segunda-feira, 30 de abril de 2018

Visto isto deste modo, acho que, na Figueira, não tens safa alguma...

"Chegámos à Associated Press (AP), agência de notícias internacional, cujos proprietários são os jornais e estações de rádio e televisão norte-americanas que contribuem para a Associated Press. As notícias da AP são usadas em 1700 jornais, e mais de cinco mil estações de rádio e televisão servindo cerca de 120 países. Vamos andar por ai", escreveu o Pedro na sua página do facebook...
Contudo, na Figueira...
Santos de casa não fazem milagres...

Navegabilidade na barra

Clube Náutico da Figueira da Foz: “estamos preocupados com o volume de tantos estudos, de tantas promessas, de tanta falta de responsabilidade política”.
O CNAFF, que faz da náutica de recreio a sua principal actividade, sobre a navegabilidade local, lamenta que há cinco meses, mais precisamente desde o dia 2 de dezembro de 2017, que não tem conseguido realizar qualquer actividade desportiva na baia oceânica.
Segundo Miguel Amaral, o principal motivo que levou a esta situação prende-se com as condições da barra cuja navegabilidade esteve condicionada dezena de vezes ao longo desse período.
Recorda o director do CNAFF que “em 1966 foram edificados os molhes do porto da Figueira da Foz, completando este ano 52 anos. Desde esse período, até aos dias de hoje, foram gastos do erário publico milhões e milhões de euros e chegámos ao momento actual, com a promessa de caixas de retenção, armadilhas, dragagens continuas, by pass, etc)”.
“Para nós, que tal como o sector da pesca e o sector comercial, faz do acesso ao porto o seu quotidiano, não nos parece, que nem a curto nem a médio prazo essas soluções possam ser as mais viáveis e corremos sérios riscos de futuramente o porto da Figueira da Foz deixar de ser competitivo e ser a «debandada geral»”, adianta ainda o responsável.
Em nome do clube que comemora o seu 34.º aniverário, Miguel Amaral diz estar “preocupado com o volume de tantos estudos, de tantas promessas, de tanta falta de responsabilidade política que nos leva forçosamente a chegar a esta conclusão: eng. António Artur Baldaque da Silva ano de 1914 (porto ou molhe oceânico) embocadura do Cabo Mondego. «O visionário, o homem da razão»”.

Em tempo.
Recordo uma postagem publicada neste blogue em sexta-feira, 11 de abril de 2008.
Entretanto, apesar de algumas  vozes discordantes – principalmente de homens ligados e conhecedores do mar e da barra da Figueira – foi concluído o prolongamento do molhe norte.
Os resultados, infelizmente, estão à vista.
A barra da Figueira está assim por vontade dos homens.

Ricardo Silva, o novo presidente da concelhia do PSD/Figueira



Via Figueira tv

Em tempo.
Pergunta - Como é que vai gerir a vereação, com Carlos Tenreiro a dizer que não é adepto da disciplina de voto e Miguel Babo sem abdicar da sua independência de esquerda e, não raras vezes, sem sintonia na hora de votar? 
Resposta - Quem coordena a estratégia política é a Concelhia. Todas as propostas apresentadas na reunião e a estratégia a seguir terão de ser [previamente] submetidas à direção da Concelhia. 
Pergunta - Vai recandidatar-se, daqui a dois anos? 
Resposta - Obviamente que sim. O objectivo é ganhar as eleições em 2021.

Tá óptimo...

"Agora dá... 
O Senhor Presidente da Câmara, Doutor João Ataíde, já se juntou à causa..." E eu?...
Para além dos mais de 25 anos que passei como dirigente do Grupo Desportivo Cova-Gala, tenho feito o que posso, desde há muitos anos...
Vou recuar até Maio de 2007, para recordar algo do muito que escrevi sobre O Desporto em São Pedro.




"A prática do desporto não se esgota no resultado da competição desportiva e nem este constitui a sua principal finalidade.
A democratização da prática desportiva, através de um projecto concertado e desenvolvido pelas Colectividades e pela autarquia, a promoção de um Plano de Desenvolvimento Desportivo para a nossa Terra, há muito que deveria ser uma realidade.
O apoio às Colectividades, respeitando a sua autonomia e propondo a celebração de protocolos específicos, no âmbito da utilização dos seus espaços, deveria ser um processo com um programa com regras claras e transparentes e não baseado em critérios de troca de favores políticos e outras conveniências...
O associativismo na nossa Terra, nas suas múltiplas formas e funções, poderia também servir para uma melhor integração na comunidade dos novos habitantes que continuam a escolher São Pedro para viver todo o ano.

Um planeamento das instalações e equipamentos desportivos a implantar em São Pedro, deveria obedecer a um plano que tivesse em linha de conta as prioridades dos moradores e das Colectividades locais, nomeadamente o Grupo Desportivo Cova-Gala, que é quem ao longo de 40 anos já deu provas mais do que suficientes na matéria..

Quem manda politicamente em São Pedro, tem tido uma interpretação e uma filosofia contrária: resolve os problemas dos equipamentos desportivos e do associativismo local casuisticamente e ao sabor de interesses pontuais. Veja-se: 1. houve planeamento, tendo em conta o interesse geral da Freguesia e dos seus habitantes, nas intervenções no Clube Mocidade Covense e no Desportivo Clube Marítimo da Gala?
2. houve planeamento, tendo em conta o interesse geral da Freguesia e dos seus habitantes, na implantação do “sintético da Praia da Cova”?
3. houve planeamento, tendo em conta o interesse geral da Freguesia e dos seus habitantes, na implantação do “sintético” do Parque das Merendas?
As perguntas ficam.
Se alguém quiser que responda. Certezas, há pelo menos uma: dinheiro não falta."

A sorte dá muiito trabalho

Uma das qualidades que mais aprecio nas pessoas é o seu recato. 
Abomino aquelas que gostam de dar nas vistas sob qualquer forma. 
O valor, o mérito, o talento e a simpatia ressaltam por si próprios.
Dou um valor enorme a essa faceta do carácter de cada um.

O Pedro Agostinho Cruz, que eu conheço como ninguém, é um jovem que tem feito uma carreira a pulso.
Como disse um dia, já lão vão quase 9 anos, o Fernando Campos, o Pedro, "ao contrário do que é típico na sua idade (tinha apenas 22 anos na altura, em agosto de 2009) não é (continua a ser...) daqueles que descobriram a pólvora seca das verdades insofismáveis; gosta mais de ouvir (e observar) do que de falar. O Pedro é um andarilho e, sobretudo, um observador incansável.
No seu olhar silencioso e perscrutador há algo que o distingue de um mero fotógrafo competente, algo intangível e difícil de descrever: uma sensibilidade poética; ou seja, aquilo que o torna capaz de, com enquadramentos ousados e um sentido da composição notável, transformar o mais banal retrato do quotidiano numa imagem carregada de sentido(s)."
É assim que o Pedro continua a ser e tem de continuar a ser. 
Ser bom profissional e competente dá muito trabalho.
Quantas e quantas noites não saiste de casa às 4 da manhã para estares na Nazaré bem cedinho!..
Parabéns Pedro.

domingo, 29 de abril de 2018

Surfista brasileiro bateu o recorde de Garrett McNamara alcançado em 2011 e o momento foi captado por um fotojornalista figueirense

Foi em pleno Outono de 2017, a 8 de Novembro, na Nazaré que Rodrigo Koxa, um surfista brasileiro de São Paulo, entrou no mar na Nazaré, sem saber que meses mais tarde estaria nas bocas do mundo por surfar a maior onda do ano. O prémio foi anunciado no sábado, pela Liga Mundial de Surf (World Surf League, em inglês, ou WSL), numa cerimónia na Califórnia. Não foi só a maior onda de 2017. Foi também a maior de sempre a ser surfada. O recorde mundial muda assim de mãos. O que se mantém constante é local: Praia do Norte, Nazaré. Portugal.
A foto é do fotojornalista  Pedro Agostinho Cruz.

aF297

Via o sítio dos desenhos

sábado, 28 de abril de 2018

Liberdade com perfume de "Hotel Mercury" (Grande Hotel)...

Fotos sacadas daqui
Foi há 3 dias?
Não, 25 de Abril, aqui, é também hoje. 
Quero que seja amanhã também. 
E depois. E depois. E depois...
Quero que seja todos os dias.
Temos de saber honrar e dar valor ao valor único da Liberdade
Liberdade, não apenas a palavra...
Mas, Liberdade como postura de vida, de pensamento, de acção, de recusa da inacção. 
Saibamos viver em liberdade, com Liberdade.
Honrando a palavra e o seu ilimitado sentido de Liberdade.

Em tempo.
Depois de 44 anos de democracia,  constatamos que elegemos demasiada gente sem qualidade para nos governar.
Deixámos que os partidos, supostamente democráticos, se tornassem em focos de clientelismo que instalaram no poder gente sobretudo movida pelo seu interesse próprio, em detrimento do interesse público. 
A revolução foi bonita, essencial mesmo, para abrir as portas da Liberdade.
Só que, depois do 25 de Abril de 1974 faltou a verdadeira revolução: a dos costumes, a de uma cultura verdadeiramente democrática, a de uma sociedade que se conduz e que evolui impulsionada pelo mérito, não pela cunha, pelo amiguismo, pelo cartão do partido. 

Dr. Carlos Tenreiro apanhado pelas voltinhas da história...

Vou citar o Dr. Carlos Tenreiro.
"Em boa hora Brenha foi relembrada e convocada para o palco das referidas comemorações. 
A exemplo do que foi feito em relação à freguesia de Buarcos e S.Julião, também a Assembleia de Freguesia de Alhadas podia tomar a iniciativa de integrar Brenha na sua denominação como forma de perpetuar o nome daquela extinta freguesia. Fica aqui a sugestão."

Será que o vereador Dr. Carlos Tenreiro, neste assunto que envolve algum melindre para os Partidos, ainda se lembra daquilo que aconteceu em 2012?
Recorde-se: Miguel Almeida, com a colaboração do Movimento 100% e o alheamento do PS, impôs às freguesias figueirenses, não uma reforma político-administrativa, mas, apenas um conjunto de alterações avulsas, coercivas e apressadamente gizadas, feitas  à medida do chamado plano de reajustamento, ou Memorando de Entendimento (ME), celebrado pelo estado português sob a batuta do governo socialista de Sócrates com a Troika (FMI, CE e BCE), e com o acordo do PSD e CDS-PP.
Não sou  defensor  de que tudo, nomeadamente no que concerne às organizações humanas, é eterno.
Daí, encarar como perfeitamente natural reformas dos sistemas político-administrativos. Contudo, essas reformas têm de assentar em estudos fundamentados e tendo em conta a realidade.
Reformas político-administrativas coerentes e sérias, só se justificam quando ocorrem três condições fundamentais: necessidade comprovada de reforma (através do resultado de trabalhos científicos, do debate e acção política e de comparações/imposições internacionais), existência de tempo e de recursos para promover a reforma mais adequada às circunstâncias e, finalmente, vontade de promover a reforma por uma via democrática no referencial constitucional em vigor.
Em 2012, creio que não será estultícia apontar, que não se verificou nenhuma das três condições formuladas (salvo a imposição da Troika, que não é coisa pouca).

Aceito que há sempre o momento para pormos em causa tudo o que até aqui fizemos. 
Uma altura para fazermos um balanço, de preferência, o mais desapaixonadamente possível. 
Ponderar tudo que ocorreu, para sabermos como estamos e como aqui chegámos. 
Não falo de arrependimentos, mas de olhar a vida de frente.

Ricardo Silva quer um concelho com "estratégia"...

Ricardo Silva
"PSD avança com Gabinete Autárquico Concelhio e pensa em “alternativa política sólida” para 2021".

Ao iniciar um novo ciclo político, liderado por Ricardo Silva, “o Partido Social Democrata da Figueira da Foz constata que o concelho da Figueira da Foz está sem estratégia e sem um plano de desenvolvimento para o futuro dos seus cidadãos e empresas”.
“É obrigação do PSD desenvolver e apresentar essa estratégia, fruto de um trabalho que agora iniciamos, para que as nossas propostas não só sejam realistas, como inovadoras e sustentáveis, evitando-se assim que se cometam erros de análise e, de execução como no passado e no presente”, lê-se em comunicado a que este blogue teve acesso via Figueira na Hora.

"Violência contra civis indefesos, aprovada por Paris, Londres e Washington"

Ler aqui.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

No país das surpresas e da ocorrência do improvável... E da falta de vergonha, também...

Democracia, como o que se passa em 2018 em Portugal prova,  é um sistema que garante que nós não seremos governados melhor do que merecemos...
Não me venham dizer que os povos não têm culpa das decisões dos seus dirigentes. 
Essa desculpa vale em ditadura, não em democracia...
Quem é que permitiu que a democracia portuguesa fosse fundada por um homem?

A calma do presidente Ataíde!..

"Condeixa: Semana do cabrito motiva candidatura para mercado de gado".

Em tempo.
Calma, é a capacidade de levantar a sobrancelha em vez da voz...

O caso do Posto Médico da Marinha das Ondas...

Foto de António Agostinho
Recorde-se: em 28 de Abril de 2016, uma quinta-feira, na Marinha das Ondas, os sinos tocaram a rebate, a população juntou-se junto ao posto de saúde e as palavras de ordem eram “queremos o nosso posto de saúde”
Os receios dos marinhenses tinham a ver com o pedido de mudança de um médico para Lavos e a possível transição dos utentes, apesar do director executivo do ACES Baixo Mondego, António Morais, ter garantido, na segunda-feira anterior de que o médico iria ser «substituído no mesmo dia», por uma outra profissional. Todavia, a população diz que foi «coagida» pela funcionária do posto, a assinar um documento, a dizer que queriam permanecer no posto de saúde da Marinha das Ondas. E que «quem não se manifestasse, seria automaticamente transferido», explicou Manuel Caiano, da Junta de Freguesia, adiantando que «há muita gente que só vem de vez em quando ao médico e quando derem conta, já estão em Lavos»."


Em 2018, no dia 19 de Março, praticamente dois anos passados, na segunda reuniãoRicardo Silva, vereador PSD,  deixou a ideia que “talvez a falta de motivação” e “inoperância” do presidente da Junta da Marinha das Ondas, Manuel Rodrigues Nada (PS), em relação à defesa do posto médico daquela freguesia “se deva ao facto do Município da Figueira da Foz ter procedido à contratação da sua filha”
O argumento do autarca da oposição caiu mal no executivo camarário socialista, que saiu em defesa de Rodrigues Nada. “Esta insinuação é torpe. Isto não tem pés nem cabeça. Esta é uma insinuação grave”, argumentou o presidente da câmara, João Ataíde. O vice-presidente da autarquia, Carlos Monteiro, por seu lado, afiançou que “o ataque não foi ao presidente da Marinha das Ondas, foi ao júri”
Por sua vez, Rodrigues Nada,  em declarações ao jornal AS BEIRAS, disse que “Ricardo Silva não percebe nada disto, anda completamente à nora e à procura de protagonismo político”.
Esta, porém, não foi a primeira vez que os socialdemocratas, que neste caso sabem do que falam, se pronunciaram sobre contratações de familiares de autarcas socialistas. 
Anteriormente, numa sessão da Assembleia Municipal, Tiago Cadima aludiu à contratação da filha do presidente daquele órgão autárquico, José Duarte, para secretariar a vereação da maioria, e do sobrinho de João Ataíde, um arquicteto que saíu da Universidade especializado no património edificado do Cabo Mondego...

Hoje, via AS BEIRAS (EDIÇÃO, 27.4.2018), li o seguinte.
Registe-se: esta solução não estava prevista nas 100 medidas com que o então candidato João Ataíde se apresentou ao eleitorado em outubro passado...
Moral desta estória, se esta estória, porventura, tivesse moral...
Quem luta contra a corrente, nem sempre morre electrocutado!

Um artigo para a posteridade


"É desta forma deslumbrada, entusiasmada e esperançada que, ontem no Público, Francisco Assis celebra e homenageia os dois artigos recentes de Augusto Santos Silva no mesmo jornal."

Vem aí Congresso do PS?

"A picture is worth a thousand words"...

25 de Abril de 2018!

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Deputada Ana Oliveira questiona Ministro do Ambiente sobre a erosão costeira e a barra da Figueira da Foz

"Na passada terça feira questionei, novamente, o Sr. Ministro do Ambiente sobre a situação gravíssima que o concelho da Figueira da Foz atravessa devido à erosão costeira. Relembrei o Sr. Ministro da insegurança que existe nas populações a sul do concelho com o mar cada vez mais próximo das suas habitações, além de relembrar os vários acidentes mortais que já ocorreram na barra do Porto da Figueira da Foz, fazendo dela uma das barras mais perigosas do país. 
A Figueira da Foz apresenta uma verdadeira tragédia ambiental e não pode esperar mais... urge uma solução imediata e de longo prazo!
O Sr. Ministro diz que conhece bem o problema e que o está acompanhar mas, mais uma vez, desvalorizou o problema, o que é um comportamento gravíssimo! Aliás, o Sr. Ministro esteve no início do ano na zona sul do concelho e diz que “nunca na vida viu uma tragédia ambiental. Tragédia ambiental será certamente um exagero”
Perante uma resposta destas, do qual estou profundamente indignada, só me ocorre uma pergunta... Já morreram 11 pessoas à entrada da Barra da Figueira da Foz, para o Sr. Ministro isto não é uma tragédia?"
Ana Oliveira, deputada figueirense na AR, eleita na lista do PSD por Coimbra.
Para ver e ouvir a intervenção da deputada figueirense, clicar aqui

Passado. Para sempre

«Antes do 25 de Abril de 1974, a minha escola tinha um muro que separava rapazes de raparigas.

Antes do 25 de Abril de 1974, o meu pai confinava as críticas ao regime e ao pouco que a vida nos dava, às paredes da casa.

Antes do 25 de Abril de 1974, a minha mãe inibia-se de pintar as unhas, sinal de exterior de uma mulher putativamente devassa.

Antes do 25 de Abril de 1974, um tio fugiu para escapar à guerra colonial. Outros fugiram simplesmente para ir à procura de uma vida melhor.

Antes do 25 de Abril de 1974, o meu avô, galego marcado pela guerra civil espanhola, indignava-se com a guerra colonial portuguesa e questionava: porque não lhes dão a independência.

Vale a pena lembrar sempre o 25 de Abril de 1974, "por muito repetitivo que pareça", como sublinhou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, porque ele ofereceu a todos o bem mais valioso para a construção de uma sociedade, a liberdade. A liberdade política, a social, a religiosa, de expressão e económica.

Aquilo que hoje parece um dado adquirido não o é. Foi por isso que na Assembleia da República alertou para os perigos do messianismo e defendeu a necessidade de renovação do sistema político. "A permanente proximidade aos cidadãos e aos seus problemas é essencial para evitar fenómenos de lassidão" disse o Presidente, acrescentando que é preciso combater o cepticismo em relação aos partidos que pode ser usado por "tentações perigosas de apoios populistas, ilusões sebastianistas, messiânicas e providenciais".

Basta olhar para os populismos preconceituosos que crescem na Europa (sem esquecer as ditaduras que habitam noutros continentes), para concluir que os alertas presidenciais não são apenas retóricos.

A memória é decisiva para construir um país melhor, orientado pelo farol das liberdades. É por isso, por muito repetitivo que pareça, que o 25 de Abril de 1974, deve estar sempre presente. Para que as escolas com muro, o condicionamento industrial ou a censura sejam parte do passado. Para sempre.»

Celso Filipe