que aparece na imprensa, para mim, é novidade. Acho que o executivo da junta devia ser consultado, mas tudo o que seja em prol da freguesia é bemvindo. Gostávamos de saber qual é o projeto que o município tem para Maiorca”, frisou Rui Ferreira. 
O presidente da Junta de Maiorca concorda com a alienação do paço. “Nunca disse que me oponho à venda do Paço de Maiorca. A única ressalva que defendemos é que a parte mais histórica e emblemática, que inclui os painéis de azulejos, tenha acesso público”, afiançou.»

domingo, 22 de janeiro de 2023

A maioria absoluta do PS "está a levar o País de carrinho"...

Estamos a viver um dos momentos mais complicados da governação de António Costa.

Muitos de nós, mesmo aqueles que não votaram no PS, sentimos tristeza com o rumo da governação socialista, depois da obtenção desta maioria absoluta.

Quem lê jornais, ouve rádio e vê televisão, é bombardeado com notícias sobre corrupção, falta de ética, casos e casinhos no governo.

Há quem considere, como Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro e actual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, que o país vive um ambiente de degradação das instituições, com os sucessivos casos e suspeitas no Governo.

Na sua opinião, o presidente da República devia "ter uma conversa profunda com o primeiro-ministro" e ver se ele está em condições de continuar à frente do Executivo e "formar um novo Governo".

"Isto assim não pode continuar. É preciso dizer um basta porque temos a degradação das instituições quase todos os dias", disse o antigo primeiro-ministro este sábado à noite na SIC Notícias, sugerindo a Marcelo Rebelo de Sousa que, em vez de fazer reparos "caso a caso", tenha uma conversa com António Costa e o convide a "fazer um exame de consciência" e a avaliar se não se deve demitir e formar novo Governo.

"Este episódio tem de se fechar, ele tem que se livrar disto, tem que haver um basta e partir para outra", disse Pedro Santana Lopes, admitindo que António Costa possa estar a acusar "cansaço" ou "saturação" após sete anos de governação e de uma pandemia.

Entretanto, a oposição não é (ainda) alternativa. O maior partido da oposição, este PSD liderado por Luís Montenegro continua sem descolar dos 25% das intenções de voto. 

E este também é um problema, pois o Chega e o IL têm condições para continuar a "inchar"

Entretanto, "o País vai de carrinho"

Os portugueses têm de saber que País querem no futuro. E vão ter de escolher.

sábado, 21 de janeiro de 2023

Em Portugal ou na França...

... "a receita neoliberal para as pensões", é esta:

"A receita neoliberal para melhorar o sistema de pensões foi imposta aos franceses: aumento da idade da reforma, entre outras medidas. 
Claro que há outras formas de melhorar o sistema, mas isso obrigaria a pôr termo ao sistema económico neoliberal. 
Implicaria executar uma política económica expansionista para criar emprego, acabar com a precariedade no trabalho, aumentar o investimento público na habitação e na rede de creches e infantários, etc. Investir em tudo o que hoje impede as famílias jovens de terem os filhos que desejam. 
Mais contribuintes para a segurança social no imediato (pleno emprego) e a médio prazo (investimento público para apoio às famílias) e aumento da produtividade do trabalho com a reindustrialização do país (salários e contribuições maiores), são políticas que o Estado neoliberal rejeita porque põem em causa o "projecto europeu"
Só nos resta derrubar este regime neoliberal, na rua e nas eleições."