quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Contas...

Sócrates, o grego, dizia: “creio que tenho prova suficiente de que falo a verdade: a pobreza”.
Segundo a Visão, os ingleses querem saber as contas do primeiro-ministro.
Querem ver as contas? Aqui estão...
Cliquem.

Alguém já viu alguma recarga aqui pelo sul?...


“O molhe norte do porto comercial da Figueira da Foz vai crescer, mar adentro, 400 metros. A obra, iniciada em Setembro, também levará a praia da Figueira, já de si enorme, a conquistar mais 100 a 200 metros ao mar.
O prolongamento do molhe Norte, que delimita a praia da Figueira da Foz a Sul, pretende melhorar as condições de navegabilidade na barra e deverá ser concluído até ao princípio do Verão de 2010. Já o areal da Figueira deverá avançar sobre o mar ao longo dos seis a oito anos posteriores à concretização da empreitada, conforme referido na discussão pública do projecto, antes de este ser consignado, a 3 de Junho, ao consórcio constituído pelas empresas CPTP e Etermar.
A praia vai aumentar de tamanho na medida em que o molhe, com mais 400 metros de comprimento, vai reter quantidades ainda maiores da areia arrastada pela ondulação predominante, de Noroeste. Estima-se que esta acumulação de areias possa fazer-se sentir quase até à praia de Buarcos.
Tal processo de "assoreamento" deverá ser proporcionalmente inverso ao que se verificará nas praias a Sul do molhe Norte. No Cabedelo, na Gala e até na Costa de Lavos, faltará a areia que a ondulação de Noroeste agora arrasta, sem obstáculos, para Sul. Para colmatar tal lacuna, o Instituto Portuário dos Transportes Marítimos (IPTM) assumiu a responsabilidade de fazer recargas de areia naquelas praias, disse ao JN o comandante do porto comercial da Figueira da Foz, Joaquim Sotto Maior.”

Alguém já viu, de Outubro passado até hoje, alguma recarga de areia aqui pelo sul? Se sim, digam, pois eu não.

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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

País de ressabiados?...

Prolongamento do molhe norte

Sabendo embora que, porventura, isso possa incomodar alguém, facto que lamento profundamente, mesmo assim, dada a actualidade da matéria, fica aqui o link para um post publicado neste blogue em 7 de Dezembro de 2008.
O senhor Manuel Luís Pata, na foto, é também uma das vozes discordantes do prolongamento do molhe norte.
Só que, ainda um dia destes me confessou: "ninguém ouve".
Recordemos então algumas frases de Pinheiro Marques na entrevista dada à Voz da Figueira em 26 de Novembro de 2008 :

“os litorais da Cova-Gala, Costa de Lavos e Leirosa vão sofrer uma erosão costeira muitíssimo maior, com o mar a ameaçar as casas das pessoas e o próprio Hospital Distrital”.

“Devido à orientação obliqua do molhe norte, os barcos pequenos, as embarcações de pesca e ao iates de recreio, vão ter de se expor ao mar de través. Poderá vir a ser uma situação desastrosa para os pescadores e os iatistas e ruinosa para o futuro das pescas e da marina de recreio”.

X&Q569


Dia para dia a situação piora junto ao Café Pôr do Sol

Foto de Pedro CruzOntem à tarde

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Já fui muito feliz nestas dunas da Cova-Gala

Foto sacada daqui

"Eles olham, mas não conseguem ver nada," dizem, para quem os quer ouvir, os pescadores da minha Terra.

"Com o prolongamento do molhe norte na Figueira a situação a sul vai agravar-se", dizem, para quem os quer ouvir, os pescadores da minha Terra.

O litoral e os conflitos de interesses

Fotos de Pedro Cruz

A faixa litoral constitui uma peculiaridade no território, quer na perspectiva da sua ocupação antrópica, quer pela sua dinâmica natural.
Na realidade, é fácil constatar que à escala global o crescimento demográfico é assimétrico, com variantes sociológicas bem marcadas, mas com uma componente geográfica em que as regiões costeiras registam sistematicamente valores elevados.
O litoral constitui, assim, um espaço de interface onde se travam os maiores conflitos, entre modelos de ocupação, entre as várias actividades em desenvolvimento, e entre estes e os valores de conservação ambiental.
È neste território, escasso, que têm de coexistir interesses vários: urbanos, industriais, comerciais e turísticos.
È precisamente o que se está a passar no litoral do nosso concelho. O prolongamento do molhe norte em mais 400 metros é disso exemplo.
E o grave da situação, para nós, habitantes do sul do concelho, é que as “obras no Molhe Norte, têm precisamente impacte maior nas praias a sul”.

E estudos aprofundados sobre tão sensível matéria não existem. Conhecemos este Estudo de Impacte Ambiental relativo às Obras destinadas à melhoria das condições de acesso ao Cais Comercial e Porto de Abrigo (consultar clicando aqui).
Sobre, o sector sul dos molhes é muito pragmático.

Contudo, ainda assim, considera que “a instabilidade da faixa costeira é mais grave, porque com a drástica redução do caudal sólido a agressiva dinâmica marítima provocou uma intensa erosão na linha de costa”.
Que, aliás, nos últimos dias se agravou substâncialmente, conforme este blogue tem vindo a alertar.
Felizmente, os nossos continuados alertas vão encontrando eco noutros meios. Ontem, o cova d´oiro deu conta das nossas preocupações. Hoje, outros espaços acompanham o tema da erosão da nossa orla costeira, como podem ver a seguir.

Cova Gala ... entre o rio e o mar...
Exigem-se Medidas Urgentes,Concretas,Responsáveis...

“Não poderia deixar de publicar esta imagem,tirada da"OUTRA MARGEM" ,que ilustra bem o que está acontecer nas praias da Cova Gala,ali mesmo junto ao café "Pôr do Sol" e Hospital, o que considero de muito grave.”

Diário de Coimbra
Mar continua a destruir zona sul e ameaça habitações

“O mau tempo que se tem feito sentir por todo o país tem tido também reflexos no mar. Tal como o nosso Jornal divulgou no início da passada semana, a forte ondulação e os ventos têm contribuído para que toda a zona da costa a sul da Figueira (em S. Pedro, Lavos e Leirosa) esteja a ser fustigada por ondas fortíssimas que têm “engolido” toneladas de pedra, protecções, passadiços e tudo o que lhe surge pela frente. No entanto, dizem os pescadores, a «coisa está feia e ainda vai ficar pior», porque «até quinta-feira as águas vão continuar a crescer», dizem, salientando que este ano «está 200 ou 300% pior que nos anos anteriores».”

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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Preocupante...

Ontem, dia 25.01.2009, a situação ainda era esta.

Um dia depois, é esta, que pode ver na foto de Pedro Cruz, sacada daqui.


ACTUALIZAÇÃO (22.28 dia 26.01.2009)

Cova d'oiro
Agravada diária e constantantemente pela conjugação de factores climatéricos e de marés, a erosão costeira coloca em risco, não só os areiais das nossas praias mas, também, a continuar a este ritmo, a própria povoação da Cova. Não nos esqueçamos que a cota a que a Cova e a Gala estão implantadas é muito baixa e, nalguns pontos, negativa.
É sintomático o pouco interesse que esta matéria merece do poder que governa a nossa cidade.
Na nossa opinião roça a irresponsabilidade.
Esperemos não necessitar, a titulo de urgência, dos serviços da Protecção Civil. Por muito bem que possam vir a correr estes serviços, eles representarão sempre o corolário de incompetências várias e de inacção ao longo dos tempos.
Em relação à foto acima há a referir que, hoje às 14 horas, o passadiço já não existia, o mar lambia o passeio da estrada à direita na foto e todo aquele maciço de areia desapareceu pura e simplesmente."

Ainda a Morraceira...



A questão da jurisdição da Ilha da Morraceira , como escrevemos recentemente, “é uma questão antiga e sobre a qual já foi dita tanta coisa...”
Num trabalho da agência LUSA, que pode ler e ouvir, clicando aqui, sublinha-sese, que “por todas as razões jurídicas, históricas e circunstanciais», o documento advoga que a ilha da Morraceira, exceptuando a parte que pertence a São Pedro, «deverá ser reintegrada na freguesia de São Julião da Figueira da Foz, à qual esteve adstrita durante mais de um século (…).
Evitar-se ia, assim, qualquer partilha do tipo salomónico»."

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domingo, 25 de janeiro de 2009

Orla costeira da freguesia de São Pedro - hoje à tarde junto ao Largo do Hospital

Foto de Pedro Cruz sacada daqui

A erosão é uma das maiores ameaças às zonas costeiras europeias. Os principais factores causadores deste fenómeno, têm a ver com a urbanização desmesurada, o declínio de sedimentos disponíveis no sistema (por exemplo, devido às extracções e venda das areias) e a redução progressiva de áreas dedicadas à conservação dos sistemas naturais.

Um dia depois de Sócrates ter falado ...


Depois das suas afirmações de quinta e do comunicado de sexta, falou também ontem sobre a Freeport: repetiu que a reunião que manteve com os promotores da Freeport "aconteceu unicamente a pedido da autarquia de Alcochete e que a sua intervenção no caso se limitou à participação nessa reunião".
Já se sabia, há muito, que em Portugal os licenciamentos oscilam entre os lentos e os de "celeridade invulgar".

A defesa da orla costeira e os esporões


Aproveitem, hoje é domingo...


... licor Beirão, o Licor de Portugal!...

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