terça-feira, 24 de janeiro de 2023

“Novo aeroporto? Digam-nos de quem são os terrenos de Alcochete”

"Mexer na merda com dois pauzinhos"

«Miguel Relvas, que em 2008 achava que o país ficava a ganhar com opção Alcochete, até porque a ideia era dele, "em 2007 fui eu, primeiros!", é o Miguel Relvas que em 2023 insinua sobre a identidade dos proprietários dos terrenos [no vídeo a partir do minuto 10:45]. Miguel Relvas sabe perfeitamente quem são os proprietários dos terrenos e, pela pergunta, quem não sabe fica automaticamente a saber que são de alguém que não é da área do PSD. A chico-espertice de levar isto para outro nível, onde o impacto ambiental, económico, e até político, "margem sul jamais", não interessam nada para o debate, reduzido que fica a interesses privados, mais-valias, clientelas e amiguismos políticos, e subsequentes financiamentos partidários. Miguel Relvas foi estudar mas regressou igual ao Miguel Relvas antes do canudo, sem a puta da vergonha na cara, promovido a senador e a fazer o que melhor sabe, mexer na merda com uns pauzinhos e lançar lama no debate.»

Por “haver outras entidades” que organizam a Festa da Sardinha...

 Via Diário as Beiras

De novo o PREC*... (continuação...)

(*  ... depois de, em 1974, 1975 e início de 1976, termos tido o Processo Revolucionário em Curso, em 2023 temos em desenvolvimento o Processo da Remodelação em Curso...)

A felicidade de saber o que é a Liberdade

As crianças não ligam à felicidade. Gostam é de guloseimas, brinquedos e atenção. 
É o que muitas, pela vida fora, se limitam a continuar a apreciar.
A  maior parte das pessoas que conheço, não notariam a falta de Liberdade, nem lutariam se a Liberdade não existisse. 
Só se preocupa com a livre expressão de ideias quem tem ideias para exprimir. 
Quem gosta de Liberdade, é uma minoria que gosta de exprimir ideias e de ter acesso às ideias dos outros.
Na Terra de Manuel Fernandes Tomás, para alguns, a ideia de Liberdade sempre foi fundamental. No tempo da ditadura de Salazar e Caetano, a Figueira foi um baluarte em defesa da Liberdade. Entre 1933 e 1974, a polícia política teve muito que fazer no nosso concelho. Realizou devassas domiciliárias abusivas, proibiu reuniões e convívios dos democratas opositores ao regime. E, entre outros mimos, efectuou prisões.

Em 2007, no meu blogue OUTRA MARGEM, com a colaboração de alguns amigos, publiquei textos onde recordei alguns dos que lutaram pela Liberdade,  quando isso era perigoso e difícil. Lembrei Leitão Fernandes, João Cenáculo Vilela, Ruy Alves, Guije Baltar, José da Silva Ribeiro, Cristina Torres, José Martins, Joaquim Namorado, Agostinho Saboga, Luís Fernando Argel de Melo e Silva Biscaia, Mário Neto e Luís da Cruz Falcão Martins.
O critério foi simples: a minha memória e algumas das minhas vivências e dos amigos que, na altura, colaboraram comigo. 
A minha intenção foi clara e simples: "agradecer, corporizando na figura destas pessoas, a todos que sofreram horrores para hoje sermos livres em Portugal."
Para além dos que recordei em 2007, Maurício Pinto (comerciante), Júlio Gonçalves (advogado), Adelino Mesquita (advogado), Albano Duque (contabilista, casado com a Professora Cristina Torres, José Rafael Sampaio (professor, talvez de todos o que mais prisões sofreu) João Bugalho (médico), Lopes Feteira (médico),  João de Almeida  (advogado),  Mário Rente (tipógrafo), Valdemar Ramalho (gestor comercial), irmãos Rama (comerciantes), Vieira Gomes (médico), Gilberto Vasco (médico), Santos Silva (médico),  José de Freitas  (comerciante), Vieira Alberto (engenheiro), Cerqueira da Rocha (advogado), Marcos Viana (professor), Manuel Lontro Mariano e muitos mais que, por todo o concelho, lutaram pela Liberdade, sem esquecer os felizmente ainda vivos Dr. Joaquim Barros e Sousa, Joaquim Monteiro, Cação Biscaia, José Iglésias e Augusto Menano, merecem também ser destacados.
Em todos existia uma "unidade de propósitos, única forma de o combate poder ter êxito".

Recorda-los, é dar exemplos de coragem, de coerência e fidelidade aos valores e princípios democráticos. Muitas vezes, as reuniões realizavam-se com a Pide à porta do restaurante. Num dos anos, no restaurante “Tubarão”, um agente quis deter a Drª. Cristina Torres, que presidia ao jantar. Porém,  não o conseguiu, tal foi o “barulho” que todos os presentes fizeram e os argumentos apresentados, o que levou o agente a pedir que, ao menos, se acabasse com a reunião.

Nesses encontros, por vezes, vinham até à nossa cidade democratas de fora da Figueira: de Coimbra, Orlando de Carvalho, de Leiria Vasco da Gama Fernandes, e de Arganil Fernando Vale, "que proferiam arrebatadores e entusiastas discursos, animando os democratas figueirenses a prosseguir na luta contra o fascismo.".

Foram tempos de grande agitação e valia política, em que os interesses pessoais eram sempre superados pelo desejo intenso de contribuir para tornar possível um Portugal livre e progressista.

Como disse o Dr. Luís Melo Biscaia, "defendiam-se ideais e havia unidade no combate a um regime assente na violência, na intolerância, na denúncia e perseguição dos que não apoiavam o chamado Estado Novo, na ignorância do povo, na atribuição de privilégios injustos, um regime que apostava em amarfanhar a alma nacional."

(Este texto foi publicado na Revista Óbvia, edição de Dezembro de 2022)

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Pescadores da Figueira da Foz receberam “autorização especial” para vender sável

"Os pescadores de zona costeira da Figueira da Foz receberam hoje uma “autorização especial” da tutela para poderem vender sável em lota, disse à agência Lusa fonte do setor."

A disponibilidade do presidente da Junta de Freguesia de Maiorca...

«O presidente da Junta de Maiorca, Rui Ferreira, garantiu ao DIÁRIO AS BEIRAS que o seu executivo está disponível para chegar a um entendimento com a Câmara da Figueira da Foz sobre os investimentos programados para a freguesia no anterior mandato autárquico. Nomeadamente, a construção de novas instalações da junta e da extensão de saúde, projetadas para a Casa da Praça. 
O presidente da câmara, Santana Lopes, em declarações recentes ao DIÁRIO AS BEIRAS, manifestou “boa-vontade” para disponibilizar espaço no Palácio Conselheiro Lopes Branco, que vai ser reabilitado, para a nova sede da Junta de Maiorca. Rui Ferreira admitiu poder vir a aceitar a oferta, e também se mostrou recetivo a uma alternativa à construção do posto médico. “Estamos disponíveis para abdicar da requalificação da Casa de Praça, se nos for provado que vamos ter um projeto com maior interesse para a freguesia”, garantiu o autarca maiorquense. Todavia, ressalvou: “Se não houver espaço no palácio para a sede da junta, queremos ver retomado o projeto da Casa da Praça” 
Solução alternativa para extensão de saúde 
Se as referidas obras não passarem pela Casa da Praça, avançou Rui Ferreira, este património da autarquia maiorquense será vendido. As receitas, revelou ainda, serão aplicadas na construção de um estaleiro para a junta de freguesia. “Se não houver requalificação da Casa da Praça e a sede da junta for para o palácio ou continuar onde está, a extensão de saúde será um projeto à parte, pois acabará se vendermos a Casa da Praça. Assim, terá de ser a câmara encontrar outro espaço”, advogou Rui Ferreira.
Ainda acerca da extensão de saúde, o autarca afi rmou: “Nunca me oporia a que houvesse investimento no atual posto médico, na Casa do Povo de Maiorca, para proporcionar mais qualidade aos serviços de saúde”.
Solicitada reunião com Santana Lopes 
Rui Ferreira adiantou que solicitou uma reunião com Santana Lopes, para abordar aqueles e outros assuntos de interesse para a freguesia de Maiorca. E para sanar a “falta de comunicação” entre ambos os autarcas, acrescentou. 
A eventual venda do Paço de Maiorca e a reabilitação do Palácio Conselheiro Branco, imóveis municipais, são assuntos que Rui Ferreira também pretende abordar com Santana Lopes. O palácio deverá receber um centro de divulgação do arroz carolino, podendo o futuro museu do arroz vir a ser instalado na Quinta do Foja, propriedade privada. 
“Se o executivo camarário tem soluções para apresentar sobre o palácio, que mo diga. Tudo o que aparece na imprensa, para mim, é novidade. Acho que o executivo da junta devia ser consultado, mas tudo o que seja em prol da freguesia é bemvindo. Gostávamos de saber qual é o projeto que o município tem para Maiorca”, frisou Rui Ferreira. 
O presidente da Junta de Maiorca concorda com a alienação do paço. “Nunca disse que me oponho à venda do Paço de Maiorca. A única ressalva que defendemos é que a parte mais histórica e emblemática, que inclui os painéis de azulejos, tenha acesso público”, afiançou.»

domingo, 22 de janeiro de 2023

A maioria absoluta do PS "está a levar o País de carrinho"...

Estamos a viver um dos momentos mais complicados da governação de António Costa.

Muitos de nós, mesmo aqueles que não votaram no PS, sentimos tristeza com o rumo da governação socialista, depois da obtenção desta maioria absoluta.

Quem lê jornais, ouve rádio e vê televisão, é bombardeado com notícias sobre corrupção, falta de ética, casos e casinhos no governo.

Há quem considere, como Pedro Santana Lopes, antigo primeiro-ministro e actual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, que o país vive um ambiente de degradação das instituições, com os sucessivos casos e suspeitas no Governo.

Na sua opinião, o presidente da República devia "ter uma conversa profunda com o primeiro-ministro" e ver se ele está em condições de continuar à frente do Executivo e "formar um novo Governo".

"Isto assim não pode continuar. É preciso dizer um basta porque temos a degradação das instituições quase todos os dias", disse o antigo primeiro-ministro este sábado à noite na SIC Notícias, sugerindo a Marcelo Rebelo de Sousa que, em vez de fazer reparos "caso a caso", tenha uma conversa com António Costa e o convide a "fazer um exame de consciência" e a avaliar se não se deve demitir e formar novo Governo.

"Este episódio tem de se fechar, ele tem que se livrar disto, tem que haver um basta e partir para outra", disse Pedro Santana Lopes, admitindo que António Costa possa estar a acusar "cansaço" ou "saturação" após sete anos de governação e de uma pandemia.

Entretanto, a oposição não é (ainda) alternativa. O maior partido da oposição, este PSD liderado por Luís Montenegro continua sem descolar dos 25% das intenções de voto. 

E este também é um problema, pois o Chega e o IL têm condições para continuar a "inchar"

Entretanto, "o País vai de carrinho"

Os portugueses têm de saber que País querem no futuro. E vão ter de escolher.

sábado, 21 de janeiro de 2023

Em Portugal ou na França...

... "a receita neoliberal para as pensões", é esta:

"A receita neoliberal para melhorar o sistema de pensões foi imposta aos franceses: aumento da idade da reforma, entre outras medidas. 
Claro que há outras formas de melhorar o sistema, mas isso obrigaria a pôr termo ao sistema económico neoliberal. 
Implicaria executar uma política económica expansionista para criar emprego, acabar com a precariedade no trabalho, aumentar o investimento público na habitação e na rede de creches e infantários, etc. Investir em tudo o que hoje impede as famílias jovens de terem os filhos que desejam. 
Mais contribuintes para a segurança social no imediato (pleno emprego) e a médio prazo (investimento público para apoio às famílias) e aumento da produtividade do trabalho com a reindustrialização do país (salários e contribuições maiores), são políticas que o Estado neoliberal rejeita porque põem em causa o "projecto europeu"
Só nos resta derrubar este regime neoliberal, na rua e nas eleições."

Mais uma época e a queixa é a mesma: todos os anos a lampreia escasseia em Janeiro...

A lampreia escasseia no estuário do Mondego.
Mais uma vez a época da pesca do ciclóstomo começou mal para os pescadores da Cova e Gala. 
Este ano é chuva a mais.

"Umas vezes, é por falta de chuva; outras, é por excesso de água doce. Nos últimos anos, no início da época, raramente se verifica um equilíbrio que permita as lampreias saírem do mar e seguirem viagem para o Rio Mondego, a fim de desovarem, em quantidades que tornem o preço (mais) acessível. 
Este ano, os pescadores do Portinho da Gala queixam-se da falta do ciclóstomo, conjeturando que há excesso de água doce no mar, devido à chuva das últimas semanas, e acumulação de lama na zona marítima, empurrada pelo rio. 
Até ao final desta semana, a unidade da lampreia estava ser vendida na lota da Figueira da Foz por um preço que oscilava entre os 50 e os 60 euros. 
“A pesca da lampreia está mesmo muito má. Não há lampreia. Foi muita água doce que caiu e que foi para o mar e a lampreia estará envolvida naquela água. Enquanto a água doce e a lama não desaparecerem do mar, não haverá lampreia no rio”, sustentou o pescador Domingos Pereira ao DIÁRIO AS BEIRAS."

De novo o PREC*... (continuação...)

(*  ... depois de, em 1974, 1975 e início de 1976, termos tido o Processo Revolucionário em Curso, em 2023 temos em desenvolvimento o Processo da Remodelação em Curso...)

"Investigação aos contratos da autarquia com empresa de Morão foi alargada a março de 2015, quando António Costa ainda era presidente."

António Costa desce do céu ao inferno em nove meses.
"Primeiro-ministro tinha um saldo positivo de 24 pontos no rescaldo da maioria absoluta. Mas a sucessão de escândalos empurra-o para uma avaliação com um saldo negativo de 30 pontos."

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Zeca Pagodinho confirmado no BR Fest a 16 de julho

"O BR Ferst, denominado o maior festival de praia dedicado à música e cultura brasileira em Portugal, contará com a presença, a 16 de julho, de Zeca Pagodinho, um dos maiores nomes do samba e pagode, anunciou hoje a organização."

 

Apesar de todas "as peregrinações" anteriores, a situação no Quinto Molhe continua "IMPRESSIONANTE"... (continuação)

Jot’Alves, na edição de hoje do Diário as Beiras
:
«Peregrinação sem milagre.
Sobretudo nos últimos 10 anos, a Praia da Cova tem sido lugar de peregrinação para políticos e decisores, mas o milagre ainda não aconteceu. Entretanto, as populações junto à costa vivem com o coração nas mãos, temendo que, um dia destes, o mar lhes entre em casa. “Sim, é um local de peregrinação, mas o doutor Luís Montenegro disse que iria estar pelo país, uma semana em cada distrito e está a cumprir. Já é um bom sinal. Espero que aquilo que ele leva desta realidade da costa e dos problemas da economia da Figueira o ajudem a preparar-se para as funções a que se candidata”, ressalvou Santana Lopes. “Conhecendo o doutor Luís Montenegro como conheço, tenho a certeza que vai passar das palavras aos atos”, acrescentou. “Numa altura em que o país tem tantos fundos e há tantos problemas de execução, como é compreensível que o Estado não tenha estas intervenções, aqui, na primeira linha das suas prioridades e que isto não esteja no discurso político de quem decide, de quem comanda, de quem executa? Porque este é um problema das pessoas, do território, do país, da economia”.» 

Nota de rodapé.

António Duarte Silva vai ser nome de marina

Via Diário as Beiras

A região Centro é um caso “estranhíssimo de secundarização no país” pela falta de investimentos públicos, disse Santana Lopes, presidente da Câmara da Figueira da Foz

De novo o PREC*... (continuação...)

 (*  ... depois de, em 1974, 1975 e início de 1976, termos tido o Processo Revolucionário em Curso, em 2023 temos em desenvolvimentoProcesso da Remodelação em Curso...)

Via Diário de Notícias

«Fernando Medina anunciou ontem que pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) para ser ouvido no âmbito do processo que visa a Câmara Municipal de Lisboa, à data em que presidia à autarquia, e que na última terça-feira levou a Polícia Judiciária a fazer buscas nos Paços do Concelho.

Em causa, segundo avançou a TVI/CNN, estão "suspeitas de corrupção, participação económica em negócio e falsificação", com foco numa prestação de serviços contratada em 2015 pela Câmara de Lisboa ao histórico socialista Joaquim Morão.

Fernando Medina diz desconhecer "em absoluto" a investigação em curso e garante que nunca foi contactado para prestar esclarecimentos, neste ou noutros casos envolvendo a autarquia que liderou entre abril de 2015 e outubro de 2021. "Não tenho nenhum conhecimento de nenhuma investigação em curso, nunca fui ouvido, nunca fui chamado a prestar qualquer esclarecimento em nenhum processo de natureza judicial dos vários que têm vindo a público, em especial aquele que agora foi noticiado", afirmou o ministro das Finanças. Em conferência de imprensa, Medina assumiu que foi sua a escolha de Joaquim Morão para integrar uma equipa para coordenar as obras camarárias na cidade de Lisboa (e que integrava também um engenheiro do gabinete do então presidente da autarquia, e um outro engenheiro do departamento de urbanismo), uma contratação feita por "ajuste direto" ao histórico socialista que presidiu às câmaras de Idanha-a-Nova e Castelo Branco. Em defesa desta escolha, Medina sustentou que se tratava de "um dos mais prestigiados autarcas do país", que "desempenhou um bom trabalho" em Lisboa. Já o próprio Joaquim Morão, em nota enviada à Lusa, afirmou-se convicto de não ter praticado "qualquer dos factos ilícitos veiculados pela comunicação social".

Também ontem, em comunicado, a Procuradoria-Geral da República avançou à agência Lusa que o caso que levou às buscas no departamento de Urbanismo da Câmara de Lisboa, na última terça-feira, "não tem arguidos constituídos" e está sujeito a segredo de justiça.»

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

"Cabo Mondego revisitado"


«Assumamos: este é um daqueles momentos em que nos deveríamos mobilizar, como colectivo, para tomar uma decisão sobre o que queremos para o Cabo Mondego, de uma vez por todas, para que não tenhamos um processo semelhante ao do futuro aeroporto de Lisboa, que se diz ser necessário há cerca de 50 anos e não sai das fases de estudo… 
Neste caso, queremos ou não “curar esta ferida”? E como fazê-lo? O que está “em cima da mesa”?»

Um texto de opinião de Pedro Miguel Jorge.
Para ler, clicar aqui.

Apesar de todas "as peregrinações" anteriores, a situação no Quinto Molhe continua "IMPRESSIONANTE"...

Vídeo sacado daqui
Não pude estar presente na "peregrinação" desta manhã ao Quinto Molhe do presidente do PSD. Na qualidade de habitante de uma freguesia das mais afectadas pela erosão costeira, dado que o que está em causa e em risco, é a segurança de pessoas e bens, quero alertar para o seguinte: o momento não está para politiquices. A erosão costeira a sul da barra do Mondego é um assunto muito sério...

Desde 2006 que ando a alertar para o essencial. Por vezes, ao centrar-se a atenção sobre o acessório, perde-se a oportunidade de resolver o essencial...
Recordo o meu saudoso Amigo e Mestre nestas coisas de entender o mar, Manuel Luís Pata: "há muita gente que fala e escreve sobre o mar, sem nunca ter pisado o convés de um navio".
Em 2003, lembro-me bem da sua indignação por um deputado figueirense - no caso o Dr. Pereira da Costa, deputado PSD - haver defendido o que não tinha conhecimentos para defender: "uma obra aberrante, o prolongamento do molhe norte".
Na altura, Manuel Luís Pata escreveu e publicou em jornais, que o Dr. Pereira da Costa prestaria um bom serviço à Figueira se na Assembleia da República tivesse dito apenas: "é urgente que seja feito um estudo de fundo sobre o Porto da Figueira da Foz".

Em vez disso, optou-se por defender o acrescento do molhe norte - e nisso o PSD tem muitas culpas: Duarte Silva, então presidente da câmara foi um acérrimo defensor desta aberração.
Passados estes anos, estamos precisamente como o meu velho Amigo Manuel Luís Pata previu: "as areias depositam-se na enseada de Buarcos, o que reduz a profundidade naquela zona, o que origina que o mar se enrole a partir do Cabo Mondego, tornando mais difícil a navegação na abordagem à nossa barra".
Mais: o aumento do molhe levou, como Manuel Luís Pata também previu, "ao aumento do areal da praia a norte, o que está a levar ao afastamento do mar da vida da Figueira"
E não foi por falta de avisos que foram cometidos tantos erros de planeamento territorial e urbanístico na Figueira da Foz.

Voltando ao saudoso Mestre  Manuel Luís Pata, uma das vozes discordantes do prolongamento do molhe norte que os decisores políticos não ouviram, como ele aliás, sabia. Um dia, já distante, em finais de janeiro de 2008,  confessou-me: "ninguém ouve".
Como, desde 2006, ninguém tem ouvido, espero, tal como o Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, que Luís Montenegro, se chegar algum dia a formar Governo, "passe das palavras aos actos."

"No Município da Figueira da Foz, os anteriores executivos assumiram decisões que vão ter um grande impacto orçamental no futuro, é importante situar essas decisões"...

 Via Diário as Beiras