Imagem via Diário as Beiras
Ao que pode ler-se na edição de hoje do jornal Diário as Beiras, "a formalização do pedido de renúncia de Ricardo Silva à presidência da Concelhia do PSD, apresentado a 3 de novembro, já chegou à Mesa do Plenário, via direcção nacional do partido.
O presidente deste órgão, Paulo Pinto, já iniciou contactos com os vice-presidentes da direcção (Teotónio Cavaco e Carlos Ferreira), para preencher o lugar de líder da estrutura.
Caso os dois vice-presidentes não aceitem, demitem-se e a direcção local fica sem quórum. A confirmar-se este cenário, a Mesa do Plenário dirige o partido e convoca eleições antecipadas, no prazo de 30 dias.
Havendo um vazio na estrutura local, caberá à Distrital do PSD liderar o processo da elaboração da lista de candidatos a deputados, tendo em conta as Eleições Legislativas de 30 de janeiro do próximo ano, sem a pressão da Concelhia figueirense.
O acto eleitoral para a concelhia do PSD Figueira só deverá realizar-se no início de 2022."
Isto é muito jogo. As autárquicas tiveram lugar a 26 de Setembro. Passado praticamente um mês e meio, o PSD Figueira continua no impasse. Ricardo Silva acabou por demitir-se.
Porém, continua ainda a marcar o ritmo da vida interna do partido a nível local. Henrique Carmona, dirigente partidário e proponente de uma das moções, disse ao Diário as Beiras de hoje, que está “à espera que os vice-presidentes respondam ao convite".
Registe-se: "o partido terá de articular a sua acção política com Ricardo Silva, já que este, apesar de se ter afastado da liderança da Concelhia, passando à condição de militante de base, é vereador. O autarca ocupa o cargo na sequência da renúncia ao mandato por parte do candidato à câmara, Pedro Machado.
Além de ser o único do partido, é o vereador que faz de fiel da balança, uma vez que o FAP e o PS têm o mesmo número de elementos na vereação".
Se ela existe, fica por saber qual é a verdadeira motivação e o objectivo, deste atraso no processo de substituição do líder da concelhia. Ricardo Silva, poderia ter optado pela agilização do processo da sua substituição, mas preferiu outra opção.
O PSD Figueira vai continuar a viver por mais uns meses um período de indefinição táctica, que não será bom para o tempo que está a viver, que poderá ser (ou não) de oposição.
Como sabemos, a oposição também se prepara, se o objectivo for ganhar respeitabilidade junto do eleitorado.
Todavia, estará o PSD Figueira interessado em ser uma oposição firme e responsável ao executivo camarário liderado por Pedro Santana Lopes? Ou o seu objectivo é ser uma força partidária colaboracionista?
Por isso, seria mais interessante e produtivo para o concelho essa rápida definição táctica.
O PSD Figueira não poder continuar indefinadamente a perder tempo a brincar às guerrinhas internas, como aconteceu no mandato autárquico 2017/2021.
Tendo em vista os interesses do concelho da Figueira da Foz, a clarificação rápida e clara no PSD local é urgente e necessária.
Para os militantes do PSD, em particular; e para os figueirenses que se interessam pela gestão da polis, em geral.