quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Assembleia dos Pescadores Portugueses da Arte-Xávega mostra a insatisfação e indignação dos homens do mar pelo desinteresse a que está votado o sector
Como convidado, participou também Alfredo Pinheiro Marques, director do CEMAR-Centro de Estudos do Mar, a associação científica sem fins lucrativos que, desde há dezoito anos (1996), a partir da Foz do Mondego e da Praia de Mira, se dedica especialmente ao estudo, apoio e divulgação da "Arte" ("Arte-Xávega") e das comunidades de pescadores portugueses que a praticam: os Homens e Mulheres que, desde há séculos, heroicamente, conseguem dar remédio à sua pobreza pescando na rebentação (surf), na rebentação assassina do mar mais difícil do planeta, o Atlântico Norte, sem utilizarem quaisquer portos (!), e simplesmente praticando a sua dura faina - uma faina de vida e de morte… - a partir das próprias praias (a partir das praias de areia fina do Extremo Ocidente peninsular, as praias das "terras de Espanha, areias de Portugal").
Nesta assembleia, que teve como entidade anfitriã a Junta de Freguesia da Vieira de Leiria, e para a qual havia sido especialmente convidado, e interveio, também, o deputado local ao Parlamento português, da Vieira de Leiria (Marinha Grande), João Paulo Pedrosa, os pescadores portugueses da Arte-Xávega manifestaram a sua insatisfação, desilusão, impaciência e indignação pela demora da implementação concreta das medidas legais com vista ao reconhecimento, salvaguarda e valorização deste tipo específico de actividade marítima, tão produtiva e tão cultural, que é a Arte-Xávega: um tipo de Pesca que, na verdade, desde há muito, secularmente, se tornou identitário de Portugal, do "Mar Português", e da familiaridade dos Portugueses com o Oceano; e que, por isso, ainda hoje, no presente, apesar da agonia em que se encontra, constitui uma realidade económica e social bem viva, e que merece ser preservada, para bem da Identidade Nacional de Portugal.
Em 6 de Dezembro de 2014, completaram-se um (1) ano, cinco (5) meses e vinte e três (23) dias desde a data de 7 de Junho de 2013, a data em que, na Assembleia da República Portuguesa, por unanimidade (com os votos favoráveis de todos os partidos políticos do espectro partidário português aí representado), foi aprovada uma "Resolução" parlamentar (a nr. 93/2013) com uma recomendação ao Governo português no sentido de que promova medidas de valorização e alterações regulamentares que permitam a salvaguarda, valorização e sobrevivência da Arte-Xávega... e completaram-se seis (6) meses e um (1) dia desde a data de 5 de Junho de 2014, a data em que foi concluído, para envio ao Governo, o "Relatório de Caracterização da Pesca com Arte-Xávega", produzido pela Comissão de Acompanhamento da Pesca com Arte-Xávega, a comissão técnica ministerial criada no âmbito do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território do Governo da República Portuguesa (DGRM-Direcção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos), nos termos da Portaria nº 4/2013, de 7 de Janeiro, para produzir informação, estudar e propor novas soluções legislativas e económico-sociais com vista à regulamentação e à sobrevivência deste tipo de pesca artesanal e das comunidades de pescadores que a ela se dedicam desde há séculos nos litorais portugueses.
Passado todo este tempo, parece portanto incompreensível que, perante uma deliberação política que foi aprovada por unanimidade num Parlamento nacional, e perante um relatório técnico que foi produzido por uma Comissão técnica do Estado (dois documentos que tiveram, ambos, um sentido muito claro, e cujas conclusões foram, em ambos os casos, convergentes na afirmação da necessidade de serem tomadas, e efectivamente implementadas, as medidas necessárias à sobrevivência desta pesca ancestral, produtiva e identitária), nada tenha sido feito nesse sentido, nem nada pareça estar a ser feito.
Os pescadores portugueses da Arte-Xávega têm, de resto, entretanto, durante todo este tempo, nas galerias do público da Assembleia da República Portuguesa, e fora dela, nas ruas e nas praias, dado verdadeiros exemplos de educação e de contenção, com elevação digna de verdadeiros Secretários de Estado da Cultura, no trato com a administração fiscal e estatal do Governo português.
Mas... o tempo passa, e a mesma realidade permanece sempre sem resolução… Quanto tempo mais vai passa?...
Foi isso mesmo o que, em 6 de Dezembro de 2014, na reunião nacional da sua associação representativa, com tristeza e preocupação, foi notado pelos Pescadores Portugueses da "Pesca de Cerco e Alar para Terra" ("Arte-Xávega").
O CEMAR-Centro de Estudos do Mar, que desde há dezoito anos os tem acompanhado na sua travessia a caminho do Futuro (e que, desde 2012, pela voz de Paulo Rocha e Alfredo Pinheiro Marques, para eles reivindicou a criação de uma candidatura a Património Cultural da Humanidade), aqui se faz eco desses mesmos sentimentos.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Exposição “Tudo existe o que se Inventa é a descrição Joaquim Namorado 100 anos”
Integrada nas comemorações do Centenário de Nascimento de Joaquim Namorado, vai ser inaugurada em Vila Franca de Xira, no próximo dia 13 de dezembro, pelas 18h30, no Museu do Neo-Realismo, a Exposição "Tudo existe o que se Inventa é a descrição Joaquim Namorado 100 anos".
Com curadoria de António Pedro Pita, a Exposição homenageia a vida e obra do poeta, crítico e ensaísta, ligado de modo indelével à formação do neorrealismo e personalidade marcante da vida cultural do século XX português.
Após a inauguração decorrerá uma visita guiada à exposição pelo curador.
A Exposição irá estar patente até 7 de junho de 2015.
Com curadoria de António Pedro Pita, a Exposição homenageia a vida e obra do poeta, crítico e ensaísta, ligado de modo indelével à formação do neorrealismo e personalidade marcante da vida cultural do século XX português.
Após a inauguração decorrerá uma visita guiada à exposição pelo curador.
A Exposição irá estar patente até 7 de junho de 2015.
A "reputação" de Ricardo Salgado
Ricardo Salgado está no Parlamento para "defender a honra".
Faz muito bem, pois "quando morre, um homem deixa a sua reputação".
Todavia, ao contrário dele, preocupo-me mais com a minha consciência do que com a minha reputação.
A minha consciência é o que sou.
A minha reputação é o que os outros pensam de mim.
E o que os outros pensam de mim, sinceramente, é problema deles...
Tenho estado esta manhã a ouvir as explicações de Ricardo Salgado na Assembleia da República...
A lábia não serve apenas para expressar a realidade.
Transforma-a.
Faz muito bem, pois "quando morre, um homem deixa a sua reputação".
Todavia, ao contrário dele, preocupo-me mais com a minha consciência do que com a minha reputação.
A minha consciência é o que sou.
A minha reputação é o que os outros pensam de mim.
E o que os outros pensam de mim, sinceramente, é problema deles...
Tenho estado esta manhã a ouvir as explicações de Ricardo Salgado na Assembleia da República...
A lábia não serve apenas para expressar a realidade.
Transforma-a.
De vez em quando é bom recordar que a Figueira tem atletismo....
Carolina Fernandes, em representação da Sociedade União Operária dos Vais (SUO Vaias) bateu o record nacional de lançamento de peso de pista coberta com a marca de 14.46m, no escalão de infantis.
O seu treinador é o professor Fonseca Antunes.
Fica, mais uma vez, a pergunta...
E se a Figueira tivesse condições?...
O seu treinador é o professor Fonseca Antunes.
Fica, mais uma vez, a pergunta...
E se a Figueira tivesse condições?...
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
A pouco mais de 15 dias do Natal...
Coimbra...
Numa grande superfície, na fila para a caixa, uma senhora velhinha apresenta 5 laranjas (a fruta da época...) e um pacote de bolachas de água e sal para pagamento.
A moça da caixa, visivelmente atrapalhada e constrangida, chama uma colega.
Quem estava na fila começou por pensar que fosse algum problema com a pesagem da fruta.
Não era.
A velhinha queria retirar uma laranja e anular a compra do pacote de bolachas de água e sal.
Perante isto, alguém sai da fila e diz, o mais discretamente possível à velhinha, que se aguardasse um pouco, lhe oferecia o que tinha sido retirado.
A velhinha agradeceu numa voz ténue e sussurrante.
Em qualquer altura do ano, isto era arrepiante. A pouco mais de 15 dias do Natal, isto é obsceno.
Em tempo.
Passos Coelho cumpriu.
Em 25 de outubro de 2011, uma terça, disse: "Só vamos sair da crise empobrecendo".
Numa grande superfície, na fila para a caixa, uma senhora velhinha apresenta 5 laranjas (a fruta da época...) e um pacote de bolachas de água e sal para pagamento.
A moça da caixa, visivelmente atrapalhada e constrangida, chama uma colega.
Quem estava na fila começou por pensar que fosse algum problema com a pesagem da fruta.
Não era.
A velhinha queria retirar uma laranja e anular a compra do pacote de bolachas de água e sal.
Perante isto, alguém sai da fila e diz, o mais discretamente possível à velhinha, que se aguardasse um pouco, lhe oferecia o que tinha sido retirado.
A velhinha agradeceu numa voz ténue e sussurrante.
Em qualquer altura do ano, isto era arrepiante. A pouco mais de 15 dias do Natal, isto é obsceno.
Em tempo.
Passos Coelho cumpriu.
Em 25 de outubro de 2011, uma terça, disse: "Só vamos sair da crise empobrecendo".
Costa e Sampaio...
António Costa aproveitou a festa de aniversário de Mário Soares para desafiar o ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, numa nova recandidatura a Belém.
Jorge Sampaio já recusou o desafio lançado por António Costa para uma recandidatura a Belém!..
Jorge Sampaio já recusou o desafio lançado por António Costa para uma recandidatura a Belém!..
domingo, 7 de dezembro de 2014
Pior é sempre possível em Portugal...
Pior do que ter um ex-Primeiro-Ministro preso, é ter o actual à solta!..
Em 2015 vai ser linda a festa, pá!...
As
tolerâncias de ponto, dos
despesistas socialistas, lembram-se, estão recuperadas...
Por
enquanto, parece que ainda não há é dinheiro para futebol
na RTP...
Mas,
calma, já há para o ténis
e, ao que parece, para ralies... É
só um pormenor, pois o respeitinho é muito lindo: as elites
primeiro...
2015, como o povo gosta, vai ser uma festa.
Falta pouco: é já a seguir...
O (NOSSO) MAR
O poema é do Te João Pachita, como era conhecido na sua terra natal - a Cova - de quem me lembro muito bem, um simples homem do mar, que mal sabia ler e não sabia escrever, mas tinha alma de poeta.
Com a devida vénia, fica a publicação do texto do Te João Pachita e, ao mesmo tempo, o reconhecimento de algo que sempre uniu várias gerações de covagalenses: a paixão pelo nosso Mar.
A foto do mar da Cova-Gala é do Pedro Agostinho Cruz.
sábado, 6 de dezembro de 2014
Toca a todos - "E você, já deu a esmolinha hoje?" *
"Para quem gosta de ter uma visão radiosa do país (ainda há gente boa em Portugal) informa-se que o evento de caridade “Toca a Todos” protagonizado pela televisão pública e a Antena 3 já atraiu inúmeras chamadas de valor acrescentado para acabar com a “pobreza infantil”. Ponho a expressão entre aspas para que não a confundamos com o fenómeno do atraso social que assola vastas franjas do PSD e da blogosfera de direita lusitana.
Assim, inúmeros meninos cujos pais perderam os empregos, o rendimento mínimo, ou viram esfumar o abono de família e outras transferências sociais poderão agora alimentar-se vários dias sem recorrer aos préstimos da doutora Jonet. Logo aí começa o alívio.
E se passarem pelo Terreiro do Paço, como eu passei há pouco incautamente, encontrarão um palco enorme repleto de artistas em pranto e de apresentadoras a bramar. Porque nem só com hidratos de carbono se constrói o futuro de uma criança desvalida".
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