terça-feira, 26 de maio de 2015

A memória e o interesse

“Poucos anos depois da criação da ACIFF (1835), Henriques Seco, lente de Coimbra, inscreveu como factores do  progresso da Figueira da Foz a existência do porto, a fácil comunicação com o interior (através do rio), o génio dos seus habitantes, o afluxo de banhistas e o comércio do sal, do carvão, vinhos, cereais e frutas das beiras.
O que mudou desde então para hoje?”  - citei o vereador António Tavares.

Assim, de repente, olhando para o presente, apetece responder que mudou quase tudo…
E, na Figueira, para pior.
Porém, a memória é quase sempre um lugar escorregadio. 
O passado,  traz à memória poeiras sopradas pelos ventos. Podem ser simples constatações, ou verdades.
O tempo, essa coisa que estraga os corpos e as mentes, é inflexível para todos nós.
Eu sei que o consensual era isto: caminhar despreocupadamente a olhar para  o paraíso em  que este executivo transformou a Figueira em apenas quase 6 anos...
Contudo, a meu ver, o importante é respirar – sobretudo,  a saudade do futuro, apesar do passado recente e do presente que esburaca o meu optimismo.
Por isso, do que depender de mim, não vou permitir alienações que me roubem o  horizonte – que é o futuro.
E, pelo menos no meu  futuro não cabe este passado recente, protagonizado pelo vereador Tavares e a equipa de que faz parte.
Modéstia à parte, a minha memória está cada vez melhor. 
Ou é isso, ou ando-me a esquecer de me esquecer.

Em tempo.
Para aquelas pessoas que, porventura, achem que a minha memória não conta para nada, eu acho que elas é que deixaram de ter interesse...

Carlos Costa…

Cito o Económico.
 “O Governo já convidou o Governador do Banco de Portugal a manter-se para mais um mandato. Carlos Costa aceitou”.
Carlos Costa, o regulador preferido dos que deveriam ser  regulados, pois é o que menos regula

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Figueira, um concelho em processo de renaturalização?..

Esta foto de António Agostinho, dá conta do abandono a que está votado o Cabedelo. Mais fotos aqui
Por brincadeira, diz-se pela Figueira que já tivemos a carraça das Abadias, a pulga da praia (outrora da Claridade, agora da Calamidade) e, neste momento, temos, em pleno processo de evolução, o caruncho do Cabedelo.
Esta Câmara faz lembrar aqueles miúdos, com um cheirinho a atraso, mas que ainda não podem ser considerados deficientes. Contudo, tal como com aqueles miúdos, vê-se – mesmo  olhando de longe - que não está tudo bem por aqueles lados…
Antes de publicar esta postagem mostrei as fotos a  alguém… Arregalou os olhos até ao excesso e disse apenas:  “não percebo!”
Nem eu, confesso. Tanto mais,  que o gabinete de agitação e propaganda da nossa autarquia, reconhece que “do rico património natural existente é de realçar os 12 km de praias de “finas areias”, onde pode apreciar a inconstância do rebentar das ondas espumosas e salgadas do Atlântico. Na sua maioria, com águas de “qualidade ouro”, reconhecidas pela chancela europeia da “Bandeira Azul”, estas praias fazem do concelho um destino de praia por excelência e são um convite ao lazer, a longas caminhadas à beira de água, mas também ao repouso ao sol.”
Figueira,  um concelho em  processo de renaturalização, ou uma cidade que tem um poço de petróleo  – as suas praias – e o está a deixar arder por incompetência?...
Do alto da experiência dos meus mais de 60 anos,  já ouvi falar da velhice e da morte e dessas coisas todas…
No entanto,  no que me diz respeito, continuo a acreditar que tudo  não passa de rumores…
Espero que os políticos figueirenses tenham mais noção da realidade do que eu.

Farturinha pré-eleitoral…

“Ministro da Defesa anuncia 6.088 promoções nas Forças Armadas”

O meu problema com os políticos é sempre o mesmo: é aquela parte de acertar na maneira de como eu e eles olhamos para a realidade...

"O Porto da Figueira da Foz volta a bater recordes e é inegável a sua importância para o desenvolvimento da economia local e regional. O papel que o porto desempenha na movimentação de carga, facilitando o escoamento de bens produzidos no concelho e contribuindo para o valor das exportações concelhias deve ser cada vez mais realçado. A movimentação de mercadorias no primeiro trimestre deste ano aumentou 17,5% em relação ao período homologo, constituindo assim o melhor trimestre de sempre. Estes bons resultados são fruto de uma comunidade portuária cada vez mais empenhada no crescimento desta infraestrutura portuária e na afirmação, cada vez mais consolidada, do Porto da Figueira no panorama nacional. O porto figueirense é um dos poucos portos nacionais que tem uma balança comercial positiva, ou seja, em que o valor das exportações supera o das importações. Com efeito, cerca de 60% da carga transacionada no porto tem como destino o estrangeiro, valor muito significativo e animador. Estes números são o reflexo de um crescimento do principal cliente do porto, a fileira da pasta e do papel, mas também de um aumento das exportações de outras empresas da região, que utilizam o porto da foz do Mondego como porta de saída para o mundo. É por isso vital para o concelho saber utilizar esta enorme vantagem competitiva, para captar mais investimento. Apesar desta superação de objectivos o porto continua a lutar com dificuldades no que respeita às dragagens, que durante o ano passado constituiu uma enorme dificuldade para actividade portuária e um gigantesco risco para a frota pesqueira. Esperemos que a nova administração do porto, consiga ultrapassar essas dificuldades." 

Em tempo.
"Porto seguro", é o título desta crónica de Miguel Almeida.
Entretanto, pelo caminho, vão ficando as pessoas que vão morrendo nos acidentes marítimos à entrada da barra. Mas, isso, é só um pormenor que preocupa alguns patetas como eu. O importante são os números dos recordes das toneladas.
Enfim, estamos a viver um momento em que quase apetece arrumar as botas, que a razão já tem pouco a ver com o que se passa e vai continuar a passar nesta bela cidade da Figueira da Foz, em particular, e no país, em geral. 
Mas, tenhamos um restinho de esperança: um dia ainda hão-de ser de forma genuína as pessoas a contar.

Honestidade!..

Maria Luís Albuquerque: "é honesto dizer aos portugueses que vai ser preciso fazer alguma coisa sobre as pensões para garantir a sustentabilidade da Segurança Social. E essa alguma coisa pode passar, se for essa a opção, por alguma redução mesmo nos actuais pensionistas. Se isso for uma distribuição mais equilibrada e razoável do esforço que tem de ser distribuído entre todos, actuais pensionistas, futuros pensionistas, jovens a chegar ao mercado de trabalho, se essa for a solução que garante um melhor equilíbrio na distribuição desse esforço, é aí que nos devemos focar".

Em tempo.
E é honesto avisar os que dentro de cerca de 4 meses vão votar para escolher um governo e um primeiro-ministro para os próximos 4 anos, que quem optar pelo partido da senhora ministra, vai lixar, mais uma vez, os gajos e as gajas que trabalham, trabalharam ou venham a trabalhar em Portugal, e que não chegarem a ministros.
Será a esses, aos que trabalham, trabalharam ou venham a trabalhar em Portugal, e que não chegarem a ministros, que se cortarão ainda mais os salários, que se cortarão ainda mais as pensões, que se aumentarão ainda mais os impostos.
Por fim, por falta de dinheiro - a opção terá de ser feita, ainda mais, entre comer e os remédios para as maleitas... - tira-se-lhes o acesso aos medicamentos, na esperança de que morram rapidamente e assim aliviem os encargos sociais.
Não se esqueçam que a crise pode estar dentro das nossas cabeças...

Algo de novo: PDR coloca "Portugal à gargalhada"!..

Os ânimos exaltaram-se, Marinho Pinto mandou suspender as votações e falou de um "assalto" ao partido por uma "multidão de uma confissão religiosa".
“Vieram de autocarro, gente que não estava inscrita, roubaram fichas que estavam aqui espalhadas pelos balcões e puseram-se na fila para votar. Tínhamos molhadas de papéis em cima da mesa que desapareceram de repente”, explica, a olhar para todos os lados, e sem querer que o seu nome fosse citado.
“Foi a seguir ao almoço. Eram hordas da Igreja Maná”, continua, assertivo. Mas de repente cala-se. Um grupo de três pessoas que estava ali perto, chega-se ao balcão e pergunta: “Está tudo bem? Estão a olhar torto para nós? Pagamos impostos, temos os nossos direitos”, fala a rapariga loira, para logo desaparecer de vista.
“Está a ver? São estes. Todos brasileiros”, murmura o homem. E depois justifica a aparente falta de organização: “Somos um partido novo, estavam aqui as coisas todas à vista, as caixas, e olhe, agora está tudo cancelado”. Ri-se, meio nervoso, enquanto atende uma outra senhora que se dirige ao balcão: “Não é aqui que existe uma exposição de quadros?”
Não. Aqui, no Fórum Lisboa, decorre a primeira Assembleia de Filiados do Partido Democrático Republicano, que de manhã havia eleito, sem margem para dúvidas, Marinho Pinto como presidente. 494 votos a favor, 7 votos em branco, 3 nulos e zero votos contra.
Alexandre Almeida, antigo militante do MPT (Partido da Terra), que elegeu Marinho Pinto como deputado ao parlamento europeu, decidiu apresentar uma lista concorrente ao conselho nacional do partido. Pouco tempo antes de as votações se iniciarem, começaram a aparecer várias pessoas que se inscreveram e receberam uma credencial. Dirigiram-se então para as mesas de voto.

E esta é a segunda versão do que aconteceu, pela voz de Alexandre Almeida e Luciana Almeida, mulher do candidato. “Eu sou aqui o palhaço de serviço”, disse logo assim de rajada o antigo companheiro de partido de Marinho Pinto. “Apresentei uma lista ao conselho nacional, íamos ter uma excelente votação. Quando perceberam que a coisa não estava a correr bem…” Luciana interrompe. “Ele falou de uma cambada de brasileiros de uma determinada religião. Mas eu tenho de dizer qual é a minha religião para votar? Sou filiada desde 20 de Janeiro.” Luciana é brasileira e trouxe familiares e amigos que se inscreveram para votar.
Mas autocarros, não. “Eu vim de autocarro, mas de autocarro da Carris, que sou aqui de Lisboa”, diz Alexandre Almeida.
Perante a quantidade de pessoas que se juntava às filas para votar, e alegando a estranheza de tantas caras que nunca ninguém do partido tinha visto, Marinho Pinto foi avisado. Imediatamente saiu de dentro da sala do Fórum Lisboa. “Vieram avisar-me e eu vim ver. Fui ao serviço e disse «parem aqui a votação», dirigi-me à presidente da mesa e mandei suspender”, conta ao Observador.
Marinho Pinto é, a partir de ontem, o presidente do Partido Democrático Republicano. 
Um partido com um presidente, sem conselho nacional e com uma confusão de filiados.

domingo, 24 de maio de 2015

E que tal perguntar aos interessados?..

João Damasceno, o presidente da ACIFF, na oportunidade, perante  António Tavares, vice-presidente da câmara,  e o ministro Poiares Maduro, defendeu a necessidade que a Figueira Foz tem de se se preparar para responder aos desafios que a região, o país e a Europa lhe colocam. Um desses reptos tem a ver com os refugiados, advogando que a cidade se posicione para recebê-los, tal como fez durante a II Guerra Mundial.
Falta saber:  quando os refugiados souberem o que é Portugal e a Figueira, será que quererão vir para cá?..

Fatalismo?..

Ser inteligente é ser um desgraçado. O imbecil é feliz. 
Mas o animal também. 

Vergílio Ferreira

Em tempo:


Quem é (mesmo) Passos Coelho?

O país político - sobretudo certa comunicação social - passados quase 4 anos, parece continuar  deslumbrado com Pedro Passos Coelho.
As televisões, certos blogues, as rádios e os jornais continuam a tentar dar a parecer que o homem é um aluno bem comportado, muito asseado e com a lição desmesuradamente estudada.
Ele tenta colaborar: continua a falar sem mexer um músculo que seja. Porventura, continua a achar que a maioria dos portugueses esperam dele grandes feitos e obras!
Sem  ter feito os ditos feitos e obras de que tanto se gaba - tanta eficiência, tanta eficácia, tanto deslumbre!..  -  espero estar cá para ver  o que acham os portugueses,  em Outubro próximo, de Pedro Passos Coelho: um homem que não dá conselhos e  a quem  já não contam uma boa piada há mais de 20 anos!..
Por mim falo: não tenho expectativas deste governo, desta maioria e do maior partido da oposição.
O neoliberalismo vai continuar a  avançar por cima dos cadáveres consumidos pelo passar do tempo, pela mágoa da injustiça e com a  indiferença  do fútil social em que vivemos.
E tudo vai acontecer a uma velocidade tal, que os fracos de espírito,  ou os camaleões, não vão conseguir suportar. Vão acabar por desesperar e por morrer politicamente,  desconexos do meio, abandonados  na valeta do esquecimento.
Em Outubro iremos constatar o óbvio.

Pela boca morrem alguns peixes

A foto acima foi obtida pelo bloguista a partir da zona do farol do molhe sul, num dia de vento e ondas. 
Neste local, onde até os pensamentos têm cor, podemos encontrar a verdadeira e própria liberdade.
São os solitários, os poetas, os que precisam do mar, das ondas e do seu som, para que os seus pensamentos vão com elas e caminhem pela liberdade dos grandes e amplos espaços.
Quem, como eu, gosta de coisas simples e de borla, fazer uma caminhada pelo paredão do molhe sul do estuário do Mondego, é ir ao encontro de um mar limpo e fresco. Caminhando obrigatoriamente para poente, chega-se junto ao farol que sinaliza a ponta do molhe - aí, o mar já se esqueceu do rio e encontrou a sua vocação atlântica. 
Entretanto, mesmo por muito distraído que se seja, percorrendo aqueles cerca de 900 metros, contados a partir do Parque de Campismo do Cabedelo, damos conta que existem dezenas de pescadores desportivos. Dá também para observar facilmente que alguns - poucos - peixes morrem pela boca, no anzol das canas dos pescadores. 
Um dia destes, naquela muralha artificial, de cimento e pedras, que entra pelo mar dentro e que serve também para separar o rio do mar, e a que chamam molhe sul, um peixe em agonia, atirado para cima da superfície rugosa e imperfeita do piso do molhe por um pescador, quase que parecia que me queria atacar os pés. 
Ultrapassado o percalço, prossigo, determinado e firme, a caminhada pelo molhe em direcção a poente, rumo ao farol, no local onde as ondas embatem nas pedras com violência, como se dissessem ao paredão que, dado o barulho, as palavras aí são desnecessárias, por incompreensíveis. Contudo, ainda ouço alguém, que ficou para trás, dizer: “este é dos gordos…” 
No ar havia um cheiro intenso a maresia - lembrava um perfume tépido. O vento, era apenas uma miragem, como que uma bruma coberta de sonho. Do céu, limpo de nuvens, o sol enviava raios de calor. 
Assim somos todos nós. Num dia cheios de imaginação e vida, ligamos aos pormenores. 
No outro, já somos apenas uns restos, que a natureza se encarregará de desintegrar. Depois, seremos esquecidos pela maioria. Um dia, ninguém sequer saberá que um dia existimos. 
Tudo perfeito, portanto: um dia o incauto compreenderá o chão que pisa. 
Fica aqui partilhado este  meu primeiro olhar de hoje. 
Como, aliás, acontece em silêncio todos os dias, foi na direcção ao mar da minha Aldeia -  forte, imenso, límpido, azul e denso.
Talvez, quem sabe, apenas a sonhar com poesias feitas de mar. 
Bom domingo para todos.

sábado, 23 de maio de 2015

Passos defende que se deixe “para trás das costas os fatalismos”….

Já agora, para além dos “fatalismos”, deixemos também  "para trás" a desgraça que está a ser esta coligação Passsos/Portas.
Depois destes quase 4 anos, tenho o corpo numa desgraça. Todos os meus ossos andam a resmungar…

A SOLIDÃO DAS LUTAS

“Hoje quem luta e quem reivindica está sempre sozinho. Pode contar consigo ou com os seus e nada mais. Os mecanismos clássicos que geravam solidariedade foram erodidos na sociedade durante várias décadas e praticamente destruídos pela crise do «ajustamento». Há excepções, mas esta é a regra.

Isto significa que todas as lutas parecem ser corporativas, mesmo quando não o são. Esta «corporativização» dos conflitos sociais enfraquece o seu impacto, dá-lhes uma dimensão que parece, vista de fora, egoísta, e dificulta, quando não impossibilita, qualquer solidariedade activa. Cada um, a seu tempo, quando precisa de lutar, protestar, pura e simplesmente levantar-se e dizer que "não", vai pagar na sua solidão a indiferença que teve pelos outros.”

A Escola da Gala

Ontem, o secretário de Estado do Mar esteve na Gala em visita à Escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico de São Pedro, para tomar conhecimento do projecto “Aquacultura… uma solução quando o mar não chega!”.
Pelo que tive oportunidade de ler na edição deste sábado do jornal AS BEIRAS,  Manuel Pinto de Abreu ficou impressionado com o que viu e desafiou o presidente do Agrupamento da Zona Urbana da Figueira da Foz, Adelino Matos, a candidatar a proposta ao programa de fundos comunitários Portugal 2020.
“Estou entusiasmado e vou divulgar o projecto”, avançou, em declarações aos jornalistas. Para o governante, envolver as crianças em projectos e acções como esta promove a “verdadeira cultura do mar”.
Antes de visitar a exposição sobre a proposta que o agrupamento submeteu ao concurso nacional Ciência na Escola da Fundação Ilídio Pinho e que pretende transformar em actividade económica, no estabelecimento de ensino, o secretário de Estado apresentou a política marítima aos alunos, no Clube Marítimo da Gala.
Em síntese, o projecto consiste em reduzir o impacto ambiental e maximizar a eficiência produtiva e a qualidade do pescado criado em cativeiro. Propõe, entre outras soluções, a instalação de estações de tratamento de águas, para evitar os efeitos dos produtos químicos oriundos dos campos agrícolas no peixe, criar peixes de segunda categoria para a farinha através da qual se produz a ração, produzir bivalves e purificar a água com algas. Saliente-se que a Figueira da Foz tem várias explorações piscícolas, na ilha da Morraceira.
Sublinhe-se, que o Agrupamento da Zona Urbana da Figueira da Foz  tem conquistado diversos prémios nacionais que aliam a ciência ao empreendedorismo. Cristina Oliveira, directora regional da educação, também elogiou o espírito empreendedor do agrupamento.
Manuel Pinto de Abreu convidou os alunos da Escola de São Pedro a visitarem a Semana Azul, evento dedicado ao mar que se realiza em Lisboa, no início de junho.
O vice-presidente da Câmara da Figueira da Foz, António Tavares, informou AS BEIRAS que a autarquia disponibiliza o transporte.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Um livro não responde. Um livro pergunta...

Um lutador compulsivo, um homem “inimputável”, extremamente competitivo, com as virtudes que caracterizam os grandes líderes mundiais.
Assim é José Sócrates, retratado no livro "Cercado", lançado pelo jornalista Fernando Esteves a propósito da sua detenção.

Se não fizermos o que tem de ser feito, ninguém o fará por nós...

Os anos disto vão passando.
Com eles, o desânimo, a infelicidade, a amargura acumulam-se como o papel nas paredes, as fotografias da família, a preto e branco, amarelecidas pelo passar do tempo. 
E a malta já não é a mesma - os que não morreram, estão a envelhecer. 
Mas o rio da Aldeia continua, imponente, a correr...
Um dias destes, alguém me disse que os blogues na Figueira estão em recessão...
Comentei o óbvio: se eu não fizer um blogue, ninguém o fará por mim.

Um dia tipicamente figueirense

ALERTA COSTEIRO 14/15 - vídeo IV
("um registo dos efeitos do vento nas novas dunas de São Pedro" - um trabalho de Pedro Agostinho Cruz)


Hoje, está um dia tipicamente figueirense: um dia com sol e vento.
Convidativo, portanto, para pegar na bicicleta, sair e ir olhar a Aldeia,  que já está a sonhar com o verão.
Tem dias em que, apesar de tudo, prefiro ser optimista e ter o progresso no pensamento.

Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz comemorou 180 anos de existência

imagens sacadas daqui
A sessão arrancou  com a assinatura de um protocolo entre a ACIFF, o Turismo do Centro e a Câmara da Figueira da Foz para a instalação de painéis de informação turística interactivos em pontos estratégicos da cidade.
Seguiram-se os discursos.
O presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz,  João Damasceno, ao usar da palavra  na sessão solene comemorativa dos 180 anos da Instituição , uma das três mais antigas do país (a seguir às de Lisboa e Porto), aproveitou para  reclamar mais atenção  da Universidade de Coimbra em relação ao estuário do nosso rio. Segundo AS BEIRAS, João Damasceno sublinhou que “não se compreende,  que durante 725 anos de existência, ainda não tenha considerado suficientemente a biodiversidade única do estuário do rio Mondego e a costa da Figueira para criar um pólo marítimo de excelência nesta cidade e se reduza a recolher amostras para colocar em apresentações de PowerPoint e teses”.
Na oportunidade, João Damasceno defendeu ainda a abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil e referiu  também a necessidade que a Figueira Foz tem de se se preparar para responder aos desafios que a região, o país e a Europa lhe colocam. Um desses repto tem a ver com os refugiados, advogando que a cidade se posicione para recebê-los, tal como fez durante a II Guerra Mundial.
A cerimónia teve outros oradores: José Couto, presidente do Conselho Empresarial do Centro, António Tavares, vice-presidente da câmara, João Vieira Lopes, líder da Confederação do Comércio, e o ministro Poiares Maduro, que encerrou as comemorações.
Poiares Maduro, que falou num registo descontraído, começou por dizer que, hoje, os ministros não podem levar uma lista de promessas quando fazem visitas, muito menos quando sabem que não podem cumpri-las.
Os tempos mudaram e o assunto da ordem dos dias do governante são os fundos comunitários, que dominaram aliás a sua intervenção.