domingo, 16 de novembro de 2014

Espólio do dr. Joaquim Namorado está desde o final do passado mês de outubro no Museu do Neo- Realismo em Vila Franca de Xira

Depois de ter estado, desde janeiro de 1987, na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz, o espólio do dr. Joaquim Namorado (cerca de 600 livros, entre obras de Joaquim Namorado e primeiras edições) rumou, em finais do passado mês de outubro, a um local onde vai ser tratado com a dignidade que merece: o Museu do Neo Realismo, em Vila Franca de Xira.
Neste espaço, no dia 6 de dezembro, vai ter lugar a inauguração de uma exposição sobre Joaquim Namorado. Além dos livros que viajaram da Figueira para Vila Franca de Xira, vão estar patentes dois quadros pintados pelo dr. Joaquim Namorado de que mostramos imagem abaixo.
Teresa Namorado, sua filha,  a comer um gelado
Um homem a andar de bicicleta. Este quadro, faz parte de uma trilogia.


Não sei bem de que é feita uma memória.
É comovente como os portugueses gostam sempre tanto das pessoas que morrem.
Quando morrem, claro.
Nesse instante e nas 48 horas que se seguem, amam-nas profundamente, admiram-nas incondicionalmente, choram-nas sentidamente e enumeram, com orgulho, as vezes em que respiraram o mesmo ar.
A morte de uns é, muitas vezes, a grande oportunidade para a vaidade de outros. A hipocrisia comove-me até às entranhas.
Se bem me lembro, a Câmara da Figueira, por unanimidade,  atribuiu, há mais de 3 décadas, a  uma praça da nossa cidade o nome de Joaquim Namorado. Tal, porém, continua por acontecer na realidade... Na Figueira, continua a não haver na toponímia local qualquer referência a Joaquim Namorado!
Joaquim Namorado, um resistente à ditadura de Salazar e um «homem são, frontal e generoso», para além de prolixo autor, continua a ser assim (mal) tratado por esta profunda tristeza democrática em que a Figueira vive...
Esta Figueira é tão injusta e tão vil...

Em tempo (daqui):
"Maria José Montperrin, já depois de Abril, veio a sua casa entrevistá-lo para o "Expresso", jornal famoso da nossa democracia da era atómica. 
Quando entrou na sala e foi mandada  sentar, mostrou estranheza pelo contraste entre os quadros, gravuras, pratos pintados e várias cerâmicas (Júlio Pomar, Resende, Mário Dionísio, Querubim Lapa, Cipriano Dourado, Rogério Ribeiro, Lima de Freitas, Vespeira...) e os sofás em napa, mas logo recebeu a explicação: 
- "Cá em é assim, provas de afectos de muitos e bons amigos, mas coiros só de visita".

BES e o «apuramento da verdade»

(...)
Excertos de um texto de Pedro Santos Guerreiro – "A missão parlamentar de inquérito" – publicado no 1º caderno do Expresso de 15/11/2014.
Via Entre as brumas da memória.

À noite no Mondego

foto Carlos Fidalgo

sábado, 15 de novembro de 2014

Até onde vai a falta de vergonha na cara?

Luís Marques Mendes - lembrei-me deste nojento, porque estou a vê-lo, neste momento, na Sic em directo de Moçambique - garante que nunca desempenhou funções de gerência, à semelhança de Miguel Macedo, na empresa de consultoria e gestão que conta entre os sócios Ana Luísa Figueiredo, filha do presidente do Instituto dos Registos e Notariados (IRN), António Figueiredo, detido na passada quinta-feira no âmbito da investigação desencadeada por suspeitas de crime na atribuição de vistos gold. 
Segundo o ex-presidente do PSD, a sociedade JMF Business, com sede em Lisboa, "na prática não tem actividade", admitindo contudo que "pode não ter sido formalmente extinta". "Eu e o Miguel Macedo nunca tivemos funções de gerência", afirmou ao Económico.
É preciso ter lata. 
A questão que um jornalista digno desse nome lhe faria - e não largaria o osso até obter uma resposta - seria: 
«Nesse caso, para que existe e serve a empresa?» 

Eles sabem ao que vão...

"Estrelas da advocacia defendem altos quadros do Estado suspeitos de corrupção nos vistos gold".
- Via jornal Público

O percurso das veredas da sabedoria que dão poder e estabilidade...

para ler melhor clicar na imagem

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Apagada e vil tristeza...

daqui

Esquisitos, nós?...

"O que interessa é o projecto, não a origem do dinheiro" 
 - Sérgio Monteiro, secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações.

Em tempo.
1. "Já não recordo se quem teve ideia tão parola era Futre ou Portas. Que era Paulo tenho a certeza. Bom, pouco interessa. O que hoje importa recordar é o que dizia esse tal Paulo, que era abrir aqui a porta da loja aos chineses e os aviões charter fariam fila para aterrar na portela a abarrotar deles com os bolsos a rebentar de graveto, que investiriam em Portugal, que criariam emprego, que isto e que aquilo, que a ideia posta em prática seria a nossa galinha dos ovos de ouro. Não conheço ninguém nem ninguém que conheça alguém que alguma vez tenha visto a cor desse dinheiro. O mesmo para os empregos que se criariam, também nunca ninguém os viu. Há tempos saíram umas notícias sobre uns mafiosos, não nos bastavam os que já para aí andavam à solta, que aproveitaram a ideia desse Paulo para se instalarem, e às respectivas lavandarias de dinheiro sujo, neste cantinho do viveiro de corruptos em que se está a transformar a Europa. Já se sabe, estas notícias nascem e morrem e a culpa é toda nossa, vamo-nos habituando a que nada nunca tenha consequências para ninguém. O Paulo lá se aguentou, os vistos gold também. Não sabemos quantos mafiosos depois, o certo é que o tema hoje voltou às notícias, novamente com corrupção, branqueamento de capitais e peculato e desta vez com uma equipa de futebol completa de detidos, onze magníficos, quase todos eles homens e mulheres de confiança dos nossos ilustres governantes, escolhidos entre muitos para ocuparem alguns dos mais altos cargos na hierarquia da nossa Administração Pública pelos ministros da tutela respectiva  e também escolhidos pela prendada galinha para lhes pôr uns ovinhos no bolso." Via O país do Burro.

2. As farpas queirosianas, laçadas em 1871, continuam certeiras, o país continua a viver numa sonolência enfastiada.

A velhice do dr. Cavaco

Crónica de VASCO PULIDO VALENTE, no Público.

Hoje, é dia de exaltação...

Ontem, pela primeira vez – há sempre uma primeira vez – estive atento ao programa Quadratura do Círculo, na SICN.
Estive especialmente atento ao candidato a primeiro ministro e comentador António Costa, que esteve presente, como habitualmente, com Pacheco Pereira e Lobo Xavier.
António Costa disse algumas coisas. Nomeadamente, classificou as detenções, no âmbito da investigação aos vistos Gold, como graves e preocupantes. O candidato do PS a primeiro-ministro sublinhou, porém, “que embora possam vir a ser feitas alterações, é preciso não confundir a atribuição dos chamados vistos dourados com eventuais ilegalidades que tenham sido praticadas.” 
Não ouvi, porém, fazer promessas exequíveis e que não ficam mal a um político, que diz querer romper com o passado.
Por exemplo, algo como isto: "quando formos Governo, quando for primeiro-ministro, vamos acabar, vou acabar de imediato com a lavagem de dinheiro e a falta de transparência, como a compra de livre-trânsito europeu de honorabilidade que é a venda da nacionalidade através dos vistos dourados, com reflexos ridículos na criação de emprego"

Em tempo.
"Há uma crise dos portugueses consigo próprios. 
Têm vergonha de ser portugueses. 
A única coisa que os exalta é o futebol." - Gonçalo Ribeiro Telles

«Coração, Cabeça e Estômago»


Dia 22 de novembro, pelas 13h30, no Restaurante “O Teimoso”, irá celebrar-se o conceito de tertúlia, alargada à gastronomia, num almoço que terá como mote a recriação da ementa de uma das tertúlias do Grupo Coração, Cabeça e Estômago - tertúlia gastronómica e cultural figueirense, fundada em 1936 por António Augusto Esteves, mais conhecido pelo pseudónimo literário Carlos Sombrio - onde irão conviver, de mãos dadas, a cultura e a gastronomia local, numa festa alargada à comunidade.

Pago | Inscrições limitadas, sujeitas a inscrição prévia, presencialmente ao balcão da Biblioteca Municipal, até 20 de novembro. 

Daqui

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Números do desemprego

Só no ano passado emigraram 110 mil portugueses... só no ano passado.

Gold

O director nacional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Manuel Jarmela Palos, foi hoje detido pela Polícia Judiciária no âmbito de uma investigação relacionada com a atribuição de Vistos Dourados, por suspeita de corrupção. 
Foi também detido o presidente do Instituto de Registos e Notariado, António Figueiredo.

Desigualdades (...no longo prazo, os rendimentos do capital são superiores, não só aos do trabalho, mas também aos do próprio crescimento económico - o que significa que a dinâmica do capitalismo se revela criadora de desigualdades que não é de todo capaz de corrigir, o que, na situação da economia globalizada dos nossos dias, exige que se pense muito a sério em soluções também globais...)

Crónica publicada no jornal AS BEIRAS

aF235


A legionella e a lei da selva

"A austeridade caiu forte sobre os particulares, mas apenas ao de leve sobre as empresas. 
Nos últimos três anos, enquanto se "flexibilizavam" os direitos dos trabalhadores para os despedir, a legislação e a fiscalização das empresas afrouxou, deixando os empresários à rédea solta. 
E o que fazem os patrões portugueses, quando lhes tiram as peias? 
À semelhança do governo, "cortam nas gorduras": Despedem trabalhadores, cortam nos salários, cortam na segurança de clientes e trabalhadores e nem lhes passa pela cabeça preocuparem-se com o ambiente. Um habitat privilegiado para o desenvolvimento da legionella que conseguiu para o governo de Passos Coelho mais um feito de que se pode orgulhar: o actual surto desta bactéria já é o terceiro maior de sempre
Perante este cenário, a resposta do governo foi criar a "fiscalidade verde" para nos obrigar a pagar 10 cêntimos por cada saco de plástico..."

Daqui

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Portugal não passa de uma Aldeia...

"Marido da Ministra das Finanças ameaça jornalista"
   
"«Tu não sabes quem eu sou. Metes a minha mulher ao barulho e podes ter a certeza que vais parar ao hospital.» O SMS foi enviado às 13h08 do dia 23 de Setembro, para o telemóvel de Filipe Alves, jornalista do 'Diário Económico' (DE). O emissor era António Albuquerque, marido da ministra de Estado e das Finanças, Maria Luís Albuquerque, também jornalista e ex-editor executivo daquele jornal. «Acabou, vou apresentar queixa contra ti na PSP», respondeu Filipe Alves depois de uma troca de mensagens violenta, acrescentando que se lhe acontecesse alguma coisa, ser-lhe-iam pedidas explicações. Dois minutos mais tarde, Albuquerque reforçou o que tinha dito, sempre através de mensagens móveis: «Agora fiquei preocupado… estás avisado se metes a minha mulher ao barulho nesta história… vais parar a um hospital.» Ainda havia de escrever: “Tira a minha mulher da equação ou vou-te aos cornos.” Esta semana, na terça-feira, dia 11, depois de se esgotar um período dado a Albuquerque para pedir desculpa, deu entrada no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP), uma queixa por injúrias e ameaças contra o marido da ministra. António Albuquerque assume à SÁBADO que escreveu os SMS, justificando ter uma questão pessoal com o antigo colega e com o director do jornal, António Costa: «Desculpas nunca pedirei!», diz. «Não peço desculpa a supostos jornalistas, que não o são, e que se movem para defender interesses económicos». A SÁBADO pediu uma reacção ao gabinete da ministra, mas não obteve resposta até ao fecho da edição. «O assunto agora está nas mão da Justiça, por isso não vou comentar», afirmou à SÁBADO Filipe Alves, o jornalista que apresentou a queixa."

“Uns cabrões fdp”
 A troca de mensagens tinha começado no dia anterior, a 22 de Setembro, uma segunda-feira, em que Filipe Alves escreveu um artigo de opinião com o título "O que acontece se o Novo Banco for vendido com prejuízo?" Argumentava que seriam os contribuintes a pagar o resgate do BES, uma possibilidade que a própria ministra viria mais tarde a colocar. António Albuquerque enviou uma primeira mensagem a atacar o autor do artigo, mas Filipe Alves não identificou o número, respondendo com mensagens irónicas e os primeiros insultos. No dia seguinte, ao perceber que aquele era o novo telefone do marido da mulher mais poderosa do País, comunicou-lhe por SMS que daria conhecimento à direcção do jornal. Foi o que originou a escalada de tom. «Estou cheio de medo. Reafirmo, tu e o teu director são uns cabrões fdp», respondeu António Albuquerque. «Posso citar em on?», replicou Filipe Alves, provocando mais insultos de Albuquerque: «Vai para o cara... cabrão» e «já te disse vai para o cara... seu merdas». O jornalista ainda invocou que sempre deu «a opinião de forma honesta e sem querer prejudicar A, B ou C.» Albuquerque insistiu: «A tua memória é muito fraca… queres que te envie um dossier com as tuas notícias a começar pela Perella. Sim tu tens um dossier». «Respeito todos os jornalistas do DE, mas não estes dois», diz Albuquerque. Vários elementos da redacção do DE, porém, dizem à SÁBADO que, quando estava no jornal, tirava satisfações junto dos colegas em relação às notícias sobre Maria Luís, nem sempre com os melhores modos. Os problemas remontam a 2011. Quando chegou a secretária de Estado do Tesouro, antes de ser ministra, António Albuquerque foi despromovido de editor-executivo – onde tinha acesso a tudo o que o jornal estava a investigar – para editor dos projectos especiais. Mas, segundo Albuquerque, mantinha a obrigação de “transmitir notícias”. Havia de negociar uma indemnização e sair do jornal para a EDP, em Abril de 2013, de onde viria a despedir-se quando a notícia da sua contratação foi pública. Hoje é correspondente da Soico, o maior grupo de comunicação social moçambicano.

Via Revista Sábado

Atenção figueirenses, hoje há manifestação...

Dirigentes, seccionistas, atletas e familiares da Naval vão concentrar-se hoje, pelas 18 horas, frente à Câmara...

Actualização:
A manifestação de navalistas junto à Câmara Municipal da Figueira da Foz acabou por ser desconvocada, pois «a autarquia terá mostrado abertura para analisar a contra-proposta do Futebol de Formação da Naval no que respeita à distribuição de tempos de utilização do campo sintético no complexo do Estádio Municipal Bento Pessoa.»