A apresentar mensagens correspondentes à consulta praia da sardinha ordenadas por data. Ordenar por relevância Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta praia da sardinha ordenadas por data. Ordenar por relevância Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 9 de junho de 2023

A Festa da Sardinha na minha Aldeia já é um êxito

A foto fala por si.

"O Município da Figueira da Foz informa que, no âmbito da Festa da Sardinha, que teve hoje início procedeu ao reforço do serviço de travessia do Mondego pela embarcação «Carlos Simão» que, contudo, continuará a assegurar as travessias nos horários em vigor.
No mesmo âmbito foi disponibilizado transfer, em minibus, entre o Cais Sul - Cabedelo e o Portinho da Gala e vice-versa."

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Festa rija na (minha) Aldeia. E com o "conduto do povo", que é a sardinha...

Via Município da Figueira da Foz

"A edição de 2023 do S. João – Festas da Cidade da Figueira da Foz, tem início já esta sexta-feira, dia 09 de junho, com a Festa da Sardinha, que vai decorrer no Portinho da Gala, até domingo, dia 11 de junho.

Pelo segundo ano consecutivo a organização está a cargo do Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores do Município da Figueira da Foz, que irá abrir o recinto da festa para servir a tão ansiada sardinha, pelas 19h00 (dias 09 e 10) e pelas 12h00 (dia 11).
E para que a festa seja completa, não pode faltar a animação musical, que será assegurada por José Praia & Aqua Viva, dia 09 e 10 de junho (20h30), por José Alberto Reis, dia 09 pelas 22h00 e pela Banda Chic, dia 11 pelas 12h30."

quarta-feira, 18 de maio de 2022

"Tudo o que se faz com vontade e com amor"...

NA MORTE DE JOÃO TRANCA (JOÃO MARIA REIGOTA)...

«O Centro de Estudos do Mar e das Navegações Luís de Albuquerque - CEMAR (Figueira da Foz do Mondego e Praia de Mira) cumpre a sua dolorosa obrigação de anunciar publicamente o falecimento, em 15.05.2022, aos noventa e dois anos de idade, do seu Associado, e membro do seu Conselho Consultivo e Científico, o Tio João Tranca (João Maria Reigota, 1930-2022), um dos homens mais prestigiados e acarinhados da comunidade dos Pescadores da Praia de Mira — emblemático pescador (revezeiro) dos grandes "Barcos-do-Mar" antigos —, e que, para além disso, nos últimos anos havia também contribuído decisivamente, como artesão e artífice da Memória colectiva, para as iniciativas culturais e identitárias que ao longo de mais de duas décadas aí foram levadas a cabo pelo CEMAR e as entidades autárquicas locais, em parceria, para a dignificação e a salvaguarda dessa Memória.

Este grande homem, que nos honrou com a sua presença e com a sua colaboração, sempre franca e generosa, e que nos orgulhámos de ter tido no Conselho Consultivo e Científico da nossa associação científica e cultural, foi um homem corajoso e forte, que viveu desde a infância uma vida de sacrifícios e dificuldades — as circunstâncias materiais do que era então a comunidade dos pescadores da Praia de Mira não lhe permitiram aprender a ler e escrever, e por isso era iletrado. E, no entanto, apesar disso, veio a ser nos dias da sua vida uma das figuras mais prestigiadas da sua comunidade, e veio a ser reconhecido por todos quantos tiveram a ventura de com ele contactar pelo seu carácter, pela sua coragem, pela sua força e pelo seu exemplo de vida. 

João Maria Reigota (Tranca), pescador, revezeiro e redeiro, nasceu em 2 de Fevereiro de 1930, na Praia de Mira. Desde a infância, nessa terra que era a sua, desenvolveu a sua principal actividade no âmbito da Pesca de Arrasto para Terra, a pesca local que os Pescadores desta e de outras localidades semelhantes da Beira Litoral (desde Espinho e o Furadouro até à Vieira) antigamente chamavam simplesmente "a Arte" "a Companha", e que veio depois a ser designada legalmente pelas entidades estatais das capitanias e do Estado português com o nome oficial de "Arte-Xávega" (para além de, entretanto, erroneamente, ter sido chamada "Xávega", como se fosse igual à do Algarve [!], por muitos divulgadores, académicos, universitários, jornalistas, e outros "eruditos" que nada sabem, nem querem verdadeiramente saber, do mundo dos pescadores).
Tal como tantos outros pescadores da "Arte", à medida que tal tipo de pesca foi decaindo e diminuindo (desde o Furadouro até à Vieira), João Tranca veio a trabalhar também como pescador em traineiras de pesca da sardinha (na Figueira da Foz), e num barco alemão de pesca do bacalhau (na Alemanha e na Terra Nova). Do trabalho nas traineiras,  em Portugal, viria depois a reformar-se, em 1989. A partir desse ano, voltou às companhas da "Arte" (Arrasto para Terra), na sua terra natal da Praia de Mira e na vizinha praia do Areão.

Para além do seu trabalho como pescador, em que desempenhou as importantes e corajosas funções de "revezeiro", em que se cotou como um dos mais considerados de sempre na Praia de Mira, foi também responsável por funções de "redeiro" (especialidade em que foi sempre apreciado como particularmente competente), e foi o proprietário de um dos últimos exemplares do tipo de embarcação chamada "Bateira do Mexoalho" ("Bateira de Buarcos" ou "Bateira da Praia de Mira") que existiram em Buarcos e na Praia de Mira (o seu exemplar foi precisamente o último que foi possível ser preservado para a posteridade, para um dia os vindouros virem a saber como era esse tipo de embarcação). Tratou-se da sua bateira "Lina Maria", que nos anos 80 do século XX foi obtida na Praia de Mira e meritoriamente salvaguardada pela Marinha Portuguesa, que então a levou, para fins museológicos, para o Museu de Marinha de Lisboa, onde desde então se encontra (e onde é apresentada com o nome de "Buarcos").»

segunda-feira, 7 de março de 2022

A cidade que fomos: a verdade histórica é esta - PRAIA DA SARDINHA

Nota de rodapé.
Via DO LARGO Á PRAÇA, uma publicação de DEZEMBRO DE 2007, que teve o apoio da Câmara Municipal da Figueira da Foz.  

Numa nota enviada ao Palhetas, em Novembro de 2016, o distinto, erudito, premiado e reconhecido intelectual, Sua Exa. o Dr. António Tavares, na altura também vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, e que já era vereador desde 2009, tenta justificar o que não tem justificação - o "porquê" da atribuição da designação "Cais da Sardinha", ao local que a foto mostra, respondeu o seguinte: «Não encontrámos nenhum documento onde o local em apreço seja designado por “praia” e muito menos por “Praia da Sardinha”. Poderá haver, mas desconhecemos.»
E não é que desconheciam mesmo!..
A Figueira merece...
As autoridades figueirenses, nomeadamente o vereador da cultura em 2016, soube OUTRA MARGEM, em rigoroso exclusivo, acabaram por congratular-se com o erro histórico de terem perpetuado no bronze, como "cais da sardinha", um local que teve, nos finais da década 50 do século passado, uma "praia", que funcionou como "lota de sardinha", pois assim evitou-se uma discussão na Figueira sobre indumentária de praia e as autoridades tinham muito mais do que fazer do que andar a abordar senhoras em biquíni numa zona nobre da nossa cidade.
O excesso de roupa poderia, eventualmente,  ofender os  nudistas que viessem a frequentar a "praia da sardinha", como sabemos um local de excelência da nossa cidade.
Aliás, que se saiba -  mas, na Figueira nunca sabemos onde está a verdade histórica!.. - as compradoras de peixe na "antiga praia da sardinha", não usavam biquini no exercício do seu trabalha quotidiano...
Depois da polémica em torno do nome do local, mais uma polémica em torno da indumentária a usar naquele local seria excessivo para uma pequena cidade de província como é a Figueira, pelo que acabou por ser criativo e extremamente útil ter tido a subtileza, a argúcia e a cartomancia, enfim, capacidade criativa de prever baptizar como "cais", um local que foi "praia".
Ouvida pelo OUTRA MARGEM, a única compradora de peixe da antiga "praia" onde funcionou uma "lota da sardinha", ainda viva, também se congratulou e recordou que, "na altura, não lhe permitiram usar biquini na «praia» e ninguém se importou".

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Autárquicas de 2021 na Figueira: o que está verdadeiramente em causa?..



As eleições autárquicas, deveriam ser a base a partir da qual se constrói uma democracia evoluída. 
Os autarcas que estão no exercício do poder local - na Câmara, na assembleia municipal, nas juntas e assembleias de freguesia, deveriam estar na perspectiva de prestação de serviço público e de aproximação das pessoas do poder.
A necessidade da participação de todos na gestão da cidade e na defesa do bem comum, não pode ser apenas uma manifestação de vontade em períodos de campanha eleitoral, mas a normalidade na gestão de um concelho governado em democracia.

Como sabemos, isso na Figueira é uma utopia. E assim vai permanecer.
Todavia, essa postura dos políticos do quero, posso e mando, tem custos para a saúde da democracia e na gestão duma cidade e dum concelho.
Esta dinâmica de atraso democrático na gestão da Figueira, ao longo de décadas, está a conduzir-nos para uma morte lenta: nos últimos 10 anos, a Figueira, um concelho do litoral, perdeu mais de 5 000 habitantes!

Alguém acredita que uma cidade e um concelho, sem garantia de emprego de qualidade, sem economia, sem vida, tem poder para atrair as novas gerações?
A nossa linda e querida Figueira, é uma cidade em processo de despovoamento e sem dinâmica, o que deveria ser factor preocupante para qualquer político que queira ascender ao poder para dar a volta a isto.

Há mais de 4 décadas, lembro-me bem, a baixa da Figueira, agora uma zona da  cidade que está a morrer um pouco todos os dias, fervilhava de pessoas, de comércio e de serviços.
O Mercado Municipal, tinha uma vida animada e pujante. A Praia da Sardinha, frente ao Jardim Municipal, na beira rio, era uma animação. A chamada Praça Velha era o centro da cidade. Toda a zona ribeirinha entre o Mercado e a estação do caminho de ferro tinha gente, comércio, serviços e vida.

A Figueira mudou. Se calhar não era evitável. 
Todavia, a falta de medidas para a reabilitação das casas antigas e as obras mal planeadas, mal feitas e inadequadas, por exemplo, não terão dado um contributo importante para o estado a que a baixa ribeirinha - o chamado "casco velho" - chegou?

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Ser da Aldeia



Ser da Aldeia é ser cordato, de brandos e bons costumes. Arranjar uma boa discussão por causa de futebol. É eleger sempre os mesmos. É ser revoltado. É ter um copo de tinto cheio na mão e já estar a fazer contas de cabeça para ver se tem  trocos que cheguem para mais uma rodada. É sentir orgulho em ser da Aldeia, apesar de viver com um nó na garganta por causa dos problemas que continuam por resolver. É viver uma vida a  apertar o cinto, mas quando se senta não ter problemas em poder ficar com o rego à mostra. É criticar o que se passa na Aldeia, mas ai de quem diga mal da Aldeia e não seja Aldeão. 

Ser da Aldeia é não ser bairrista por ambição, calculismo ou conveniência, mas sentir os olhos aguados ao ver e ouvir os videos como os que estão publicados acima. É torcer pelo Cova-Gala. Gritar, mesmo que este grupo desportivo, sendo o Clube da Aldeia, nunca  consiga ganhar muito. É gritar pelo Grupo Desportivo Cova-Gala, só pelo orgulho de se ser da Aldeia.

Ser da Aldeia, é ir pedir um ovo ao vizinho e ficar lá uma hora a palrar. É falar alto onde estiver sem dar conta. É  ter o melhor blogguer do concelho, não gostar muito dele, até ele ser alvo de alguma malfeitora feita por alguém de fora. É ter sangue quente na guelra, mas  ainda continuar arrefecido pelos medos vindos da ditadura. É comer uma sardinha assada no quintal, em cima de um pedaço de broa e beber um tinto por um copo cheio directamente do garrafão, com mais gosto e satisfação do que ir ao restaurante.

Ser da Aldeia,  é ter orgulho em sê-lo, mesmo quando se diz o contrário. É ter saudades, quando se está fora, do rio, do mar, da praia, do sol, da comida da avó, da conversa no café e do convívio na esplanada com os amigos. É ter saudades e esquecer. É ser-se nostálgico e ter-se a amnésia selectiva suficiente para, de 4 em 4 anos, esquecer-se que está tudo na mesma, ou pior.

Ser da Aldeia, é ter capacidade de se desenrascar. É estar disponível para ajudar quem vem de fora. É saber que os melhores tiveram de sair, porque é lá fora que se valoriza quem faz melhor. É ter o mar no horizonte e descobrir, sonhar e inventar. É dar valor ao advogado e ao doutor, porque acha que são mais importantes do que ser cozinheiro ou pescador, embora aprecie mais uma caldeirada feita com um bom peixe, do que os tribunais e hospitais.

Ser da Aldeia, é ser pessimista quando as coisas estão mais ou menos, mas optimista quando estão a descambar. É ser humano e por isso ser incoerente. É ser analfabeto, mas ter a experiência de vida suficiente para saber mais que doutores e engenheiros.  É tudo valer a pena porque a nossa alma não é pequena. É ter uma alma grande mas não ter posses para a manter. É acreditar nos políticos. É duvidar de tudo o que se lê...

Ser da Aldeia, é não consentir viver amordaçado, mas de cara limpa e de peito levantado.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

A Praia da Sardinha

... ainda bem que existem Pacheco Pereiras no concelho...
"GINÁSIO MEMÓRIA
A Praia da Sardinha, que há anos alguns figueirenses "importados" e ignorantes resolveram que se tinha chamado "Cais da Sardinha" (!), onde o Ginásio também teve uma Escola de Natação improvisada pelo saudoso Joaquim Mota ainda antes da célebre Piscina do Araújo.
Na foto (do início dos anos 50) vê-se ao fundo a plataforma que servia para os alunos aprenderem a nadar, com um cinto pendurado por uma corda."

Via Ginásio Clube Figueirense

sexta-feira, 27 de março de 2020

Está-se mesmo a ver que aquilo era um cais e não uma praia, não está?

Imagem via Diário as Beiras

O que nos ensina a moral desta história? ...aquilo que já sabíamos: que os eruditos e intelectuais que passam pelo poder na Figueira, não nos ensinam nada...

Recordo, como Sua Exa. o Dr. António Tavares, na altura também vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, tentou justificar o que não tem justificação: o "porquê" da atribuição da designação "Cais da Sardinha", ao local que a foto mostra.
«Não encontrámos nenhum documento onde o local em apreço seja designado por “praia” e muito menos por “Praia da Sardinha”. Poderá haver, mas desconhecemos.
Numa exposição da administração do porto intitulada “Cais da Memória”, feita há muito pouco tempo no CAE, aparece uma fotografia com a designação “lota da sardinha” e assim está no site do porto. No catálogo de cartofilia editado pelo arquivo municipal, as imagens em apreço designam “Doca de pescado” (3 vezes), “Mercado de Peixe”, “Descarga de Sardinha”, “Desembarque de Sardinha” e “lota”. Nunca “Praia da Sardinha”.
Em plantas, encontramos a designação de “doca de fundeadouro e descarga” (D.O.P do Mondego) ou ainda “Doca da Figueira” (Pereira da Silva).
Da mesma forma, Salinas Calado, num artigo publicado no Álbum Figueirense, chama-lhe “Doca”, Raymundo Esteves refere “o mercado em frente ao cais” e Gaspar de Lemos no Almanach refere-se-lhe como “novo cais”

O que está escrito acima prova que aquele local nunca foi designado em lado nenhum por "CAIS DA SARDINHA", como Sua Exa. o Dr. António Tavares, distinto, erudito, premiado e reconhecido intelectual e na altura vice-presidente da câmara da Figueira da Foz, quis erroneamente perpetuar para todo o sempre.
Aquilo que eu sei, por ser filho e neto de peixeiras, que compraram ali toneladas de pescado, é que aquele local foi - e vai continuar a ser - a "PRAIA DA SARDINHA".
Afirmo-o, porque vivi essa verdade (e quero continuar a viver...) que é - e vai continua a ser - essa realidade.
Viver é, também, preservar os laços e memórias. A nossa teia de relações e recordações faz de nós o que somos.
A tradição é isto: a transmissão de costumes, comportamentos, memórias, rumores, crenças, lendas.
É assim que os dados transmitidos passam a fazer parte da cultura de um país, de uma região, de uma cidade, de uma vila ou de uma Aldeia.
Não está na altura de repor a verdade histórica?
Fica a pergunta à atenção de quem de direito.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Reuniões à porta fechada e Praia da Sardinha

Figueira da Foz, 4 de Novembro de 2013.
Esse dia, vai ficar na história da democracia da nossa cidade: foi nessa data que se realizou a primeira reunião da Câmara da Figueira da Foz à porta fechada desde o 25 de Abril de 1974.
Tal, registe-se, ficou a dever-se à maioria absoluta de João Ataíde obtida nas autárquicas do dia 29 de setembro de 2013.

Figueira da Foz, 14 de Outubro de 2019.
Neste dia, na reunião da Câmara que está a decorrer neste momento, ficou garantido pelo presidente e por todos os vereadores, que as duas reuniões mensais passam a estar disponíveis ao público, pois voltámos à normalidade democrática.
 

Uma Câmara Municipal é um órgão democrático do Poder Local...
O presidente anterior só conseguiu impor a sua vontade durante meia dúzia de anos, por ter tido o apoio ou a conivência da maioria dos vereadores...
A Figueira é o berço do Patriarca da Liberdade e uma Terra aberta e disponível para a democracia.
E vai continuar a ser... Terá o Dr. Carlos Monteiro sido "iluminado" pelo Patriarca da Liberdade?

Gosto de estar aqui. Por isto mesmo: para ir participando e registando a «estória»... 
Já sei que a Praia da Sardinha ainda não morreu, nem morrerá...
Reponham a memória e a verdade histórica: praia da sardinha, se faz favor...

domingo, 6 de outubro de 2019

MEMÓRIAS

Via Daniel Santos

"Estas grades, em boa hora mantidas nas proximidades do seu local de origem, têm uma história de guerrilha política entre os regeneradores e progressistas que se alternaram nos executivos da Câmara da Figueira. Foram colocadas para protecção entre o nível das praças Nova e Velha e a doca.
Esta, como outras memórias existentes na cidade, são referências históricas cujo conhecimento permitirá perceber o presente e ajudará a fundamentar o futuro. O modo de respeitar a sua autenticidade está muito para além da vontade de um qualquer que, acabado de chegar ou sendo autóctone, se encontra a prazo no exercício de um poder efémero.
Já aqui foi escrito, e por outros corroborado, que adjacentemente à doca se situava a então designada PRAIA DA SARDINHA, junto a cujo local foi colocada uma “memória” que lhe alterou a designação e ali se mantém, apesar das chamadas de atenção de alguns figueirenses.
Agora que o município é presidido por um figueirense nado e criado, talvez seja a ocasião para corrigir o erro, sob pena de se manter mal informados os vindouros. É só uma questão de respeitar a letra do Regulamento de Toponímia. E não tem custos significativos."

Nota: 
Via OUTRA MARGEM de 3 de Novembro de 2016: reponham a memória e a verdade histórica: praia da sardinha, se faz favor...

domingo, 19 de novembro de 2017

É fácil habituarmo-nos ao que é bom...

Um dia destes, durante alguns minutos, sentei-me calma e pachorrentamente nos bancos a sul do desgraçado jardim da Figueira, sem nada de importante ou urgente para fazer, a não ser relembrar um ícone figueirense da minha juventude, que permanece, para quem tem memória,  como referência de uma dada época e de uma certa forma de viver: a PRAIA DA SARDINHA, que a fotografia mostra.
Como tinha tempo, disponibilidade e gosto de olhar (simplesmente olhar, apenas olhar...) fui, ao mesmo tempo, notando que iam passando pessoas.
Presumo que devem ter empregos importantes, pois caminhavam cheias de pressa, enquanto iam falando, sem parar, ao telemóvel.
É aqui que está o segredo da minha qualidade de vida.
Estou só aqui sentado a vê-los passar e a pensar na sorte que tenho de não ter um emprego importante.
Melhor ainda: de nem sequer ter emprego...

sábado, 21 de outubro de 2017

Rompendo a saudade...

Claro que tenho saudades desta Figueira da Foz da praia da sardinha!
Quem viveu uma vida rodeado de amor, tem saudades! 
Tem saudades, até, das asneiras que lhe fizeram pelo caminho!.. 
Quem amou, tem saudades!
Quem viveu tem saudades!
Sim, saudades, até dele próprio...
E desta Figueira!

quinta-feira, 20 de abril de 2017

A questão do Horto Municipal. Este, e o putativo prometido por Albino Ataíde...

Na última década, pelo menos, que se deixou de investir no Horto Municipal!
Neste período de tempo, pelo menos 10 jardineiros  reformaram-se.
Ao contrário do que aconteceu noutros departamentos e secções dos serviços municipais, onde se criaram inúmeros postos de trabalho, no essencial, para servir a clientela partidária, não foram contratados novos profissionais para tratar do Horto Municipal.
Ontem, no decorrer da reunião de câmara, tomei atenção ao discurso do António Tavares. Se bem lembro, ele, António Tavares, considera que a existência do Horto já não se justifica porque já nem são os serviços da Câmara que tratam dos jardins públicos figueirenses!..
Sendo assim, como entender a justificação do presidente Albino Ataíde, ao apresentar como desculpa para a venda do "enclave" (a venda do terreno é para arranjar mais estacionamento e instalar a Decatclon...) a necessidade de implantar um verdadeiro Horto na Várzea?
Passo a citar: o encaixe de, no mínimo, de 1,5 milhões de euros,  garantiu João Ataíde, "serão aplicados na várzea de Tavarede, para onde a autarquia quer transferir os serviços do horto e criar novas áreas de usufruto público".
Mais uma pergunta: a Câmara já solicitou algum parecer, por exemplo, à Escola Agrária para fazer um estudo sobre a nova localização do putativo novo Horto?
Para quem tem algum conhecimento sobre a Figueira e sobre a Várzea, sabe que aquilo é  zona húmida, ventosa e no inverno é normal formarem-se muitas geadas...
No início da década de 90, muitos figueirenses devem disso estar lembrados, toda aquela zona esteve alagada ...

António Tavares, apesar de toda a sua cultura, que é vasta e imensa, desconhece muita coisa sobre a Figueira (lembram-se da "estória do cais, que nunca foi cais, mas sim praia da sardinha...), o que é normal, pois não nasceu nem cresceu cá. Só nos últimos cerca de 25 anos é que assentou arraiais.
Albino Ataíde, nasceu na Figueira, mas não cresceu e nem morou cá. 
Apenas exerceu funções na Figueira. E, tal como os seus amigos de Coimbra, vinha passar férias na Figueira.

De  registar que é  na actual zona onde se situa o Horto Municipal, que começa e serve de alguma retenção à vala que vai desaguar junto ao Galante.
Por outro lado, o Horto Municipal, apesar de todos os atentados de que já foi alvo aquele que talvez seja o único parque campismo urbano da europa, também ainda consegue preservar alguma privacidade aos campistas.
Vender o Horto Municipal para expandir um Centro Comercial não será estar a matar o Parque de Campismo?
Ou o objectivo também não será também esse?..

domingo, 26 de fevereiro de 2017

A Figueira hoje, mas não apenas hoje, é um dos principais destinos da região para quem gosta de assistir a folias

A Democracia, para quem tem de se sujeitar a ir a votos,  pode ser uma coisa muito aborrecida... 
Tão, tão aborrecida, vejam lá,  que os votos  - imagine-se! - são todos iguais.
Pelo andar do carnaval, bem pode o presidente Ataíde fazer as catarses públicas que quiser dos seus vícios (até ao momento, só ainda confessou um gosto enorme pelas construções de mau gosto na areia e pela dificuldade em conseguir localizar a praia da sardinha ...) que os figueirenses dificilmente lhe não darão novo voto.
As sondagens já dão mais de 6% ao PCP e 3% ao BE. À sua direita, espera-se que tarde ou cedo, o PSD reorganizar-se-á, pelo que irá subir nas sondagens. Durão continua a  ser a incógnita.
Ataíde, para já, continua a ser a certeza.

Podem sossegar as almas menos confiantes: na Figueira, o regime dos liberais na economia está de pedra e cal...
Os adeptos dos monopólios e das concertações de preços, até ao tutano, têm é de se organizar rapidamente.
A mercearia figueirense está a crescer desmesuradamente. 
Pela parte de quem de direito, existe a esperança, para regularizar a oferta, que os merceeiros se comam uns aos outros!..
Nem tudo está perdido. Eis a esperança da salvação da Figueira, por quem tem o dever e a obrigação de tomar medidas, pois a responsabilidade da governação da cidade é sua: "os merceieros figueirenses" serem autofágicos!

Trampas e Liberdade ao chegaram, no passado dia 19...

Não percamos a esperança. Vivemos numa cidade e num concelho,  onde todos somos iguais! 
Só que ALGUNS SÃO MAIS IGUAIS QUE OS OUTROS.  
Esta é uma cidade e um concelho, onde os HONESTOS SÃO ESTÚPIDOS E POBRES.
Vivemos tempos de máscaras e aparências, em que se esquece o valor do serviço e o respeito pela realidade.
Vivemos tempos sem glória.
Vivemos tempos de resignação e de fatalismo.
Vivemos tempos de carnaval.

Entre a ilusão, que nos engana, e a realidade, que nos interpela e desafia, será que alguma vez iremos saber escolher a verdade efectiva das coisas?
Siga. 
Na Figueira continua ser sempre carnaval. 
Hoje há desfile na avenida.  
A Figueira da Foz assume-se, não só hoje, mas também hoje, como um dos principais destinos da região aos visitantes que queiram assistir  à folia.
Figueirenses: quem nos protege do "estado a que isto chegou"?..

Via Agência de Notícias "Caralhete" 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Calma...

Já que ser coerente, significa para alguns ignorantes, "ser tão ignorante hoje como há 50 anos", apenas coloco esta legenda, em mais esta foto maravilhosa do meu saudoso Amigo Gilberto Vasco: "PRAIA DA SARDINHA".
Ponto final. Parágrafo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

À força de vontade dos coitados chama-se teimosia... Até onde nos levará esta teimosia e este divertimento?.. Confesso que não sei, mas estou curioso.

Para ler melhor clicar na imagem
João Ataíde: "se a nomenclatura não está correcta, corrija-se".
António Tavares: "aquele espaço nunca teve uma denominação toponímica. Não se deve alterar a placa (a tal que diz "Cais da Sardinha)".
Joaquim de Sousa: "aquela zona foi sempre conhecida como Praia da Sardinha. Quem chama Cais da Sardinha é ignorante. Só quem nunca cá viveu, ou não respeita a memória histórica da terra é que faz uma inauguração daquelas".
Fernando Cardoso: "foi sempre a Praia da Sardinha, nunca se chamou Cais da Sardinha".

Resumindo.
Algo está a acontecer com António Tavares...

Falando de atitudes: "ao menos, nestas pequenas coisas, venha de lá um pequeno sinal de humildade. Era mesmo a Praia da Sardinha!"

Via Daniel Santos

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Como seria bom ter respeito pela memória!..

“A recente polémica figueirense a propósito da falta de rigor quanto à designação “Praia”/“Cais” da sardinha (ou a inexplicável falta de originalidade da instalação com que se pretendeu homenagear a comunidade piscatória) é reveladora do infelizmente tradicional despudor com que se altera e omite a memória, nossa, coletiva, identitária – Le Goff sugeriu que as memórias coletivas trazem consigo um espaço comum de encontro a determinado facto histórico, atribuindo-lhes um carácter simbólico. Ora, sem memória o futuro fica mais pobre.“
Nota de rodapé.
A nostalgia não é boa se não for acompanhada de lucidez. Sem lucidez a nostalgia é perigosa. A lucidez é que permite que a memória esteja no sítio que deve ocupar.
A memória nostálgica é perigosa, porque significa imobilismo, significa amargura, significa sempre dor. Enquanto que a lucidez permite-nos assumir a memória voltando a dar-lhe vida, como período do nosso passado, que é útil e bom recordar.
A imagem desta foto já desapareceu há anos. 
Pelos vistos, apenas sobrevive na memória de alguns.
O progresso levou este postal da nossa cidade.
Era tão bonita a baixa da Figueira da Foz.
É bom conhecer o passado, ter boa memória e não esquecer...