Sempre foi assim: a "realidade", mesmo ameaçada pelas surpresas, vai ter de mover-se. Por enquanto, a "AD acredita que agenda de forte preocupação social (professores, polícias, Saúde) vai agarrar Pedro Nuno e Ventura. Em teoria, luz verde ao próximo OE permite aguentar governo até ao fim de 2026." Todos gostariam de ver posicionamentos claros. Todavia, "Montenegro vai tentar governar à boleia da abstenção do PS e do Chega."
Contudo, a vida para Ventura pode complicar-se.
O Chega, espera pela "sorte grande" (depois da "ejaculação precoce", ao Chega resta-lhe o quê?. "Vejamos: para o governo não vai, acordo parlamentar não vejo como. Festeja o quê? Ah, sim, tem uma bancada gigante, tem. E quadros? E políticas que não andem ao sabor da espuma dos dias e do ressentimento? Apesar dos 48 deputados obtidos na eleição de domingo, ao Chega resta-lhe sonhar que a legislatura dure muito pouco e possa culpar os outros do que não fizeram pela maioria estável de direita"...).
A realidade, porém, move-se. Como sublinha Filipe Tourais na sua página do facebook o "PSD não fica por aqui. Terá que decidir qual dos dois, PS ou Chega, será o inimigo e qual dos dois será o adversário. São lógicas completamente distintas. O adversário é para ir vencendo no jogo das diferenças ao longo do tempo. O inimigo é para aniquilar o mais rapidamente possível. Tivemos disto muito recentemente. O PS esmagou os inimigos PCP e Bloco em 2021 após o chumbo do Orçamento e poupou o adversário PSD, que também o chumbou.
Teremos notícias muito brevemente sobre qual será a escolha do inimigo e do adversário do PSD na eleição dos vice-presidentes da AR. O Chega voltará a tentar eleger o seu pela primeira vez. O PSD não poderá disfarçar. Se votar a favor e garantir a eleição de um fascista para a vice-presidência da casa da democracia, o Chega será o adversário. Se votar contra e não o permitir, o Chega será o inimigo. Ambas as escolhas terão o seu preço e comportam riscos e dificuldades garantidas."
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