“Poucos anos depois da criação da ACIFF (1835), Henriques Seco,
lente de Coimbra, inscreveu como factores do progresso da Figueira da Foz a existência do
porto, a fácil comunicação com o interior (através do rio), o génio dos seus
habitantes, o afluxo de banhistas e o comércio do sal, do carvão, vinhos,
cereais e frutas das beiras.
O que mudou desde então para hoje?” - citei o vereador António Tavares.
Assim, de repente, olhando para o presente, apetece
responder que mudou quase tudo…
E, na Figueira, para pior.
Porém, a memória é quase sempre um lugar escorregadio.
O passado, traz à memória poeiras sopradas pelos ventos. Podem ser simples constatações, ou verdades.
O passado, traz à memória poeiras sopradas pelos ventos. Podem ser simples constatações, ou verdades.
O tempo, essa coisa que estraga os corpos e as mentes, é inflexível para todos nós.
Eu sei que o consensual era isto: caminhar despreocupadamente a olhar para o paraíso em que este executivo transformou a Figueira em apenas quase 6 anos...
Eu sei que o consensual era isto: caminhar despreocupadamente a olhar para o paraíso em que este executivo transformou a Figueira em apenas quase 6 anos...
Contudo, a meu ver, o importante é respirar – sobretudo, a saudade do futuro, apesar do passado recente e do presente que esburaca
o meu optimismo.
Por isso, do que depender de mim, não vou permitir alienações que me roubem o horizonte – que é o futuro.
E, pelo menos no meu futuro não cabe este passado recente, protagonizado pelo vereador Tavares e a equipa de que faz parte.Modéstia à parte, a minha memória está cada vez melhor.
Ou é isso, ou ando-me a esquecer de me esquecer.
Em tempo.
Para aquelas pessoas que, porventura, achem que a minha memória não conta para nada, eu acho que elas é que deixaram de ter interesse...